PRIMEIRA EDIÇÃO DE QUINTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 2019

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUINTA-FEIRA, 04 DE ABRIL DE 2019

A poucos dias de completar um ano cumprindo pena em uma sala da Polícia Federal em Curitiba, com direito a TV e banho quente como nenhum outro presidiário, Luiz Inácio Lula da Silva já custou mais de R$3,6 milhões ao cofres públicos. O custo da “hospedagem” chega a R$10 mil ao dia, como estimou a própria PF já no ano passado. Lula custa ao mês 125 vezes a mais que qualquer outro detento no Brasil.

O custo do presidiário Lula, de R$3,6 milhões, representa bem mais que a média de recursos destinados a obras em penitenciárias.

A ampliação da Penitenciária de Alfenas (MG) recebeu R$ 3,4 milhões e está inacabada, segundo o Ministério da Justiça. Lula já custou mais.

Se ficar na situação que se encontra pela duração de toda sua pena de 12 anos e 1 mês os custos de Lula preso serão de R$ 44,1 milhões.

O ex-governador Sérgio Cabral pode, em um presídio comum, superar o custo de um ano de Lula preso. Mas só se cumprir 127 anos da pena.

A ida do ministro Paulo Guedes (Economia) à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara deixou claro que os deputados não estavam preparados para questionar a PEC da reforma da Previdência, tampouco para discutir verdades sobre outros assuntos. Na prática, Guedes expôs os que “jogam para a torcida” dizendo ser preciso taxar grandes fortunas e empresários pelo discurso vazio. E cobrou a falta de iniciativa: “Vocês estão aqui há quatro mandatos”.

O barraco seguiu com deputados fazendo pose de “ofendidos”, mas, sem ter como desmentir o ministro, discursaram para seu eleitorado.

Guedes desfez também o mito de que o regime de capitalização levou o Chile a altos índices de suicídio. “É o 118º no mundo. É fake news”.

Em vez de esclarecer pontos da reforma e debater alternativas, a CCJ virou, como tem sido praxe, palanque de autopromoção política.

Foi um show de vaidades. O desconhecido Eduardo Bismarck (PDT-CE) exigiu que o ministro da Economia tratasse os deputados pelo nome, “de primeiro escalão para primeiro escalão”. Hahahaha.

Vários deputados, e não necessariamente novatos, comportaram-se na CCJ, nesta quarta (3), como subcelebridades de programinhas tipo “Big Brother”, fazendo qualquer coisa para aparecer na TV Câmara.

O Sebrae sofre com a disputa provocada por um dos diretores, Carlos Melles, contra o atual presidente, João Henrique, eleito no começo do ano. Melles quer assumir o cargo promovendo uma nova eleição.

A notícia de que em março a saída de dólares superou entrada em US$4,2 bilhões, após o saldo positivo de janeiro e fevereiro, fez lembrar a célebre sentença do ex-ministro da Fazenda Mario Henrique Simonsen: “A inflação aleija, o câmbio mata”.

Só esta semana, ouvintes da rádio BandNews flagraram dois casos de carros dos senadores cometendo infração de trânsito: o de Marcos Rogério (DEM-RO) foi fotografado estacionado em local proibido, e o carrão de Sérgio Petecão (PSD-AC), 1º secretario, em fila dupla.

A torcida, em Brasília, é que o pacote do presidente Jair Bolsonaro “para tirar o Estado das costas das empresas”, como ele definiu, tenha se inspirado em várias medidas do governo Donald Trump, nos EUA, que quase zerou o desemprego e aqueceu a economia.

NO O ANTAGONISTA
Toffoli retira da pauta a prisão em segunda instância
Quinta-feira, 04.04.19 09:35
Dias Toffoli retirou da pauta o julgamento da prisão em segunda instância.
Diz o G1:
“Toffoli tomou a decisão por volta das 23h da quarta-feira, antes de embarcar para Boston, nos Estados Unidos, onde participa de um encontro sobre o Brasil com alunos de universidades americanas.”
Lula depende de alguma outra manobra para ser solto imediatamente.

“A opinião a favor da prisão de Lula se cristalizou”
04.04.19 10:04
Pesquisa encomendada pelo El País revela que 59,5% dos brasileiros possuem uma imagem negativa de Lula.
E 57,9% se mostram a favor de sua prisão.
O diretor do Atlas Político disse:
“É certo que a opinião a favor da prisão de Lula se cristalizou.”

A estratégia de Collor
04.04.19 09:00
Por Diego Amorim
O Antagonista descobriu quais são os “motivos pessoais” que levaram Fernando Collor a se afastar do Senado por quatro meses.
Trata-se de uma estratégia, claro.
Collor quer manter força política no estado, onde a família de Renan Calheiros, seu adversário nas urnas, ainda manda e desmanda.
Ao abrir espaço para a suplente Renilde Bulhões, o ex-presidente valoriza uma família influente, que já governou Alagoas na década de 1990. Em troca, claro, Collor vai querer o apoio do grupo nas próximas eleições.

