SEGUNDA EDIÇÃO DE DOMINGO, 23 DE DEZEMBRO DE 2018

NO O ANTAGONISTA
Ditador nicaraguense não será recebido na posse de Bolsonaro, diz futuro chanceler
Domingo, 23.12.18 15:42
O futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou neste domingo que o ditador nicaraguense Daniel Ortega não será recebido na posse de Jair Bolsonaro.
“A posse do presidente Bolsonaro marcará o início de um governo com postura firme e clara na defesa da liberdade. Com esse propósito e frente às violações do regime Ortega contra a liberdade do povo da Nicarágua, nenhum representante desse regime será recebido no evento do dia 1°”, disse no Twitter.

Raupp e Aníbal Gomes devem ser julgados em fevereiro
23.12.18 15:14
O ministro Celso de Mello deve liberar em fevereiro o julgamento de ações penais da Lava Jato que miram o senador Valdir Raupp e o deputado Aníbal Gomes, publica o Estadão.
Mesmo perdendo o foro, Raupp e Aníbal serão julgados pelo STF porque os processos estão em fase avançada.
Como lembra o jornal, no âmbito da Lava Jato o Supremo condenou apenas um político, o deputado Nelson Meurer.

A política doméstica de Bolsonaro
23.12.18 15:00
É possível fazer uma previsão com pouquíssima chance de erro acerca do futuro governo Bolsonaro: os filhos Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro vão dar trabalho ao pai.
Flávio, eleito senador pelo Rio, já dá.
No finalzinho de seu mandato como deputado estadual pelo Rio, Flávio foi engolfado por traquinagens bancárias “atípicas” de um ex-motorista, levantadas pelo Coaf: Fabrício José Carlos de Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão, em parte vindos dos bolsos de outros assessores parlamentares do deputado — o que fez levantar a suspeita da existência da velha e condenada prática conhecida como “rachid”, em que parlamentares ficam com parte do salários dos funcionários.
O ex-motorista depositou ainda um cheque no valor de R$ 24 mil na conta de Michelle Bolsonaro, mulher de Bolsonaro. O presidente eleito disse que havia sido pagamento por um empréstimo.
A princípio, Flávio disse confiar no ex-motorista, mas a história foi ficando mais e mais embolada: além de Queiroz, ele empregou em seu gabinete a mulher e as duas filhas do ex-assessor, também envolvidas nas transferências típicas de “rachid”.
Em relação a Eduardo e Carlos, o desafio é segurar a língua de ambos.
Eleito deputado federal por São Paulo com a maior votação da História do País, Eduardo deu lenha para o fogo oposicionista ao bravatear em uma aula preparatória para concursos públicos que um soldado e um cabo eram suficientes para “fechar o STF”. O vídeo caiu na Internet.
Eduardo acabou tomando bronca do pai — e de ministros do STF, como Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes.
Carlos foi o estrategista das redes sociais na campanha vitoriosa do pai.
E gosta de alvejar os adversários pelo Twitter.
Pegou mal (eles nunca tinham ouvido falar em nepotismo?)
Carlos, então, recusou a oferta, fazendo a coisa certa.

A roubada de Thiago Silva
23.12.18 14:33
Ontem à noite, o apartamento de Thiago Silva, capitão do Paris Saint-Germain, foi arrombado por ladrões que levaram centenas de milhares de euros em objetos.

Promotores de Rondônia podem ganhar até R$ 300 mil neste mês
23.12.18 13:38
“Os vencimentos dos promotores de Justiça de Rondônia podem chegar a até R$ 300 mil brutos este mês”, diz o Estadão.
Além de salários, o valor inclui outros benefícios como 13º e remunerações retroativas/temporárias.
Segundo o jornal, 57 promotores do estado receberão em dezembro mais de R$ 100 mil líquidos de salário.

Marco Aurélio manda soltar empresário que tentou matar filha
23.12.18 12:29
No mesmo dia em que mandou suspender a execução de pena de quem ainda não tem o processo com trânsito em julgado, o ministro Marco Aurélio Mello concedeu um habeas corpus e mandou libertar o empresário Renato Archilla, condenado pela tentativa de matar a própria filha em 2001, relata o G1.
No último sábado, a PGR recorreu e pediu que Dias Toffoli, que está em plantão no recesso, reverta a decisão de Marco Aurélio.
Segundo Raquel Dodge, a pena de Archilla já transitou em julgado e não cabe mais recurso.

