SEGUNDA EDIÇÃO DE SEXTA-FEIRA, 08 DE FEVEREIRO DE 2019

NO O ANTAGONISTA
Bolsonaro vai ficar por mais ‘cinco a sete dias’ no hospital
Sexta-feira, 08.02.19 10:23
Antonio Luiz Macedo, médico responsável pela cirurgia de Jair Bolsonaro, disse que o quadro do presidente “é sutil e leve”, mas deve fazer com que ele permaneça no hospital por mais, pelo menos, “cinco a sete dias”, registra o Estadão.

Boletim médico de Bolsonaro às 16h
08.02.19 10:20
O porta-voz Otávio do Rêgo Barros deve falar com a imprensa sobre o estado de saúde de Jair Bolsonaro às 16h, mesmo horário da previsão de divulgação de novo boletim médico pelo Albert Einstein.

Deputado do PSOL que disse que Bolsonaro ‘está para morrer’ foge de entrevista a O Antagonista
08.02.19 11:08
Por Diego Amorim
Em entrevista à TV Câmara veiculada ontem, o deputado federal Edmilson Rodrigues, do PSOL do Pará, disse que Jair Bolsonaro “está para morrer” (veja o vídeo abaixo).
A repórter havia perguntado se o parlamentar — o mais votado em seu estado nas últimas eleições — achava que seria bem-sucedida a tentativa do governo de avançar, ao mesmo tempo, com as tramitações no Congresso da reforma da Previdência e do pacote anticrime de Sérgio Moro. O psolista respondeu assim:
“Olha, eu acho que o governo deve ter sua estratégia, mas não se entende. Nem vice… o presidente está para morrer. Mas a sua assessoria mais direta praticamente o obrigou, o constrangeu a reassumir o cargo porque ele não tem confiança no vice.”
Há pouco, Diego Amorim, de O Antagonista, ligou para o deputado, que começou reclamando da qualidade da ligação.
“Tá meio baixo.”
O repórter fala mais alto e pergunta se o deputado o escuta:
“Sim, pode falar.”
Questionado se se arrepende de ter dito que Bolsonaro “está para morrer”, Rodrigues fica em silêncio.
“Alô?”
O repórter insiste na pergunta.
“Não tô entendendo, porque eu tô na rua. Alô?”
A ligação, então, cai. O repórter tenta contato novamente, mas, depois de algumas chamadas, é direcionado para a caixa-postal do deputado.
(...)

O custo dos voos de jatinho de Maia e Alcolumbre
08.02.19 10:28
Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, ambos do DEM, viajaram o Brasil em dezembro e janeiro em campanha à presidência da Câmara e do Senado, respectivamente.
O partido informou à Folha que gastou 880 mil reais com jatinhos para os dois nesse período.

NO BR18
Sexta-feira, 08.02.2019 | 09h49min
Witzel aguarda ‘investigação minuciosa’
O mundo político se solidariza, pelo Twitter, com familiares das 10 vítimas fatais e feridos com o incêndio no Centro de Treinamento do Flamengo ocorrido nesta manhã de sexta, 8, no Rio. O governador Wilson Witzel afirmou que aguarda “investigação minuciosa sobre o fato”.
O vice-presidente Hamilton Mourão, flamenguista, escreveu estar “profundamente triste”: “Toque de silêncio”, disse.

08.02.2019 | 09h20min
Janaina pede que Bolsonaro ‘pare de trabalhar’
A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) pediu para que o presidente Jair Bolsonaro, que está internado desde o dia 27 de janeiro, “pare de querer trabalhar”. A bronca da deputada veio pelo Twitter, em uma sequência de mensagens, Janaina escreveu: “Fique comportado esse período, pois nós precisamos muito do Sr. Não é bom ficar atendendo as pessoas, falando ao telefone. Todos nós sabemos que o Sr quer trabalhar. Mas é melhor sossegar agora e trabalhar depois!”.
Ela também sugeriu que ele pare de receber pessoas, pois a entrada de pessoas no quarto abre risco para a contaminação por bactérias. E ainda aproveitou para alfinetar o vice-presidente. “Deixa o Mourão trabalhar esse período, ele vai ter menos tempo para dar entrevistas (rs)”. Em um dos trechos, Janaina diz que a mensagem é para lembrar Bolsonaro da importância que ele tem para esse “momento histórico”.

