PRIMEIRA EDIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2019

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUARTA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2019

Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) contesta a “efetividade e economicidade” do Proadi, programa do Ministério da Saúde que beneficia seis hospitais de celebridades. Eles mal atendem pelo SUS, mas conseguiram que o governo federal os dispense de pagar mais de R$500 milhões por ano em impostos. De 2012 a 2017, Albert Einstein, Moinhos de Vento, Samaritano, Sírio Libanês, Hospital do Coração e Oswaldo Cruz, deixaram de pagar R$3,2 bilhões em tributos federais.

TCU reclama que não há avaliação do benefício social ou de saúde que justifique a isenção anual de meio bilhão dos hospitais dos ricos.

Mais da metade da renúncia fiscal beneficiou o Einstein e o Sírio. O restante fez a alegria do HCor, Oswaldo Cruz, Samaritano e Moinhos.

O hospital Albert Einstein é a unidade de saúde “de excelência” que mais recebeu isenções fiscais: R$1,3 bilhão em descontos desde 2012.

Para o TCU, tampouco o “Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS” avalia criteriosamente projetos desses hospitais.

Os diretores espertos da Vale, que usaram a jogada de marketing de oferecer a merreca de R$100 mil para cada vítima fatal da tragédia de Brumadinho, ganham por mês quinze vezes mais esse valor. Entre salários e benefícios (bônus, participação nos lucros), cada diretor da Vale ganhou no ano passado R$1,6 milhão por mês (exatos R$ 1.587.180,70), no total de R$19 milhões (ou R$19.046.168,46) por ano.

Já na primeira entrevista, o presidente da Vale usava preto, sugerindo luto e despojamento. Tudo retirado dos manuais de gestão de crise.

Murilo Ferreira, presidente da Vale até fevereiro/2017, foi o executivo mais bem pago do País no ano: levou quase R$60 milhões para casa.

Para não irritar a Justiça, como reza o manual, a Vale não hesitou em desmoralizar o seu advogado Sergio Bermudes, desautorizando-o.

A Vale já pode desfrutar sem culpa do lucro bilionário. Precisou investir um máximo de R$35 milhões distribuindo a merreca de R$100 mil para cada morte em Brumadinho. Com direito a mídia positiva gratuita.

Se a Vale perder mesmo os R$11 bilhões bloqueados pela Justiça, ainda terá R$31 bilhões do seu lucro líquido registrado entre as tragédias com mortes de Mariana (2015), e de Brumadinho (2019).

Pode rolar a cabeça de Maurício Malta, irmão do senador Magno Malta (PR-ES) que, misteriosamente, caiu em desgraça junto a Bolsonaro. Maurício é diretor da EPL, a Empresa de Planejamento e Logística.

A condução segura do porta-voz Otávio do Rêgo Barros mostrou que o eixo do poder saiu do Planalto e se instalou no hospital Albert Einstein, ao contrário do que fez parecer o entorno do vice Hamilton Mourão.

Como é exigido na função, o major Mauro César Barbosa Cid, chefe da ajudância de ordens de Bolsonaro, tem excelente currículo. No exterior, foi observador militar da ONU na Manutenção da Paz no Chipre, e ganhou muitos elogios do embaixador do Brasil, Dante Coelho de Lima.

…já que no Brasil matar pessoas não dá cadeia, então que a Justiça utilize a Lei de Crimes Ambientais para punir os responsáveis pelas mortes em Mariana e Brumadinho.

NO DIÁRIO DO PODER
JOGADA FRUSTRADA
Juíza de Curitiba acolhe parecer da PF e veta ida de Lula ao enterro de Vavá 
Seria o primeiro enterro a que Lula compareceria; ele faltou aos outros dois  
Por Cláudio Humberto 
Terça-feira, 29/01/2019 às 23:54 
A juíza responsável pela execução penal do ex-presidente e presidiário Lula, Carolina Lebbos, acolheu parecer da Polícia Federal e decidiu recusar solicitação para o político ir ao enterro do irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, que faleceu de câncer nesta terça-feira (29). 
Lula não foi ao sepultamento de outros dois irmãos falecidos em 2004 e 2005, quando ainda estava solto e era presidente da República. No caso de um dos irmãos mortos, no dia do enterro Lula preferiu participar de um encontro de confraternização. 
O superintendente da PF em Curitiba, Luciano Flores, afirmou que, após as análises de risco, não seria possível promover o deslocamento e escolta de Lula até São Paulo garantindo a integridade do ex-presidente, bem como a ordem pública. 
Segundo a PF, a medida seria “pouco recomendável”, “tomando-se por base única e principalmente o resguardo da incolumidade física do custodiado e da ordem pública”. 
Entre os problemas apontados pelo Órgão, estão a ausência de helicópteros que fizessem o transporte do ex-presidente até São Paulo (já que, segundo a PF, os helicópteros do Órgão que não estão em manutenção estão sendo usados no resgate de vítimas em Brumadinho), a ausência de policiais militares e federais disponíveis para “garantir a ordem pública e a incolumidade tanto do ex-presidente quanto dos policiais e pessoas ao seu redor” e as possibilidades de fuga, atentados contra Lula, comprometimento da ordem pública e protestos contra e a favor do petista. 
“É importante que Lula seja mantido a longa distância de aglomerações, já que esse fato pode desencadear crises imprevisíveis, assim como os fatos que ocorreram quando de sua prisão, em abril de 2018”, afirma o órgão. 
A defesa do ex-presidente que cumpre pena por corrupção e lavagem de dinheiro ainda recorre ao TRF (Tribunal Regional Federal) para reverter a decisão.

