SEGUNDA EDIÇÃO DE DOMINGO

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
A “Atualização Covid-19 nº 15/2020” da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), de 22 de março, previa três cenários para o Brasil: o pior seguia países como Irã e Itália, com 8,6 mil mortes em 215 mil casos até 5 de abril. Mas só em 6 de maio o Brasil chegou a 8,5 mil mortes. Se em março fosse mantido o ritmo de França e Alemanha, seriam 2,8 mil mortes em 70 mil casos há um mês, mas o Brasil ficou abaixo até disso.

A realidade é que em 5 de abril eram 486 óbitos em 11 mil casos, muito abaixo até das expectativas medianas, sem mencionar as catastróficas.

Se o Brasil tivesse se comportado como o Japão, seriam 154 mortos em 8 mil casos até o dia 5 de abril, o mais próximo do caso brasileiro.

O Brasil tinha em 22 de março 1.546 casos que já atingiam os 27 estados, além de 25 óbitos, apontava o relatório de inteligência.

A pior expectativa para o Distrito Federal era de 1.300 casos ainda em março. Só chegou a esse número em maio, com 30 óbitos.

Impressiona como o governador do Amazonas, Wilson Lima, além dos sete pedidos de impeachment, ainda não tenha sido alvo de operação com tudo a que tem direito, incluindo polícia na porta ao amanhecer. Ele é o tipo que pagou R$736 milhões a fornecedores, retardando o combate ao coronavírus, e depois foi denunciado na Assembleia Legislativa por superfaturar em até 300% compras (erradas) de materiais contra covid.

O processo de impeachment na Assembleia do Amazonas tramita contra o governador e seu vice, a “eminência parda”, Carlos Almeida.

Costuma-se dizer, nos meios políticos de Manaus, que se o atual governador é muito ruim, seu vice seria ainda pior.

Pesquisa Realtime Bigdata mostrou que 7 em cada 10 amazonenses apoiam o impeachment do governador e do vice problemáticos.

Operação que investiga corrupção na Secretaria de Transportes do governo de Pernambuco mostra que autoproclamados “herdeiros” do falecido Eduardo Campos viraram mesmo caso de polícia. Federal.

Bolsonaro coleciona derrotas diárias na Justiça, neutralizando quase todas as decisões do seu governo. Mal o dia acabava, sexta (8), e ainda houve tempo para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) suspender os efeitos da MP 936, que retira recursos do Sistema S.

Nas coletivas, o governador João Dória faz política: sempre dá um jeito de aplicar caneladas em Bolsonaro para não ter que se deter muito nos números reveladores do fracasso do combate à doença em São Paulo.

Completou 6 meses em abril a quebra do sigilo bancário do diretor do site Diário do Poder pelo Banco Safra, após matéria denunciando os esquemas do banco no governo Lula, delatados pelo ex-ministro Antonio Palocci – aliás, outra denúncia que sumiu do noticiário.

Cara-de-pau é condição inescapável da pelegada. Donos de entidades de servidores acham “indigno e vexatório” congelar salários, regalias, privilégios, auxílios moradia, babá, paletó, creche, jornais etc etc.

Magno Malta pode ser responsável pela perda de uma deputada federal do PL. O TSE manteve sua ex-mulher Lauriete Malta (ES) no mandato ao considerar justa sua desfiliação devido à “perseguição do ex-marido” e “grave discriminação pessoal” no diretório do partido.

A Pesquisa de Impacto no Transporte da CNT indicou que 33% dos transportadores já demitiram devido à pandemia, mas 54,3%, não. Estima-se que até o fim do mês, 42,8% das empresas reduzam quadros.

Ao contrário do que o noticiário faz parecer, o Brasil enfrenta a covid-19 como pode. Mas o preço é elevado. Pesquisa Alshop revelou que faturamento de 93% dos lojistas de shoppings caiu a menos da metade e 33% deles informaram que demitiram funcionários devido à crise.


...este domingo é dia de lembrar e até pedirmos um “desculpe qualquer coisa” às mães de certos políticos evocadas, coitadas, diariamente.



Poder sem Pudor
Jânio Quadros visitava o Recife, em campanha para presidente, quando um repórter resolveu crivá-lo de perguntas impertinentes. O homem da vassoura manteve a fleuma até quando o jornalista perguntou se era verdade que, como governador de São Paulo, em ocasiões sociais, ele costumava tirar o sapato para alisar o tornozelo de uma bela senhora, mulher de um dos secretários estaduais. 
O senhor é muito insolente, exclamou Jânio, levantando-se. 
E diante do silêncio geral que se seguiu, quando os presentes achavam que ele explodiria de indignação, Jânio se entregou: 
—Há homens burros e mulheres feias, meu caro, mas este caso era o de um casal perfeito!

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