TERCEIRA EDIÇÃO DE SÁBADO, 31/8/2019

NO PUGGINA.ORG
QUANDO POLÍTICA E DIREITO TRANÇAM PERNAS
Por Percival Puggina (*)
Artigo publicado sexta-feira, 30.08.2019
Esse tango em que Política e Direito trançam pernas pode acabar em tombo e fratura de quadril. Infelizmente, La Cumparsita (a palavra é um diminutivo de “cumparsa”) é a mais demandada no bailão onde se apequenam as cúpulas dos Poderes Legislativo e Judiciário brasileiro. As palavras de Romero Jucá ecoam, ainda hoje, nos corredores e gabinetes pelos quais poderosos e influentes transitam com desenvoltura. “É preciso acabar com essa sangria” disse Jucá, no famoso diálogo gravado que manteve com Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, a respeito da Lava Jato.
A operação caíra em mãos de uma força tarefa dedicada, operosa e destemida. Tiraram o Código Penal da gaveta e trouxeram para cima da mesa. Imperdoável audácia aplicar o que ali está escrito a quem dança La Cumparsita ante os olhos da convalescente nação. O sempre indignado Gilmar Mendes lançou contra a força tarefa todos os adjetivos que a Nação disparava contra ele mesmo. Espelhos falam.
Mais uma vez, a lâmina deixa a bainha. É a sangueira para acabar com a sangria. É preciso matar a Lava Jato. Quem vai se prestar para isso? Como a lâmina de Adélio, previsíveis dedos se erguem em prontidão. O caminho encontrado corresponde àquilo que lá em Santana do Livramento se chama “ninho de égua”, ou seja, algo que não existe, mas pode ser encontrado e usado, contanto que apareça alguém suficientemente crédulo para comprar. Durante o julgamento de um processo de habeas corpus, decidiram, ouvida a parte, criar mais um torvelinho na maçaroca processual penal brasileira. Nova ponte levadiça entre o crime e a pena. E mais uma larga margem de tempo para o ansiado tique taque da prescrição geral e irrestrita. Carnaval de inverno para a corrupção. Festa no mundo do crime! Congrats! Tim-tim!
Impossível não lembrar as palavras de despedida de Joaquim Barbosa no dia em que oito réus do Mensalão foram absolvidos do crime de formação de quadrilha. Embora o próprio STF, durante o julgamento, tenha dividido o mecanismo em três núcleos – o político-partidário, o operacional-financeiro e o empresarial – a Corte, na undécima hora, decidiu que aquela roubalheira toda viveu de impulsos endógenos, perdições individuais, não tendo havido ali quadrilha alguma. Disse então o ministro, exagerando nos pronomes: 
- "Sinto-me autorizado a alertar a Nação brasileira de que este é apenas o primeiro passo. Esta maioria de circunstância tem todo tempo a seu favor para continuar nessa sua sanha reformadora. (...) Essa maioria de circunstância foi formada sob medida para lançar por terra todo um trabalho primoroso, levado a cabo por esta Corte no segundo semestre de 2012".
Há quase cinco anos, pondo em risco a própria segurança, no turbilhão da maior investigação criminal da História do País, a força-tarefa da Lava Jato combate os poderes das trevas que atuam no topo da nossa ordem política, econômica e judiciária. Contrariam interesses hegemônicos. Seus investigados têm, ao estalo dos dedos, todo o dinheiro de que possam necessitar para quanto lhes convenha e todas as facilidades para agir fora e acima da lei.
A força-tarefa ouviu centenas de testemunhas. Corruptos e corruptores faziam fila para confessar crimes e informar o que sabiam. Empilhou dezenas de milhares de provas, relatórios e documentos. A repetição das fórmulas evidenciou rotinas consolidadas ao longo dos anos. Os crimes eram admitidos pelos beneficiários, pelos autores e por seus operadores. Bilhões de reais foram devolvidos e reavidos.
Agora, tocam La Cumparsita... Como é patético perceber aqueles cavalheiros e damas do Direito pelo avesso, costas voltadas à Nação, indignarem-se ante a ojeriza social, cercearem as liberdades de opinião, enquanto abrem alas para o festivo baile da corrupção e da impunidade. E pretendem nos ensinar que são a Justiça, a Lei e o Direito, em seu esplendor. Me poupem.
_______________________________
(*) Percival Puggina (74), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no País. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Globo se rende a verdade, mas Bolsonaro não perdoa e vai ao ataque (Veja o Vídeo)
Sábado, 31/08/2019 às 07:44
As narrativas criadas pela Rede Globo e demais veículos que fazem ferrenha oposição ao atual governo, não se sustentam. São implacavelmente destruídas pelas redes sociais.
Assim, a cada golpe, a Globo, em determinado momento, necessita vir a público e refazer a sua história, sob pena da plena e total desmoralização.
É a maneira que a emissora tem encontrado para sobreviver. Ataca com extrema virulência, distorce fatos, cria versões e, quando desmascarada, refaz o malfeito. Um trágico espetáculo de dissimulação.
Assim acaba de ocorrer com os recentes ataques ao presidente da República na questão Amazônia.
Agora a versão da Rede Globo já é outra.
O próprio Bolsonaro, implacável, comentou e não perdoou:
- “A Globo se rendendo à verdade, depois de dias atacando o Presidente da República e relativizando nossa soberania.”
Da Redação