Laboratório de João de Deus é interditado
23.12.18 11:37
A Superintendência de Vigilância em Saúde de Goiás interditou o laboratório da farmácia que funciona na Casa Dom Inácio de Loyola, informa o G1.
Segundo o órgão, o tal laboratório de João de Deus não tinha autorização para produzir medicamentos em escala industrial.
A interdição atinge somente o laboratório. As vendas dos “medicamentos” do curandeiro ainda estão permitidas.

MP abre inquérito para investigar nepotismo de Crivella
23.12.18 11:17
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro abriu um inquérito para apurar atos de improbidade administrativa cometidos por Marcelo Crivella.
Segundo a portaria, o prefeito do Rio viabilizou que seu filho, Marcelo Hodge Crivella, atuasse como gerente de recursos humanos na prefeitura e o auxiliasse na escolha do novo secretário de Cultura.

Lava Jato vai avançar sobre novos nichos de corrupção, diz Pozzobon
23.12.18 10:14
Roberson Pozzobon, procurador da força-tarefa da Lava Jato, disse ao Paraná Portal que a operação avançará sobre novos nichos de corrupção no próximo ano, com investigações sobre núcleos de corrupção ainda não atingidos.
“A operação tem diversas investigações em curso amadurecidas, então a população pode esperar, sim, novas fases da operação, fases importantes sobre nichos ainda não navegados. Infelizmente, nichos corruptos do nosso Brasil”.

“É nossa obrigação”, diz procurador sobre responsabilizar Lula
23.12.18 10:31
Em sua entrevista ao Paraná Portal, o procurador Roberson Pozzobon reconheceu que a prisão de Lula foi emblemática na Lava Jato.
“É muito representativo o fato de que a Justiça brasileira processou e condenou um ex-presidente da República. Não temos nenhum regozijo em dizer que um ex-presidente da República foi punido, pois o cenário ideal era que nenhum governante, muito mesmo presidente, se envolvesse em delitos desse tipo, mas, na medida em que se envolveram, é nossa obrigação responsabilizar essas pessoas, seja quem for.”
Para Pozzobon, no entanto, Lula não é o único chefe do esquema criminoso investigado pela Lava Jato.
“Há múltiplos líderes e, infelizmente, eles transitam, passam o bastão, em um sistema de corrupção alastrado e endêmico.”

VÍDEO: Banda é arrastada por tsunami na Indonésia
23.12.18 10:01
Uma onda gigante atingiu o palco e “engoliu” um show da banda “Seventeen”, na Indonésia, onde um tsunami provocou, até o momento, 222 mortes.
Segundo o vocalista do grupo, o baixista e um produtor da banda morreram.
Um vídeo que circula pelas redes sociais mostra o momento em que a onda avança sobre show. Clique abaixo para assistir:
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Lula vai passar o Natal sozinho e sem ceia
23.12.18 09:22
Lula vai passar o Natal sozinho na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.
O corrupto e lavador de dinheiro não terá direito a nenhum privilégio; a PF onde Lula cumpre sua pena não autoriza visita de familiares em feriados nem a entrada de comidas especiais.
Diz O Globo:
“A ceia de amanhã seguirá o cardápio padrão, com arroz, feijão, salada e um tipo de carne. Podem completar o menu comidas não perecíveis, como chocolates e frutas secas, levadas pelas visitas.”

Cabral vai delatar
23.12.18 09:05
Sérgio Cabral, que sempre negou ter recebido propinas, agora quer fazer uma delação premiada.
O ex-governador deu uma procuração para seu advogado iniciar uma negociação com o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro e com a PGR, publica O Globo.
“O cardápio inicial inclui o Judiciário — tanto o Tribunal de Justiça do Rio quanto o STJ — ex-chefes do MP fluminense, as jogadas nebulosas da Copa do Mundo e da compra de votos para a Olimpíada de 2016, além de detalhamentos de fatos já narrados em outras colaborações”.
O Judiciário treme.

