DA MÍDIA SEM MORDAÇA


COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
 

Câmara engaveta proposições
contra corrupção

Nos últimos treze anos, a Câmara dos Deputados instalou 40 comissões parlamentares de inquérito (CPIs), que produziram muito barulho e mais de setenta propostas para o aperfeiçoamento da lei para combater a corrupção, dificultar a prática de irregularidades no uso de dinheiro público e solucionar falhas. Mas, até hoje, os deputados não votaram sequer uma dessas propostas no plenário.

Importantes

Dentre as CPIs mais famosas da História recente, estão as do Orçamento, PC Farias, Bingos, Correios, Mensalão, Sanguessugas...

Redução drástica

No segundo governo de FHC, as CPIs instaladas na Câmara indiciaram 948 pessoas. No primeiro governo Lula, apenas 21 foram indiciadas.

Por que será?

O número de CPIs caiu à metade nas duas legislaturas. Na gestão do ex-presidente FHC, foram instaladas 19, contra dez no governo Lula.

Chapa branca

O senador Magno Malta (PR-ES) explica seu desinteresse pela CPI do Cachoeira: “A comissão não vai dar em nada, é chapa branca”.

Jura

O governo federal bateu o recorde histórico de pagamento de juros: jurou construir 10 milhões de casas, jurou melhorar o SUS e jurou combater a corrupção.

Sweet Home

Mais baratos e melhores, imóveis nos Estados Unidos agora são financiados pelo Banco do Brasil, com taxas de juros camaradas. A construção civil americana agradece a expansão dos empregos.

Tudo pelo social

O Superior Tribunal Militar comprou 66 ternos e 170 camisas, 129 gravatas, 20 cintos, 170 pares de meia e 68 de sapatos. O guarda-roupa “social” custou R$ 42,9 mil, mostra a ONG Contas Abertas.

CE: vereadores custam caro demais

A reportadem do Diário do Nordeste deste domingo (29) informa que o pagamento de salários dos 1.729 vereadores cearenses somam cerca de R$ 54 milhões por ano. Porém, os gastos totais não param por aí. Segundo o jornal, além do subsídio mensal, eles dispõem de uma série de benefícios para cobrir despesas como transporte, publicidade, assessorias, passagens e hospedagens. Apesar do elevado custo dos mandatos, a maior parte desses vereadores só precisa ir à Câmara Municipal uma ou duas vezes por semana. O alto custo do Poder Legislativo tem sido historicamente alvo de críticas por parte de diversos setores da sociedade. Embora grande parte da população considere altos os orçamentos das câmaras municipais e os valores destinados aos parlamentares, alguns vereadores discordam, argumentando que os recursos destinados aos seus mandatos nem sempre são suficientes para cumprir com eficiência o papel parlamentar.



BLOG DO CORONELEAKS 

Correria para indicar o ministro antes do Dia do Trabalho.

A presidente Dilma Rousseff deve anunciar ainda hoje o nome do deputado Brizola Neto (RJ) como novo ministro do Trabalho, na cota do PDT, em substituição ao ex-ministro Carlos Lupi, presidente da legenda, que deixou a vaga há quase cinco meses. Dilma e Lupi se encontram, às 10h, no Palácio do Planalto. Embora oficialmente o partido tenha garantido, em nota divulgada em março, que não há veto a nenhum dos nomes, nos bastidores ainda é forte a resistência de parte da bancada pedetista na Câmara à indicação de Brizola Neto. Outros dois nomes estão no páreo: o do deputado Vieira da Cunha (RS), e o do secretário geral da legenda, Manoel Dias. (O Globo)
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Cabraldish festando em Mônaco com Cavendish.

Mais uma denúncia do Blog do Garotinho, fartamente documentada.
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BLOG DO NOBLAT


Quando faltava um código de ética a Cabral, por Ricardo Noblat

 

Gente: menos rigor com Sérgio Cabral, governador do Rio. Menos!
Somente em 2011 ele teve a feliz idéia de encomendar um código de ética para orientar sua conduta.
Não havia código quando ele voou em jatinho de Eike Batista. Nem quando dançou agachado à porta de um hotel em Paris junto com Fernando Cavendish, dono da empreiteira Delta e seu amigo.


