QUARTA EDIÇÃO DE SÁBADO, 11/4/2020

NO BLOG DO POLÍBIO BRAGA
14% dos presos libertados pela Justiça do RS porque mereciam ser protegidos do vírus chinês, voltaram para a cadeia porque atacaram as pessoas que mereciam ser protegidas dos bandidos.
É isto o que dá abraçar o garantismo judicial.
É o caso de manter os bandidos soltos e os cidadãos em prisão domiciliar.
Sábado, às 4/11/2020 11:00:00 AM

O prefeito Ronnie Mello (PP-RS), de Uruguaiana,RS, é mais um prefeito que decidiu flexibilizar o funcionamento dos estabelecimentos ligados ao setor de alimentação.
Os restaurantes e lancherias poderão funcionar agora, diariamente, com atendimento ao público até às 22h, com a capacidade máxima de 50% (cinquenta por cento) do público previsto no PPCI (Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio), tanto na área interna como na área externa e passeio, respeitando a distância de dois metros entre as mesas, ficando proibida ainda a aglomeração de pessoas no entorno dos estabelecimentos.
Já são 10 os municípios gaúchos que abriram as atividades econômicas mais do que os demais.
Os que já flexibilizaram:
Caxias do Sul, Canoas, Santa Maria, Farroupilha, Viamão, Passo Fundo, Uruguaiana, Cachoeirinha, Bagé e Bento Gonçalves.
Às 4/11/2020 09:05:00 AM

NO BLOG DO AUGUSTO NUNES
O Diário da Região informa: vírus goleou a Itália no interior paulista
Jornal de Rio Preto concorre ao prêmio de manchete mais assustadora do ano
Por AUGUSTO NUNES
Do R7
Sexta-feira, 10/04/2020 - 11h40 (Atualizado em 10/04/2020 - 11h48)
Reprodução

O Diário da Região, baseado em São José do Rio Preto,SP, publicou na edição de 4 de abril a seguinte manchete: "Em três semanas, vírus faz mais vítima aqui do que fez na Itália". Imaginei que alguém resolvera inventar aquilo para celebrar com três dias de atraso o 1° de abril. Intrigado, conferi as 16 linhas abaixo do título. E então descobri, espantado, que o "aqui" da manchete não era uma alusão ao País, mas à cidade. Segundo o Diário da Região, o coronavírus de Rio Preto matava mais que o similar italiano.
O jornal embarcou no pesadelo amparado em declarações do secretário municipal da Saúde, Aldenis Borim. "Para reforçar a importância do isolamento como forma de evitar aglomeração e transmissão", escreveu o autor da manchete, Borim havia examinado o que ocorrera na Itália e em Rio Preto nas três semanas que se seguiram ao desembarque oficial do vírus chinês no país europeu e no município paulista. A Itália só contabilizou três infectados. Nos mesmos 21 dias, Rio Preto chegou a trinta casos. Dez vezes mais. Tremenda goleada.
Limitei-me a incluir a manchete inspirada na afirmação de Borim no vasto acervo de desinformações terroristas produzidas para justificar a quarentena para todos. Num vídeo de seis minutos, o doutor declarou-se magoado, garantiu que o errado sou eu, recitou seu gordo currículo e avisou que aguarda um pedido de desculpas. Recomendo que espere sentado — e mate o tempo conversando com os jalecos que o confortaram com manifestações de corporativismo explícito.
Nesta quinta-feira, 09, aliás, o balanço da pandemia informou que a Itália soma 143.626 infectados e 18.279 mortos. Em Rio Preto, os casos confirmados são 47. Morreram duas vítimas. Borim não tem motivos, portanto, para a expressão desolada em que aparece no vídeo. A menos que, como tantos brasileiros, também torça pelo vírus.