NO BLOG DO JOSIAS
Temer receia ser preso após deixar o Planalto
Por Josias de Souza 
Domingo, 23/12/2018 | 03h50
Sob o impacto da terceira denúncia da Procuradoria-Geral da República, Michel Temer discutiu sua situação penal com um grupo restrito de auxiliares. Abalado, deixou transparecer seus maiores receios. Está pessimista. Avalia que deve ser preso após deixar o Planalto. O risco é real, concordaram seus interlocutores.
Temer foi aconselhado a passar uma temporada no exterior. Mencionou-se Portugal, onde tem amigos. Discutiu-se a ideia de dar aulas na universidade de Coimbra. Temer refugou o conselho. Ele descartou também a hipótese de cavar a indicação para uma embaixada — o que lhe garantiria a manutenção do escudo do foro privilegiado.
A poucos dias de passar a faixa presidencial para Jair Bolsonaro, o quase-ex-presidente vive a síndrome do que está por vir. O blog apurou que, ao explicar aos auxiliares por que excluiu do seu baralho a carta da saída via aeroporto internacional, Temer soou categórico: "Vão dizer que estou fugindo. E eu não vou fugir, vou enfrentar." 
Há muito por enfrentar. Na denúncia que reacendeu os temores de Temer, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, acusou-o de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O caso envolve esquema no setor de portos, com desvios estimados em R$ 32,6 milhões entre agosto de 2016 e junho de 2017. Entretanto, o contencioso penal que inquieta Temer é bem mais amplo. Envolve outras duas denúncias formuladas pelo ex-procurador-geral, Rodrigo Janot, a partir das delações do grupo JBS. Congeladas pela Câmara no ano passado, serão retiradas do freezer. 
Sedado a pedido da Procuradoria, voltará a andar também o pedaço de um inquérito que envolve Temer numa encrenca de 2014, anterior ao início do seu mandato-tampão na Presidência. O caso envolve repasse de R$ 10 milhões do departamento de propinas da Odebrecht para Temer e seu grupo político. De resto, Raquel Dodge requereu a abertura de cinco inquéritos novos. São filhotes da investigação sobre portos. Ou seja, Temer coleciona um total de nove pesadelos: três denúncias, um inquérito já instaurado e cinco inquéritos por instaurar. Todo esse contencioso descerá do Supremo Tribunal Federal para a primeira instância do Judiciário. O que potencializa o desassossego do réu. 
Na última quinta-feira, sem mencionar o nome de Raquel Dodge, Temer acusou o baque sofrido na véspera, com a chegada da terceira denúncia ao Supremo. "Eu levo isto como uma mágoa, foram os ataques de natureza moral", disse ele, num rápido pronunciamento feito durante cerimônia de final de ano com servidores do Planalto. Temer prosseguiu: "Vocês percebem que, sem embargo de estar na vida pública e na política brasileira, eu não me transformei em carro alegórico. Pelo contrário. Eu sempre fui extremamente discreto em tudo aquilo que eu faço. E, portanto, quando vêm os ataques de natureza moral, daí que realmente isso me caceteia, me chateia, me aborrece. É a única coisa que me aborrece. No mais, só posso orgulhar-me do que fiz ao longo do tempo."

