PRIMEIRA EDIÇÃO DE SEXTA-FEIRA, 25 DE JANEIRO DE 2019
NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEXTA-FEIRA, 25 DE JANEIRO DE 2019
Possível conflito e até “banho de sangue” na Venezuela, segundo advertiu nesta quinta (24) o governo russo, ligou o alerta no governo do Brasil. A preocupação é com os cerca de 12.800 brasileiros que vivem naquele país. Por isso, há especialistas no Ministério da Defesa que cuidam de planos de contingência a serem deflagrados na eventual necessidade de resgatar esses brasileiros. Mas o governo avalia que, até aqui, nada indica que haverá demanda maciça por evacuação.
“O governo está preparado”, diz fonte do Planalto, para quem grande parte da presença brasileira decorre de relações matrimoniais.
Esse trabalho do Ministério da Defesa não é refeito “do zero”, a cada crise. A pasta dispõe de memória institucional de como proceder.
A Defesa fixa protocolos que dividem a população a ser beneficiada segundo critérios de prioridade (mulheres, crianças etc).
Se a ditadura manda sua polícia até executar venezuelanos, pode se voltar contra brasileiros para retaliar a posição do Brasil contra ele.
Ex-vice-presidente dos Estados Unidos, um dos maiores ativistas ambientais e ganhador do Prêmio Nobel, Al Gore elogiou a política de reflorestamento anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro no almoço nesta quinta (24) em Davos, com líderes mundiais. Gore é uma espécie de ultra-ambientalista moderno, responsável pelo filme “Uma Verdade Inconveniente”, que venceu Oscar de Melhor Documentário, em 2007.
Al Gore foi convidado a falar, durante o almoço, aos chefes de Estado e de governo, CEOs e representantes de organismos internacionais.
“Verdade Inconveniente” foi o primeiro grande filme que tratou dos perigos da mudança climática. Virou referência para ambientalistas.
Ao encerrar seus elogios para o presidente brasileiro e a política ambiental, o americano Al Gore encerrou com um “thank you, sir”.
Parte da mídia ainda minimiza a participação do Brasil em Davos, mas a Bovespa continuou a subir e já beira os 100 mil pontos, apesar da queda no preço do petróleo e da restrição ao frango brasileiro.
Jean Wyllys curtiu privilégios de deputado durante anos: R$210 mil por mês, entre salários e verbas indenizatória e de gabinete, sem contar mordomias. Ficou revoltado com a inexpressiva votação, dizem seus amigos. Mas alega “ameaças” para viver no “auto-exílio” dourado.
O deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) fez ironia sobre ir viver em Cuba porque está pensando em morar na Venezuela? Vai que é tua, Jean!
NO O ANTAGONISTA
O PT faturou alto com o chavismo
25.01.19 07:45
Gleisi Hoffmann defende Nicolás Maduro não só por cegueira ideológica, mas também porque seu partido foi um dos grandes beneficiados pelo autoritarismo na Venezuela, diz a Crusoé.
No auge da aprovação popular ao governo Lula, empresários brasileiros ganharam muito dinheiro exportando alimentos com a destruição da cadeia produtiva local. A Odebrecht e a Andrade Gutierrez financiaram campanhas eleitorais e pagaram propinas para os políticos chavistas com o objetivo de ganhar licitações de grandes obras, como teleféricos, pontes e linhas do metrô de Caracas.
Em parte, o dinheiro dos financiamentos saiu do BNDES.
O elo entre as construtoras e o governo venezuelano foi feito por José Dirceu, pelo marqueteiro do PT, João Santana, e por sua mulher, Mônica Moura.
Projetos feitos em comum entre os dois países, como a Refinaria de Abreu e Lima, no Pernambuco, tocados pela Petrobras e pela PDVSA, não levaram a lugar algum, com o posterior calote da Venezuela. Os valores iniciais, contudo, foram devidamente embolsados pelos políticos e pelas empreiteiras. O PT faturou alto.
A facada de JEC
25.01.19 07:17
Paulo Guedes prometeu dar uma facada no Sistema S.
Um bom motivo para isso é José Eduardo Cardozo.
Segundo a Veja, o ministro de Dilma Rousseff “ganhou, sem licitação, um polpudo contrato do Sesc-Rio”. Misteriosamente, a revista relaciona esse fato à delação premiada de Orlando Diniz, que prometia entregar membros do Judiciário.
