PRIMEIRA EDIÇÃO DE QUINTA-FEIRA, 05/12/2019

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Quinta-feira, 05/12/2019
Capas de hoje dos principais jornais do Brasil





NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Quinta-feira, 05/12/2019
O Fundão Sem Vergonha de R$3,8 bilhões, aprovado na Comissão de Orçamento para bancar a campanha municipal, garantiu que as eleições 2020 sejam as mais caras da História. Em 2016, a primeira realizada sem dinheiro de empresas, o valor total foi de R$ 2,7 bilhões, incluindo o dinheiro dos próprios candidatos e doações de pessoas físicas. A decisão na comissão foi articulada desavergonhadamente pelo centrão. “Centrão foi inconsequente”, criticou um líder governista.

Além de dinheiro para financiar seus aliados nos municípios, deputados e senadores garantem também seus próprios bilhões para 2022.

Em delação, o ex-ministro petista Antonio Palocci revelou que em 2014 a campanha de Dilma custou R$800 milhões, “a maior parte ilícita”.

O custo declarado da eleição 2014 foi de R$5 bilhões. Em 2018, foram R$2,8 bilhões no primeiro turno, segundo o Tribunal Superior Eleitoral.

O Fundão é quase sete vezes maior que os cerca de R$550 milhões públicos utilizados nas campanhas eleitorais em 2016. Uma vergonha.

Homem de confiança do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o deputado Marcelo Ramos (PL-AM) foi escolhido a dedo para presidir a comissão que vai analisar a proposta de emenda que estabelece prisão após 2ª instância. Ramos foi logo colocando água na fervura para garantir o ritmo de banho-maria: 
—“Não tenho compromisso com prazo”. Sinal de que, como Maia é quem manda, isso vai demorar. Muito.

Rodrigo Maia não explica a sua má vontade em relação ao princípio da prisão após 2ª instância, mas manobra para retardar sua votação.

Como exerce forte influência sobre Davi Alcolumbre, Rodrigo Maia quase conseguiu abortar iniciativa idêntica no Senado. Quase.

Como a maioria do Congresso quer aprovar a prisão após 2ª instância, Maia, esperto, desistiu de impedir a votação. Mas garantiu ritmo lento.

É tão chocante a decisão de aumentar o Fundão Sem Vergonha para R$3,8 bilhões, espécie de assalto final aos cofres públicos, que já se espera a divulgação da lista dos caras-de-pau que o apoiam.

Os R$3,8 bilhões do Fundão Sem Vergonha para financiar a campanha eleitoral de 2020, mostra que há ainda na classe política muitos que se lixam para a opinião pública. Querem apenas grana (pública) no bolso.

O banco BRB assumirá a gestão da Torre de TV, no centro de Brasília, de 224 metros de altura, uma das maiores do mundo. Será revitalizada, seu entorno turbinado, ganhando ares de Torre Eiffel brasileira.

O ex-vice-governador Clésio Andrade se livrou do peso que carregava há anos, com inestimável prejuízo moral, político, material e emocional, após a decisão unânime do Tribunal de Justiça de Minas Gerais de anular todo o processo contra ele no chamado “mensalão mineiro”.

O advogado Felipe Belmonte, 2º vice-presidente, e o ex-ministro do TSE Admar Gonzaga, secretário-geral, registraram ontem no Cartório da 504 Sul o novo partido Aliança pelo Brasil, de Jair Bolsonaro.

...se acreditasse em Papai Noel, Rodrigo Maia pediria de presente de Natal o arquivamento da PEC de prisão após 2ª instância.

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