SEGUNDA EDIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Segunda-feira, 18/05/2020
A ANS não se envergonha de mostrar que a prioridade não é o cidadão prejudicado pelos planos de saúde. Muito esperta, a agência reguladora multou uma operadora, Allcare, por rescindir unilateralmente os planos contratados. Assim, o cliente lesado receberá R$3 mil e outros R$2 mil para o caso de não ser incluído em outro plano. Mas para a própria ANS é de R$10 mil a multa por cliente lesado e não informado das mudanças.

A ANS quer R$10 mil por consumidor prejudicado a título de “obrigação subsidiária”. Sem contar a multa por descumprir o termo de ajustamento.

O Termo de Ajustamento prevê multa de R$15 mil por cliente, além de R$5 mil por cláusula descumprida, mas a ANS fica com a maior parte.

Na “melhor” das hipóteses, o consumidor que teve seu plano rescindido sem aviso recebera R$5 mil, e ainda fica sem plano de saúde.

A regra na ANS é priorizar planos de saúde e não os clientes que pagam caro para mantê-los e para bancar ricos salários na agência reguladora.

Além de provocar estupefação, os gastos sem licitação no Recife para o combate ao coronavírus fazem esperar a qualquer momento mais uma operação policial. Levantamento divulgado pela deputada Priscila Krause (DEM) revela que a prefeitura do Recife, controlada pelo PSB, torrou R$670,2 milhões ignorando licitação. O triplo dos R$226,2 milhões gastos pela prefeitura do Rio de Janeiro, cidade quatro vezes maior.

Oito vezes maior que o Recife, a rica São Paulo gastou 42% a menos sem licitação em materiais de combate à covid-19.

A prefeitura do Recife gastou sem licitação 95 vezes mais que Manaus, 40 vezes mais que Belém e 38 vezes mais que a maranhense São Luís.

A prefeitura do Recife gastou sem licitação, por exemplo, R$191,1 milhões com “gestão de hospitais”. Deve ter alguns gestores muito felizes.

Logo depois de Paulo Guedes (Economia) pedir aos servidores para pegarem leve com os cofres públicos no momento em que o Brasil está no chão, quebrado, a pelegada já emitia nota repudiando os “ataques”.

Projeto do deputado Denis Bezerra (PSB-CE) permite a dedução – no Imposto de Renda de pessoas físicas e jurídicas – de doações a entidades que atuam no combate à pandemia na declaração.

A prefeitura de São Paulo autorizou veículos elétricos a desobedecerem ao “super rodízio”, que podem circular a qualquer dia. O prefeito deve achar que carro elétrico imuniza seus ocupantes de contágio de coronavírus.

A deputada Marília Arraes (PT) tem lutado contra a falta de transparência do governo de Pernambuco no combate à covid-19. O Recife, também do PSB, recebeu a maior parte dos recursos; outros, quase nada. Jaboatão, o segundo maior município do Estado, recebeu R$16 mil.

O Tribunal de Contas da União anunciou no final do mês passado a suspensão dos prazos processuais, após a pandemia da covid-19. Mas a medida não foi prorrogada. No dia 21, os prazos recomeçam no TCU.

O número de casos ativos de coronavírus pelo mundo aumentou 14,6% entre 8 e 15 de maio e o número de pessoas recuperadas subiu 32%. A perspectiva é que, em duas semanas, curados ultrapassem os doentes.

Uma deputada do PSL apresentou projeto para condicionar qualquer menção ao número de vítimas da covid na imprensa, ou em órgãos oficiais, à citação das quatro maiores causas de mortes no País.

A médica Ludhmila Hajjar foi indicada ao presidente Bolsonaro como possível ministra da Saúde pelo Dr. António Macedo, chefe da equipe médica que trata o presidente desde que sofreu o atentado a facada.

...o nome é Ministério da Saúde, mas pode chamar de 'Ministério da Saída'.

Quando esteve em Fortaleza para inaugurar o Castelão, primeiro estádio concluído para a Copa do Mundo de 2014, Dilma Rousseff foi convidada a conhecer o museu do futebol local. O cicerone, então governador Cid Gomes (PSB), mostrou-lhe um troféu e contou que era o único titulo nacional do futebol cearense. O azar de Gomes é que estava ao lado de Dilma o governador do DF, Agnelo Queiroz (PT), botafoguense doente e grande conhecedor do tema. “’Titulo nacional’, Cid? Que título é esse?”, perguntou Agnelo, inquisidor. Encabulado, Cid entregou os pontos, falando baixo: “Quarta divisão...” Até a emburrada Dilma caiu gargalhada.


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