SEGUNDA EDIÇÃO DE DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2020

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Domingo, 19/04/2020
No desabafo na noite de quinta (17), o presidente Jair Bolsonaro fez o seu palpite sobre o “custo Rodrigo Maia” para o Brasil. Só as medidas que ele fez a Câmara aprovar, durante a crise do coronavírus, custarão ao Brasil cerca de R$1 trilhão, segundo estimativa de Bolsonaro. Deve estar certo. A pandemia chegou aqui quando o governo lutava contra os prejuízos provocados por Maia retardando a reforma da Previdência.

19/04/2020
A desidratação da reforma na Câmara custará ao Brasil R$340 bilhões em 10 anos, a maior parte com mordomias de políticos e servidores.

19/04/2020
Estão no “custo Rodrigo Maia” as 772 viagens em jatos da FAB desde sua posse na presidência da Câmara, mas os dados são “secretos”.

19/04/2020
Maia também foi responsável por não separar economia e política ao manter parada a análise da reforma durante denúncias contra Temer.

19/04/2020
Em 2017, ano do escândalo da JBS, o prejuízo calculado para o INSS apenas com o adiamento temporário da reforma, foi de R$18,6 bilhões.

19/04/2020
Os estudos sobre uso do plasma “hiperimune” do sangue das pessoas que se curaram do coronavírus seguem de vento em popa em vários países do mundo como França, Reino Unido e EUA. A notícia mais animadora veio de um americano que estava na UTI há mais de uma semana, mas saiu do coma e passou a respirar sem aparelhos apenas três dias depois de começar a receber as infusões de plasma doado.

19/04/2020
Michael Rathel estava em coma no domingo de Páscoa e surpreendeu a esposa e os filhos ao fazer uma chamada de vídeo na quarta-feira.

19/04/2020
A França incluiu 60 pacientes severos no estudo e a China tem relatos de 25 pacientes com “melhoras significativas” três dias após a infusão.

19/04/2020
O Hemorio ― Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti  ― também começou a realizar estudos sobre o uso do plasma contra a covid19. A terapia segue o que foi feito contra o Ebola e o H1N1.

19/04/2020
Cresce a revolta, no Nordeste, contra deputados que votaram a favor da “ajuda emergencial” a Estados, na verdade uma jogada de Rodrigo Maia para premiar o governo de João Dória com R$50 bilhões. O deputado Daniel Costa (Cidadania-PE) não para de se explicar em Pernambuco.

19/04/2020
Em Minas Gerais, o governador Romeu Zema (Novo) faz os últimos ajustes de um “protocolo de segurança” para decretar uso obrigatório de máscaras em todos os 853 municípios do Estado.

19/04/2020
Mandaram bem os sete ministros do STF que anularam a liminar de Ricardo Lewandowski, de puro ativismo político, que condicionava os acordos de suspensão de contrato a “aval” de sindicatos. A pelegada assanhada já chantageava as empresas, cobrando “taxa de acordo”.

19/04/2020
Moradores de Brasília já recebem telefonemas do Ministério da Saúde, à procura de casos de covid19. Ouvem-se perguntas gravadas e dicas sobre lavar as mãos, evitar aglomerações, usar álcool em gel etc.

19/04/2020
Macapá recebeu 10 respiradores consertados pela iniciativa do Senai e montadoras de veículos. O grupo devolveu 194 aparelhos, tem 119 sendo calibrados para entrega, 655 em manutenção e 195 em análise.

19/04/2020
A retirada de pauta do Senado, na sexta (17), da MP do Contrato Verde Amarelo, editada para estimular a geração de empregos, exalou odores bem desagradáveis. Deixar caducar nesta segunda-feira (20) essa MP tão necessária na atual crise, adquire contornos de crime de lesa-pátria.

19/04/2020
Levantamento da SEMrush mostra que a pesquisa pelo termo “álcool gel” na internet em março atingiu a marca de 1,8 milhão, no Brasil. Em fevereiro, foram 90,5 mil. Já cloroquina teve 1,2 milhão de buscas.

