PRIMEIRA EDIÇÃO DE 08/7/2019, SEGUNDA-FEIRA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
07/07/2019, domingo
O governo federal tem cerca de 10.400 imóveis desocupados devido a diversas razões, incluindo a falta de manutenção. É o caso do bloco O da Esplanada dos Ministérios, onde era o Comando do Exército, e que está abandonado sofrendo a ação do tempo desde 2016. A economia estimada com a transferência de servidores que trabalham em imóveis alugados para o ‘ministério’ desocupado é de R$ 19,2 milhões por ano.

07/07/2019
Vidros quebrados, persianas e portas empenadas, além de ferrugem por todo lado, obrigam o governo a fazer reforma para reocupar o local.

07/07/2019
Cada bloco da Esplanada pode abrigar cerca de 2.000 servidores e, na maioria dos casos, cada prédio é sede de mais de um ministério.

07/07/2019
Situado no local mais nobre de Brasília, não há sequer uma estimativa do valor de aluguel ou venda dos 23.480 metros quadrados do edifício.

07/07/2019
Questionado, o Ministério da Economia disse que a “análise do projeto de reforma” está em curso, mas não soube estimar quanto será gasto.

07/07/2019
Uma das grandes inovações previstas no histórico acordo entre União Europeia e Mercosul trata do fim dos impostos de importação de cerca de 90% dos produtos comercializados entre os países dos blocos. O mercado de veículos, por exemplo, terá redução gradativa de alíquotas, que serão zeradas após 15 anos de vigência. Na prática, vai liberar importar carros europeus, muito mais avançados, com 0% de imposto.

07/07/2019
O Brasil poderá importar carros com taxa reduzida pela metade durante 7 anos. A taxa cai ano a ano e, a partir do 16º ano, vai a 0%.

07/07/2019
O Ministério da Economia estima incremento de R$ 500 bilhões no PIB, considerando a redução de barreiras e aumento da produção.

07/07/2019
A previsão é que os 31 países envolvidos levem até quatro anos para ratificar e internalizar os termos do acordo. Só então ele passa a valer.

07/07/2019
Ao fim e ao cabo, se o presidente da Câmara quiser mesmo, a reforma da Previdência será votada e aprovada em dois turnos no dia 18. Rodrigo Maia aprovou a PEC do Orçamento Impositivo em duas horas.

07/07/2019
Para votar a reforma no dia 18, a Câmara terá que aprovar a “quebra de interstício”, permitindo os dois turnos no mesmo dia. Para isso, o quórum no plenário deve ser alto, com pelo menos 470 deputados.

07/07/2019
Somam 370 deputados todos os partidos que orientam votação favorável à reforma da Previdência, mas, considerando as defecções de praxe, a reforma deve ser aprovada por um máximo de 340 votos.

07/07/2019
Após conversar com os deputados do seu partido, o líder do MDB na Câmara, Baleia Rossi (SP), não tem dúvida: 100% da sua bancada de 34 deputados vão votar pela aprovação da reforma da Previdência.

07/07/2019
Para começar a contar o prazo da reforma da Previdência, a Câmara tem sessão nesta segunda, 08. Raríssimo. Os deputados nem sequer discutem o fim da vergonhosa jornada semanal de dois dias (terça e quarta). Sessões na quinta só uma vez na vida. Às sextas, nunca.

07/07/2019
A gestão de Ronaldo Nogueira na presidência da Funasa economizou R$58 milhões em despesas de custeio, só no primeiro semestre. “Já realizamos o desembolso de mais de R$250 milhões, dando efetividade para mais de 2.300 obras em execução no País”, diz ele, determinado.

07/07/2019
…fez sentido excluir ex-presidente enrolado, do projeto que liberou a compra de carros oficiais: afinal, quem está preso não precisa de carro.

