TERCEIRA EDIÇÃO DE SEXTA-FEIRA, 18/10/2019

NO BLOG DO JOSIAS
Divisão do PSL eleva poder de Maia e centrão 
Por Josias de Souza 
Sexta-feira, 18/10/2019 
Num instante em que Jair Bolsonaro dedica-se a estilhaçar a unidade do seu PSL, o ministro Paulo Guedes (Economia) negocia com o Congresso a pauta de propostas econômicas para a fase posterior à reforma da Previdência. Dissemina-se entre os líderes partidários a avaliação de que o racha no PSL deixará o governo ainda mais dependente do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e das legendas que integram o chamado centrão.
Guedes reuniu-se nesta quinta-feira com Maia e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Conversaram sobre a pauta de propostas econômicas para a fase posterior à reforma da Previdência, prestes a ser concluída no Senado. Planejam fazer avançar pelo menos três temas encrespados: reforma administrativa, reforma tributária e revisão do chamado pacto federativo. Guedes revelou interesse por um quarto item: redução das despesas lançadas como obrigatórias no Orçamento da União. O ministro ficou de entregar suas propostas até a semana que vem.
Em conversa com o blog, um líder de partido do centrão ironizou a posição de Bolsonaro. Na noite de quarta-feira, disse ele, todos imaginavam que o presidente rodava o filme 'PSL em Transe'. Na manhã de quinta, prosseguiu o líder, descobriu-se que o título do filme era outro. Algo como 'Querida, encolhi minha autoridade…'
Na fita sobre o transe partidário, que ficou pela metade, Bolsonaro exibiria musculatura política, acomodaria o filho Eduardo na liderança do PSL e iniciaria um processo de ocupação que levaria à chave do cofre da legenda. No filme sobre o encolhimento da autoridade presidencial, que acabou prevalecendo, o capitão foi grampeado pedindo apoio para destituir o líder do seu partido, o Zero Três foi derrotado. Pior: o líder que se pretendia destituir, Delegado Waldir, foi gravado chamando Bolsonaro de "vagabundo" e prometendo "implodir o presidente".
Antes, os 53 deputados do PSL fechavam com o Planalto. Os votos da legenda funcionavam como um "colchão de segurança" para o governo. Agora, o presidente desperdiça tempo e energia numa articulação para obter o apoio dos 27 deputados necessários à ascensão do filho ao posto de líder. Se conseguir, terá de administrar uma bancada em pé de guerra. Se perder, a autoridade presidencial vai caber numa caixa de fósforos.
Em qualquer hipótese, Bolsonaro estará mais dependente do centrão e de Rodrigo Maia, líder informal do grupo. Dito de outro modo: quem ditará a ordem, o ritmo e o preço das votações serão Maia e os líderes da banda arcaica do Legislativo.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Sobre pérolas e porcos: do que foi a Veja, pouco sobrou, quase nada (*)
Sexta-feira, 18/10/2019 às 09:48
A revista, que já vinha capengando sob a direção de André Petry, socialista demitido no início do ano, piorou consideravelmente com Maurício Lima, como diretor de Redação.
Petry foi demitido por Fábio Carvalho, novo dono da Editora Abril a partir de maio de 2019, quando assumiu a empresa em recuperação judicial.
Carvalho, amigo do banqueiro Andre Esteves, dono do Banco Pactual, o maior credor da Editora, colocou Maurício Lima como diretor do semanário.
Empresário conhecido, ao que parece tem um objetivo claro: vender notícia como se fosse refrigerante ou banana e assim transformar a falida editora - e seu investimento - em algo rentável.
O que, evidentemente, é algo diferente de fazer jornalismo.
Quem faz jornalismo de verdade são profissionais de respeito como José Roberto Guzzo.
Um mestre, dono de um estilo peculiar e crítico, Guzzo inexplicavelmente continuava na revista, uma pérola no mar de mediocridade e informações enviesadas em que se transformou o panfleto.
Isso durou até terça-feira (15), quando Guzzo foi finalmente demitido, depois de trabalhar na revista desde 1968.
O motivo: sua última matéria, onde critica o STF certeiramente.
Guzzo, jornalista brilhante, destoava nitidamente em qualidade e seriedade do resto da revista, uma colagem mal feita de textos e matérias pró esquerda.
Assim, sua saída não é inesperada.