NO BLOG DO RODRIGO CONSTANTINO
O Brasil e ‘A Revolução dos Bichos’
Por Ianker Zimmer
[Sexta-feira, 10/04/2020] [16:12]
Por Ianker Zimmer, publicado pelo Instituto Liberal
O conhecido livro do inglês George Orwell, A Revolução dos Bichos (1945), é um dos legados atemporais mais importantes que escritores do século passado nos deixaram. Na obra, Orwell faz uma crítica ao stalinismo. Então socialista, o inglês – nascido na Índia durante o domínio britânico – se desilude com a ideologia ao ver o totalitarismo soviético e satiriza o sucessor de Lênin.
Na alegoria, o autor apresenta uma revolução idealizada por um porco, o Major (que pode representar tanto Marx como Lênin), que convoca os bichos da granja em que vive a expulsar seu proprietário, o humano Sr. Jones (que seria Nicolau II, imperador do Czar). Porco Major morre em seguida e dois outros suínos tomam a frente: Napoleão (representando Stálin) e Bola de Neve (que seria Trotski).
A estória segue o roteiro soviético… Napoleão expurga Bola de Neve, deturpa as leis a seu favor e se torna um ditador. Os demais bichos (galinhas, gado, cavalo…) se rendem à autocracia sem questionar, de forma passiva. Cada vez trabalham mais, exaustivamente e com alimento controlado; enquanto isso, Napoleão toma posse das dependências do Sr. Jones, agindo, portanto, de forma mais exploradora e cruel que o antigo chefe. A ironia está no fato de que a máxima da revolução era “duas pernas/patas mau” – referindo-se a seres humanos.
Questionar o porco líder significava traição, ou seja, era o mesmo que desejar o retorno do Sr. Jones ao comando da granja. Um livraço!
A grande sacada de Orwell foi demonstrar a fraqueza humana diante do poder usando porcos em sua alegoria. Se fizermos uma analogia com o século atual no Brasil, criticar o Partido dos Trabalhadores até bem pouco tempo significava querer o retorno da “ditadura” e o “fim dos direitos dos pobres”. Lembrando que a narrativa dos petistas critica a exploração dos pobres pelo empregador, o Sr. Jones deles.
Criticar Jair Bolsonaro não é diferente. Para muitos seguidores do presidente, discordar dele – mesmo que seja pontualmente – é o mesmo que clamar pelo retorno do PT. Os governos mudam; as técnicas de retórica e manipulação, não.
No livro de Orwell, os demais animais tinham capacidade intelectual inferior à dos porcos. Esse fator foi crucial para sua submissão. Os bolsonaristas não devem esquecer – e em alguns casos não podem deixar de aprender – a velha lição: político é político! Independentemente de ideologia.
A turma da esquerda, por sua vez, tenta “nos passar um cachorro” de moralidade, sendo que seu líder Lula e sua gangue saquearam o País. A esses, sugiro que “coloquem o rabinho entre as pernas” e lavem a boca antes de criticar Bolsonaro.
Aprendemos na escola clássica que o bom conservador desconfia sempre de políticos. Aliás, não somente o conservador, mas qualquer um que não pense como animal.
Nesse sentido, ler A Revolução dos Bichos nos torna mais sensíveis e aptos a discernir governos totalitários. Deixa-nos mais desconfiados de políticos e de seus famigerados discursos persuasivos e maquiavélicos. O ceticismo é um dos princípios do conservadorismo. Desconfiar sempre! Do contrário, corremos o risco de nos tornar reféns de porcos.

NO BLOG DO GUILHERME FIUZA
A Seita da Terra Parada
Por Guilherme Fiuza
[Sexta-feira, 10/04/2020] [11:59]
Você está em casa assistindo ao governador de São Paulo assumir a paternidade da cloroquina, o ministro da Saúde explicar que traficante também é gente, jornais estrangeiros publicarem foto de covas abertas para dizer que o Brasil não tem mais onde enterrar os seus mortos, entre outras referências intrigantes e estridentes ao mesmo assunto. Se você está paralisado e catatônico é porque já sabe que se trata de um show mórbido, mas está esperando que alguém lhe diga isso.
Então vamos lá: isto é um show mórbido. Levanta daí.
Onde estão os mapas demonstrando os resultados diretos do isolamento total na contenção da epidemia ou na suavização dos picos? Aqui vai uma notícia real no intervalo da novela: eles não existem. Repetindo: os mapas comprovando o efeito mitigador do confinamento geral sobre o número de infectados, de internados e de mortos não existem. Nova Iorque se trancou em casa e a curva da epidemia seguiu quase como uma reta para cima – dias, semanas, e o gráfico inabalável, mais para subida de foguete que de avião. O que se passa?
Em vez de mapas ou modelos comprováveis, o que você vai ouvir é que sem quarentena seria pior. E fim de papo. Os filósofos do lockdown são invencíveis. E falam pouco. É melhor não insistir, porque senão eles gritam com você, seu irresponsável, alienado, assassino.
Aí vem a própria OMS declarar que a nova frente de contágio está se dando dentro de casa – e que as autoridades de saúde têm agora a tarefa de identificar os infectados no interior dos seus lares. Assim eles poderão ser isolados dos seus familiares e finalmente oferecer ao mundo a tão esperada suavização do surto. Notou como está tudo absolutamente sob controle? Eles só não demonstram suas premissas e estratégias de forma científica porque não querem cansar a sua beleza. Eles têm certeza de que você prefere ouvir um bom discurso e ir dormir tranquilo sabendo que está tudo bem.
Tem sempre uma meia-dúzia de chatos que não gostam de discurso e já notaram que os efeitos do confinamento total sobre a evolução da epidemia não estão sendo demonstrados numericamente – ou seja, permanecem como uma hipótese. Fica em casa porque tem um vírus lá fora, e ponto final. Talvez pensando nisso, o governo de São Paulo resolveu inovar e ofereceu à população um modelo matemático pioneiro, montando no fundo do quintal de algum boteco fechado. João Dória disse que se a quarentena não atingisse 75% da população – observe a precisão – em 15 dias a rede hospitalar não terá mais leitos para atender os infectados. Ou seja: iminência de colapso.
Um dia depois o alerta reapareceu com o dado de 70% – sempre “segundo especialistas”. Deve ser um modelo móvel. E, com certeza, revolucionário, porque nem a OMS, nem cientista nenhum no mundo montou uma fórmula partindo do percentual de confinamento (São Paulo deve ter importado um medidor da China) e estabelecendo sua correlação com a progressão exata da epidemia, o número de vulneráveis infectados e a consequente expansão da demanda por leitos – num cronograma tão preciso que possa ser aferido semanalmente. Vem prêmio Nobel aí.
Junto ao modelo matemático inovador, o governador de São Paulo fez o que vários outros governadores e prefeitos do País estão fazendo: ameaçou prender o cidadão na rua. E essa ética da boçalidade já está em prática em vários pontos do Território Nacional, com cenas edificantes e civilizatórias de policiais capturando passantes, inclusive mulheres, várias delas tratadas de forma animalesca à luz do dia – sob o silêncio protetor dos humanistas, que estão calados em casa assistindo à novela do vírus.
Ou seja: não está sendo gestada apenas uma ruína proverbial com tudo trancado e a vida adiada indefinidamente. A população também está entregando a sua liberdade de bandeja a tiranetes com propósitos inconfessáveis de poder. O mesmo Dória está usando operadoras de telefonia para vigiar os passos dos seus reféns.
Eles dizem que estão salvando vidas. E vocês, por alguma razão insondável, acreditam.