19/04/2020
Quando foi deputado, Mandetta emplacou só duas leis e relatou outros três projetos que acabaram aprovados. Um desses projetos batizou o Plenário 16, do Anexo II da Câmara, de “Zezéu Ribeiro”. Uau!

19/04/2020
...tanto tempo do noticiário para acompanhar a demissão de funcionário do governo mostra que a crise do vírus já não é mais a mesma.

NO DIÁRIO DO PODER
Bolsonaro: falta orçamento para repor perdas de estados e municípios
Estamos calculando muito a cima de R$ 100 bilhões. "Não tem espaço para isso no Orçamento", disse o presidente
Da Redação
Sábado, 18/04/2020 às 20:04 | Atualizado às 20:06
Durante uma transmissão feita pelas redes sociais direto da rampa do Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro disse que falta orçamento para repor as perdas de arrecadação de estados e municípios, causadas pela crise do novo coronavírus.
“Não sabemos a quanto vai chegar a conta do ICMS e ISS. Estamos calculando muito a cima de R$ 100 bilhões. Não tem espaço para isso no Orçamento. Não é que 'se vire o chefe do Executivo'. Se aqui nós quebrarmos, quebra o Brasil. Os estados estão muito mal das pernas”, afirmou.
O presidente defendeu medidas de saúde para evitar o contágio em massa da população, como uso de máscaras, luvas, álcool em gel e campanhas educativas, e afirmou que as consequências econômicas da pandemia podem ser graves.
Bolsonaro voltou a falar sobre a decisão de governadores e de prefeitos que determinaram o fechamento total do comércio nos estados e municípios do País devido à pandemia do novo coronavírus. Segundo o presidente, as autoridades estão fazendo o que “bem entendem” e sem levar em conta a possibilidade de muitos trabalhadores ficarem desempregados e de queda na arrecadação de impostos.
O presidente também pediu “humildade” das autoridades para reconhecerem que o fechamento total não é o caminho adequado. Segundo Bolsonaro, no que depender dele, o isolamento da população será flexibilizado.
“Essas pessoas que estão sendo demitidas não pagam conta de luz, compram o essencial na praça? Estamos em uma situação complicada. Será que o pessoal não enxerga isso? Vai continuar me atacando, ofendendo, me chamando de tudo, até me acusando de genocídio? Não dá para entender que o que vai matar as pessoas para valer vai ser as consequências do desemprego? Acordem para isso.”
Após a transmissão, Bolsonaro desceu a rampa do Palácio do Planalto e conversou com um grupo de apoiadores que estava na Praça dos Três Poderes. As pessoas e o presidente estavam separados por uma grade de segurança que fica de forma permanente em frente do palácio.