É UM MISTIFICADOR
Lula ignorou enterros de irmãos enquanto esteve solto, até como presidente 
Pedido para ir ao sepultamento de Vavá deve ser para dar um rolê 
Da Redação 
29/01/2019 às 20:33 
Ao contrário do que faz parecer em seu novo pedido à Justiça para ser autorizado a comparecer ao enterro do irmão Genivaldo Inácio da Silva, o Vavá, falecido de câncer nesta terça (29), o ex-presidente e presidiário Lula nunca foi a sepultamento de um irmão enquanto esteva solto e até mesmo no exercício da presidência da República. 
Como lembrou o jornalista Cláudio Humberto, do Diário do Poder, em sua coluna de 27 de dezembro passado, Lula já era presidente quando, em 2004, nem sequer foi ao velório e tampouco ao sepultamento do irmão João Inácio, que faleceu vítima de câncer. 
Em janeiro de 2005, Lula também não compareceu ao enterro de outro irmão, Odair Inácio de Góis, que morreu após um ataque cardíaco. Essa discussão foi suscitada por ocasião do falecimento do advogado Luiz Carlos Sigmaringa Seixas, quando o presidiário pediu autorização pela primeira vez para ir ao sepultamento, em Brasília. 
Se não foi aos enterros dos próprios irmãos, Lula também nunca foi de confortar familiares de amigos falecidos. Quando em 2013 morreu o velho amigo Jorge Ferreira, dono de bares e restaurantes em Brasília e muito mais ligado a ele que Sigmaringa, Lula ignorou o enterro. 
Como presidente, não gostava nem mesmo de sobrevoar áreas vitimadas por desastres naturais, como inundações e deslizamentos. Em 2010, com isopor na cabeça, Lula não saiu da praia da base naval de Aratu, na Bahia, para visitar ou ao menos sobrevoar área de deslizamento no Estado do Rio de Janeiro que matou dezenas de pessoas. 
Um avião da TAM caiu em Congonhas, matando 199, em 2007. Lula jamais visitou o local e só anos depois receberia familiares das vítimas.

NO O ANTAGONISTA
Bolsonaro reassume
Quarta-feira, 30.01.19 07:39
Jair Bolsonaro retomou a Presidência da República, informou a Secom.
A partir de hoje, ele vai despachar do escritório montado no hospital Albert Einstein.

O general Mourão está pronto
30.01.19 08:02
“Um dos filhos do presidente disse a duas pessoas que o general Hamilton Mourão busca se mostrar como uma figura mais preparada em caso de alguma crise desestabilizar o governo”, segundo a Folha de S. Paulo.
O Antagonista e a Crusoé já publicaram reportagens sobre a disputa entre os familiares de Jair Bolsonaro e a ala militar do governo.
Os ataques de Olavo de Carvalho ao general Hamilton Mourão e ao general Augusto Heleno finalmente escancararam o conflito.

Moro quer evitar novas tragédias como a de Brumadinho
30.01.19 07:16
Sérgio Moro disse à GloboNews que vai propor ao Congresso Nacional uma lei para agravar a pena em caso de crime ambiental com morte.
Ele também quer alterar o Código de Processo Penal, permitindo a prisão preventiva em caso de crime culposo seguido de morte.
Brumadinho é fruto da impunidade. Sérgio Moro pretende acabar com isso.

