QUARTA EDIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, 14/4/2020









(Na CNN Brasil, terça-feira, 14/4/2020)

O governo Bolsonaro reagiu, hoje, à aprovação do Plano Mansueto, ontem, pela Câmara, projetando transferir R$ 89,6 bilhões para Estados e municípios, porque o ministério da Economia apresentou hoje (veja vídeo mais abaixo) uma proposta para repassar aos entes federaos um total de R$ 127,3 bilhões neste ano, tudo para ajudá-los a enfrentar a crise do novo coronavírus.
O ministério disse que o repasse de R$ 49,9 bilhões já está em andamento — por meio de transferências diretas para investimentos na saúde; repasses para recompor os fundos estaduais e municipais, diferimento do Pasep e RGPS, entre outras medidas.
Outros R$ 77,4 bilhões sairão de novas transferências para fundos de saúde, programa de alimentação nas escolas e suspensões de dívidas com a União — já decididas pelo Supremo — e também com a Caixa Econômica Federal e o BNDES.
A Câmara aprovou o Plano Mansueto, que é um presentão indecente, perverso e que obriga a União a recompor as perdas com ICMS e ISS, um absurdo fiscal sem tamanho.
Seria um incentivo a governadores perdulários e que não conseguem por a casa em ordem por falta de coragem política e boa gestão fiscal e até do caixa.
Às 4/14/2020 02:24:00 PM

A prefeita de Novo Hamburgo, Fátima Daudt, autorizou a reabertura do comércio e dos prestadores de serviço.
Ao mesmo tempo, a tucana estendeu para 18 de abril o estado de calamidade pública.
A reabertura terá que ser feita com todas as medidas mitigatórias já conhecidas.
Caso haja transgressão às medidas cautelares, a prefeita revogará o decreto.
Às 4/14/2020 11:32:00 AM

Mercados operam no campo positivo, atentos à reabertura das principais economias, com relaxamento das medidas de distanciamento social e à surpresa positiva com dados chineses. 
Os governos europeus começam a estudar formas de aliviar o isolamento social e voltar gradualmente à normalidade, diante da desaceleração do número de casos e de mortes de vírus chinês nos últimos dias.
Nos EUA, o presidente Donald Trump informou que seu governo está muito próximo de concluir um plano para a reabertura da economia.
Além disso, a surpresa positiva com os dados da balança chinesa também favorece os mercados acionários, que operam em alta nesta manhã.
Os principais pregões asiáticos fecharam com ganhos, enquanto as bolsas europeias e os índices futuros norte-americanos avançam.
Às 4/14/2020 11:30:00 AM

Ao lado, as previsões para 2020.

A pandemia de coronavírus vai levar a economia mundial a registrar em 2020 o pior desempenho desde a Grande Depressão de 1929, segundo relatório divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta terça-feira (14). O órgão passou a estimar que o Produto Interno Bruto (PIB) global deve recuar 3% - a previsão anterior era de alta de 3,3%.
É muito provável que este ano a economia global experimente a sua pior recessão desde a Grande Depressão, superando a que foi observada uma década atrás durante a crise financeira", informou o fundo no relatório World Economic Outlook.
A crise deve ser mais severa nas economias desenvolvidas, segundo o FMI. A projeção é a de que os países mais ricos tenham uma retração na atividade de 6,1%, enquanto a atividade dos países emergentes e das economia em desenvolvimento deve recuar 1%.
Nesse período de crise provocada pelo coronavírus, o Fundo ressalta que são necessárias medidas de estímulo fiscal e monetário para manter a estrutural financeira global e, dessa forma, garantir que os trabalhadores tenham acesso a bens e que as empresas possam superar a recessão.
Às 4/14/2020 11:24:00 AM

São cada vez maiores os sinais de que o ministro Luís Mandetta deixará o ministério da Saúde a qualquer momento.
Ele trombou com Bolsonaro.
Eis os sinais de hoje:
Militares:
Os jornais tradicionais dizem que os militares não apoiam mais Mandetta.
Mourão:
O vice-presidente falou para o Estado, em live, esta manhã, e avisou que o ministro "cruzou a linha da bola ao falar no Fantástico coisas que não devia".
Mandetta fora do grupo que trabalha o day after:
O general Braga Netto “excluiu o Ministério da Saúde do grupo de trabalho criado para desenvolver ações estratégicas para a recuperação, crescimento e desenvolvimento do País após a crise do coronavírus."
Às 4/14/2020 10:53:00 AM
(Do  Blog do Políbio Braga, terça-feira, 14/4/2020)

