TERCEIRA EDIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2019

NO O ANTAGONISTA
Paulo Guedes precisa exterminar o Sistema S
Terça-feira, 29.01.19 16:48
Paulo Guedes precisa mesmo exterminar o Sistema S.
Um bom exemplo do que ocorre nessa engrenagem engraxada com dinheiro público é o caso de Carlos Melles, deputado federal pelo DEM mineiro, que não conseguiu reeleger-se para o seu sétimo mandato na Câmara.
Derrotado nas urnas, ele tentou ser presidente do Sebrae nacional. Não conseguiu. Mas se tornou diretor de Administração e Finanças da entidade.
A nova diretoria tomou posse no dia 7 de janeiro, à exceção de Carlos Melles.
Motivo: a fim de garantir até o fim as benesses do seu mandato de deputado, ele pediu para assumir o novo cargo apenas em primeiro de fevereiro. O Sebrae deferiu o pedido, apesar de o estatuto da entidade prever que todos os eleitos para a sua diretoria devem assumir os cargos até quinze dias depois do início dos mandatos — prazo que terminou no último dia 22.

Dilma tenta faturar com tragédia em Minas
29.01.19 16:24
No Twitter, Dilma Rousseff, a pior presidente que o Brasil já teve, reproduziu texto de uma tal página “Rexistir” (sic) no Facebook sobre a tragédia de Brumadinho.
“Uma barragem se rompeu e dela escorreu a lama do obscurantismo, da intolerância e do fascismo”, afirma o texto reproduzido pela petista.
De novo, nenhuma referência ao governo do amigão Fernando Pimentel – por sua vez, amigão de Fernando Coura, o lobista das mineradoras que derrubou projeto para tornar mais rígida a fiscalização de barragens como a de Brumadinho.

Caso Flávio Bolsonaro sairá das mãos de chefe do MP-RJ
29.01.19 16:21
A investigação sobre Flávio Bolsonaro e seu ex-assessor Fabrício Queiroz vai sair da alçada do procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, chefe do Ministério Público estadual, explica o Estadão.
Se Marco Aurélio decidir mandar o caso para a primeira instância, como já sinalizou, a investigação deve ficar com um promotor que atua numa vara de Justiça.
Caso haja indícios que liguem o caso ao futuro mandato de senador, possibilidade mais remota, o caso fica com a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e passa a tramitar no STF.
Gussem só está com o caso porque é responsável por investigar deputados estaduais, cargo que Flávio Bolsonaro deixará a partir de fevereiro para assumir mandato no Senado.

Lobista pró-mineração e amigão de Fernando Pimentel
Fernando Coura, presidente do Sindextra, o sindicato de mineração de MG, foi o principal lobista que derrubou na Assembleia projeto que exigia maior rigor no licenciamento de barragens de mineração, registra Lauro Jardim.
É o projeto que, rejeitado em julho passado, motivou a reação do deputado estadual João Vítor Xavier – que disse não ter dúvida de que haveria novas rupturas de barragens.
Coura, lembra o colunista de O Globo, agraciou Fernando Pimentel com um contrato de consultoria de R$ 500 mil em 2013, quando o petista e futuro governador de Minas ainda era ministro do Desenvolvimento de Dilma Rousseff.

Esquema no BRB teve propina para tesoureiro de Rollemberg, diz MPF
29.01.19 16:05
Por Renan Ramalho
O esquema de corrupção no BRB, banco estatal de Brasília, desarticulado hoje na Operação Circus Maximus, envolveu propina de R$ 250 mil para Ricardo Leal, tesoureiro da campanha que elegeu Rodrigo Rollemberg governador do Distrito Federal em 2014, segundo as investigações do Ministério Público Federal.
Ele 2015, Leal passou a integrar o Conselho de Administração do BRB e, segundo o MPF, tinha influência para garantir operações financeiras irregulares no banco. O órgão diz que ele recebeu R$ 100 mil em espécie para saldar dívidas da campanha de 2014.
Em troca, teria ajudado a liberar R$ 3 milhões de um fundo de pensão dos servidores de Santos para o fundo criado para construir o Trump Hotel na Barra da Tijuca, no Rio, mais tarde nomeado como LSH Lifestyle.

Tchau, Lindbergh
29.01.19 15:51
Lindbergh, chutado de Brasília pelos cariocas, já esvaziou seu gabinete, que será usado pela eleita Leila do Vôlei.
O petista deixou o quadro de Lula para trás.

O ex-senador Eunício
29.01.19 15:41
Eunício Oliveira também participa da primeira reunião do MDB para tratar da eleição para a presidência do Senado.
A partir de sexta-feira, 1º, Eunício, chutado de Brasília pelos cearenses, será um ex-senador.

