PRIMEIRA EDIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, 10 DE ABRIL DE 2019

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUARTA-FEIRA, 10 DE ABRIL DE 2019

Além do presidente, outros dois diretores da Apex Brasil (Agência de Promoção de Exportações), Letícia Catelani e Márcio Coimbra, também devem ser mandados embora. Eles ambicionavam o comando da agência e travavam uma batalha com o embaixador Mário Vilalva, exonerado ontem. Ambos têm sido criticados no Planalto por serem capazes até de parar o trabalho na tentativa de assumir a presidência.

Emparedado, Vilalva pediu ajuda do Planalto, que destacou um general para pôr ordem na casa. Mas ele também acabou emparedado.

Vendo-se inviabilizado no cargo, Vilalva passou a insultar de “desleal” e “ardiloso” o chanceler Ernesto Araújo, que o nomeara. Foi demitido.

O primeiro presidente da Apex, Alex Carreiro, durou 6 dias no cargo: ele trombou com Letícia Catelani, que pretendia ser a presidente.

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) divulgará nesta quarta-feira (10) o resultado de pesquisa indicando que há 7.400 obras inacabadas no Brasil. Todas essas obras representam um montante de R$140 bilhões que deixam de ser aplicados na geração de empregos e renda. O estudo será divulgado no evento “Paralisação e retomada de obras de infraestrutura no Brasil”, das 8h às 13h na CNI, em Brasília.

O evento será marcado por dois painéis de debate, com a presença de especialistas e autoridades como o ministro Santos Cruz (Governo).

A pesquisa da CBIC indicará que as obras foram paralisadas por falta de recursos ou em razão de escândalos de corrupção, por exemplo.

Sede do maior escândalo de corrupção da História, a Petrobras tenta se capitalizar vendendo ativos. A bola da vez é a distribuidora Liquigas. Tá feia a coisa: ontem estatal voltou a pregar aviso sobre a venda.

A Braskem, cuja extração de sal-gema do subsolo em região com falha geológica ameaça afundar bairros com 30 mil moradores, em Maceió, contratou Sérgio Bermudes, o mesmo advogado da Vale, cuja barragem rompeu e matou quase 300 pessoas em Brumadinho.

A oposição, que age segundo os interesses dos privilegiados do setor público, faz tudo para sabotar ou protelar a reforma da Previdência. Até pediu vistas do relatório sobre a PEC antes mesmo de ser lido.

Relator da PEC da Previdência, Marcelo Freitas (PSL-MG) começava a ler seu parecer na CCJ, quando o delegado Waldir (GO) se posicionou para protegê-lo da aproximação de deputadas do PT. “Não deixa roubar o relatório!” gritaram da plateia. Seguro morreu de velho.

O governo completa 100 dias hoje. Entre as 35 promessas da “Agenda de 100 Dias do Governo” muitas foram cumpridas, como a extinção de 21 mil comissionados, privatização de aeroportos, o pacote anticrime e 13º do Bolsa Família. Já ações como a volta do Brasão da República à capa do passaporte e “promoção da ética” nas escolas, foram adiadas.

…demissão não é crise, é gestão de pessoas.

NO O ANTAGONISTA
Weintraub: “Uma pessoa que sabe ler e escrever não vota no PT”
Quarta-feira, 10.04.19 06:15
Abraham Weintraub disse para o Estadão:
“Não sou caçador de comunistas. Não gosto do comunismo, mas aceito o comunista. Quero a redenção dele.”
Ele deu um exemplo:
“Meu avô foi para campo de concentração. E como ele escapou? Tinha um sargento da SS que protegia ele dentro do campo e o salvou. O cara falou: isso aqui é loucura. Meu avô foi parar no campo com 14 anos.”
Para derrotar o petismo, ele recomenda Gramática e Matemática:
“Uma pessoa que sabe ler e escrever e tem acesso à Internet não vota no PT. A Matemática é inimiga do obscurantismo. Eu não sou contra o petista. Tenho amigos que são petistas. Pessoas boas que não conseguem se livrar. Eu converso com as pessoas. Não é que eu tenho: ‘ah, demônio!’ Agora, sou contra o obscurantismo.”
Sobre o Escola Sem Partido, ele respondeu:
“Não tenho opinião formada. Sou contra qualquer discussão política até o ensino secundário.”

“Não existe ensino público gratuito”
10.04.19 06:04
Abraham Weintraub deu uma ótima entrevista para o Estadão.
Em vez de falar sobre canibais e comunistas, ele focou em gestão.
O jornal perguntou-lhe, por exemplo, quem ele vai levar para o MEC. Ele respondeu:
“Já estou levantando e vou divulgar em breve. Já sei algumas pessoas que vou tirar. Vou colocar técnicos e gestores no lugar. Estamos buscando no curto prazo entregar os números, o resultado. Temos o compromisso não só com o grupo que nos elegeu. Temos de governar para todos. E isso envolve fazer provas, as coisas chegarem na hora certa, e no preço. Não existe ensino público gratuito. Quem custeia é o pagador de imposto. Temos de olhar como relação cliente e fornecedor de serviço. O meu cliente é a população, o cidadão pagador de imposto.”
E repetiu:
“Quem paga as universidades federais são os pagadores de impostos. É o agricultor, o motorista de ônibus. Nós todos moramos no Brasil. Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos e abjetos que agregam nada à sociedade é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências. Não é criminoso, mas é muito errado.”