Os últimos dias de Maduro
25.01.19 06:53
Nicolás Maduro pode perder o apoio que ainda lhe resta na elite militar.
O cientista político venezuelano José Vicente Carrasquero, professor da Universidade Simón Bolívar, disse para a Crusoé:
“Com a decisão americana de reconhecer Guaidó, os venezuelanos perderão o controle sobre os ativos nos Estados Unidos e sua capacidade de ganhar dinheiro para sustentar as finanças do país. Isso poderia retirar o apoio militar, que é o último elo da cadeia que liga Maduro ao Palácio de Miraflores, a sede do Executivo.”
A faxina do general
25.01.19 06:44
O general Santos Cruz fez ontem uma visita surpresa à EBC.
“Na inspeção”, diz o Estadão, “o general encomendou um relatório sobre quantas pessoas e cargos tem cada setor, a folha de ponto e a informação sobre quem é funcionário de carreira e quem é comissionado”.
Os saques de Queiroz na mira do Coaf
25.01.19 06:40
O Coaf tem mais suspeitas sobre Fabrício Queiroz.
Entre 20 de dezembro de 2017 e 6 de junho de 2018, ele sacou 190 mil reais em 38 operações distintas.
O relatório do Coaf, reproduzido pela Veja, diz:
“Verificamos fracionamento nos saques em espécie com cartão de débito, fatos que nos despertam a suspeita de ocultação do destino deste valor e de sua finalidade.”
O novo juiz da Lava Jato
25.01.19 06:27
O prazo para a escolha do substituto de Sérgio Moro encerrou-se à meia noite.
Confirmou-se o nome de Luiz Antonio Bonat como o magistrado mais antigo inscrito no concurso.
A escolha oficial será feita em julgamento do processo de remoção na Corte de Administração do TRF-4, ainda sem data definida.
Flávio Bolsonaro movimentou 600 mil reais em seis meses
25.01.19 06:21
Flávio Bolsonaro, entre 1º de agosto de 2017 e 31 de janeiro de 2018, movimentou 632.229 reais.
O Coaf considerou o valor incompatível com sua renda, de acordo com relatório obtido pela Veja.
A principal fonte de receita da conta bancária de Flávio Bolsonaro, nos seis meses analisados, foram os salários de deputado estadual.
Na franquia da Kopenhagen, ele ganhou apenas 120 mil reais.
Flávio Bolsonaro diz que não vai se afastar
Quinta-feira, 24.01.19 20:20
Flávio Bolsonaro disse ao SBT que não vai se afastar do mandato de senador para se defender das suspeitas no caso Fabrício Queiroz.
“Não sei nem de onde surgiu essa história. Não vou me afastar. Quero falar para todo o Brasil da grande perseguição política que estou sofrendo no meu estado”.
Afirmou ser contra milícias e que a homenagem que fez a um ex-policial acusado de comandar o Escritório do Crime se deu quando “estava começando a discussão sobre o que era isso [milícia]”.
“Eu defendia os policiais. Sou contra instalar qualquer Estado paralelo que não seja o nosso democrático de direito”.
Flávio ‘não pode ser culpado’ por homenagens a milicianos, diz Bolsonaro
24.01.19 18:23
Antes de voltar ao Brasil, Jair Bolsonaro deu entrevista em Davos para o jornal americano The Washington Post.
Na entrevista, relata o Estadão, o presidente disse que Flávio Bolsonaro não pode ser culpado pelas homenagens que fez a acusados de comandar milícias no Rio.
Segundo Bolsonaro, seu filho mais velho, deputado estadual e hoje senador eleito, fez na Alerj “mais de 300 diferentes condecorações e títulos de honra” a profissionais de segurança pública e não poderia ser responsabilizado por duas em que pode haver irregularidades.
Em 2003 e 2004, Flávio apoiou homenagens na Alerj aos PMs Adriano Magalhães da Nóbrega e Ronald Paulo Alves Pereira.
Ambos são acusados de participar da milícia de Rio das Pedras e tiveram mandados de prisão expedidos na Operação Os Intocáveis.
Bolsonaro deixa em aberto chance de concorrer à reeleição
24.01.19 21:15
Jair Bolsonaro disse ao Washington Post que sua decisão sobre concorrer ou não à reeleição em 2022, no final de seu atual mandato, ainda não foi tomada.