Garschagen é exonerado
04.04.19 08:20
A Casa Civil exonerou Bruno Garschagen, um dos principais assessores de Ricardo Vélez Rodríguez.

“Não querem que o sangue corra pelas ruas?”
04.04.19 08:14
O general Luiz Eduardo Rocha Paiva, na revista do Clube Militar, alerta que o sangue pode correr pelas ruas:
“A Nação tem que se salvar a si mesma, sem a tutela das Forças Armadas, que só tomarão a iniciativa diante de um quadro de grave violência, caos social, falência e perda de autoridade dos Poderes Constitucionais (…).
Não querem que o sangue corra pelas ruas? Então mãos à obra.”

Coisa de “tchutchuca” petista
04.04.19 08:10
Depois que Zeca Dirceu chamou Paulo Guedes de “tchutchuca” e ouviu do ministro que “tchutchuca era a mãe, a avó e a família” do petista, a confusão na CCJ da Câmara continuou.
Na versão do UOL, Maria do Rosário acusou a assessora especial do ministério da Economia, Daniella Marques, de tê-la agredido (é impressionante como Maria do Rosário é agredida). Daniella foi, então, levada para a delegacia da Polícia Legislativa da Câmara.
Mas não deu em nada.
Coisa de “tchutchuca” petista.

Rodrigo Maia defende Paulo Guedes
04.04.19 07:22
Rodrigo Maia classificou como “muito ruim” o tchutchuca de Zeca Dirceu.
Ele disse para a Crusoé:
“Muito ruim. Paulo Guedes tem respeitado o parlamento. Uma coisa é o debate de ideias. Outra é começar a agredir pra fazer o ministro perder a cabeça.”
Leia a nota completa aqui.

O golpe da bengala contra Bolsonaro no STF
04.04.19 07:05
Jair Bolsonaro pode ser impedido de indicar ministros do STF durante o seu mandato.
O golpe foi revelado por Merval Pereira:
“O ambiente no Congresso é tão ebuliente que a promessa dos bolsonaristas de apresentar uma PEC revogando a que aumentou para 75 anos a idade compulsória dos ministros pode provocar a reação de ampliá-la para 80 anos.
Isso porque a redução da idade permitiria ao presidente Bolsonaro nomear 4 ministros imediatamente. Como está, ele escolherá no final do próximo ano substitutos para os ministros Celso de Melo e Marco Aurélio Mello. Ao contrário, a ampliação da idade para 80 anos impediria que nomeasse ministros durante sua gestão.”

A erosão de Bolsonaro
04.04.19 06:56
William Waack diz que Jair Bolsonaro corre o risco de se tornar ridículo:
“Alguns sinais de erosão de seu capital são bem evidentes e só não enxerga quem não quer. Não são as pesquisas de opinião (na qual bolsonaristas, a risco próprio, não acreditam mesmo). Essa deterioração é perceptível em repetidas manifestações de impaciência com o ritmo (ou falta dele) que o governo imprimiu às reformas. Traduzidas em frases desse tipo, que se ouvem por toda parte: ‘Acredito e AINDA acho que vai’ (…).
A credibilidade e a confiança tão essenciais para qualquer governo estão hoje se deslocando sensivelmente da figura do ‘mito’ em direção aos núcleos militar, econômico e da Justiça, com poucas figuras realmente de peso no mundo da política que o governo possa chamar de suas. E episódios como a bagunça no MEC e as tiradas do chanceler, reiteradas pelo próprio presidente, produzem situações de ridículo, talvez o mais poderoso ácido corrosivo da imagem de quem precisa ser levado a sério para governar.”

Vale foi avisada de redução de segurança em Brumadinho, diz engenheira
Quarta-feira, 03.04.19 21:00
Em depoimento à CPI de Brumadinho, a engenheira geotécnica Ana Lúcia Yoda afirmou que a Vale foi avisada, meses antes do desastre, da redução das condições de segurança da barragem que desmoronou em janeiro.
Ana Lúcia é funcionária da empresa Tractebel, que emitiu laudos de estabilidade da estrutura da barragem até junho do ano passado, relata O Globo.
Depois que a análise verificou a piora da situação, a mineradora contratou outra companhia, a Tüv Süd, que passou a ser responsável pelos laudos a partir de setembro de 2018.
A engenheira, no entanto, tratou a redução do fator de segurança como um “indicativo” de possíveis problemas, não um elemento que necessariamente acarretaria a ruptura da barragem.
Oficialmente, a contagem do desastre da Vale está em 218 mortos e 78 desaparecidos.

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