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PRIMEIRA EDIÇÃO DE SÁBADO

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Sábado, 06/06/2020
Dezenas de ônibus foram alugados em Brasília para transportar “mortadelas” das cidades próximas até o centro do Plano Piloto, para “fazer número” na manifestação deste domingo (7) contra o governo de Jair Bolsonaro. Além dos ônibus, também foram contratados lanches a serem distribuídos entre manifestantes, que também receberão cachê. Modelo idênticos aos protestos contra o impeachment de Dilma Rousseff.
O rapaz espancado por dois PMs na cidade de Planaltina, perto de Brasília, será um dos “mortadelas”, neste domingo. Vai virar “estrela”.
Já nesta sexta-feira (5), policiais interceptaram nos acessos a Brasília diversos veículos transportando materiais de “suporte” à manifestação.
Uma preocupação central da PM é quanto ao uso de armas brancas, porretes, coquetéis molotov e outros apetrechos, por isso haverá revista.
O secretário Anderson Torres alinhou com o governador Ibaneis Rocha e o ministro André Mendonça (Justiça) todo o esquema de segurança.
A briga pela audiência e a guerra ideológica, que permeiam o noticiário, tem sonegado dos brasileiros o número de óbitos de fato ocorridos a cada dia. O noticiário prefere destacar “mortes nas últimas 24 horas”, uma mentira, quando na verdade inclui óbitos de outros dias confirmados naquela data. Os brasileiros não foram informados, por exemplo, que, segundo o mais recente boletim sobre as datas de óbitos, à disposição de interessados no Ministério da Saúde, revela que o pico foi registrado em 12 de maio: 670 mortes, menos da metade do total alardeado.
Eduardo Macário, do Ministério da Saúde, diz que os 1.381 óbitos de quarta-feira ocorreram ao longo de 60 dias, sendo 245 em 72 horas.
A dificuldade de país continental como o Brasil aparece no detalhe: uma morte confirmada em 3 de junho ocorreu na verdade dia 31 de março.
O gráfico de mortes por data mostra que a curva de letalidades tem diminuído e a capacidade de resolução de casos antigos aumentado.
A Justiça de São Paulo já soltou até agora 3.799 criminosos a pretexto da covid-19, dos quais 120 foram presos novamente porque voltaram a cometer crimes e 07 foram novamente soltos. E ninguém faz nada contra isso.
Otávio, ouvinte de Guarulhos do programa “Bastidores do Poder”, da Rádio Bandeirantes, resumiu bem: 
—O mesmo Estado que não protegeu o cidadão agora protege o bandido. Não sei onde está Justiça nisso.
Curioso observar como os petistas trocaram de roupa. Se antes vestiam vermelho e agitavam a bandeira do partido, agora vestem verde e misturam xingamentos a Bolsonaro com supostas teses ambientalistas.
Adversários do governador de Pernambuco, a quem chamam de “Paulo Câmara Lenta”, acham que ele acionou a Polícia Civil para tentar esvaziar as investigações da Polícia Federal de desvios de verbas contra a covid-19.
O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), pediu que a CCJ ouça Marcelo Câmara, coronel e assessor do gabinete presidencial, suposta parte do “sistema de informação paralelo” de Jair Bolsonaro.
Depois das denúncias contra Joice Hasselmann, Bolsonaro disse que a relação desandou com a recusa em ajudar na campanha para a Prefeitura paulistana: 
Ela começou a atacar, do nada.
A Comissão do Coronavírus da Câmara vai começar a discutir, na quarta (10), planos de retomada das atividades comerciais e serviços. Participam representantes da CNC, Fiesp, Fecomercio. Sem protestos.
Tocantins vai retomar as aulas a partir de 29 de junho para alunos do 3º ano do Ensino Médio no formato não presencial e, a partir de 3 de agosto, semipresencial, gradualmente ampliado para as demais séries.
O kit manifestante vai incluir máscara e álcool gel ou vai se limitar ao pão com mortadela?

Poder sem Pudor
Campos no cerrado
Hoje, Brasília é cosmopolita, com todos os encantos de uma grande capital. Mas nos primeiros tempos era uma cidade árida, um canteiro de obras com pouca diversão, poucas crianças e poucos velhos. Muitos se queixavam da falta de mar (e de ar, nos períodos de baixa umidade), de montanhas e de esquinas, de solidão e tédio. Um dia, perguntaram ao senador mineiro Milton Campos o que ele achava de Brasília: 
—É um bocejo de 180 graus. 
Ele não viveu para constatar a extraordinária transformação de Brasília.

NO DIÁRIO DO PODER

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