DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 09-5-12
BLOG POLITIKA COM K
Cid
Gomes passa mal e é internado no HGF. Na foto, o governador aparece no
programa Primeiro Plano da TV Jangadeiro. Foto: reprodução da TV
Jangadeiro
O Governador Cid Gomes passou mal durante evento
de assinatura da Ordem de Serviço do Hospital Regional do Sertão Central
(HRSC), em Quixeramobim, nesta terça-feira (8) e foi trazido de
helicóptero para um hospital da capital cearense. Cid
Gomes foi internado no terceiro andar do Hospital Geral de Fortaleza
(HGF). Oficialmente, o mal estar seria motivado por “uma queda de pressão arterial”.
Alta
O governador passou poucas horas na unidade e perto de 1h da manhã foi liberado pelos médicos após passar por uma bateria de exames. Na saída, Cid Gomes não falou com a imprensa mas deixou o hospital acenando para os que aguardavam informações.
O governador passou poucas horas na unidade e perto de 1h da manhã foi liberado pelos médicos após passar por uma bateria de exames. Na saída, Cid Gomes não falou com a imprensa mas deixou o hospital acenando para os que aguardavam informações.
O governador seguiu para casa onde deve permanecer em repouso e observação.
Durante evento
De acordo com a assessoria do governador, Cid Gomes estava no palanque de autoridades quando pediu uma cadeira afirmando indisposição e quase desmaiou. Ele foi rapidamente socorrido pelo Samu e transportado de helicóptero para Fortaleza.
De acordo com a assessoria do governador, Cid Gomes estava no palanque de autoridades quando pediu uma cadeira afirmando indisposição e quase desmaiou. Ele foi rapidamente socorrido pelo Samu e transportado de helicóptero para Fortaleza.
Privado x Público
O helicóptero seguiria para o Hospital São Mateus mas, a pedido de Cid Gomes, acabou seguindo para o HGF, onde o governador foi internado para observação.
O helicóptero seguiria para o Hospital São Mateus mas, a pedido de Cid Gomes, acabou seguindo para o HGF, onde o governador foi internado para observação.
Exames
Cid Gomes foi submetido a uma bateria de exames, incluindo análises de sangue e uma tomografia computadorizada. Médicos de diferentes especialidades que estavam de plantão na unidade foram acionados para acompanhar o governador.
Cid Gomes foi submetido a uma bateria de exames, incluindo análises de sangue e uma tomografia computadorizada. Médicos de diferentes especialidades que estavam de plantão na unidade foram acionados para acompanhar o governador.
Acompanhantes
Os irmãos de Cid, Ciro Gomes e Ivo Gomes, acompanharam o governador na unidade de saúde. A movimentação de médicos foi intensa e aos poucos secretários e políticos começaram a chegar ao HGF.
Os irmãos de Cid, Ciro Gomes e Ivo Gomes, acompanharam o governador na unidade de saúde. A movimentação de médicos foi intensa e aos poucos secretários e políticos começaram a chegar ao HGF.
O procurador da Assembleia Legislativa, Reno Ximenes, o secretário de Turismo, Bismarck Maia, e o secretário da Copa, Ferruccio Feitosa, também foram ao hospital acompanhar a recuperação de Cid Gomes.
Fala Ciro
Durante entrevista, Ciro Gomes disse que o irmão não chegou a desmaiar mas que seguia em observação. Disse ainda que não poderia da maiores detalhes e que um boletim médico será divulgado para informar o estado de saúde do governador.
Durante entrevista, Ciro Gomes disse que o irmão não chegou a desmaiar mas que seguia em observação. Disse ainda que não poderia da maiores detalhes e que um boletim médico será divulgado para informar o estado de saúde do governador.
E ainda
O governador passou o dia em Brasília e ainda iria participar de uma carreata que marcaria a pavimentação dos 53,8 quilômetros entre Quixeramobim e Madalena.
O governador passou o dia em Brasília e ainda iria participar de uma carreata que marcaria a pavimentação dos 53,8 quilômetros entre Quixeramobim e Madalena.
