SEGUNDA EDIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, 07 DE JANEIRO DE 2019

NO O ANTAGONISTA
“Transparência acima de tudo”
Segunda-feira, 07.01.19 11:45
Jair Bolsonaro, ao empossar os novos presidentes de bancos públicos disse:
“Todos os nossos atos terão que ser abertos ao público.”
O presidente pediu “transparência acima de tudo”.

Bolsonaro agradece a confiança de Guedes
07.01.19 11:43
Na posse dos presidentes de bancos públicos, Jair Bolsonaro agradece a confiança de Paulo Guedes:
“Tenho certeza de que conheço um pouco mais de política do que o Paulo Guedes. E ele conhece muito mais de economia do que eu.”
O presidente acrescenta que o ministro da Economia teve a liberdade de escolher sua equipe, “sem qualquer interferência política”.

“Só que dessa vez é o dinheiro do bem”
07.01.19 11:41
Jair Bolsonaro, na posse dos presidentes de bancos públicos, diz que “a posse está concorrida, porque é a turma do dinheiro”.
“Só que dessa vez é o dinheiro do bem.”

“Nossa administração deve ser eficiente, transparente e honrada”
07.01.19 11:39
Rubem Novaes, novo presidente do Banco do Brasil, disse em seu discurso de posse que fez campanha para Jair Bolsonaro.
“Trabalhei desde o início de sua campanha como um soldado.”
Ele acrescentou:
“Vivemos um momento muito importante no País. O País passou por grandes desgraças: Mensalão, Petrolão, crise da segurança, uma recessão terrível. Parecia que o povo brasileiro estava desesperançado. Nossos jovens falando em deixar o País, empresários da mesma forma. Hoje nós temos uma responsabilidade enorme em reverter esse quadro e fazer com que os brasileiros voltem a se sentir honrados em ser brasileiros.”
Novaes disse que, “em relação ao Banco do Brasil, tive oportunidade de, ao longo do período de transição, conhecer seus funcionários e dirigentes”.
“Sinto hoje que terei apoio de uma equipe eficiente para levarmos a cabo nossas responsabilidades. Nossa administração deve ser eficiente, transparente e honrada.”

“Estamos na antessala de um novo ciclo de investimentos”
07.01.19 11:34
Joaquim Levy, o ex-ministro de Dilma Rousseff que agora é presidente do BNDES, disse em seu discurso de posse:
“Não tenho dúvida de que nós estamos na antessala de um novo ciclo de investimentos, com uma economia que será mais aberta, mais vibrante.”
Ele defendeu “mais liberdade, mais concorrência, mais crescimento” e acrescentou que é preciso “continuar combatendo os paternalismos, que travaram a economia, justiça e a equidade”.

O tripé do novo presidente da Caixa
07.01.19 11:24
Pedro Guimarães, novo presidente da Caixa, lembrou em seu discurso de posse as três principais orientações que recebeu:
— “A gente não pode errar”;
— “Mais Brasil e menos Brasília”;
— “Deixar um legado”.

“Vamos acabar com falcatruas”
07.01.19 11:21
Paulo Guedes disse que a nova equipe dos bancos públicos está com o mesmo sentimento:
“Vamos acabar com falcatruas.”
O ministro da Economia acrescentou:
“O povo brasileiro cansou de assistir a esse desvirtuamento das funções públicas. E houve um desvirtuamento das funções públicas usando a máquina de crédito do Estado. A máquina de crédito sofreu desvirtuamento. Perderam os bancos públicos através de associações perversas.”

Sem rosa e sem azul
07.01.19 10:26
Damares Alves pode ser a primeira baixa do governo.
Jair Bolsonaro, segundo a Veja, estaria irritado com ela.
A melhor coisa a fazer, na verdade, é abolir o Ministério dos Direitos Humanos.

O abate de Onyx
07.01.19 10:18
O homem que intermediou o repasse de 100 mil reais da JBS para Onyx Lorenzoni, Antonio Jorge Camardelli, “bateu à porta do STF e desmentiu o ministro”, segundo a Veja.

A bateção de cabeça
07.01.19 10:13
Floriano Barbosa, secretário de Comunicação de Jair Bolsonaro, vai reunir os assessores de imprensa do governo nesta semana para tentar conter a bateção de cabeça.
O Antagonista sugere que o próprio presidente, Paulo Guedes e Onyx Lorenzoni participem do encontro.

Mais cubanos
07.01.19 09:26
“O Ministério da Saúde de Jair Bolsonaro iniciou operação para tentar localizar cubanos que, após o fim do Mais Médicos, decidiram ficar no país”, diz a Folha de S. Paulo.
Mayra Pinheiro, responsável pela área, gravou uma mensagem dizendo que o governo pretende editar uma medida provisória para garantir a permanência dos cubanos no programa.
Está certo: é preciso proteger os desertores.

