SEGUNDA EDIÇÃO DE 29-6-2019

NO O POVO
O impacto do acordo entre Mercosul e União Europeia nas exportações do Estado
| Comércio Internacional | A avaliação é que o anúncio da queda nas barreiras tarifárias vai facilitar as vendas para o bloco europeu
29/06/2019 00:00:090
As negociações do acordo de associação entre Mercosul e União Europeia (UE) foram concluídas. Em nota conjunta, os Ministérios das Relações Exteriores, da Economia e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento comunicaram, ontem, a abertura econômica e o fortalecimento das condições de competitividade entre os dois blocos. A expectativa é que a redução de barreiras comerciais impacte positivamente as saídas dos produtos cearenses para o continente europeu.
"O acordo pode dinamizar e trazer muita competitividade para várias cadeias produtivas cearenses que já estão no mercado europeu, tais como metalmecânica, eólica, agronegócio, calçadista, mineral, coureira, entre outras", afirma César Ribeiro, assessor para Assuntos Internacionais do Governo do Ceará.
Em 2019, os principais produtos da pauta de exportação que tiveram a Europa como destino foram os semifaturados de ferro oriundos da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP); motores/eletrogeradores; calçados; ceras vegetais; castanha de caju; querosene de aviação; frutas como melões, bananas, melancias e mangas; sucos de frutas; minerais como quartzitos; magnésia calcinada e ferro-silício.
Os ganhos também se manifestam na seara das importações. César acredita que empresas cearenses que necessitam de insumos do Exterior passarão por processos menos onerosos e burocráticos no momento da aquisição.
Ana Karina Frota, gerente do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (CIN-Fiec), lembra que o acordo é resultado de 20 anos de negociações. Ela destaca que há uma concentração grande das exportações cearenses para os Estados Unidos e que o pacto vai intensificar o escoamento da nossa produção para a UE. "A ideia é justamente se reintegrar", analisa.
Vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (Ibef-CE), Luis Eduardo Barros avalia que as exportações no Ceará ganharão impulso. "Vai aumentar o volume por conta das vantagens fiscais", explica. Assim, os próximos meses servirão para entender quais produtos podem se destacar a partir de agora.
Já o economista Alcântara Macedo ressalta a localização privilegiada do Ceará como um ponto forte das novas relações comerciais que serão estabelecidas. De acordo com ele, a presença do porto do Pecém no Estado vai ser fundamental para o escoamento de mercadorias não apenas fabricadas aqui, mas oriundas de estados como Piauí e Rio Grande do Norte.
Para o Brasil, Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção, diz que a adesão a regras de compliance entre os países envolvidos ajudou na concretização do acordo anunciado ontem. "Estamos falando de países com regras normativas, comerciais, previdenciárias, sociais e ambientais mais próximas da gente do que países asiáticos".
A comparação leva em conta o primeiro lugar ocupado pela Ásia nas exportações do ramo têxtil para a Europa. Apesar das fortes trocas comerciais entre os países que compõem a UE, ele acredita que o acordo poderá abrir o leque para as negociações com os integrantes do Mercosul.
Fernando avalia que os dois primeiros anos de aliança serão de ajustes burocráticos para a execução do acordo. Ele prevê que, em um ciclo de dez anos, as tarifas entre os países envolvidos estejam zeradas.
Além do fim do isolamento do Mercosul nas negociações comerciais, Rubens Barbosa, presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Trigo (Abitrigo), ressalta que, a partir de agora, o Brasil precisará "colocar a casa em ordem". Isso porque o "Custo Brasil" tem impactado negativamente tais transações, devido a processos burocráticos e uma logística ineficiente dos portos.
Líderes mundiais iniciaram discussões na reunião de cúpula do Grupo dos Vinte em Osaka. O encontro de dois dias acontece em um momento de crescentes tensões globais, como a guerra comercial, que está sendo travada entre os Estados Unidos e a China, e o atrito entre Washington e Teerã.
Ganhos
O acordo cobre temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras governamentais, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual. Os exportadores brasileiros obterão ampliação do acesso, por meio de quotas. O acordo também reconhecerá como distintivos do Brasil vários produtos, como cachaças, queijos, vinhos e cafés.

NO BLOG DO POLÍBIO BRAGA
SÁBADO, 29 DE JUNHO DE 2019
Concorrência externa leva países fechados como o Brasil a se tornarem mais eficientes
O Acordo Mercosul-União Europeia anunciado ontem tem dimensão proporcional ao seu ineditismo. Amadurecido em 20 anos de negociações, tem sentido que transcende o simples formato de um acerto econômico transatlântico.
Une 780 milhões de pessoas no Brasil, na Argentina, Uruguai,  Paraguai e 28 países europeus, numa inequívoca aposta na cooperação internacional, baseada em princípios da democracia liberal, do livre mercado, da proteção ambiental e do multilateralismo. Juntos, somam 25% da riqueza mundial.
Não é pouco, numa época de fragmentação e reedição de políticas nacionalistas, fundadas em unilateralismo populista, às vezes racista e xenófobo, e sempre antiglobalizante.
Sua construção atravessou vários governos, inúmeras vacilações nas duas margens do Atlântico, mas, enfim, se consolidou como notável reafirmação do êxito de um sistema de comércio mundial lastreado em normas de consenso.
Na essência, o acordo revigora o Mercosul e a União Europeia. Abre novas fronteiras de negócios em praticamente todo o comércio de bens e serviços nos dois continentes. Adota ritmo progressivo na isenção de tarifas. Obriga à sintonia na modernização de regulações de mercados, das normas setoriais — inclusive as fitossanitárias — e das regras de propriedade intelectual.
Libera 99% das exportações agrícolas do Mercosul, com 81,7% sem tarifas e regime de cotas ou preferências fixas para os 17,3% restantes — fica de fora uma centena de produtos.
Determina queda de tarifas de importação de bens de capital e de insumos, o que induz a aumento da produtividade industrial.
Facilita as compras governamentais, a integração de cadeias produtivas, investimentos em tecnologia, pesquisa, inovação, na infraestrutura e no setor de serviços. E em alguma medida abre economias fechadas como a brasileira ao exterior.
O comércio exterior ganha mais relevância no Produto Interno Bruto brasileiro. Haverá, é certo, maior competição doméstica em serviços e na indústria com consequências deflacionárias para os consumidores.
Alguns segmentos tendem a ser beneficiários de um crescimento expressivo a médio prazo. É o caso da indústria têxtil, que projeta aumento de 30% nas exportações para a Europa nos próximos cinco anos.
Entre os efeitos mais importantes está a necessidade de mudar a estrutura produtiva do Mercosul, com reformas amplas no setor público, para melhorar a solvência, a infraestrutura e dinamizar as relações entre agentes econômicos. Será preciso, também, novos padrões de gestão no setor privado — desde a prioridade a investimentos na base tecnológica, para aumentar o poder de competição, até a introdução de normas mais rígidas de controle, transparência e prestação de contas a acionistas e investidores.
O acordo é uma obra política histórica, transformadora a longo prazo. Precisa sobreviver à normal alternância no poder das democracias.
Postado por Polibio Braga às 05:10


NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Glenn confessa um novo crime
29/06/2019 às 09:08
O pseudo jornalista americano Glenn Greenwald, em sua tresloucada tentativa de desmoralizar a Operação Lava Jato e o Ministro Sérgio Moro, com o claro objetivo de fornecer subsídios para a soltura do meliante Luiz Inácio Lula da Silva, está cada vez mais se enrolando e revelando sua conduta criminosa.
Além do crime de Receptação, pois Glenn está publicando material que sabe ter sido obtido de maneira criminosa e explorando para a obtenção de vantagens pessoais, o americano acaba de confessar o crime de Falsificação de Documento.
Ora, o nome de um procurador foi alterado no material apresentado como “documento”. Veja abaixo:
O jornalista criminoso ao justificar a alteração disse que “foi um erro de edição”.
Logo, o entendimento óbvio é de que os “documentos” estão sendo “editados”.
Documento não se edita.
Editar documento é falsificação.
Por Lívia Martins
Articulista e repórter
livia@jornaldacidadeonline.com.br

Moro chega dos EUA, é homenageado e avisa que "(…) não vai se intimidar frente a gangues criminosas" 
(Veja o Vídeo)
29/06/2019 às 08:16
Da Redação
O Ministro da Justiça Sérgio Moro recebeu nesta sexta-feira (28) do governador de São Paulo, João Dória Júnior, a grã-cruz da Ordem do Ipiranga.
Ao saudar o ministro, o governador chamou o evento como “momento histórico”.
A Folha de S.Paulo tentou diminuir a importância da homenagem, argumentando que no passado pessoas que hoje são investigadas na Lava Jato também receberam a honraria.
Lamentável o nível que chegou o jornalismo tupiniquim.
De qualquer forma, mesmo que a mera homenagem não se traduza num ‘momento histórico’, o discurso do ministro Sérgio Moro deve ser assim considerado.
Com serenidade e altivez, Moro fez um breve relato da Operação Lava Jato e proclamou:
"Não vou desistir, o estado não vai se intimidar frente a gangues criminosas".
Veja o vídeo neste link: https://youtu.be/eEnKZ94M3wI

Manifestação do dia 30 será o clamor por um País livre da cleptocracia, declara Modesto Carvalhosa
28/06/2019 às 16:28, sexta-feira
As manifestações em defesa da Operação Lava Jato, marcadas para o próximo dia 30 de junho, contam com o apoio de diversas personalidades e demais integrantes da sociedade civil nacional. Dentre eles, está o jurista Modesto Carvalhosa que vem, há tempos, defendendo pautas importantíssimas no combate à corrupção.
Nesta sexta-feira (28), através de suas redes sociais, o prestigiado jurista publicou uma "convocação" à manifestação defendendo a relevância do ato para a restauração da moralidade no âmbito público. Ademais, compartilhou um vídeo do jornalista José Nêumanne Pinto, considerado seu grande aliado nesta mesma luta.
Veja a publicação:
"É absolutamente fundamental que a cidadania compareça às ruas no próximo domingo para manifestarmos juntos o nosso apoio à operação Lava Jato, ao Sérgio Moro, à lei anticrime e às medidas que têm sido tomadas para tirar o Brasil das mãos dos corruptos, que insistem em destruir de todas as maneiras, no Congresso e no Supremo Tribunal Federal, o trabalho para banir os cleptocratas da vida brasileira.
Nessa luta a favor do Brasil, destaca-se o grande jornalista, nosso amigo José Nêumanne Pinto, cujo canal no Youtube, com 227 mil participantes, é a grande tribuna de defesa da moralidade pública e da restauração da decência no setor público e privado desse país. Nêumanne sempre destaca nossa atuação e nossos debates aqui da página e também do Twitter, o que agradecemos.
Na verdade, não são 150 mil "seguidores" em nosso Twitter e mais de 50 mil no Facebook, mas cerca de 200 mil famílias "engajadas ao debate", em agir e mudar, definitivamente, a situação do nosso país. Por isso, precisamos de mais apoio, de mais convites, de mais força: estes 200 mil estarão conosco agindo e clamando no dia 30 por um país livre da cleptocracia, apoiando a Lava Jato e todas as medidas anticorrupção. Contamos com cada um de vocês."
Veja o vídeo neste link: https://youtu.be/c5wB4z0__ZQ




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