Twitter
Pelo perfil oficial do Governo do Ceará, no twitter, a assessoria de Cid Gomes informou que o governador foi internado para observação no HGF.
Pelo perfil oficial do Governo do Ceará, no twitter, a assessoria de Cid Gomes informou que o governador foi internado para observação no HGF.
“Cid Gomes teve uma
indisposição esta noite e está em observação no HGF. Ele passa bem e
agradece as manifestações de carinho dos cearenses”, diz o tweete.
Informação oficial
Após dar alta ao governador, os médicos responsáveis pelo atendimento assinaram boletim com informações sobre o estado de saúde de Cid Gomes.
Após dar alta ao governador, os médicos responsáveis pelo atendimento assinaram boletim com informações sobre o estado de saúde de Cid Gomes.
Acompanhe, na íntegra, o que dizem os médicos através do boletim:
Boletim Médico – Governador Cid Gomes
Fortaleza, 09 de maio de 2012
Fortaleza, 09 de maio de 2012
O
Hospital Geral de Fortaleza (HGF) informa que o paciente Cid Ferreira
Gomes teve na noite desta terça- feira (08) uma indisposição (síndrome
vasovagal) motivada por uma queda de pressão determinada por
medicamentos que o paciente vem utilizando devido a uma cirurgia ocular
realizada recentemente.
A
equipe médica informa ainda que o paciente realizou exames de rotina
que não revelaram nenhuma anormalidade. O paciente já recebeu alta.
Dr. Augusto Guimarães – cardiologista
Dr. João José de Carvalho – neurologista
Dr. José Morano – Diretor Médico do HGF
Dr. João José de Carvalho – neurologista
Dr. José Morano – Diretor Médico do HGF
Com informações do repórter Nilson Bezerra
COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Ramificações
Torneira
A fraude compensa
Correndo por fora
Logo ali
Os bispos da Bolívia abriram guerra contra o
cultivo de folha de coca numa área de reserva ambiental em Santa Cruz de
La Sierra, fronteira com o Brasil, incentivado pelo presidente
maluquete Evo Morales.
BLOG DO CORONELEAKS
PT transforma CPMI em guerra contra a liberdade de imprensa.
Do Painel da Folha:
O PT decidiu investir todas as fichas em transformar a CPI criada para
apurar as relações de Carlinhos Cachoeira com autoridades de várias
instâncias numa investigação sobre a imprensa. A estratégia, antes
discreta, se intensificou após reunião de petistas ontem. No depoimento
secreto do delegado Raul Alexandre Sousa, que conduziu a
Operação Vegas, as perguntas de petistas e aliados se concentraram nas
ligações de Cachoeira com jornalistas. Sousa disse que, após longa
investigação, a Polícia Federal não verificou nada de impróprio nessas
relações nem viu razões de indiciar jornalistas ou investigar órgãos de
imprensa.
QG A reunião em que petistas e aliados decidiram concentrar o
foco na imprensa foi feita na liderança do PT no Senado. Um senador
petista saiu externando o espírito reinante: "Se a mídia quer guerra,
vai ter guerra".
Soldados A tropa de choque anti-imprensa na sessão secreta de
ontem foi composta pelos senadores Fernando Collor (PTB-AL) e Humberto
Costa (PT-PE) e pelos deputados Luiz Sérgio (PT-RJ), Doutor Rosinha
(PT-PR) e Protógenes Queiroz (PC do B-SP).
Da mesma Folha:
O delegado Raul Souza respondeu ontem a questionamentos de petistas e do senador Fernando Collor (PTB-AL) sobre a relação de Carlinhos Cachoeira e a mídia. Questionado se havia “matérias encomendadas” por Cachoeira na revista “Veja”, o delegado disse que há várias conversas entre o empresário e o diretor da publicação em Brasília, Policarpo Júnior, mas que elas denotam apenas relação entre repórter e fonte.
O depoimento do delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Souza complicou a situação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel (foto abaixo). Pelo menos dois parlamentares que integram a CPI e não são da base governista mudaram de opinião em relação ao procurador depois de ouvir o delegado.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) deixaram a reunião da comissão defendendo a convocação de Gurgel.
