SEGUNDA EDIÇÃO DE SÁBADO

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), não explicou a utilidade da sua decisão de liberar quase a íntegra do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril. Experiente, o decano do STF sabia que faria “o circo pegar fogo”, mas seria inútil ao inquérito que apura a suposta “interferência” de Jair Bolsonaro na Polícia Federal. Para o Planalto, a divulgação do vídeo objetivou a criar nova crise política, à falta de meios de apontar prática de crime pelo presidente da República.

O inquérito é contra Bolsonaro, mas Celso de Mello só viu “possível prática criminosa” de Abraham Weintraub (MEC), que xingou o STF.

Na investigação sobre “interferência na PF”, a montanha novamente pariu um rato. O primeiro rato foi parido no depoimento de Moro à PF.

A avaliação geral, percebida nas redes sociais, é que o desabafo no vídeo da reunião ministerial fez bem à popularidade de Bolsonaro.

O inquérito sobre denúncias de Moro gerou apenas uma crise política desnecessária, em tempo de pandemia, e show midiático. Nada mais.

A aviação foi um dos setores que mais sofreu com efeitos da pandemia do coronavírus. O número de voos diários monitorados pelo site FlightRadar24 caiu de uma média de 190 mil voos em janeiro deste ano para 46 mil no dia 12 de abril, auge das medidas de isolamento social. Desde então, no entanto, o total de voos voltou a aumentar, com retorno gradual à normalidade na maioria dos países. Na última quinta-feira (21), por exemplo, o número quase triplicou e atingiu 121 mil voos.

A média de voos comerciais monitorados era de 112 mil em janeiro despencou para 23,9 mil, o que equivale a uma queda de 79%.

A volta à normalidade no caso dos voos comerciais vai demandar mais tempo, mas já aumentaram 62,7% desde o auge da pandemia.

Na França, EUA, Grã-Bretanha, Espanha, Alemanha, Noruega etc., companhias aéreas estão recebendo ajuda bilionária dos governos.

Abraham Weintraub perdeu a chance de não dizer outra idiotice, ao destratar Brasília. A cidade que o ministro da Educação odeia é apenas vítima de gente da sua laia que a invade para falar e fazer idiotices.

Ao dar sequência a ações da oposição que tenta usar o STF para humilhar o presidente, com possível apreensão do seu celular, em vez de monocraticamente mandar isso para o arquivo, o ministro Celso de Mello pode ter optado, além de investigar, por esculachar o chefe do governo.

Quando, cercado, Elias Maluco se entregava à polícia do Rio de Janeiro, que o caçava pelo assassinato covarde do jornalista Tim Lopes, pediu: 
–Não me esculacha não. Nem bandidão tolera esculacho.

Partidos de oposição alegam inúmeros crimes para pedir o impeachment. Faltou acusar Bolsonaro de mandante do assassinato de John Kennedy e de afirmar que o culpado do famoso crime foi ele e não Odete Roitman.

Sérgio Moro fará nova palestra internacional quarta (27) sobre combate à corrupção e lavagem de dinheiro. Em inglês, o ex-ministro e ex-juiz já percebeu que a carreira fora do serviço público será bem mais rentável.

Após três meses fechado pela pandemia, o tradicional boteco carioca Clipper, do Leblon, reabriu nesta sexta (22) para delivery. Vivia lotado. Ontem já tinha bebum ilustre na calçada e gritando impropérios contra o ministro Celso de Mello, que nasceu no mesmo ano do Clipper: 1945.

Começam a surgir previsões de desemprego em torno de 30 milhões de pessoas após o fim da pandemia. O número seria um recorde no Brasil e equivale a pouco mais do dobro de desempregados deixados pelo PT.

A Vale alardeia doação de testes ao governo, mas cala sobre a decisão judicial de liberar ao combate do coronavírus R$ 1 bilhão das multas que a mineradora deve pagar pelos crimes ambientais em Brumadinho.

...para os mais antigos, o protesto do general Augusto Heleno fez parecer que o governo ameaçou “chamar o Pires”.

Gervásio Raimundo era candidato a deputado estadual, em Alagoas, e foi participar de um comício em Estrela, antigo Bola. Saudou a assistência: “Povo do Bola!...” Um aliado cochichou: “Eles não gostam de ser chamados assim”. Gervásio corrigiu: “Tá bom. Queridos amigos bolivianos!...” O amigo insistiu: “Boliviano é quem nasce na Bolívia...” Gervásio se irritou, gritando ao microfone: “Oxente, e não é tudo Brasil?”

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