Secretário faz apelo para Senado aprovar MP da carteira verde-amarela
Segundo Bruno Bianco, medida ajudará a retomar empregos após crise do coronavírus
Da Redação
18/04/2020 às 11:06 | Atualizado às 11:07
Tirada de pauta da sessão do Senado na sexta (17), a Medida Provisória (MP) 905, que introduz a carteira verde e amarelo, é importante para a retomada dos empregos após a crise econômica provocada pelo novo coronavírus, disse o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco. Segundo ele, a equipe econômica está disposta a negociar com os senadores para que o texto seja votado na segunda-feira (20), quando perde a validade.
O secretário fez um apelo para que o senado aprove a MP no início da próxima semana. 
“Tenho a convicção de que, assim como a Câmara se esforçou muito e ficou até tarde da noite para votar, o Senado também o fará. Deixo aqui esse apelo no sentido de dizer o quão fundamental para o Brasil é uma medida que trata do emprego e possibilita que jovens e pessoas com mais de 55 anos tenham empregos facilitados numa retomada da economia”, disse Bianco em entrevista coletiva para fazer um balanço das ações tomadas pela equipe econômica no combate à crise provocada pela pandemia de covid-19.
Na avaliação de Bianco, a flexibilização da legislação trabalhista para a contratação de jovens e de empregados com mais de 55 anos será essencial para a preservação dos empregos e para a recuperação do mercado de trabalho depois que a crise acabar. 
“Por uma grande coincidência, estamos diante do momento em que buscamos a preservação de empregos e temos, nas nossas mãos, uma MP que preserva empregos e possibilitará uma retomada fundamental e rápida especialmente para as pessoas que mais sofrem em momentos de crise”, disse.
Fintechs
O secretário citou outros pontos da MP que, segundo ele, injetariam dinheiro na economia. Bianco mencionou a simplificação do microcrédito, com a retirada da exigência de visitas presenciais e a possibilidade de que fintechs (instituições financeiras tecnológicas) entrem nesse segmento. Nas estimativas dele, até 10 milhões de novos contratos de microcrédito poderiam ser fechados, resultando na liberação de R$ 40 bilhões de crédito para a economia com juros baixos.
Outra flexibilização que, segundo Bianco, injetaria dinheiro é o fim da exigência de que as empresas depositem em juízo o valor de ações judiciais nas quais recorrem. Somente se elas perderem, precisarão transferir o dinheiro. De acordo com o secretário, essa medida libera R$ 30 bilhões na economia.
Dívida pública
Em relação às pressões da crise econômica sobre a dívida pública, o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse que o Tesouro Nacional e o Banco Central verificaram “normalidade” nas taxas e nos prazos diante do agravamento da instabilidade econômica. Segundo ele, as condições de mercado para a dívida pública brasileira não diferem do restante do mundo.
“A cada dia, analisamos as necessidades de financiamento. Os movimentos não têm sido bruscos. Estão dentro do esperado dadas as condições que temos não apenas no Brasil, mas no mundo”, disse o secretário. 
Por causa da crise econômica, o Tesouro tem lançado menos títulos públicos de longo prazo nas últimas semanas por não aceitar as taxas mais altas pedidas pelos investidores. De julho a setembro, vencem R$ 312,6 bilhões de títulos. Caso o Tesouro não consiga rolar (renovar) todo esse valor, terá de queimar parte do colchão da dívida pública, reserva financeira para momentos de crise em torno de R$ 550 bilhões.
Em relação à quantia gasta pelo governo brasileiro até agora para enfrentar a crise, Rodrigues disse que o Brasil está “bem posicionado”, tendo consumido 3,76% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas) com medidas de impacto fiscal. O número está próximo da média de 3,8% do PIB observada nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo que reúne as economias mais industrializadas do planeta.
O secretário repetiu os números apresentados na última quarta-feira (15), segundo os quais o governo federal gastou R$ 285,4 bilhões em medidas que aumentam o déficit primário e R$ 22,6 bilhões para suspender a dívida de estados com a União por seis meses. No total, o impacto fiscal chega a R$ 307,9 bilhões.
Estados
Rodrigues se disse aberto e confiante a fechar um acordo, no Senado, para o pacote de ajuda a estados, diferente do texto votado na Câmara. Os deputados aprovaram um texto que obriga a União a repor as perdas de arrecadação dos estados e dos municípios. O governo federal negocia para pagar um valor fixo de R$ 40 bilhões, suspender os R$ 22,6 bilhões da dívida dos estados com a União e R$ 14,4 bilhões da dívida de estados e prefeituras com bancos públicos.
Segundo o secretário especial, o governo está disposto a negociar com os senadores os critérios de distribuição desses R$ 40 bilhões, que poderão ser definidos por medida provisória. 
“Os critérios podem ser per capita [valor dividido pela população de cada estado] ou seguir a fórmula do FPE [Fundo de Participação dos Estados] e do FPM [Fundo de Participação dos Municípios]”, disse. Ele explicou que a suspensão de dívidas para os governos locais só pode ser aprovada por meio de projeto de lei complementar. (ABr)

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