- Ele (Gurgel) está sem defesa. Não há argumento: ele estava com a bomba atômica na mão (relatório contra Demóstenes) e nada fez - disse Lorenzoni.
Randolfe Rodrigues deve apresentar nesta quarta-feira um requerimento para convidar a subprocuradora Cláudia Sampaio para se explicar à CPI.
Ela recebeu o relatório da Operação Vegas em setembro de 2009 e não tomou nenhuma providência. Se as explicações da subprocuradora não forem satisfatórias, Randolfe entende que cabe ao procurador-geral se esclarecer perante à CPI.
- Ele disse que a Vegas não tinha elementos para impedir a abertura de inquérito (contra Demóstenes), mas no pedido que ele fez depois ao STF, ele usou 16 itens da operação.
Leia também Base do governo quer convocar procurador-geral na CPI do Cachoeira
Leia ainda CPI pode convocar mulher de Gurgel
O delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques Souza (foto abaixo) apontou nesta terça-feira, em depoimento à CPI do Cachoeira, os indícios de como o senador Demóstenes Torres (Sem partido-GO) colocou o mandato a serviço do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Da mesma forma que fez no relatório final da Operação Vegas, o delegado reafirmou o envolvimento dos deputados Carlos Leréia (PSDB-GO) e João Sandes Júnior (PP-GO) com o bicheiro.
Ao responder perguntas dos parlamentares sobre o caso, o delegado pôs em xeque a atuação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. O procurador recebeu o relatório da Vegas em 15 de setembro de 2009 e nada fez.
Gurgel só pediu abertura de inquérito contra Demóstenes no Supremo Tribunal Federal (STF) em 27 de março deste ano, cinco dias depois de O GLOBO revelar o conteúdo das ligações entre o senador e Cachoeira. As declarações do delegado surpreenderam os parlamentares e devem redefinir os rumos da CPI.
— Estou convencido: o senador Demóstenes Torres era o braço político da organização. Estou mais convencido do envolvimento do senador. Estou mais convencido ainda do envolvimento dos deputados Sandes Júnior e Leréia.Me parece que não resta dúvida alguma do envolvimento deles — afirmou o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), depois de ouvir a explanação do delegado.
Durante a operação Vegas, foram gravadas mais de mil horas de conversas de Cachoeira com Demóstenes e outros supostos integrantes da organização do bicheiro.
— O delegado confirmou as ligações do senador com Cachoeira, que são cada vez mais claras — disse o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).
Leia mais em Delegado diz que Demóstenes era braço político da organização
O delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques constrangeu o deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP, foto abaixo) no fim da sessão secreta da CPI do Cachoeira, que durou mais de sete horas.
Em meio a questionamentos de Protógenes sobre o envolvimento de setores da mídia com a organização criminosa, o delegado o rebateu, citando a proximidade do parlamentar com o araponga Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, braço-direito de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Marques lembrou de escutas da operação Vegas em que Protógenes foi flagrado conversando com Dadá. Segundo o delegado, um dos diálogos indica o interesse do deputado em se aproximar do ex-diretor da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, apontado pela PF como um dos principais aliados do bicheiro. Protógenes teria dito no grampo ter uma missão para o araponga: apresentá-lo ao dirigente da empreiteira.
Membro da CPI, o deputado federal aparece também nas investigações da operação Monte Carlo. Conforme revelou o Estado, Protógenes foi flagrado em pelo menos seis conversas suspeitas com o araponga.
Segundo a PF, Dadá esteve a serviço de Protógenes na Operação Satiagraha e, nas conversas, recebe orientações do ex-delegado sobre como agir para embaraçar a investigação aberta pela corregedoria da PF sobre desvios no comando da operação que culminou com a prisão do banqueiro Daniel Dantas - a Satiagraha.
Leia mais em Protógenes tentou contato com esquema do Cachoeira, diz Polícia Federal
O governo Sérgio Cabral (PMDB) aumentou em 294% os gastos da administração estadual com diárias no exterior desde 2007. Naquele ano, foram pagos R$ 663 mil para esse tipo de despesa contra R$ 3,2 milhões em 2011 — aumento nominal de 391%. Atualizando valores pela inflação, o aumento fica em 294%.