Governo registra rombo de apenas R$ 120 bilhões
29.01.19 15:38
As contas do governo federal fecharam 2018 com um déficit primário de R$ 120,3 bilhões, informou o Tesouro Nacional hoje.
Apesar do rombo, o resultado – que inclui as contas do Tesouro, do BC e da Previdência – é o melhor para o ano desde 2014.
Deixou até uma “folga” de R$ 38,7 bilhões em relação ao déficit inicialmente previsto, que era de R$ 159 bilhões. A receita teve alta real de 2,6%, e a despesa, de 2%.

Na Venezuela, a ditadura contra-ataca
29.01.19 14:52
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab –esbirro do ditador Nicolás Maduro -, disse hoje ter pedido à Suprema Corte a abertura de uma investigação preliminar contra Juan Guaidó.
Ele também solicitou que o líder da oposição, autodeclarado presidente interino do país, seja proibido de sair da Venezuela e tenha suas contas e bens bloqueados.
Como o Supremo na Venezuela é inteiramente submisso ao chavismo, já sabemos não só que a tal “investigação preliminar” será aberta como quais serão as suas conclusões.

Investidor processa Vale em Nova York
29.01.19 14:10
Um investidor acusou ontem a Vale de mentir para acionistas sobre a garantia de segurança de seus trabalhadores, numa ação pública protocolada em Nova York, informa a Bloomberg.
A ação diz que, em 2017, a mineradora declarou à Securities and Exchange Comission (SEC), que regula o mercado de ações nos EUA, que estava comprometida em garantir um ambiente de trabalho seguro e em minimizar o impacto ao meio ambiente após o acidente de Mariana.
Na ação, o investidor também processa o presidente da companhia, Fábio Schvartsman, e o diretor financeiro, Luciano Siani.

#NobelTáPresoBabaca
29.01.19 14:00
Em reação ao abaixo-assinado petista em favor da concessão do Prêmio Nobel da Paz ao presidiário Lula, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, espalha-se no Twitter a hashtag #NobelTáPresoBabaca.
A frase parafraseia a resposta “Lula tá preso, babaca”, dada pelo tradicional aliado do PT, Cid Gomes, irmão de Ciro, em evento do partido durante a corrida eleitoral, a um petista que, como tantos outros, insistia na candidatura do criminoso.

Lula no enterro de Vavá
29.01.19 13:39
Lula vai pedir para participar do enterro de Vavá.
Gleisi Hoffmann anunciou:
“Mais uma tristeza para Lula. Morre seu irmão mais velho, Vavá, vítima de um câncer. Lula tinha em Vavá uma figura paterna. Nossos sentimentos à família. Abraço afetuoso e de força a Lula. Esperamos que ele possa ver Vavá pela última vez.”
Mais um enterro com um comício?

Governo quer manter apenas Petrobras, Caixa e BB como estatais, diz secretário de Desestatização
29.01.19 13:35
Salim Mattar afirmou hoje que apenas Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal deverão ser preservadas como empresas estatais.
“Somente estas três deverão permanecer, e bem magrinhas”, disse o secretário de Desestatização e Desinvestimentos do governo de Jair Bolsonaro, durante evento em São Paulo, acrescentando que esta é a vontade de Paulo Guedes.
Mattar afirmou também que pretende superar a meta de arrecadação com privatizações, fixada em US$ 20 bilhões pelo ministro da Economia.
“Nosso objetivo é superar isso entre 25% e 50% desse valor ainda em 2019. Vamos surpreender o ministro na área das privatizações.”
O secretário disse que as 36 subsidiárias da Petrobras, assim como as que estão abaixo da Caixa e BB, são mais fáceis de privatizar, mas que “os Correios são uma empresa complexa que se transformou neste gigante difícil de ser privatizado”.
Segundo Mattar, o BNDESPar, braço de participações do BNDES, deverá ter todas as suas fatias em empresas vendidas e ser fechado durante os próximos quatro anos do governo Bolsonaro.

Justiça mantém bloqueio de R$ 10 bilhões da Vale
29.01.19 13:12
A Justiça manteve o bloqueio de R$ 10 bilhões imposto à Vale por causa da tragédia da barragem em Brumadinho, informa a Folha.
Em pedido de reconsideração, o advogado da empresa, Sérgio Bermudes, havia alegado “a absoluta desnecessidade desse bloqueio”, mas a juíza Perla Brito, de Minas Gerais, negou, argumentando que a Vale tem um patrimônio de R$ 70 bilhões e, portanto, R$ 10 bilhões não lhe causariam danos.
“Vamos recorrer imediatamente, mostrando que o capital da empresa não justifica o bloqueio de uma liquidez necessária às suas operações, como aliás é intuitivo”, disse Bermudes.
Há ainda R$ 1 bilhão bloqueado por outro juiz.