São Paulo, um estado sitiado, serviços públicos essenciais fechados, um isolamento criminoso
Terça-feira, 14/04/2020 às 14:37
Todos os serviços públicos essenciais estão congelados e paralisados no Estado de São Paulo, até o dia 30 de abril.
Nenhum cartório aberto (eleitoral, registro civil, de protesto, etc) nenhum poupatempo, nenhum posto do TRE.
Nada.
Por ordem de dois facínoras: Agripino Doria e Covas.
O critério médico para estabelecimento dessa data não se conhece, nem deve existir algum.
Mas se imagina: a demência indisfarçável de um oportunista marqueteiro: Dória.
O chamado atendimento eletrônico, virtual, não resolve nada com urgência ou sem.
Atendimentos telefônicos, todos suspensos.
Nem pensar.
No caso do TRE, a irresponsabilidade é especialmente grave, já que os cidadãos que precisam recorrer ao auxílio de 600 reais do governo federal tem que estar com o título de eleitor regularizado.
E regularizar o título neste momento, em São Paulo, é praticamente impossível.
Um cidadão, por exemplo, que tenha uma única letra errada em seu título não consegue regularizar a situação e consequentemente não consegue se cadastrar no plano de auxílio.
Sem sequer atendimento telefônico, que poderia orientar os cidadãos, essa corja que vive no mundo da lua afirma que o atendimento via web resolverá.
Para quem?
Se mesmo para peritos em internet é difícil navegar por esse sites mal construídos, nebulosos e confusos da receita federal ou TRE, fica a pergunta:
Que tipo de solução de merda é essa para pessoas simples, pobres, com pouco acesso e conhecimento, que mal sabem ler, escrever ou entender o que está escrito?
Como irão receber um auxílio mais do que necessário pra colocar comida na mesa com essa ferramenta, a única que existe hoje?
Não vão.
Agripino e Covas sabem bem disso.
Essa deve ser mesmo a ideia insana e reveladora da sociopatia de ambos: prejudicar um programa de benefício que não é deles, é de Bolsonaro.
Acima de qualquer sentimento humanitário, estão seus interesses políticos.
E só.
Enquanto nas casas e empresas de Dória todos os funcionários continuam a trabalhar, ele impede o cidadão comum de seu direito mais elementar.
Nas ruas de São Paulo, blitze policiais intimidam o cidadão que ouse desafiar o ditador de opereta.
Os planos do pequeno ditador — ou do anormal que mandou fechar tudo dessa forma — que governa São Paulo e seu cúmplice, o prefeito, para acabar com a economia do Estado são verdadeiramente um crime.
Mesmo como leigo em leis — e que algum jurista confirme ou não — acredito que ambos estão cometendo vários crimes contra a ordem pública, contra o direito dos cidadãos, contra a economia, contra a Pátria.
Anticonstitucionais, inclusive.
De onde foi que tiraram o poder para isso?
É preciso que o governo federal acione a Justiça e enquadre esse e outros governadores do País que estão agindo dessa forma, criando um verdadeiro poder paralelo.
Enquadre duramente.
Ou não sobrará pedra sobre pedra do que outrora foi o Estado de São Paulo.
Ou do que foi o Brasil.
Já passou e muito o tempo de brincar de democracia ou de diplomacia.
Em tempo: quantas pessoas serão prejudicadas cruelmente — diretamente ou não — por esse isolamento político?
Façam as contas, se puderem.
Por Marco Angeli Full
Artista plástico, publicitário e diretor de criação.
(Do Jornal da Cidade Online, terça-feira, 14/4/2020).

65 mil respiradores para o Brasil não é excesso de gastos?
Por Alexandre Garcia
[Domingo, 12/04/2020] [21:38]
O Brasil está construindo hospitais de campanha. Neste fim de semana foi anunciado mais um hospital de campanha de 200 leitos em Manaus em um encontro entre o presidente Bolsonaro, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e o ministro da Saúde, Luiz Mandetta.
Eles estavam anunciando mais um hospital de campanha em Águas Lindas (GO) para não sobrecarregar os hospitais de Brasília. Além disso, o Brasil está adquirindo 65 mil respiradores artificiais novos.
As estatísticas mostram que a Itália usou 5 mil desses respiradores, o mundo usa hoje 50 mil, então por que 65 mil só para o Brasil? Será que não estão se aproveitando da situação de emergência para gastar demais?
Tomara que os Tribunais de Contas da União e dos Estados estejam de olho nisso. Tem muitos governos estaduais que estão com a corda no pescoço e podem estar se aproveitando da situação. Espero que não seja isso.
Despolitizar a cloroquina
O neto de um ministro de um tribunal superior teve uma crise de sinusite. Ele foi muito bem atendido porque o hospital estava vazio. Mas na hora em que eles foram embora, o ministro me contou que, a médica que atendeu o neto dele pediu que fosse assinado um termo.
Nesse termo dizia que o atendimento tinha sido por coronavírus e impunha 15 dias de quarentena para todos da família. Ou seja, o hospital está fraudando as estatísticas da doença. Isso é muito ruim.
Um grupo de 32 cientistas brasileiros assinou um pedido junto ao ministro Mandetta reivindicando que a cloroquina seja usada de maneira precoce no tratamento do coronavírus, antes mesmo de se ter um resultado positivo para a covid-19.
O motorista de Uber que estava internado aqui no Distrito Federal havia procurado o pronto-socorro quando estava com 40°C de febre na terça-feira passada e mesmo assim foi mandado para casa sem nenhuma prescrição.
Se tivessem prescrito a cloroquina ele não estaria na UTI. No fim de semana ele foi emtubado e não deram o medicamento para ele - eu me informei no hospital - porque o remédio estava em falta.
Nós compramos a cloroquina para ele na farmácia e mandamos para o hospital. Depois que o remédio foi usado, a situação dele ficou estabilizada. Embora o estado ainda seja grave, ele já tem sinais de melhora.
Por outro lado, uma senhora de 97 anos que estava internada desde o dia 1º de abril, em São Paulo, teve alta no domingo. A filha dela de 59 anos, que já teve coronavírus, acompanhou a mãe, o que auxiliou na melhora. A senhora foi medicada com diuréticos, corticóides, antibióticos e com cloroquina.
Tem que afastar a briga política para atacar o vírus. Médicos que estão há décadas trabalhando na Amazônia sabem que a cloroquina é um antiviral muito importante. Seria bom se essa questão fosse despolitizada.
(Da Coluna do Alexande Garcia - Gazeta do Povo- segunda-feira, 12/4/2020)