NO BLOG DO GABEIRA
SALVAÇÃO E SALVADORES
Segunda-feira, 07.01.2019 EM BLOG
Política externa do PT foi desvio voluntarista. Ao delírio da esquerda, não se pode responder com o delírio da direita
Outro dia, li uma nota levemente crítica ao ministro Ernesto Araújo, das Relações Exteriores. Ele escrevera um artigo afirmando que Deus estava na diplomacia, na política, em todos os lugares.
Embora não seja propriamente um teólogo, considero bastante previsível a crença na onipresença divina. Algumas religiões estendem o dom da ubiquidade a todos os espíritos. Para dizer a verdade, alguns deuses, como o hindu Shiva, têm poderes muito mais ecléticos: dança, destrói, faz um carnaval.
Não temos o dom divino da onipresença porque somos humanos e não toleraríamos a presença na vastidão. No meu caso, dispensaria Bruxelas sob chuva e as noites de Codó, no Maranhão.
O que me intriga no pensamento do ministro Araújo é sua crença na salvação do Ocidente, liderado por Donald Trump. Essa história de salvação, creio que surgiu, pela primeira vez, com Zoroastro, perpassou o Cristianismo, reaparece na religião laica que é o marxismo e sobrevive em alguns setores da ecologia que acreditam poder salvar o Planeta.
Se a salvação para mim é um conceito duvidoso, o que diria do salvador? De que podemos ser salvos por alguém como Trump, que diz às crianças que Papai Noel não existe e contrata advogados para silenciar mulheres com quem transou?
Se pelo menos Trump usasse o que se diz sempre — errar é humano, a carne é fraca, atire a primeira pedra —, os valores ocidentais estariam em melhores mãos. O problema central é a relação com os Estados Unidos. Ela precisa de equilíbrio, e há quem trabalhe nesse tema desde o século passado.
Afonso Arinos, em 1952, quando ainda esboçava suas ideias sobre uma política externa independente, defendeu o Acordo Militar Brasil-EUA. O governo Vargas queria isso, mas não teve coragem de dar as caras. Resultado, Arinos apanhou sozinho da esquerda.
Acontece que no acordo havia um só tópico que não interessava ao Brasil. Arinos ofereceu uma fórmula diplomática para contornar a dificuldade. Apanhou da direita.
Mesmo nos primórdios do que mais tarde seria uma política externa independente, a proximidade com os Estados Unidos representava um fato decisivo. Mas também era bastante claro que a proximidade não significava uma adesão acrítica a todas as propostas americanas.
No momento, esta questão vai aparecer com muita delicadeza, entre outras, nas relações com a China. Trump espera apoio na sua guerra comercial. Mas tem negociado intensamente com Xi Jiping.
Não está muito claro o papel que teremos nesse triângulo. Por enquanto, estamos ainda em discussões teológicas, ave-maria em tupi, José de Alencar e arroubos nacionalistas.
Tudo isso, para mim, anima um pouco o morno universo político brasileiro. Mas existem algumas contradições. Um forte tom nacionalista quando se trata de organismo multilateral. Uma duvidosa escolha do salvador, quando se trata das ameaças ao Ocidente.
Não imagino que o olhar severo do ministro Araújo esteja voltado contra os jogadores de I Ching ou leitores do Tao. Ele se preocupa com o marxismo chinês, com os grupos islâmicos, com a desaparição de traços culturais do país num mundo globalizado.
Mas é um exagero supor que nossa política externa seja uma medíocre omissão baseada em interesses comerciais. O desejo de defender a paz e solução negociada para os conflitos é um dado da cultura brasileira.
No século passado, o Peru inaugurou uma avenida com o nome de Afrânio Mello Franco, pai de Afonso Arinos. Os peruanos acham que o velho contribuiu para evitar uma guerra com a Colômbia.
Se isso não basta, lancemos um olhar para o próprio governo Bolsonaro. Dois dos seus ministros são generais destacados na manutenção da paz no mundo: Augusto Heleno, no Haiti; Carlos Alberto dos Santos Cruz, no Congo.
O Brasil não é uma invenção intelectual. A política externa do PT foi um desvio voluntarista. Ao delírio da esquerda, não se pode responder com o delírio da direita.
Política externa é fruto de um consenso nacional. Não adianta forçar a barra. Sofremos com isso, e o preço político que os vencedores do momento pagarão é bem maior que os equívocos domésticos, num país em que nem todos os meninos se vestem de azul, nem todas as meninas de rosa.
(Artigo publicado no Jornal O Globo em 07/01/2019)

NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
General esclarece como o governo pretende tratar Stédile, Boulos, MST E MTST
Da Redação
Segunda-feira, 07/01/2019 às 08:45
O governo não vai tolerar a invasão de propriedades. Também irá ser implacável nos casos em que houver destruição do patrimônio alheio.
Nos últimos tempos, a lei não foi respeitada. Muito pelo contrário. Os líderes desses movimentos eram tratados como "autoridades".
A lei agora será cumprida e essas situações serão tratadas como crime.
É, em síntese, isto o que foi dito sobre o assunto pelo General Santos Cruz, em entrevista para a revista Valor.
A empolgação da campanha eleitoral pediu o enquadramento do MST e do MTST como grupos terroristas. O próprio ministro Sérgio Moro não vê desta forma, mas a questão é bem clara e foi explicitada pelo general:
“Destruir propriedade é crime. Invadir propriedade alheia também. Isso aí está previsto em lei, não sou eu quem tem que achar ou não. Tem que seguir a lei...”


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