DA MÍDIA SEM MORDAÇA

COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

PMDB e PSDB
se unem e surpreendem o PT

A sessão de ontem da CPI mista do Cachoeira revelou uma alteração importante na correlação de forças que atuam na comissão. Sem apoio do PMDB, os tucanos não teriam conseguido aprovar a convocação do governador do DF, com o objetivo de dividir o desgaste da convocação do goiano Marconi Perillo (PSDB). O acordo de “política pacífica” PSDB-PMDB surpreendeu o PT, que imaginava ter o controle da CPI.

Mão que lava outra

Em troca da proteção a Sérgio Cabral, o PMDB deverá “pegar leve” no depoimento do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).

É coisa nossa

O “big allowance” ou mensalão, foi notícia na imprensa americana, repercutindo a briga de Lula com o ministro Gilmar Mendes, do STF.



BLOG DO CORONELEAKS
 

Mensalão: ratos começam a pular do barco.

Apesar de publicamente vestir a camisa de Rui Falcão para defender Lula nesse rolo com o STF, uma parcela considerável de petistas no Congresso reconhecia ontem a “trapalhada” de Lula ao tentar pressionar Gilmar Mendes e outros ministros a adiarem o julgamento do Mensalão. Um dos mensaleiros à espera de julgamento, João Paulo Cunha dizia “estar confuso” sobre o que pensar em relação a Lula e a Gilmar: – Acho que o Lula não seria inocente de chegar cobrando declaradamente alguma coisa, mas o ministro Gilmar Mendes é um ministro preparado. Eu diria até que o mais preparado do Supremo. Na avaliação de Cunha, Mendes não teria motivos para inventar um encontro tão escabroso como o ocorrido no escritório de Nelson Jobim. Para Cunha, ao tentar ajudar, Lula acabou contribuindo para jogar ainda mais luz sobre o Mensalão e ajudou a incendiar os ânimos dos ministros do STF às vésperas do julgamento. (Radar On Line)

A verdade é uma só.

Não existe "guerra de versões" sobre a conversa de Lula com Gilmar Mendes no escritório de Nelson Jobim.O ministro contou e reafirmou com detalhes o que foi dito. Lula e Jobim apenas o desmentiram, mas não apresentaram as respectivas versões a respeito do que foi dito naquele encontro.(Dora Kramer, em sua coluna de hoje, no Estadão)
BLOG DO NOBLAT

Lula, Gilmar e Jobim: respostas para suas dúvidas, por Ricardo Noblat

Por que Lula pediu a Nelson Jobim para patrocinar seu encontro com Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)?
Lula fora informado – mal informado – sobre uma série de viagens que Gilmar fizera na companhia do senador Demóstenes Torres (GO-sem-partido). Disseram-lhe que algumas – inclusive uma a Berlim – haviam sido financiadas pelo bicheiro Carlos Cachoeira.
Para Lula, o julgamento do mensalão do PT é o julgamento do seu governo pela Justiça.
A saída honrosa da presidência da República perderá parte do seu brilho se os mensaleiros forem condenados.
Um Gilmar em débito com a ética por ter viajado à custa de um contraventor seria uma presa fácil para Lula.
O controle político da CPI de Cachoeira está nas mãos de Lula, segundo ele próprio repetiu diversas vezes durante a conversa com Gilmar. Lula estava disposto a salvar Gilmar de constrangimentos. Em troca... Sabe como é.
Deu errado.
Gilmar coleciona os comprovantes de que ele e o STF pagaram a viagem a Berlim, onde mora uma de suas filhas. Antes ele passou por Granada, na Espanha, para participar de um seminário como palestrante.
O que Gilmar não disse a Lula foi que voou duas vezes a Goiânia a convite de Demóstenes e em jatinho arranjado por ele.
Quem pagou o aluguel do jatinho?
Em um dos grampos executados pela Polícia Federal, Demóstenes foi flagrado pedindo um jatinho a Cachoeira para transportar um ministro do STF.