O erro estratégico dos inimigos da Lava Jato e o gigante sugador de votos que está surgindo...
31/08/2019 às 06:17
Quanto mais o PT tenta soltar Lula, mais a população lembra o porquê do voto em Bolsonaro.
Quanto mais soltam presos da Lava Jato, mais o povo reforça a importância da operação.
Quanto mais o STF age acima da lei para defender corruptos, mais a população tende a valorizar as ações do ex-juiz Sérgio Moro.
Este é o paradigma da causa/efeito, ou ação/reação, da política e isso é a coisa mais democrática que existe, porque não importa quem você é, suas ações sempre terão um valor e um conceito, tanto para o receptor da ação, quanto para aqueles que apenas acompanha suas ações de longe.
Em resumo: Assistir a agonia do sistema corrompido que tenta sobreviver encontrando novos corpos, novos apoios, novas siglas, novas narrativas e novas instituições para sugar; só empurra a população para o lado contrário.
Quem é de esquerda está 100% de esquerda porque percebeu que o sistema todo está ameaçado, mas a massa crítica (que são os votos que decidiram as eleições) está sendo convencida a se unir com a direita e esse fenômeno está acontecendo no mundo inteiro, não é uma jabuticaba brasileira.
Isso explica a “onda conservadora” que está fazendo até gigantes comunistas como a China, começar a concordar com governos conservadores. Eles sabem que o movimento conservador veio para ficar e dominará o mundo por um longo ciclo até surgir outro movimento do lado de lá. É absolutamente normal depois da convulsão social uma nova reestruturação política surgir.
Aqui no Brasil, o conservadorismo está ainda sendo ensaiado, mas em breve teremos uma sigla conservadora que mudará os rumos da política e do engajamento da população; por isso tantas máscaras caindo, tantos desligamentos e decepções com as figuras públicas, os demais partidos e movimentos já sabem desse surgimento e precisam articular para não esvaziar e perder o principal: O apoio popular.
Toda vez que você assistir um "de direita" tomando uma atitude contrária ao atual governo, lembre-se, ele não está contra Bolsonaro, ele apenas faz parte de outro movimento, que não o conservador.
O alvo não é o presidente, e sim, o gigante sugador de votos que está chegando.
Por Raquel Brugnera
Pós Graduando em Comunicação Eleitoral, Estratégia e Marketing Político - Universidade Estácio de Sá - RJ.