Guzzo, como se dizia em tempos antigos, atirava pérolas aos porcos.
Houve época, lembro bem, em que eu ainda comprava a Veja apenas para ler a coluna de Diogo Mainardi.
E mais nada.
Assim como hoje leitores compravam o panfleto graças a Guzzo.
A reação está aí, nas redes, muita gente cancelando assinatura após a notícia de sua demissão.
De Guzzo, ao se despedir da Veja:
“Ouvimos, desde crianças, que não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe.
Espero que esta coluna tenha sido um bem que não durou, e não um mal que enfim acabou.
Muito obrigado”
Certamente, não há o que lamentar.
Guzzo é um dos jornalistas mais respeitados do País e não lhe faltará espaço.
A revista, no caminho inverso, vai de mal a pior, chafurdando no jornalismo barato e perdendo leitores que realmente fazem a diferença.
Se Carvalho, o empresário, queria fazer o semanário se levantar, está se dando mal.
Do passado de jornalismo de qualidade, resta muito pouco ou quase nada.
Permanece apenas Augusto Nunes, outro grande jornalista.
E não se sabe até quando.
Contratado agora pela Record TV, Nunes está entusiasmado.
Dar pérolas aos porcos é um trabalho penoso e inglório.
Guzzo não merecia isso, assim como Nunes.
Parabéns por Guzzo por ter saído, e um eventual parabéns a Nunes se sair.
Não é de empresários que a boa imprensa é feita.
É de verdadeiros jornalistas.
(*) Por Marco Angeli Full
Artista plástico, publicitário e diretor de criação.

Na História, o povo nunca perdoou os traidores, os “quinta-coluna”
18/10/2019 às 05:22
Carla Zambelli confirmou por áudio que o PSL não quer só expulsá-la do partido como também, suspender suas atividades legislativas:
"É como se eu não tivesse mais mandato."
E também que foi Bolsonaro quem afastou Joice Hasselmann do cargo de líder do governo no Congresso por falta de confiança na parlamentar.
“Finalmente ele percebeu que ela não estava mais trabalhando por Bolsonaro há muito tempo, a gente tinha percebido isso antes, mas graças a Deus o presidente percebeu agora. O que é importante é que agora começa vida nova. Independente dos percalços a gente vai continuar em frente.”
A pergunta: PRA QUE OPOSIÇÃO, NÃO É MESMO?
Será que os que ficarem na sigla estão conscientes do resultado que essa retaliação aos deputados populares da direita (como é o caso de Carla e Daniel Silveira, que gravou a reunião dos bivaristas). Será que não percebem que o povo não perdoa os ‘quinta-coluna’ em nenhum momento da História?
Vi pessoas chamando Ciro Gomes de traidor quando ele fez uma fala criticando Lula, justamente por andarem juntos e em algum momento se distanciarem com muito escândalo público. Isso que nem eram da mesma sigla e estão atolados na podridão dos esquemas espúrios da era petista.
Imaginem qual será o rótulo com que esses deputados ficarão para sempre em suas histórias.
Péssimo começo para muitos que foram pegos no áudio...
Quero ver limpar essa imagem de interesseiros, oportunistas e traidores.
Como as coisas mudam rapidamente na política!
Amanhã têm mais novidades...
Segurem-se nas cadeiras...
Por Raquel Brugnera
Pós Graduando em Comunicação Eleitoral, Estratégia e Marketing Político - Universidade Estácio de Sá - RJ.

PF mira envolvidos nas transações financeiras de hackers
18/10/2019 às 08:26
Uma nova fase da Operação Spoofing deve ser deflagrada nos próximos dias.
A Polícia Federal está investigando as transações financeiras efetuadas pelo grupo de hackers, na mesma época em que as mensagens de autoridades da República foram roubadas.
Novas conexões do grupo criminoso estão na eminência de serem desvendadas.
A qualquer momento, outras prisões devem ocorrer.
A blindagem de Glenn, proporcionada pelo ministro Gilmar Mendes, o coloca numa posição mais tranquila, mas não totalmente segura.
Vamos aguardar!