Até o mês passado, o governo já havia desembolsado R$ 12,3 milhões para bancar diárias em hotéis e alimentação da equipe do governo em países da Europa e nos Estados Unidos.
Desse total, R$ 1,2 milhão foram pagos nos quatro primeiros meses deste ano. No primeiro mandato de Cabral, a chefe do cerimonial do governo, Adriana Novis de Leite Pinto, foi quem mais gastou com diárias: R$ 153 mil. O governador não ficou muito atrás. Entre 2007 e o ano passado, as despesas de Cabral nesse item foram de R$ 143 mil. Já o secretário chefe da Casa Civil, Régis Fichtner, gastou R$ 66 mil.
Cabral vem sendo questionado por suas viagens após divulgação, no blog do deputado federal e ex-governador Anthony Garotinho (PR), de imagens suas e de secretários estaduais em jantares e festas em que estava presente o dono da Delta Construções, Fernando Cavendish, que é amigo de Cabral e tem contratos com o estado.
A Secretaria da Casa Civil é uma das que mais desembolsou no período. Em 2011, dos R$ 3,2 milhões gastos por todo governo com diárias no exterior, 26% (R$ 847 mil) foram pagos por esse órgão.
Régis Fichtner é o responsável por fazer a auditoria nos contratos da Delta Construções com o governo do estado. A medida foi anunciada após vir à tona o relacionamento da construtora com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Procurado para explicar o aumento dos gastos e como é feita a prestação de contas, o governo do estado enviou uma nota, na qual informou que as despesas são estimadas previamente de acordo com a realidade de cada destino. Assim, os secretários, assessores e servidores recebem o dinheiro e “não há necessidade de posterior prestação de contas”.
De acordo com o governo, Sérgio Cabral fez 37 viagem ao exterior em missão oficial desde 2007. Vinte e uma dessas missões tiveram como destino a França. Paris, a capital francesa, recebeu o governador cinco vezes neste período.
Pelo menos quatro deputados estaduais —Marcelo Freixo (PSOL), Luiz Paulo (PSDB), Clarissa Garotinho (PR) e Paulo Ramos (PDT) — formalizaram na mesa diretora da casa requerimentos em que pedem informações sobre estas viagens. Nenhum deles, no entanto, recebeu resposta.
Ao GLOBO, a assessoria do governador argumentou que o aumento das despesas com diárias no exterior aconteceu porque “tem sido uma prática do governo fazer com que os servidores busquem experiências, aprendizado e formação em outros países.”
Por fim, afirmou que estas viagens serviram para trazer para o Rio grandes eventos como a conferência ambiental Rio+20, a Copa das Confederações, a Jornada Mundial da Juventude e a Copa do Mundo de 2014.
O governo argumentou ainda que o valor gasto em viagens internacionais em 2011 se refere às despesas de todo o governo com viagens oficiais e é um valor compatível se comparado com o orçamento total do Estado, que é de R$ 64 bilhões. E que o resultado das missões acaba impulsionando o desenvolvimento econômico do estado.
Da mesma Folha:
O delegado Raul Souza respondeu ontem a questionamentos de petistas e do senador Fernando Collor (PTB-AL) sobre a relação de Carlinhos Cachoeira e a mídia. Questionado se havia “matérias encomendadas” por Cachoeira na revista “Veja”, o delegado disse que há várias conversas entre o empresário e o diretor da publicação em Brasília, Policarpo Júnior, mas que elas denotam apenas relação entre repórter e fonte.
Souza também
citou grampo na qual Cachoeira diz que vai entregar uma gravação
provando compra de votos numa cidade de Goiás à Rede Globo, sem outra
referência sobre o que ocorreu. Por
fim, o delegado relatou que há conversas em que Cachoeira cita
pagamentos a dois jornais de Goiás, o “Opção” e o “Diário da Manhã”, mas
não fica claro do que se trata.
Um
jornalista da segunda publicação, disse o empresário, estaria em sua
folha de pagamento. O delegado disse não saber a veracidade do relato.