A declaração contraria o discurso de campanha do presidente – na eleição, ele disse ser contra a ideia de buscar mais quatro anos no Planalto, lembra o Valor.
Na época, porém, Bolsonaro frisou tratar-se de mudança constitucional, que depende de aprovação do Congresso.
“Não é qualquer conteúdo que pode ter classificação sigilosa”, diz Santos Cruz
24.01.19 20:30
Por Claudio Dantas
O ministro da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, disse a O Antagonista que “não é qualquer conteúdo que pode ter classificação sigilosa”.
Segundo ele, o decreto editado por Hamilton Mourão “não tem nada a ver com restrição de acesso à vida administrativa normal”.
“A lei de classificação de documentos sigilosos já existe. Isso é aplicado para casos específicos.”
Em entrevista na sexta-feira passada, Santos Cruz disse que a diretriz de Jair Bolsonaro era dar “transparência total” aos atos de governo.
Nota do deputado André Ceciliano
24.01.19 20:20
A assessoria de André Ceciliano enviou a O Antagonista uma nota em que diz que o deputado estadual fluminense não está entre os investigados na Operação Furna da Onça.
O petista, um dos 27 investigados na área cível por improbidade administrativa, disse que prestou “todos os esclarecimentos” em relação às movimentações atípicas identificadas pelo Coaf.
Uma assessora de Ceciliano movimentou R$ 26,5 milhões.
Holandeses se irritam com declarações de Damares em vídeo de 2013
24.01.19 20:10
Damares Alves tornou-se assunto em grandes jornais da Holanda e levou o Brasil à lista de assuntos mais comentados no Twitter do país europeu hoje, diz o UOL.
O motivo é um vídeo gravado em 2013 numa igreja evangélica em Campo Grande, que voltou a circular pela Internet.
Nele, a atual ministra dos Direitos Humanos diz que os pais holandeses são instruídos a “massagear sexualmente suas crianças”.
“Inclusive na Holanda, os especialistas ensinam que o menino deve ser masturbado com sete meses de idade para que, ao chegar na fase adulta, possa ser um homem saudável sexualmente, e a menina deve ter a vagina manipulada desde cedo para que ela tenha prazer na fase adulta”, afirma Damares no vídeo.
A fala causou indignação entre usuários do Twitter holandês, e hoje o jornal De Telegraaf, um dos maiores do país, publicou reportagem com o título “Ministra Damares conta fábulas sexuais sobre a Holanda”.
“Muitas pessoas acham difícil acreditar que ela realmente falou isso, porque é tão absurdo”, disse ao UOL a repórter holandesa Sandra Korstjens, que afirmou desconhecer a prática citada pela ministra.
Deputada do Escola Sem Partido obtém vitória na Justiça
24.01.19 19:59
A desembargadora Maria do Rocio Luz Santa Ritta, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, autorizou a deputada estadual eleita Ana Caroline Campagnolo a receber denúncias de alunos contra professores que façam proselitismo político em sala de aula.
Na decisão, disse não ver ilegalidade no uso da estrutura do gabinete para acionar outros órgãos públicos, sobretudo quando estudantes forem vítimas de “ofensas e humilhações”.
Bolsonaro prevê ‘colapso econômico’ sem reforma da Previdência
24.01.19 19:50
Na entrevista ao Washington Post, Jair Bolsonaro também admitiu que a reforma da Previdência é impopular no Brasil.
O presidente disse, porém, que o governo não tem alternativa a não ser aprová-la no Congresso. “Se não passar, vai causar um colapso econômico.”
‘Não embarcaremos numa intervenção militar’, diz Bolsonaro sobre Venezuela
24.01.19 19:36
Na entrevista que concedeu ao Washington Post, Jair Bolsonaro disse categoricamente sobre a Venezuela: “Nós não vamos embarcar o Brasil numa intervenção militar”, registra o UOL.
A entrevista à repórter Lally Weymouth foi concedida ontem, horas antes de o Brasil reconhecer Juan Guaidó como presidente interino do país vizinho.
“Nós não temos um histórico de recorrer a intervenções militares para resolver problemas”, acrescentou o presidente brasileiro, na linha do que seu vice, Hamilton Mourão, afirmou ontem.
Comentários
Postar um comentário