Leia também:
Da Redação

NA COLUNA DO ALEXANDRE GARCIA
Bagunça no PSL é culpa desse maldito fundo abastecido com nosso dinheiro
Por Alexandre Garcia (*)
[Quarta-feira, 17/10/2019] [22:34]
Que bagunça que está o PSL, partido ao qual está filiado o presidente Jair Bolsonaro. Em uma gravação, feita em uma reunião do PSL, feita de bate boca, o líder do partido na Câmara, Delegado Waldir, de Goiás, chega a chamar duas vezes Bolsonaro de vagabundo e diz também que vai “implodir o presidente”. Depois ele deu algumas explicações que, claro, não valem.
A consequência de tudo isso, a gente vê: o PSL está rachado. Estão falando em unir o PSL com o Democratas para que a bancada tenha 80 deputados, porque todo mundo está de olho nesse maldito fundo partidário que vem do nosso bolso, do nosso trabalho, do nosso suor.
Se quiser manter partido vai buscar contribuição dos partidários. Mas eles fizeram a lei, eles fazem a lei, nós os elegemos para que eles nos representem. Eu duvido que eles perguntaram a nós se gostaríamos que eles pegassem os nossos impostos para sustentar os partidos deles.
Os partidos que nós apoiamos, muitos de nós apoiamos determinados partidos e somos filiados. Eles que peguem dinheiro dos filiados ao invés de pegar dinheiro de todos os contribuintes.
Houve uma disputa de listas para tirar o deputado Waldir da liderança do partido e colocar o deputado Eduardo Bolsonaro como líder do partido na Câmara – Joice Hasselmann, ex-líder do Congresso, votou a favor desse Delegado Waldir.
Essa disputa foi para decisão na direção da Câmara; por enquanto, o Delegado Waldir continua no cargo, mesmo depois de falar que Bolsonaro é vagabundo. Vejam que confusão.
Tiraram Joice Hasselmann da liderança do Congresso, já que ela votou contra o presidente, e colocaram o deputado Eduardo Gomes, que foi eleito pelo Solidariedade e está no MDB. O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra, também é MDB.
Não é só o PSL que é governo, o MDB também é. A gente não tem uma clareza no governo. Neste primeiro ano está cheio de gente que ainda não pegou a rotina da política partidária e está a maior confusão.
Banco do Brasil e o STF
O Supremo está decidindo um assunto que não é da Constituição – mas essa já é a rotina do STF – e sim, algo que veio do Tribunal Regional do Trabalho, que proíbe o Banco do Brasil de usar funcionário de nível médio para fazer função de nível superior, alegando que o banco precisa abrir concurso para nível superior.
O STF está se metendo onde? Em uma sociedade de economia mista que tem 65% de ações do Tesouro Nacional. É bom lembrar que o resto não é Tesouro Nacional e sim acionistas particulares, empresas e pessoas.
O Banco do Brasil tem 379 mil acionistas. Então deixe que essa empresa que tem prestar contas aos seus acionistas se administre da melhor maneira e não se metam. Aqui no Brasil, o Estado, a Justiça e o Legislativo se metem na vida de empresas e na vida das pessoas. Essas instituições não sabem que estão a serviço das empresas, que são contribuintes e eleitores.
O mal que a TV Justiça faz
O ministro Marco Aurélio disse que vai longe esse julgamento da segunda instância porque há uma ladainha de pensar que eles estão na academia. Eu não acho que é isso, eu acho que desde que chegou a TV Justiça eles pensam que estão na televisão e ficam com aquela falação que não acaba nunca.
Segurança falha
Essa tentativa de levar dinheiro do aeroporto de Viracopos é por uma falta de prevenção por parte da Polícia. Se houvesse uma prevenção haveria desistência nesses assaltos que se repetem.
Dessa vez tentaram levar dinheiro de um carro-forte que estava descarregando em um avião no maior aeroporto de cargas do Brasil. Levaram até uma metralhadora ponto 50 que tem calibre de 0,5 polegada. Três assaltantes foram mortos, dois em confronto com a Polícia e o outro estava com um bebê e a mãe como reféns. O atirador cumpriu o seu dever.
A questão é que os carros dos assaltantes chegaram no aeroporto. Então a segurança ainda está falha, embora tenha havido tantos outros assaltos mostrando que medidas acauteladoras deveriam ser tomadas. Todos os passageiros foram prejudicados, os voos foram cancelados.
Temer absolvido. Como fica?