Os dois jornais, procurados, não responderam. Setores
do PT têm como estratégia a tentativa de desqualificar órgãos de
imprensa às vésperas do julgamento do mensalão. Já Collor, que sofreu
impeachment em 92 após reportagens que alimentaram uma CPI, tem feitos
seguidos ataques à imprensa.
Dilma blinda Exército contra Comissão da Verdade.
Na semana em que deve anunciar os nomes para a Comissão da Verdade,
Dilma Rousseff rasga elogios ao Exército. Só faltou reconhecer que a
instituição cumpriu o seu dever constitucional ao proteger o país da
ameaça do comunismo internacional, que queria implantar uma ditadura no
Brasil, usando a luta armada e o terrorismo como instrumentos. Ela sabe
disso melhor do que ninguém.
A presidente Dilma Rousseff fez ontem um discurso elogioso às Forças
Armadas e à missão de Paz no Haiti, comandada pelo Exército, e acenou
com investimentos. Durante a cerimônia de apresentação dos novos oficiais-generais no
Palácio do Planalto, Dilma afirmou que as Forças Armadas devem estar
"bem equipadas e bem treinadas" para proteger o patrimônio do país,
citando as hidrelétricas e o pré-sal. "Estamos trabalhando para que a recomposição da capacidade operativa das
Forças Armadas esteja associada à busca de autonomia tecnológica e
acompanhada do fortalecimento da indústria de defesa nacional", afirmou.
A presidente disse que a missão de paz no Haiti foi liderada com
"sensatez e competência" e citou também o controle das fronteiras. "Os
resultados alcançados [...] demonstram a capacidade de nossas Forças
Armadas de reprimir o ilícito, ampliar a proteção de nossas fronteiras
e, em simultâneo, a prestação de serviços médicos e sociais à população
dessas regiões", afirmou Dilma. A presidente lembrou ainda do trabalho
conjunto com as autoridades dos
Estados, sobretudo o Rio, para "recuperar o controle sobre áreas
conflagradas" e garantir a segurança nos "grandes eventos
internacionais".(Folha de São Paulo)
Temer não vê motivos para Cabral depor na CPMI. Na verdade, o caso é de polícia.
O vice-presidente Michel Temer, principal líder do PMDB, disse ontem não
ver motivos para que o governador do Rio, o peemedebista Sérgio Cabral,
seja convocado pela CPI do Cachoeira. Para ele, as viagens e o jantar
do colega de partido com o empreiteiro Fernando Cavendish, dono da
Delta, não configuram crime. Embora Temer tenha tido o cuidado de
ressaltar que não deseja influir na
investigação do Congresso, trata-se de uma declaração de peso. O vice é
presidente nacional licenciado do PMDB.
Temer falou em entrevista à Folha e ao UOL. Seu recado sobre
Cabral reforça a estratégia do governo de proteger os governadores de
partidos aliados. Outro citado nas investigações é o governador do DF,
Agnelo Queiroz (PT). Deputados e senadores pró-governo querem impedir a convocação de Cabral e
de Agnelo. Ao mesmo tempo, tentarão forçar um depoimento do governador
de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).
Cabral aparece em viagem ao exterior confraternizando com Cavendish em
imagens divulgadas pelo deputado Anthony Garotinho (PR-RJ). Para Temer,
esse fato "pode ser apurado". Indagado se o governador deveria se explicar melhor sobre seu
relacionamento com Cavendish, Temer disse que ele poderá fazer isso "não
necessariamente na CPI". "Me me parece que chamar o Sérgio Cabral porque ele jantou com um
empreiteiro, ou jantou com secretários ou o que seja... Só se a
ilegalidade for jantar com um empreiteiro. Se isto for ilegal, muito
bem. Não me parece." Ele frisou, porém, que a convocação de governadores "é uma decisão da CPI". (Folha de São Paulo)
Comentário: Cabral jantou, caiu de avião, marcou casamento,
dançou na boquinha da garrafa, encheu o empreiteiro de contratos, o
empreteiro superfaturou obras segundo relatórios do TCU, o governador
não tem dinheiro para pagar as contas feitas no Ritz de Paris, segundo o
IR que apresentou às autoridades... Deveria depor na polícia, sem
escala na CPMI.