08.02.2019 | 10h07min
Da Vera: O vice não pode assumir?
A família e o entorno de Jair Bolsonaro imaginaram um cronograma para sua recuperação e reassunção das funções de presidente que não se confirmou. De acordo com ele, o presidente passaria a despachar direto do hospital dois dias depois da retirada da bolsa de colostomia, mas, passadas quase duas semanas, ele ainda está com visitas restritas, teve uma pneumonia que está sendo debelada e apresentou febre e complicações na retomada das funções intestinais que mostraram a necessidade de colocação de uma sonda nasogástrica. Todas essas intercorrências são normais num quadro como o dele.
Diante da necessidade de que Bolsonaro se concentre em sua recuperação, o mais indicado para que não haja paralisia administrativa e política do governo seria o vice-presidente assumir até a alta do titular. O que impede que isso seja feito é a desconfiança de Bolsonaro e seus familiares em relação a Hamilton Mourão. E aí se chega a uma questão importante: em menos de dois meses de governo já há uma situação em que o vice não é considerado apto a substituir o presidente? / Vera Magalhães

08.02.2019 | 09h38min
Anormalidade foi detectada 15 dias antes de tragédia
O geólogo da Vale, César Augusto Paulino Grandchamp, admitiu em depoimento à PF que recebeu no dia 10 de janeiro um e-mail que demonstrava anormalidade na leitura de um equipamento que mede a pressão nas barragens de rejeitos, da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho. O rompimento da estrutura aconteceu 15 dias depois. De acordo com o geólogo, não é “normal” que até o dia 25 de janeiro, quando ocorreu a tragédia, nenhuma providência tenha sido tomada pela Vale.
Grandchamp foi um dos três funcionários da mineradora presos na semana passada no âmbito da investigação que apura os culpados pelo rompimento da barragem de Brumadinho. Ele foi solto na quinta-feira, 7, dois dias após decisão do STJ, informou o Globo.4

08.02.2019 | 07h34min
Governo freia nomeações
O governo suspendeu por tempo indeterminado nomeações para qualquer cargo nos ministérios. A determinação foi dada pelo chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, em comunicado enviado às demais pastas, informa o Estadão. A ordem, que teria tido aval de Jair Bolsonaro, veio depois que indicados por partidos como o DEM começaram a ser afastados ou ameaçados de demissão em superintendências regionais de órgãos federais, como o Incra. A avaliação do Planalto é que qualquer confusão com cargos neste momento pode comprometer a montagem da base aliada e, consequentemente, a articulação para a votação da reforma da Previdência.