Uma desgraça raramente vem sozinha. É assim com o coronavírus
Por J.R. Guzzo
[Segunda-feira, 13/04/2020] [19:46]
Uma desgraça — conforme nos ensina a sabedoria popular , raramente vem sozinha. No caso do coronavírus, mais uma vez não veio. Junto com a covid-19 temos direito, no Brasil, a demonstrações quase diárias de agressão às liberdades públicas – praticadas por 27 governadores, 5.500 prefeitos e dezenas de milhares de fiscais, com a cumplicidade geral do Poder Judiciário.
Teremos corrupção maciça do Oiapoque ao Chuí, com a suspensão da exigência de se fazer concorrência pública em contratos dos governos – a epidemia só existe até agora em 1.000 municípios, mas cerca de 2.000 já decretaram “estado de calamidade pública”, o que lhes permitirá fazer tudo o que você imagina. Temos a transformação de uma doença, e do seu possível tratamento, em questão abertamente política: até na Química se formou uma divisão entre “direita”, que é pró cloroquina, e “esquerda”, que é contra.
Um dos piores aspectos dessa onda de desgraças suplementares – é difícil dizer qual é realmente o pior – é a agonia em que vive hoje no Brasil a virtude da tolerância. Não se admite, de jeito nenhum, que haja pessoas com pensamentos diferentes dos seus em relação ao problema; não se aceita que outras pessoas tenham ideias que você não goste.
A coisa ocorre nos dois grandes “lados” que se formaram, em termos gerais, quanto ao combate da epidemia – os que defendem o máximo rigor no isolamento das pessoas (“não saia da casa”), e os que defendem um abrandamento nas regras de controle do contágio e uma retomada mais rápida da produção e do trabalho. Os primeiros são, para não ficar encompridando conversa, contra o governo federal. Os segundos são a favor – ou simplesmente não aceitam a paralisia do País e de suas vidas.
A turma do “confinamento social”, até o momento, está levando vantagem clara, na maior parte do mundo político, das elites “pensantes” e da mídia, nessa competição para mostrar quem é mais intolerante. É proibido, aí, achar que há alguma alternativa para o isolamento radical – ou é isso ou é a calamidade.
Não é permitido questionar os números de casos e de mortes divulgados diariamente; não a sua exatidão aritmética, mas a recusa dos divulgadores em fazer relações e comparações com outros números e outros aspectos da realidade. Não se admite a cogitação de que haja qualquer medicamento capaz de ajudar no combate à doença; enquanto não houver uma vacina, a única medida possível é a quarentena sem prazo de duração.
O cidadão que imagina ter o direito de não concordar com qualquer dessas coisas é acusado, logo de cara, de ser “a favor da morte”. É um crápula que prefere o “lucro” à “vida”; acha que “a economia” é mais importante que “o ser humano”. Isso só para começar. Para continuar, pode ser acusado de “genocídio”. Com certeza vai ser excomungado como “bolsonarista” e “vendido ao governo” – além de fascista, inimigo do estado de direito e a favor da “volta dos militares”.
Tem pé ou cabeça uma coisa dessas? Não tem nem uma e nem outra, claro. Mas é assim que ficou. Da próxima vez que o Imperial College de Londres disser que o Brasil “pode” chegar a mais de 600.000 mortos, ou que a ex-presidente Dilma Rousseff prever “até 1 milhão de mortes”, é melhor ficar quieto. Quem achar que talvez não seja bem assim vai ser denunciado, na hora, como inimigo do povo brasileiro.
(Do Blog do J. R. Guzzo - Gazeta do Povo - terça-feira, 13/4/2020)


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 26/02/2024 - SEGUNDA-FEIRA