A viagem a Paris em 2009 foi uma festa.
O ex-governador Garotinho publicou em seu blog fotografias de Cabral e Cavendish (fotos acima); de Cavendish dançando abraçado com os secretários Wilson Carlos (Governo) e Sérgio Côrtes (Saúde); e de Cavendish ao lado dos sorridentes secretários Júlio Lopes (Transporte) e Régis Fichtner (Casa Civil).
A Delta foi beneficiada pelo governo Cabral com obras avaliadas em R$1,49 bilhão. Pasmem: o governo desconhece o número exato de contratos celebrados com ela.
Parte dos contratos foi dada à Delta sem que ela precisasse disputar licitações. A Delta tem obras em todos os Estados – mas em nenhum se deu tão bem como no Rio.
Na semana passada, Cavendish afastou-se da presidência da Delta depois de descoberta a ligação da empresa com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso desde o início de março último, acusado de formação de quadrilha e de patrocínio de jogos ilegais. Cachoeira é suspeito de ser sócio oculto da Delta.
Datam do mesmo ano da milionária viagem a Paris com Cabral declarações gravadas de Cavendish onde ele diz o que pensa sobre os políticos durante conversa com diretores da Delta e da empresa Sygma.
“Se eu botar 30 milhões na mão de um político, eu sou convidado pra coisa pra caralho. Pode ter certeza disso”, diz. E segue:
- Estou sendo muito sincero com vocês: seis milhões aqui, eu ia ser convidado (para tocar obras). "Ô, senador fulano de tal, se convidar, eu boto o dinheiro na tua mão".
Cavendish deixa claro que não é qualquer um que receberá propina dele. “Eu não me interesso pela arraia-miúda. Nenhum interesse por arraia-miúda.” Cabral é arraia grande.
De volta a 2009. Como Cabral poderia supor que desrespeitava a ética com a viagem a Paris se não dispunha de um código que estabelecesse os limites de ação de um homem público?
Sem um código, convenhamos, o que é aético para você pode não ser para mim – e vice e versa. Concorda?
Digitei “ética” no Google. Fiz isso no último sábado. Sabe quantas páginas me foram oferecidas? Em números redondos, 57 milhões.
Digitei “código de ética”. Havia quase 17 milhões de páginas disponíveis.
Quer dizer: trata-se de um assunto complexo, sujeito a interpretações que variam de acordo com o tempo (época) e o espaço (lugar).
Antes da confecção do código, Cabral só contava com a própria intuição para guiá-lo.
Digamos que tivesse lido este trecho: “Ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. Serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado”.
Talvez se perguntasse: “O bom funcionamento social esteve ameaçado nas vezes que viajei com Cavendish ou telefonei para Eike pedindo seu jato emprestado?”
Em certa ocasião, o jato ficou uma semana com ele e a família. Foi às Bahamas, voltou a Manaus, foi às Bahamas, voltou ao Rio, foi às Bahamas e finalmente voltou ao Rio.
Cabral é inteligente e esperto, mas um tanto descuidado.
Não deve ter identificado nenhum conflito de interesses em governar um Estado que favorece negócios de Cavendish e de Eike e ao mesmo tempo ser passageiro contumaz do jato de um e par constante do outro.
Mas depois do código, isso é passado, acredite. Ou não é?
O código, por exemplo, exalta a transparência.
O Jornal Nacional quis saber como Cabral e a sua turma haviam chegado a Paris há três anos. E quem pagou as despesas.
A resposta foi o silêncio envergonhado.
Sabe de uma coisa?
Dever de casa para Cabral até o fim do seu mandato: ler todo dia uma página do código, recomeçando depois que acabar de ler a última.


Demóstenes Torres fez lobby no STJ por aliado de Cachoeira

 

O Globo
O senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) pediu a vários ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) a anulação de um processo contra um aliado do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Gravações da Polícia Federal mostram que na véspera do julgamento, em junho do ano passado, Demóstenes telefonou para Cachoeira para pedir novamente o número do processo, para continuar o lobby pelos gabinetes dos ministros.
Foto: André Coelho / O Globo

O caso estava na Segunda Turma e o ministro Mauro Campbell Marques foi o único a votar pela anulação do processo contra Amilton Batista Faria, presidente da Câmara de Vereadores de Anápolis, importante aliado de Cachoeira. O ministro nega favorecimento, mas convicção jurídica no seu voto.
Batista foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Goiás por contratar servidor fantasma às custas dos cofres públicos. Depois de sofrer derrota no tribunal, em Goiás, o vereador tentou escapar da punição no STJ com a ajuda de Cachoeira e Demóstenes.
O próprio Cachoeira reconhecia o vereador como réu confesso, mas acreditou que o senador Demóstenes poderia ajudá-lo.
A pedido do bicheiro, depois da primeira ronda, o senador repassa a ele algumas informações sobre a empreitada. A conversa foi interceptada no dia 15 de junho do ano passado.
— To chegando aqui. Aquele ministro que nós pedimos, votou com a gente. O outro votou contra. Então tá um a um — avisa o senador.
Cachoeira manda Demóstenes continuar seu périplo pelos gabinetes.
— Tem que pedir os outros, né. Agora é decisivo aí — ordena o bicheiro.
Leia mais em Demóstenes Torres fez lobby no STJ por aliado de Cachoeira


DF: vice armava para derrubar Agnelo

 

Brasil 247
A crise política deflagrada pela Operação Monte Carlo pode ganhar contornos incontroláveis no Distrito Federal. Um dos trechos do inquérito vazado pelo 247 aponta que o vice-governador Tadeu Filipelli, do PMDB, conspirava para derrubar o governador Agnelo Queiroz (foto abaixo), do PT. O trecho aparece na página 202, do anexo 7.
Trata-se do resumo de uma conversa entre o espião Idalberto Matias, o Dadá, e o policial Marcelão, que é também dono de uma agência de publicidade no Distrito Federal, a Plá. Nela, ambos comentam que o jornalista Mino Pedrosa, ex-assessor de Carlos Cachoeira, teria um contrato de R$ 100 mil mensais, que seriam pagos por Filipelli.
Foto: Gustavo Miranda /  O Globo

Ambos comentam ainda que outro jornalista, chamado Edson Sombra, seria também remunerado pelo vice-governador. Há ainda uma anotação sobre um apartamento que teria sido dado por Cachoeira a Mino Pedrosa em Brasília. Além disso, Mino teria uma cunhada empregada no gabinete de Demóstenes Torres (sem partido/GO).
Nos últimos meses, o governador Agnelo Queiroz recebeu ataques em série. Denúncias, que antes eram publicadas em blogs de jornalistas do DF, como Edson Sombra e Mino Pedrosa, depois eram amplificadas em veículos de grande circulação nacional, como Veja e Época.
Até agora, no entanto, o inquérito tem revelado que o esquema Delta-Cachoeira não conseguiu se infiltrar no governo do Distrito Federal da mesma maneira como dominava o estado de Goiás
Leia mais em Bomba no DF: vice armava para derrubar governador











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