NO INSTITUTO MILLENIUM
NUNCA ANTES
Por J.R. Guzzo
Sexta-feira, 08/02/2019
Quando o que era impossível começa a acontecer cada vez com mais frequência, é bom prestar atenção — pode acontecer de novo. A última demonstração concreta desse mundo em mutação radical foi a moagem, desmembramento e morte política de Renan Calheiros, tido como invencível (até cair morto) por 101% das pessoas que “entendem de política” neste País. E agora: alguém tem algum fato para sustentar que as surpresas, enfim, pararam aí — que este foi o último episódio do intocável que de repente vira farinha de rosca?
Renan foi liquidado pelas redes sociais, simplesmente — tenta-se desesperadamente demonstrar que não é “bem assim”, ou “nada assim”, mas não adianta nada, porque é isso mesmo. Ainda há pouco, em outro episódio de primeiríssima grandeza, Jair Bolsonaro foi eleito pelas redes sociais, com zero de ajuda da televisão, milhões de reais, jatinhos ou mídia; ocorreu o exato contrário do que diziam quase todos os comentaristas políticos e os “institutos de pesquisa”. Lembram-se? Os Ibopes e Datafolhas garantiam até o dia da eleição que Bolsonaro perderia para “qualquer adversário” no segundo turno. É difícil errar mais do que isso.
As redes calaram a pretensão do Congresso em “negociar pesado” na formação do ministério; os políticos, que iriam “dobrar o governo”, tiveram de engolir com casca e tudo o primeiro escalão que está aí — inclusive com uma dúzia de generais dentro. As redes anularam qualquer possibilidade de soltar Lula no tapetão, com jogadinhas de advogado “garantista”. Podem levar o Congresso a cassar mandatos, autorizar processos penais contra seus próprios membros e permitir que gente habituada a viver acima da lei durante toda a vida acabe na cadeia. Podem aprovar reformas e novas leis que, de novo, toda a mídia sempre deu como “impossíveis”.
Diante disso, os ministros do STF bem que poderiam começar a pensar nos seus próprios couros. Desde que acabou o regime militar, transformaram-se numa espécie de orixás que nenhuma força do mundo é capaz de tirar do emprego; dois presidentes da República já foram para o saco, mas os toffolis, e gilmares, e lewandowskis etc. continuam agarrados no osso, mais firmes que o Pico da Bandeira na Serra do Caparaó. Mas, e daqui para frente, com esse temporal que está ficando cada vez mais bravo — vão continuar fora da lei?
Coisas que nunca aconteceram sempre podem, por definição, acontecer uma primeira vez. As redes sociais, que estão construindo realidades brutalmente inéditas neste País, podem, muito bem, ir para cima de qualquer sultão do STF e cobrar o seu impeachment de um Congresso com pouca estamina para enfrentar o ronco da rua. Era impossível. Não é mais.
A batata de Suas Excelências já pode estar sendo assada por aí.
(Fonte: “Veja”, 07/02/2019)

NA VEJA.COM
Receita abre investigação sobre patrimônio de Gilmar Mendes e sua mulher
Relatório aponta variação patrimonial sem explicação e indícios de lavagem de dinheiro por parte da mulher do ministro
Por Mauricio Lima
Sexta-feira, 08 de fevereiro de 2019 |06h33min
(Cristiano Mariz/VEJA)

A Receita abriu um trabalho para identificar “focos de corrupção, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio ou tráfico de influência” do ministro Gilmar Mendes e de sua mulher, Guiomar.
(Reprodução/Reprodução)

O relatório, de maio de 2018, aponta uma variação patrimonial sem explicação de 696.396 reais do ministro em 2015 e conclui que Guiomar “possui indícios de lavagem de dinheiro”.
Embora a movimentação financeira do casal seja alta (apenas em 2016, foram 17,3 milhões de reais), especialistas ouvidos pela coluna acharam a conclusão do relatório açodada. 
(Reprodução/Reprodução)

Em contato com a coluna, Guiomar Mendes afirma: “Ainda dominada por profunda perplexidade e indignação, tenho a lhe dizer que minha atuação profissional sempre se pautou pelo respeito às instituições e àqueles que as integram e pela observância aos valores éticos e morais inerentes ao exercício da advocacia. Não bastassem as minhas palavras, coloco à sua disposição as Reuniões de Contas do escritório que me dizem respeito, com a devida relação dos processos em que atuei e respectivos valores recebidos, bem como movimentação bancária e declarações de rendimentos apresentadas junto à Receita Federal com discriminação detalhada de bens e valores absolutamente compatíveis com os ganhos que obtive”.
O ministro do STF, por sua vez, entrou com uma petição na PGR e na própria Receita quanto às acusações. “O que causa enorme estranhamento e merece pronto repúdio é o abuso de poder por agentes públicos para fins escusos, concretizado por meio de uma estratégia deliberada de ataque reputacional a alvos pré-determinados […} Tal estratégia revela-se clara no presente caso, em que ilações desprovidas de qualquer substrato fático são feitas não apenas em relação a minha pessoa, mas em relação a todo o Poder Judiciário nacional”, diz.


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