BLOG DO NOBLAT
Depoimento de delegado da PF na CPI complica situação de Gurgel
Jaílton de Carvalho e André de Souza, O GloboO depoimento do delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Souza complicou a situação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel (foto abaixo). Pelo menos dois parlamentares que integram a CPI e não são da base governista mudaram de opinião em relação ao procurador depois de ouvir o delegado.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) deixaram a reunião da comissão defendendo a convocação de Gurgel.
- Ele (Gurgel) está sem defesa. Não há argumento: ele estava com a bomba atômica na mão (relatório contra Demóstenes) e nada fez - disse Lorenzoni.
Randolfe Rodrigues deve apresentar nesta quarta-feira um requerimento para convidar a subprocuradora Cláudia Sampaio para se explicar à CPI.
Ela recebeu o relatório da Operação Vegas em setembro de 2009 e não tomou nenhuma providência. Se as explicações da subprocuradora não forem satisfatórias, Randolfe entende que cabe ao procurador-geral se esclarecer perante à CPI.
- Ele disse que a Vegas não tinha elementos para impedir a abertura de inquérito (contra Demóstenes), mas no pedido que ele fez depois ao STF, ele usou 16 itens da operação.
Leia também Base do governo quer convocar procurador-geral na CPI do Cachoeira
Leia ainda CPI pode convocar mulher de Gurgel
Delegado diz que Demóstenes era braço político da organização
Jaílton de Carvalho e André de Souza, O GloboO delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques Souza (foto abaixo) apontou nesta terça-feira, em depoimento à CPI do Cachoeira, os indícios de como o senador Demóstenes Torres (Sem partido-GO) colocou o mandato a serviço do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Foto: Aílton de Freitas / O Globo
Da mesma forma que fez no relatório final da Operação Vegas, o delegado reafirmou o envolvimento dos deputados Carlos Leréia (PSDB-GO) e João Sandes Júnior (PP-GO) com o bicheiro.
Ao responder perguntas dos parlamentares sobre o caso, o delegado pôs em xeque a atuação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. O procurador recebeu o relatório da Vegas em 15 de setembro de 2009 e nada fez.
Gurgel só pediu abertura de inquérito contra Demóstenes no Supremo Tribunal Federal (STF) em 27 de março deste ano, cinco dias depois de O GLOBO revelar o conteúdo das ligações entre o senador e Cachoeira. As declarações do delegado surpreenderam os parlamentares e devem redefinir os rumos da CPI.
— Estou convencido: o senador Demóstenes Torres era o braço político da organização. Estou mais convencido do envolvimento do senador. Estou mais convencido ainda do envolvimento dos deputados Sandes Júnior e Leréia.Me parece que não resta dúvida alguma do envolvimento deles — afirmou o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), depois de ouvir a explanação do delegado.
Durante a operação Vegas, foram gravadas mais de mil horas de conversas de Cachoeira com Demóstenes e outros supostos integrantes da organização do bicheiro.
— O delegado confirmou as ligações do senador com Cachoeira, que são cada vez mais claras — disse o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).
Leia mais em Delegado diz que Demóstenes era braço político da organização
Protógenes tentou contato com esquema do Cachoeira, diz PF
Alana Rizzo e Fabio Fabrini, Estadão.com.brO delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques constrangeu o deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP, foto abaixo) no fim da sessão secreta da CPI do Cachoeira, que durou mais de sete horas.
Em meio a questionamentos de Protógenes sobre o envolvimento de setores da mídia com a organização criminosa, o delegado o rebateu, citando a proximidade do parlamentar com o araponga Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, braço-direito de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Marques lembrou de escutas da operação Vegas em que Protógenes foi flagrado conversando com Dadá. Segundo o delegado, um dos diálogos indica o interesse do deputado em se aproximar do ex-diretor da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, apontado pela PF como um dos principais aliados do bicheiro. Protógenes teria dito no grampo ter uma missão para o araponga: apresentá-lo ao dirigente da empreiteira.