MPF aponta repasses de R$ 13 milhões da Odebrecht a codinome atribuído a José Dirceu
09.04.19 20:39
Relatório técnico do MPF aponta que a Odebrecht repassou, entre 2008 e 2012, pelo menos R$ 13 milhões a “Guerrilheiro”, um codinome atribuído a José Dirceu pelos delatores da construtora.
O documento, de novembro de 2018, foi juntado a uma investigação sobre o petista e seu filho, o deputado Zeca Dirceu, que tramitava no STF, mas acabou remetida à Justiça Eleitoral do Paraná em março deste ano por Edson Fachin.
O inquérito apura recebimento de R$ 500 mil da Odebrecht, a pedido de Dirceu, mas a investigação descobriu mais repasses ao próprio ex-ministro, segundo o MPF.
Segundo o relatório, nos sistemas Drousys e MyWebday B, usados pela Odebrecht para contabilizar pagamento de propinas, foram encontradas evidências de que a empreiteira “realizou diversos pagamentos entre os anos de 2008 e 2012, totalizando pelo menos R$ 13 milhões, em favor do codinome ‘Guerrilheiro'”.
Assinado pelo perito criminal federal Gilberto Mendes, o documento foi encaminhado ao procurador José Ricardo Teixeira Alves.

Odebrecht aceitou doar a Zeca para ‘neutralizar’ Dirceu, diz delator
Terça-feira, 09.04.19 21:10
Por Renan Ramalho
Na delação que originou a investigação sobre Zeca Dirceu, o ex-diretor da Odebrecht, Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis, disse que resolveu fazer doações eleitorais ao deputado “com o objetivo de neutralizar” o pai, José Dirceu.
Em depoimento, Marcelo Odebrecht confirmou ter designado o ex-diretor para buscar aproximação com Dirceu, “como forma de evitar possíveis prejuízos a seus interesses empresariais”.
Em 2010 e 2014, a empresa doou R$ 250 mil para as campanhas de Zeca, a pedido de Dirceu, que teria mencionado dificuldades financeiras na campanha em encontro com Fernando Luiz.
Na investigação, o MPF identificou mais R$ 13 milhões repassados a “Guerrilheiro”, codinome usado pelos executivos para identificar Dirceu, como mostramos mais cedo.
No fim de março, seguindo entendimento do plenário do STF, Edson Fachin enviou o caso para a primeira instância da Justiça Eleitoral, por haver indícios de caixa 2.

Vice fala coisas que presidente não quer falar, diz Mourão
09.04.19 21:05
Hamilton Mourão afirmou hoje em evento do “think tank” Wilson Center, em Washington, que cabe a ele falar “coisas que o presidente não quer falar” e atacar primeiro quando é preciso atacar, relata o Estadão.
“Não é fácil ser vice-presidente, você é o segundo no comando. Você pode olhar para mim, você foi um general por 12 anos e comandava todo mundo. Bom, agora eu não comando”, disse o vice, criticado por uma ala do governo por às vezes se contrapor a Jair Bolsonaro.
Hoje, porém, o general sugeriu que é sua função como vice assumir esse papel.
“A primeira coisa é essa: você tem que ter disciplina intelectual para entender as necessidades do presidente. Eu olho para mim mesmo como uma figura complementar ao presidente. Coisas que ele não quer falar, me diga, OK –eu vou lá e falo.”
Mourão acrescentou: “Às vezes eu digo para a imprensa: eu me sinto como escudo e espada do presidente. Eu posso defender quando ele precisa ser defendido e posso atacar antes que ele precise atacar”.

Bolsonaro jantará com embaixadores de países islâmicos
09.04.19 20:16
Jair Bolsonaro decidiu participar de um jantar com 42 embaixadores de países árabes e muçulmanos, amanhã, na sede da CNA, informa O Globo.
A decisão foi tomada no início da noite de hoje, como forma de demonstrar o interesse do presidente – que viajou a Israel há cerca de uma semana – em manter esses parceiros internacionais.
A princípio, Bolsonaro seria representado pelos ministros Ernesto Araújo e Tereza Cristina no evento.

Desemprego na Venezuela se aproxima do da Bósnia durante a guerra
09.04.19 20:06
A taxa de desemprego na Venezuela aproxima-se de níveis inéditos no mundo desde a Guerra da Bósnia, informou hoje o FMI.
De acordo com o Fundo, o desemprego sob a ditadura de Nicolás Maduro deve chegar a 44,3% da população economicamente ativa neste ano.
Se Maduro não cair, a taxa chegará perto de 50% no ano que vem – a mesma registrada na Bósnia em 1996, depois de três anos e meio de guerra.
O encolhimento do PIB venezuelano, por sua vez, é o maior do mundo desde o da Líbia, em 2014 – quando o país se recuperava do conflito que levou à queda do ditador Muamar Kadafi.