NO O ANTAGONISTA
Lava Jato diz que é infundada a acusação de que vazou dados sigilosos sobre Venezuela
07.07.19 16:17, domingo
A Lava Jato acaba de soltar nota oficial para dizer que é infundada a acusação de que a força-tarefa teria vazado informações sigilosas sobre atos de corrupção na Venezuela.
Leiam:
“A força-tarefa da operação Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba não reconhece as mensagens que têm sido atribuídas a seus integrantes nas últimas semanas. O material é oriundo de crime cibernético e não pode ter seu contexto e veracidade confirmados.
Os integrantes da força-tarefa pautam suas ações pessoais e profissionais pela ética e pela legalidade e é infundada a acusação de que a força-tarefa teria vazado informações sigilosas. Isso pode ser verificado pelos seguintes fatos:
1) Os vídeos publicados pela ex-procuradora-geral venezuelana Luísa Ortega, que teriam sido vazados em agosto de 2017, foram entregues por colaboradores da Odebrecht ao Supremo Tribunal Federal (STF). Naquela época, o material sequer havia sido remetido pelo STF à força-tarefa de Curitiba.
2) Os procuradores da força-tarefa não tiveram contato com a ex-procuradora-geral venezuelana Luísa Ortega quando ela veio ao Brasil, em agosto de 2017.
3) Para tornar o material público, bastaria que seu sigilo não fosse prorrogado em maio de 2017. Naquele mês, a força-tarefa defendeu junto à Procuradoria-Geral da República (PGR), com a concordância do então secretário de Cooperação Internacional, Vladimir Aras, a prorrogação do sigilo, o que resultou na Petição 6977 ao STF.
4) O próprio MPF requisitou, em dezembro de 2017, a instauração de inquérito para investigar o vazamento.
5) O veículo provavelmente se valeu de diálogos editados ou falsos, pois o procurador regional da República, Vladimir Aras, sequer participava do grupo de discussão da força-tarefa, ao contrário do que diz a reportagem, ressaltando-se que ele sempre diligenciou para manter o sigilo de milhares de documentos que tramitaram na unidade de cooperação internacional do MPF.
6) As supostas mensagens que a reportagem apresenta como verdadeiras apontam a constante preocupação com o sigilo, inclusive em data posterior àquela das mensagens que embasam a acusação de vazamento.
7) Inúmeros dados reforçam a independência da atuação da força-tarefa em relação ao Judiciário, como o número de recursos apresentados, de absolvições e de pedidos indeferidos.”

O ‘Fabinho’ do Senado
07.07.19 20:00
Igor Gadelha, da Crusoé, diz que o Senado também tem o seu próprio Fabinho Ramalho — deputado federal do MDB conhecido por promover banquetes em seu gabinete.
Leia a íntegra da nota aqui.

Os articulistas da ORCRIM
08.07.19 06:07, segunda-feira
A estratégia de Glenn Greenwald de vazar a conta-gotas as mensagens roubadas à Lava Jato acabou formando um cartel dos articulistas da ORCRIM.
Diz a Folha de S. Paulo:
“Advogados criminalistas traçaram estratégia para, mesmo nos intervalos entre as publicações de reportagens com novas mensagens da Lava Jato, manter o tema em alta. Eles se dividiram para publicar artigos em série em veículos de comunicação.”
E quais são os veículos dispostos a publicar esses artigos?

Os clamores populares
08.07.19 06:25
A última pesquisa do Datafolha, que confirmou o apoio popular à Lava Jato, deve ter frustrado um bocado de gente.
Diz a Folha de S. Paulo, em editorial:
“Os clamores populares talvez sejam decisivos na permanência ou não de Moro no Executivo. Não podem sê-lo, certamente, na delicada análise jurídica que o caso impõe.
Novos diálogos revelados reforçam a impressão de cumplicidade entre o ex-juiz e os acusadores, mas ao Supremo restará traçar a linha entre o aceitável e o suficiente para anular um julgamento. Isso, óbvio, se os vazamentos forem admitidos como evidências.
Ao ministro cabe apresentar esclarecimentos objetivos sobre seus atos, anteriores e atuais. A popularidade, como todo político deveria aprender, é um ativo volátil.”
1 – Os vazamentos de origem criminosa não podem ser admitidos como evidências.
2 – No caso da Lava Jato, a popularidade nunca foi volátil.

Efeito 'Verdevaldo'
08.07.19 06:36
Jair Bolsonaro consolidou seu eleitorado.
Entre os que votaram nele no segundo turno, a taxa de bom e ótimo subiu de 54% para 60%, de acordo com o Datafolha.
É o efeito 'Verdevaldo', que atrelou a Lava Jato ao presidente e aglutinou mais uma vez o eleitorado anti-Lula, que havia se dispersado depois da disputa eleitoral.


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