JUÍZA NEGA SAÍDA DE LULA DA CADEIA PARA IR A ENTERRO DO IRMÃO
30.01.19 00:35
A juíza Carolina Lebbos, da Justiça Federal no Paraná, negou pedido de Lula para ir ao enterro do irmão Vavá, marcado para as 13h desta quarta em São Bernardo do Campo (SP).
A defesa pediu que ele deixasse a carceragem da Polícia Federal em Curitiba temporariamente, com escolta. Lebbos, porém, seguiu pareceres da PF e do Ministério Público, que opinaram contra.
“Este Juízo não é insensível à natureza do pedido formulado pela defesa. Todavia, ponderando-se os interesses envolvidos no quadro apresentado, a par da concreta impossibilidade logística de proceder-se ao deslocamento, impõe-se a preservação da segurança pública e da integridade física do próprio preso.”
Além da falta de meios para transportar o petista, a PF e o MPF apontaram risco à ordem pública, possibilidade de fuga, protestos ou danos à integridade física do ex-presidente.
Leia AQUI a íntegra da decisão.

O enterro de Lula
30.01.19 06:39
Lula transformaria o enterro de Vavá num circo, com ataques à Lava Jato e militantes dispostos a tudo.
A juíza Carolina Lebbos considerou todos os riscos e, mais uma vez, tomou a melhor decisão, impedindo que o presidiário esculhambasse a lei.

PF sem helicóptero para Lula
30.01.19 06:51
A PF não conseguiria transportar Lula ao enterro de Vavá porque seus helicópteros foram deslocados para Brumadinho.
A tragédia em Minas Gerais é – claro – a prioridade nacional.

TRF-4 rejeita pedido de Lula para sair da cadeia
30.01.19 00:32
O desembargador Leandro Paulsen, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) rejeitou pedido de Lula para deixar a cadeia e ir ao enterro do irmão Vavá, nesta quarta, em São Bernardo,SP.
Disse que a defesa deve aguardar uma decisão sobre o mesmo assunto por parte da juíza Carolina Lebbos, que supervisiona o cumprimento da pena do ex-presidente na primeira instância.
Na noite desta terça, a Polícia Federal e o Ministério Público opinaram contra a saída temporária, alegando falta de helicópteros para transportar o ex-presidente e riscos à ordem pública.

Plano A para a Vale
30.01.19 06:15
O plano B do governo é chutar a diretoria da Vale, diz O Globo.
Deveria ser o plano A.
Os fundos de pensão estatais, que foram saqueados pelo lulismo, são os maiores acionistas da mineradora, com 21% do total. O BNDESPar possui outros 6,7%. Para trocar o comando da Vale, eles só precisariam se acertar com os demais sócios.

Crusoé em Caracas: 77 menores nas prisões da Venezuela
Terça-feira, 29.01.19 21:00
ONGs venezuelanas estimam que, desde a semana passada, 77 menores de idade tenham sido presos no país, conta Duda Teixeira, enviado de Crusoé a Caracas.
Os mais novos têm 12 anos, e há relatos de espancamento por parte de agentes da ditadura de Nicolás Maduro.
(...)

Hospital das Forças Armadas pagará despesas de Bolsonaro no Einstein
29.01.19 20:40
As despesas da cirurgia de reconstrução intestinal de Jair Bolsonaro no Hospital Albert Einstein serão pagas pelo Hospital das Forças Armadas, informa O Globo.
Segundo Otávio do Rêgo Barros, o pagamento será feito por meio de convênio entre o Planalto e o hospital militar. O porta-voz da Presidência não deu detalhes de como ele será realizado e em que prazo.
Segundo a assessoria de imprensa do Planalto, ainda não há estimativa dos custos da internação do presidente no Einstein, um dos melhores e mais caros hospitais do País.

VALE ANUNCIA PARALISAÇÃO TEMPORÁRIA DE ATIVIDADES EM MG
29.01.19 20:08
O presidente da Vale, Fábio Schvartsman, acaba de anunciar em entrevista coletiva que a mineradora suspenderá temporariamente suas atividades em Minas Gerais.
A suspensão atinge áreas próximas a barragens construídas com o mesmo método de Mariana e Brumadinho.
Com isso, estima-se que a empresa deixará de produzir 40 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, cerca de 10% de sua produção total.
Schvartsman afirmou ainda que dez barragens já inativas serão “descomissionadas” (esvaziadas), ao custo de R$ 5 bilhões, a serem pagos pela própria Vale. E disse que os funcionários serão remanejados, não demitidos.

Parlamento britânico dá mandato a Theresa May para renegociar acordo do Brexit
29.01.19 19:16
Por 317 a 301 votos, o parlamento britânico deu mandato à primeira-ministra Theresa May para renegociar o acordo do Brexit com a União Europeia — em especial a cláusula que evita a volta de uma fronteira física entre a Irlanda do Norte e a República de Irlanda.
A União Europeia já afirmou diversas vezes que o acordo atual é inegociável.


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