A “jogada de mestre” no caso do PGR
Sexta-feira, 30/08/2019 às 17:30
Os procuradores se reunindo com o Bolsonaro pra entrar na PGR e parece que ele não vai escolher ninguém...
Em uma sacada de mestre ele deve deixar o cargo de Raquel Dodge vago e será ocupado pelo subprocurador da República Alcides Martins.
O Subprocurador é um vice-procurador.... ele ocupa o lugar do PGR em caso de vacância.
Alcides é religioso fervoroso e conservador. Tudo o que Bolsonaro quer...
Fazendo isso Bolsonaro resolve dois problemas: o nome não precisa passar pelo Senado (porque a ocupação é interina por prazo ilimitado) e pode tirar o PGR quando bem entender...
Genial!
(Texto de Flavia Ferronato. Advogada, Coordenadora do Movimento Advogados do Brasil)

STF nega HC para Greenwald e MP pede a quebra do sigilo do “marido” deputado
30/08/2019 às 13:12
David Miranda e Glenn Greenwald
O pseudo jornalista Glenn Greenwald, silenciosamente, tentou obter um Habeas Corpus preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF).
O pedido foi ajuizado pela advogada Ana Maria Rodrigues Mello.
O pedido foi negado pelo ministro Luiz Fux.
Paralelamente, o Ministério Público acaba de requerer a quebra do sigilo bancário de seu marido, o deputado David Miranda.
A investigação do MP é atinente ao período em que Miranda era vereador no Rio de Janeiro.
Os dois reveses da dupla ocorrem praticamente ao mesmo tempo, simultaneamente.
Mera coincidência, pois o caso de Miranda é na Justiça estadual do Rio de Janeiro.
Todavia, os resultados certamente serão surpreendentes.
Chegou a hora de o casal viver o seu inferno astral.
Da Redação

O silêncio dos culpados: Lula vai escapar da cadeia?
30/08/2019 às 11:06
Enquanto o povaréu indignado volta sua atenção à barulheira causada pelo crepitar do fogo amazônico que queima nas páginas da 'imprensalha', destruindo toda a vida inteligente e animaizinhos inocentes como a girafa, o urso panda e o ornitorrinco, o STF trabalha em silêncio.
Quietinhos, vão armando novamente outra tentativa para soltar o embusteiro Lula da Silva.
No calor do fogaréu e da discussão inútil sobre as caneladas entre Bolsonaro e Macron, passa despercebida a estratégia dos homens da capa preta.
Na terça (27), por exemplo, Gilmar Mendes, Lewandowski e Cármen Lúcia anularam a condenação de Bendine, ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil.
A alegação para o ato é surrealista: um detalhezinho - falha processual.
Não se colocou em questão a culpabilidade do réu, mais sujo do que pau de galinheiro, atestado por todos.
Não.
E estavam pouco se lixando para o personagem Bendine.
O importante era abrir um precedente.
Um precedente que beneficiasse e justificasse a anulação dos processos de Lula.
A decisão foi imediatamente usada pela defesa do vigarista em cana, que solicita a anulação dos processos do Instituto Lula, do triplex do Guarujá e do sítio de Atibaia.
O trio entregou de bandeja o que Lula precisava para sonhar de novo com a liberdade e com a destruição do Brasil.
Fachin, o relator do imbróglio, foi voto vencido.
Os procuradores da Lava Jato reagiram indignados.
Porque o precedente irá afetar todos os julgamentos de acusados em circunstâncias semelhantes, como quer e alega a defesa de Lula.
Afirmam alguns juristas que o precedente - no caso do homenzinho - se aplica somente em relação à condenação do sítio de Atibaia, e não na do triplex.
Mas por aqui, num país dominado pelo palavrório incompreensível e malandro dos duvidosos juízes do STF, qualquer coisa é possível.
Todos já vimos filmes deprimentes e surrealistas protagonizados por essa turma.
Enquanto isso, encarcerado, Lula sonha com o fogo.
Não o fogo da Amazônia, naturalmente, para o qual aliás jamais deu a menor atenção enquanto estava na cadeira de presidente.
Ele sonha com um fogo mais abrangente.
O fogo que irá colocar no Brasil quando estiver livre.
O que, esperamos, aconteça daqui a uns vinte anos.
Ou mais.
Por Marco Angeli Full
Artista plástico, publicitário e diretor de criação.

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