Relator defende admissibilidade da PEC da Previdência
09.04.19 19:57
Por Diego Amorim 
Confira AQUI íntegra do relatório de Marcelo Freitas sobre a PEC da Previdência. O relator defendeu a admissibilidade da proposta, que será ainda debatida e votada na CCJ.

PGR pede para arquivar inquérito sobre Renan e Jáder
09.04.19 19:23
Raquel Dodge pediu hoje o arquivamento de uma investigação sobre supostas propinas em um contrato de alienação da companhia elétrica argentina Transener, em 2006, registra Fausto Macedo.
A investigação tem como alvo Renan Calheiros, Jáder Barbalho, o ex-ministro Silas Rondeau e o ex-deputado Aníbal Gomes, todos ligados ao MDB.
Em 2006, a Petrobras havia fechado um acordo para vender sua participação de 50% na Citelec, sociedade que controla 52,65% da Transener, ao fundo de investimento americano Eton Park.
O governo argentino, no entanto, não aprovou a operação, e a estatal brasileira acabou vendendo sua participação à Enarsa e à Electroingeniería por cerca de US$ 54 milhões.
O inquérito foi instaurado com base na delação de Fernando Baiano e chegou a ser abastecido com os acordos de Jorge e Bruno Luz, apontados como operadores do MDB.
Segundo os delatores, a venda estava acertada com o Eton Park, mas a negociação foi desfeita em favor da Electroingeniería mediante propinas.
A PGR não viu provas do envolvimento dos emedebistas acusados.

URGENTE: STF SOLTA ALDEMIR BENDINE
09.04.19 19:00
Com o voto decisivo de Ricardo Lewandowski, a Segunda Turma do STF mandou soltar o ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine.
Também votaram pela concessão do habeas corpus Gilmar Mendes e Celso de Mello. Ficaram vencidos Edson Fachin e Cármen Lúcia.
A maioria considerou que a prisão preventiva, em vigor desde julho de 2017, estava alongada e representava uma antecipação da pena.
Em substituição à prisão, Bendine ficará proibido de deixar o País — ele também tem nacionalidade italiana e deverá entregar o passaporte –, e também de manter qualquer contato com outros investigados.
Bendine foi condenado no ano passado, em primeira instância, por corrupção e lavagem, por exigir propina da Odebrecht.
Para Lewandowski, a ordem de prisão de Sergio Moro, decretada na sentença, tinha caráter abstrato.
“Os argumentos são meramente retóricos e de caráter abstrato. Os fundamentos são absolutamente desproporcionais, sobretudo de que o réu poderia praticar atos de ocultação de ativos. São argumentos que de forma alguma parecem hábeis para a constrição cautelar, pois destoam de elementos concretos”, afirmou o ministro, no fim do julgamento.

Exército não compartilha equívocos, diz Planalto sobre morte no Rio
09.04.19 18:58
O porta-voz do Planalto, Otávio do Rêgo Barros, disse hoje que o Exército e as Forças Armadas não compartilham “equívocos” de seus integrantes, registra o UOL.
A declaração foi resposta a uma pergunta sobre a ação do Exército que disparou 80 tiros de fuzil contra o carro de uma família no último domingo, no Rio de Janeiro, matando o músico Evaldo Rosa dos Santos.
O porta-voz acrescentou que, “por óbvio”, é preciso que se faça uma apuração do caso, “a mais correta e justa possível”.

Moro: militares do Rio não agiram em legítima defesa
09.04.19 17:43
Sergio Moro disse hoje que os militares do Exército que fuzilaram um carro com 80 tiros no Rio de Janeiro não agiram em legítima defesa, segundo o relato de um parlamentar.
A declaração, segundo o UOL, foi dada em um encontro com deputados que discutem o projeto anticrime proposto pelo ministro da Justiça, que deixou o local sem dar entrevista.
“Esse episódio não se encaixa no projeto do ministro. E naquele caso, ao que tudo indica, não aconteceu, de maneira nenhuma, legítima defesa. Foi o que ele disse lá [na reunião]”, relatou o deputado Lafayette de Andrada, um dos presentes.
No último domingo, um carro de passeio que levava uma família na zona norte do Rio foi atingido pelos disparos dos militares, e o músico Evaldo Rosa dos Santos morreu. O próprio Exército prendeu em flagrante dez envolvidos no caso.

STF mantém pena de 14 anos de Cunha
09.04.19 16:53
Por 5 votos a 0, a Segunda Turma negou pedido de Eduardo Cunha para reduzir sua pena na Lava Jato de 14 para 9 anos de prisão.
Votaram contra o ex-presidente da Câmara Edson Fachin, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski.

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