O áudio do seu Joesley Batista que dizia “Tem que manter isso aí, viu?”, aquela montagem preparada contra o ex-presidente Michel Temer. O assunto foi para a Justiça, houve denúncia de Rodrigo Janot, que chamou de crime.
Agora o juiz disse: “absolvo sumariamente Michel Temer porque os fatos narrados não constituem crime”. Eu pergunto: o ex-presidente foi execrado e quem é que recupera ele de todo desgaste que esse episódio causou.

NO BLOG DO RODRIGO CONSTANTINO
A síndrome de Simão Bacamarte no bolsonarismo
Por Rodrigo Constantino (*)
[18/10/2019] [10:32]
Traidores! São todos uns traidores! Essa tem sido a acusação do núcleo duro do bolsonarismo àqueles que vão debandando, mudando de lado, passando a criticar mais do que a elogiar o governo.
Do lado dos que se tornam alvos, também há o sentimento de que foram traídos. 
"Então, é claro que é uma traição absolutamente clara. Mas eu deixei também de forma muito franca que eu jamais seria a primeira a trair. Mas eu sabia que cedo ou tarde eu seria traída, porque é o modus operandi", disse a deputada Joice Hasselmann em entrevista ao GLOBO, após ser destituída da função de líder do governo no Congresso.
De fato, o modus operandi do bolsonarismo parece ser o das intrigas permanentes, e cada vez a lista de "traidores" aumenta mais. Ou se demonstra fidelidade total ao "mito", ou passa para o time dos "inimigos" a serem destruídos. Não há nuances, cinza, gradação: é tudo binário nessa guerra tribal. Enquanto Reagan lembrava que se alguém concorda com você 80% do tempo é 80% amigo, e não 20% inimigo, o bolsonarismo traça uma linha divisória a partir do 1% de discordância.
Se Bolsonaro se cercou de tantos "traidores" assim, então, na melhor das hipóteses, podemos ao menos culpa-lo por péssima capacidade de escolha, não? Parece aquele corno manso que levou mil chifres, mas é incapaz de reconhecer que tem um dedo podre para selecionar suas parceiras...
Gustavo Bebianno, General Santos Cruz, Paulo Marinho, Kim Kataguiri e o MBL, Danilo Gentili, Lobão, André Guedes, Nando Moura, João Doria, Wilson Witzel, Luciano Bivar, Alexandre Frota, Delegado Waldir, Joice Hasselmann: a lista de "traidores", entre políticos e formadores de opinião, é grande, e crescente. Isso sem falar do próprio vice-presidente Mourão, que já foi alvo dos ácidos ataques bolsonaristas, acusado de... traidor.
Não nego que alguns da lista sejam questionáveis mesmo, pois parecem oportunistas que surfaram na onda bolsonarista e nada mais. Mas todos? Não seria o caso de um mea culpa, uma reflexão sobre o tal modus operandi, sobre a postura desagregadora que fomenta intrigas o tempo todo?
Kim Kataguiri, que passou a ser demonizado pelos bolsonaristas, mesmo sendo um dos que mais lutaram pela reforma previdenciária do governo, desabafou em entrevista a Virtù News: 
“Nem o Collor metendo a mão na poupança conseguiu queimar capital político tão rápido.”
Simão Bacamarte, o "alienista" de Machado de Assis, queria trancar a cidade inteira na Casa Verde, pois eram todos uns doidos. Até ele perceber que talvez o doido maior fosse ele mesmo, e assim se trancou sozinho na sela. Troca-se doido por traidor e temos a síndrome de Simão Bacamarte acometendo o bolsonarismo. São todos traidores! Ninguém demonstra fidelidade! Uns ingratos! Uns oportunistas!
Talvez fosse o caso de reavaliar a premissa. Talvez fosse o caso de questionar se o traidor maior não é o próprio Bolsonaro, que vai afastando todos os mais moderados ou independentes, e restando quase sozinho, cercado apenas de seus filhos ou de bajuladores oportunistas...
(*) Rodrigo Constantino
Economista pela PUC com MBA de Finanças pelo IBMEC, trabalhou por vários anos no mercado financeiro. É autor de vários livros, entre eles o best-seller “Esquerda Caviar” e a coletânea “Contra a maré vermelha”. Contribuiu para veículos como Veja.com, jornal O Globo e Gazeta do Povo. Preside o Conselho Deliberativo do Instituto Liberal.


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