SEGUNDA EDIÇÃO DE SÁBADO, 29 DE DEZEMBRO DE 2018

NO O ANTAGONISTA
Bolsonaro promete decreto presidencial para posse de arma
Sábado, 29.12.18 11:40
No Twitter, Jair Bolsonaro afirmou neste sábado que pretende garantir por decreto a posse de arma de fogo “para cidadão sem antecedentes”.
“Por decreto pretendemos garantir a POSSE de arma de fogo para o cidadão sem antecedentes criminais, bem como tornar seu registo definitivo.”
11:28 - 29 de dez de 2018

André Esteves de volta ao grupo de controle do BTG
29.12.18 11:12
Depois de ser absolvido no processo da Lava Jato, André Esteves, fundador do BTG Pactual, vai voltar ao grupo controlador do banco, publica a Reuters.
O banqueiro foi afastado da instituição em 2015, depois de ser preso sob suspeita de tentar comprar o silêncio de Nestor Cerveró.
Ele foi forçado a deixar o cargo de CEO do banco e trocar suas ações com direito a voto por ações preferenciais após sua prisão.

O suspense de Temer
29.12.18 09:46
Michel Temer deixou para decidir no fim de semana se publica o decreto de indulto de Natal, registra a Crusoé.
O presidente tem até a próxima segunda-feira para fazê-lo.

Bolsonaro não apresentou pedido de ressarcimento de conta médica
29.12.18 09:27
Cem dias depois de sofrer o atentado em Juiz de Fora, Jair Bolsonaro ainda não apresentou à Câmara dos Deputados um pedido de ressarcimento de seus gastos médicos, publica a Folha.
Para receber reembolso da Câmara, Bolsonaro deverá apresentar documentos comprobatórios dos gastos, “incluindo declaração de que os custos foram quitados por ele”.

Doleiro investigado pela Lava Jato deixa o Paraguai
29.12.18 09:11
O doleiro Bruno Farina, sócio de Dario Messer, “o doleiro dos doleiros”, e preso pela Interpol na última quarta-feira no Paraguai, deixou Assunção em direção ao Brasil na manhã deste sábado, informa o G1.
Farina é investigado pela Lava Jato no Rio de Janeiro e daria um ótimo delator se falasse de todas as operações que fazia para além daquelas que serviam a Sérgio Cabral.

NO BLOG DO POLÍBIO BRAGA
Estranha escolha
Por  Aileda de Mattos Oliveira (*) 
Sábado, 29 de dezembro de 2018
Eleito Bolsonaro, a nervosa expectativa pelo resultado de sua vitória cedeu lugar à outra ansiosa espera, agora, relacionada à constituição de seu governo. Tive preocupação em saber se cada nome divulgado teria ou não ligação com os governos anteriores, e senti um cheiro azedo de Dilma, Lula e Sérgio Cabral, ao divulgarem o nome de Joaquim Levy para o BNDES.
Aguardei, dias seguidos, o escolhido para um dos mais preocupantes Ministérios, no momento atual: o da Educação. A natural demora indicava a difícil empreitada na escolha de alguém que preenchesse todas as exigências para a reestruturação do ensino no Brasil. Mas ..., e o “mas” é sempre um paredão a interpor-se no caminho, a água no chope de qualquer comemoração.
Senti-me frustrada com a escolha de um colombiano para executar a difícil tarefa de recomposição das raízes culturais brasileiras infestadas de fungos, injetados pela maldita praga petista. Surpreende-me não haver um brasileiro capacitado a exercer tal cargo e que incluísse em sua missão uma assepsia mental nos professores, usados como transmissores da doença socialista. É de chorar de tristeza saber da inexistência de professor nativo que tenha saído ileso do contato com a barbárie progressista e não esteja em condições de transformar o futuro Ministério da Educação e Cultura num centro irradiador de estudos humanísticos e tecnológicos. Sim, porque limitar-se à tecnologia, é o caminho mais rápido de emburrecer o indivíduo, torná-lo autômato, uma casca sem miolo.
Será mesmo que dos extensos anos de extermínio do conhecimento praticado pelo petismo não tenha sobrado um sobrevivente, brasileiro nato, capacitado à reestruturação do programa educacional, a reavivar a cultura nacional, e levar a população a ter intimidade com a sua terra?
Se a escolha para tal missão, ainda que recaísse num intelectual português, viria eu da mesma forma criticá-la, mas não me causaria tamanha estranheza, por saber que não haveria danos nos currículos de Língua, de Literatura e de História.
Pela herança linguística e cultural que recebemos de Portugal, jamais iríamos substituir Machado de Assis por João Manuel de Castela, nem Memórias Póstumas de Brás Cubas por El Conde Nicanor. Não iríamos substituir os feitos de Duque de Caxias pelos de Simon Bolívar, nem introduzi-lo na historiografia e iconografia brasileiras.
Por mais abrasileirado que seja, os antecedentes culturais da origem castelhana que correm nas veias do novo Ministro da Educação, falarão mais alto e a língua e a cultura brasileiras irão, pouco a pouco, desviar-se de suas origens, as que ainda restam, após a passagem danosa de dois presidentes: um analfabeto e outro, afásico. Nada mais restaria, caso tivesse sobrevivido o fantoche Haddad.
Fatalmente, língua e cultura, farão parte da mixórdia que deverá compor um possível projeto “Mercosul Cultural”. Assim como estão mudando as placas dos carros para a extinção das fronteiras rodoviárias, assim como foi retirado o brasão da República da capa do passaporte, assim será extinto o que resta do ensino nacional em nome da hipócrita unidade andino-brasiliense.
Pior ainda. É do conhecimento de todos que essa escolha resultara da intermediação de um guru, atualmente tão em evidência, que uma conhecida jornalista declarou, num de seus vídeos, tê-lo adotado como tal. Que decepção! Pensei que tivesse personalidade forte para não se deixar levar por ideias que, mesmo assemelhadas, não são as suas.
Quanto a Bolsonaro, eleitora que sou desde a sua primeira disputa política como vereador, considero um homem firme, de personalidade marcante e que nunca seguiu atalhos em sua caminhada, sempre pondo em prática o que afirmava sem jamais ter percorrido o mesmo solo pisado por outros. Mas sempre há um ‘de repente ...’, sempre há um escorregão na casca de banana que os que desejam aparecer jogam à sua frente.
Será, também, que tomou como seu o mesmo guru? Temo por isso.
Recentemente falecido, o General de Exército Paulo César de Castro seria o homem ideal para assumir o Ministério da Educação. Tendo chefiado Departamentos relacionados ao Ensino, à Pesquisa, à Educação e à Cultura, no Exército, era muito preocupado com a degradação do ensino no País. Infelizmente, não lhe foi concedido pelo Altíssimo assistir às mudanças que começaram a ocorrer no Brasil.
Um ponto de interrogação fica registrado, considerando a minha decepção por saber que só no Brasil escolhe-se um nascido em terras do outro lado da fronteira, para determinar o que deve ou não o brasileiro estudar. 
Sou radical, portanto, conservadora, mas antes de tudo, brasileira. Seria possível, na Colômbia, um convite a algum brasileiro, mesmo culto, mesmo naturalizado, para ocupar cargo de Ministro de alguma coisa?
Certeza eu tenho, infelizmente, de que continuamos, psicologicamente rendidos a uma suposta competência de um nome estrangeiro. Não há jeito de pormos um fim a essa situação constrangedora de país submetido.
(*) Doutora em Língua Portuguesa. Acadêmica Fundadora da ABD. Membro do CEBRES.

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