Governo não vai interferir na Vale, diz Onyx
29.01.19 13:06
Onyx Lorenzoni disse que não haverá intervenção do governo federal no comando da Vale depois do rompimento da barragem de Brumadinho.
“Não há condição de haver qualquer grau de intervenção do Brasil na Vale. O que o governo tem na Vale é ‘golden share’. Essa posição permite ao governo, por exemplo, manter a sede da empresa no Brasil, mas não permite nenhuma interferência na gestão.”
O ministro-chefe da Casa Civil afirmou que essa decisão cabe ao conselho de administração da empresa e que o governo é “apenas um acionista”.

PT perde sozinho
29.01.19 13:04
Ninguém quer o PT.
Depois que Rodrigo Maia conseguiu fechar um acordo com MDB e PP, os petistas foram obrigados a procurar PSB e PSOL.
O PSB, porém, ainda resiste em se aliar ao PT. E o PSOL, diz a Folha de S. Paulo, “insiste com a candidatura de Marcelo Freixo”.

Crusoé em Caracas: Escolas sem professores
29.01.19 12:29
Na Faculdade de Direito da Universidade Central da Venezuela, o enviado da Crusoé a Caracas, Duda Teixeira, conta que faltam professores, muitos dos quais deixaram o país sob a ditadura de Nicolás Maduro. O salário baixo, de 10 dólares em média, contribui para o abandono das salas de aula. Tem professor que recebe proposta melhor até do Haiti.

NO BLOG DO JOSIAS
Prisões podem ser o embrião de uma Lama-Jato
Por Josias de Souza 
Terça-feira, 29/01/2019 | 15h19min
Ela se chama Perla Saliba Brito. É juíza da comarca de Brumadinho (MG). Acionada pelo Ministério Público de Minas Gerais, mandou prender cinco pessoas que atestaram a segurança da barragem que verteu rejeitos minerais sobre seres humanos e o ambiente que lhes servia de habitat na cidadezinha mineira. Eis a melhor definição para a decisão da magistrada: um bom começo. A prisão de três funcionários da Vale e de dois engenheiros da empresa alemã que emitiu o laudo sobre a "segurança" da barragem pode ser o embrião de uma Operação Lama-Jato. 
Para funcionar, a iniciativa precisa tornar arriscadas a inconsequência empresarial, a incompetência administrativa e a desonestidade que as une. A ação não pode ser política nem ideológica. Só assim será percebida como mais uma afirmação de ramificações do Estado interessadas em fazer com que as leis sejam cumpridas. 
A doutora Perla e os promotores que a acionaram anteciparam-se à Procuradoria da República e à Polícia Federal, que também varejam o papelório da barragem de Brumadinho. 
As boas práticas desenvolvidas no âmbito da Lava Jato ensinam que o trabalho flui com mais naturalidade e eficiência quando os agentes públicos colaboram entre si, evitando a dispersão de energia. A coisa não pode ficar restrita ao baixo clero. Começará a dar resultados quando o medo da prisão subir a escala hierárquica das empresas e dos órgãos públicos. Nessa hora, o instinto de sobrevivência produzirá a ânsia de colaboração, que impulsionará e fortalecerá as investigações. 
Diante de uma novidade assim, o poder financeiro das mineradoras e a influência política dos seus protetores tendem a virar asteriscos. Quem tiver dúvidas pode perguntar a Marcelo Odebrecht, em prisão domiciliar, e Lula, recolhido à carceragem da Polícia Federal em Curitiba. 
Após apalpar os papeis que atestavam a segurança da barragem de Brumadinho, a doutora Perla encontrou no óbvio a inspiração para agir: "A tragédia demonstrou não corresponder o teor desses documentos com a verdade, não sendo crível que barragens de tal monta, geridas por uma das maiores mineradoras mundiais, se rompam repentinamente, sem dar qualquer indício de vulnerabilidade." 
Apura-se "a prática, em tese, de homicídio qualificado, além dos crimes ambientais e de falsidade ideológica." Com sorte, os investigadores conseguirão inverter uma lógica macabra. A impunidade que se seguiu ao desastre de Mariana (MG) fez com que a Vale superestimasse sua invulnerabilidade. Deu no que está dando. Três anos e dois meses depois do descalabro anterior, o brasileiro em dia com seus impostos apavora-se com a percepção de que continua comprando um serviço de fiscalização cuja má qualidade produz cadáveres. O cidadão ficará mais tranquilo no dia em que os pessoas que se comportam como se estivessem acima das leis tiverem medo da sociedade e dos agentes que operam em seu nome, não o contrário.


 

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