NO BLOG DO THIAGO RACHID
O Estado do Rio está refém de um celerado
Posted on 11 de abril de 2020 by ThiagoRachid
Nas redes sociais a insatisfação com o governador é notória. Imagem: Reprodução do Twitter.

A capital fluminense tem 763 favelas. Só na capital. Em muitas delas, há forças paramilitares – muitas vezes melhor armadas que os militares oficiais – que controlam seus territórios.
Se chutarmos que essa é realidade de metade das favelas, são cerca de 380 comunidades em que a força do Estado não entra, gozando de razoável autonomia para fazer ou deixar de fazer o que bem entenderem. Inclusive não cumprir quarentena.
São formigueiros humanos nos quais o coronavírus pode deitar e rolar e infectar à vontade aqueles que serão vetores nas portarias, supermercados, farmácias e outros locais em que alguns de seus moradores trabalham.
PERSEGUIÇÃO AOS BANHISTAS
Mas parece que o Führer, perdão, o Governador acredita que o problema está em outro lugar. Cercou as praias do Rio com grades e proibiu o acesso à areia.
Mandar a Polícia Militar perseguir cidadãos que ousam andar na areia das praias cariocas é uma loucura de quem ignora solenemente a presença paramilitar nas comunidades.
Veja vídeo neste link: https://youtu.be/w4EqJv68eNE
Banhista é retirada a força da praia no Rio. Vídeo anônimo. Reprodução do YouTube.

Essa palhaçada expõe os policiais a uma situação ridícula, vexatória, que diminui a credibilidade da corporação junto à sociedade. Intimida cidadãos que tentam espairecer ao ar livre, tratando-os como se fossem marginais.
Tudo isso porque um celerado fanfarrão (que em respeito aos leitores não classificarei aqui com os piores palavrões que cabem a ele) sentado na cadeira de governador quer aparecer e impor suas sandices, brincando de rei absoluto.
Witzel é um irresponsável que em poucos meses deixará esses mesmos policiais e todos os demais servidores do Estado do Rio sem seus vencimentos e colocará a culpa no Governo Federal, no preço do barril do petróleo ou até, quem sabe, nos astros, já que ele vive no mundo da Lua.
LIBERDADE PARA SEUS DELÍRIOS
A Assembleia Legislativa, feudo de um petista seu aliado, não oferece qualquer resistência às sandices deste sujeito. O Ministério Público fluminense, sucursal do PT e do PSOL, tampouco. Querem ajudar o maluco a colocar fogo no circo, pois o deles está garantido.
Em paralelo, Witzel estabelece uma série de contratos públicos sigilosos que impõem uma despesa bilionária ao povo fluminense, já depauperado.
O CAOS É INEVITÁVEL
Até o mês de dezembro, o Estado do Rio estará em convulsão social, com pobre matando pobre, com saques, pessoas desesperadas sem emprego, sem renda, sem ter o que comer. É inevitável. E o celerado estará lá, cercado do apoio da ALERJ e do MP, mandando a PM bater na sociedade como se fossem odiosos banhistas querendo tomar um banho de mar.


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