Membro da CPI, o deputado federal aparece também nas investigações da operação Monte Carlo. Conforme revelou o Estado, Protógenes foi flagrado em pelo menos seis conversas suspeitas com o araponga.
Segundo a PF, Dadá esteve a serviço de Protógenes na Operação Satiagraha e, nas conversas, recebe orientações do ex-delegado sobre como agir para embaraçar a investigação aberta pela corregedoria da PF sobre desvios no comando da operação que culminou com a prisão do banqueiro Daniel Dantas - a Satiagraha.
Leia mais em Protógenes tentou contato com esquema do Cachoeira, diz Polícia Federal
Gastos com viagens triplicam no governo de Sérgio Cabral
Fábio Vasconcelos, O GloboO governo Sérgio Cabral (PMDB) aumentou em 294% os gastos da administração estadual com diárias no exterior desde 2007. Naquele ano, foram pagos R$ 663 mil para esse tipo de despesa contra R$ 3,2 milhões em 2011 — aumento nominal de 391%. Atualizando valores pela inflação, o aumento fica em 294%.
Até o mês passado, o governo já havia desembolsado R$ 12,3 milhões para bancar diárias em hotéis e alimentação da equipe do governo em países da Europa e nos Estados Unidos.
Cabral em frente à Prefeitura de Paris Foto: Carlos Magno / Divulgação
Desse total, R$ 1,2 milhão foram pagos nos quatro primeiros meses deste ano. No primeiro mandato de Cabral, a chefe do cerimonial do governo, Adriana Novis de Leite Pinto, foi quem mais gastou com diárias: R$ 153 mil. O governador não ficou muito atrás. Entre 2007 e o ano passado, as despesas de Cabral nesse item foram de R$ 143 mil. Já o secretário chefe da Casa Civil, Régis Fichtner, gastou R$ 66 mil.
Cabral vem sendo questionado por suas viagens após divulgação, no blog do deputado federal e ex-governador Anthony Garotinho (PR), de imagens suas e de secretários estaduais em jantares e festas em que estava presente o dono da Delta Construções, Fernando Cavendish, que é amigo de Cabral e tem contratos com o estado.
A Secretaria da Casa Civil é uma das que mais desembolsou no período. Em 2011, dos R$ 3,2 milhões gastos por todo governo com diárias no exterior, 26% (R$ 847 mil) foram pagos por esse órgão.
Régis Fichtner é o responsável por fazer a auditoria nos contratos da Delta Construções com o governo do estado. A medida foi anunciada após vir à tona o relacionamento da construtora com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Procurado para explicar o aumento dos gastos e como é feita a prestação de contas, o governo do estado enviou uma nota, na qual informou que as despesas são estimadas previamente de acordo com a realidade de cada destino. Assim, os secretários, assessores e servidores recebem o dinheiro e “não há necessidade de posterior prestação de contas”.
De acordo com o governo, Sérgio Cabral fez 37 viagem ao exterior em missão oficial desde 2007. Vinte e uma dessas missões tiveram como destino a França. Paris, a capital francesa, recebeu o governador cinco vezes neste período.
Pelo menos quatro deputados estaduais —Marcelo Freixo (PSOL), Luiz Paulo (PSDB), Clarissa Garotinho (PR) e Paulo Ramos (PDT) — formalizaram na mesa diretora da casa requerimentos em que pedem informações sobre estas viagens. Nenhum deles, no entanto, recebeu resposta.
Ao GLOBO, a assessoria do governador argumentou que o aumento das despesas com diárias no exterior aconteceu porque “tem sido uma prática do governo fazer com que os servidores busquem experiências, aprendizado e formação em outros países.”
Por fim, afirmou que estas viagens serviram para trazer para o Rio grandes eventos como a conferência ambiental Rio+20, a Copa das Confederações, a Jornada Mundial da Juventude e a Copa do Mundo de 2014.
O governo argumentou ainda que o valor gasto em viagens internacionais em 2011 se refere às despesas de todo o governo com viagens oficiais e é um valor compatível se comparado com o orçamento total do Estado, que é de R$ 64 bilhões. E que o resultado das missões acaba impulsionando o desenvolvimento econômico do estado.
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