Por que somente depois de um mês Gilmar resolveu tornar público seu encontro com Lula?
Gilmar sentiu-se humilhado por ter dado satisfações a Lula a respeito de sua viagem a Berlim. Ele e a mulher Guiomar eram amigos do casal Lula-Marisa. Jantaram no Palácio da Alvorada algumas dezenas de vezes. Gilmar calcula que ele e Lula se encontraram mais de 100 vezes num período de oito anos.
Em duas ocasiões, pelo menos, Gilmar salvou petistas de sérios apuros no STF.
Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda, foi um deles. Acusado de mandar quebrar o sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos, testemunha de suas frequentes idas a uma alegre mansão do Lago Sul de Brasília, Palocci acabou absolvido com o voto de Gilmar.
Por mais de um ano, Gilmar sentou-se em cima do processo que apontava Aloizio Mercadante como beneficiário da ação dos aloprados – funcionários da campanha de Lula à reeleição em 2006 que forjaram um dossiê para prejudicar as campanhas de Serra ao governo de São Paulo e de Alckmin à presidência da Repúbica. Aloizio safou-se.
Tamanha ingratidão machuca, não é?
Assim, no dia seguinte à reunião com Lula no apartamento de Jobim, Gilmar procurou o advogado Sigmaringa Seixas e revelou-lhe o que tinha ocorrido. Pediu para que a presidente Dilma Rousseff fosse informada a respeito.
Estava magoado com Lula, mas ainda decidido a engolir em seco a humilhação.
Aí se deu uma reviravolta. Gilmar ficou sabendo por meio de um jornalista que Lula, mesmo depois do que ouvira dele, continuava dizendo que Gilmar viajara, sim, com Demóstenes a expensas de Cachoeira.
O caldo entornou. Gilmar temeu ser alvo de ataques do PT na CPI de Cachoeira. Vacinou-se tornando pública sua versão do encontro com Lula.
Por que Jobim desmentiu a versão do encontro publicada pela revista VEJA e avalizada por Gilmar?
Se tudo se passou conforme o relato de Gilmar, Lula teria incorrido em crime de tentativa de obstrução da Justiça.
Gilmar afirma que Lula lhe dissera que encarregaria o ex-ministro Sepúlveda Pertence de convencer a ministra Carmem Lúcia a contribuir para o adiamento do julgamento do mensalão.
O ministro José Antônio Dias Toffoli hesita em votar. Foi Advogado-Geral da União durante parte do governo Lula e assessor do ex-ministro José Dirceu.
Lula confidenciou que orientara Toffoli a votar, sim senhor.
Por fim, Lula anunciou que procuraria para uma conversa o ministro Ayres Brito, presidente do STF. Queria tomar um vinho com Britto juntamente com o jurista que foi padrinho de sua indicação para ministro.
Jobim tinha duas maneiras de confirmar a versão de Gilmar. A direta: simplesmente confirmando-a sem restrições. A indireta: alegando que não assistira parte da conversa.
Ficaria mal com Lula se escolhesse qualquer uma das maneiras. Se escolhesse a maneira direta, poderia ser apontado como cúmplice de tentativa de obstrução da Justiça.
Desmentir Gilmar não custou a Jobim apenas a amizade de Gilmar. Custou uma fatia de sua credibilidade. Porque o desmentido foi acompanhado de uma mentira.
Ao repórterJorge Bastos Moreno, Jobim afirmou que o encontro de Lula era com ele. Que Gilmar apareceu em sua casa por coincidência. “Gilmar não sabia que encontraria Lula”, disse.
Em entrevistas a outros jornalistas, Jobim contou que Clara Ant, secretária de Lula, lhe telefonara três dias antes do encontro dizendo que Lula queria vê-lo e pedindo para que chamasse Gilmar.
Jobim telefonou para Gilmar e o convidou. Gilmar aceitou na hora. Não estivera com Lula desde que ele se descobrira portador de um câncer na laringe.

Enviado por Ricardo Noblat -
30.5.2012
| 20h54m

Geral

Calcinha encontrada no plenário da Câmara é incinerada

Peça íntima - azul e vermelha - caiu de bolso de deputado que foi votar

Maria Lima, O Globo

Uma calcinha achada há duas semanas no plenário da Câmara dos Deputados foi incinerada, segundo disse um segurança da Casa. O mistério ronda a Câmara e preocupa um deputado saliente.
Por volta das 17h, há cerca de 15 dias, no horário da Ordem do Dia, esse deputado chegou correndo para votar, e na entrada principal do plenário, próxima à Mesa, mexeu nos bolsos e sem ver, deixou cair a prova do crime: uma calcinha - mais para calçola - azul e vermelha, com babadinhos nas laterais.
Sem saber que deixara para trás o fetiche, o parlamentar foi para o meio do plenário. Um dos seguranças, vendo a calcinha estendida na entrada do plenário, sem despertar a atenção dos parlamentares, assessores e jornalistas que se amontoam na entrada, deu um chutinho discreto, empurrando a lingerie para o lado da lixeira.
Avisado pelos seguranças, um assessor do presidente Marco Maia (PT-RS) recolheu a calcinha e a escondeu no bolso. A partir daí, a peça íntima foi examinada por assessores, jornalistas e seguranças à exaustão. A única conclusão: a peça foi usada antes e não pertence a uma sílfide.
Sem saber o que fazer com o achado, a calcinha foi recolhida “aos achados e perdidos” da Segurança da Câmara e, depois, queimada. Até agora não foi reclamada por nenhum parlamentar.
Leia mais em Calcinha encontrada no plenário da Câmara é incinerada

BLOG DO REINALDO AZEVEDO
31/05/2012
às 7:43

LEIAM ABAIXO

Nunca ninguém elogiou a ditadura com tanto entusiasmo, denodo e servilismo como Mino Carta. E posso provar o que digo, é claro!;
Criticar Gilmar Mendes corresponde a punir a vítima. Ou: Cedendo ao gangsterismo, que chegou à Wikipédia;
Uma palavra de ordem para a esgotosfera: “Culpem o Serra!”;
Gilmar Mendes está mesmo de parabéns! Agora é um estafeta do ditador Hugo Chávez que protesta contra ele!;
Cabral, aquele da farra em Paris, se irrita com perguntas sobre a Delta;
Tribunal de Justiça de SP decide afastar presidente do TRE;
Serra pede cuidado para que decisão do STF sobre aborto não se transforme em eugenia;
Papéis vergonhosos: Gilberto Carvalho, ministro de estado, age como porta-voz de Lula, e Marco Maia, presidente da Câmara, como um juiz debochado;
Lula não gosta da conversa com Dilma, que lhe pediu para deixar o governo fora de suas lambanças - não com essas palavras, claro!;
Lula discursa, diz precisar tomar cuidado com quem não gosta dele; defende ministra demitida de seu governo sob suspeita de corrupção e afirma que imprensa precisa tirar a bunda da cadeira;
Petista agora acusa PSDB de se juntar ao PMDB contra o PT…;
Copom corta Selic em 0,5 ponto porcentual;
O ambíguo desagravo a Lula feito por Dilma Rousseff;
“A violação dos direitos de um indivíduo significa a abolição de todos os direitos”;
Todos os sigilos de Demóstenes são quebrados; se tiver de comparecer à CPI, senador vai ficar calado;
CPI convoca Perillo, que queria falar, e Agnelo, que não queria. Convocação de Cabral é rejeitada. Por quê?;
STF: 35 mil pedem julgamento do mensalão; 
 
 



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