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
O último Natal com foro privilegiado
Por Deonísio da Silva (*)
Domingo, 23 dez 2018, 11h28
Aqueles políticos que roubavam e dormiam o sono dos justos, sonhando em roubar mais sob foro privilegiado e perpétuo, estão apreensivos. Não mudou o Natal, mas mudou o Brasil.
Receberão os presentes de Papai Noel, como sempre, que chegará em seu trenó puxado por nove renas voadoras. Eram oito os animais, número inspirado nas oito patas do cavalo voador do ancião nórdico que precedeu o misericordioso São Nicolau.
Ambos os personagens míticos tiveram como sucessor o Papai Noel, que nos EUA, já no século XX, recebeu mais um cervídeo para puxar sua carruagem, a Rena do Nariz Vermelho.
Um mergulho nas palavras e em seu contexto nos ensina que o Natal é uma festa de importância mundial há milênios. E uma festa cristã desde o século IV para celebrar o aniversário de nascimento do homem cuja importância mudou nossa forma de contar o tempo antes e depois Dele. E, curiosamente, nesta festa o aniversariante não ganha presentes, quem ganha são os convidados.
O consolo é que neste Natal os maus políticos receberam um presente de grego para eles: tudo indica que 2019 trará o fim do foro privilegiado. Vão fazer de tudo para se livrar do donativo tão logo passem as festas de fim ano, o recesso, o Carnaval etc., pois no Brasil o Feliz Ano Velho termina rapidinho, mas o Feliz Ano Novo demora a começar.
Em outras épocas, inclusive nos tempos monárquicos, vigoravam outros pudores e temores. Os políticos republicanos, que roubaram antes e depois do Natal, não têm os remorsos da Rainha Louca, que, aliás, nunca roubou nada. Dona Maria, que mandou enforcar Tiradentes, futuro patrono do Brasil, achava que seu pai, o rei Dom José I, estava no Inferno e este seria também o destino dela depois da morte que se avizinhava.
O pai, por ter sido cúmplice dos crimes políticos atribuídos a seu principal ministro, o Marquês de Pombal. E ela por pecados como o de mandar esquartejar Joaquim José da Silva Xavier e por outras faltas que apenas a seu confessor confidenciava.
Ao fugir das tropas do general Junot que, a mando de Napoleão, invadiu Portugal, a rainha, que já estava louca, teve súbita clareza ao perceber a pressa das carruagens que levavam a Família Real para o embarque: “Por que tão depressa? Nós estamos fugindo?”.
Talvez esta pergunta faça sentido também para muitos que estão agora deixando o poder. Faz algumas décadas que o Brasil republicano reinstaurou as dinastias sucessórias. Havia famílias inteiras que não saíam das tetas do governo e desta vez foram aposentadas pelos eleitores. O que mais parecem ter lamentado, porém, é outra coisa: o fim do foro privilegiado.
Dona Maria I, o filho Dom João VI, um menino chamado Pedro, que viria a proclamar a independência política do Brasil dali a apenas quinze anos e todos os fugitivos, passaram aquele Natal de 1807 em alto mar, a caminho do Brasil. Ao todo, eram cerca de 15.000 pessoas e a viagem durou 54 dias de Lisboa a Salvador, onde se deu o primeiro desembarque antes de se fixarem no Rio.
Oito anos depois do desembarque, portanto em 1816, pois dataram a chegada, não a partida, uma esperteza de estilo, e apenas seis antes do neto proclamar a independência de País tão acolhedor, Dona Maria I morreu no Brasil certa de que iria para o Inferno. Dom João VI perguntava todos os dias aos padres se a mãe tinha ido para o Céu ou para o Inferno. A preocupação dos absolutistas era serem punidos, mesmo depois da morte, ainda que a Revolução Francesa tivesse mostrado que alguns perdiam a cabeça antes de subir ao Céu ou descer ao Inferno.
Os padres da Capela Real eram os únicos que garantiam que a rainha tinha ido diretamente para o Céu. Os padres da Candelária diziam a Dom João VI que sua mãe tinha ido para o Purgatório, de onde seria remida, mas sua alma ainda sofria muito. E sem foro privilegiado, que as almas não contam com este refrigério.
Dona Maria I tinha morrido no Brasil e o funeral durara oito dias. Anos depois, seu corpo fez a viagem de volta a Portugal em dez semanas e foi levado ao parlamento português, que não existia antes da fuga e da vinda para o Brasil. O absolutismo tinha sido derrotado.
Depois de cinco anos num país tropical, mesmo num caixão preparado com ervas e especiarias aromáticas, o mau cheio era insuportável, como testaram e atestaram suas duas netas que presidiram a cerimônia de abertura do caixão. A rainha cadáver foi vestida de preto, com gorro, sapatos e meias e ficou exposta na igreja por dois dias para que nobres prestassem a última homenagem e beijassem a mão da soberana já com luvas novas. Seu rosto tinha adquirido um tom enegrecido. E só depois de todas estas homenagens a rainha finalmente foi enterrada para o descanso eterno.
Descanso de verdade terão os eleitores depois que for implementado o fim do foro privilegiado. Se todos são iguais perante a lei e longe vão os tempos absolutistas de Dona Maria I, que enfim a República Federativa do Brasil possa tratar ladrões como ladrões, e gente de bem como gente de bem, pois esta convivência com a impunidade está estragando o Brasil antes, durante e depois do Natal.
(*) Deonísio da Silva é Diretor do Instituto da Palavra & Professor Titular Visitante da Universidade Estácio de Sá


NO BLOG DO POLÍBIO BRAGA
Liberação da maconha fez explodir a violência no Uruguai. Número de homicídios aumentou 66% no primeiro semestre
Domingo, às 12/23/2018 04:30:00 PM
O secretário gaúcho da Segurança Pública, Cesar Schirmer, que da mesma forma que seu companheiro de MDB, o ministro Osmar Terra, é totalmente contra a descriminalização da maconha, aponta para o exemplo atual do Uruguai que, depois que liberou a venda e o consumo da droga viu explodir a criminalidade no País.
A descriminalização foi obra e graça do líder comunista e ex-tupamaro, José Mujica, quando foi presidente.
Segundo dados do próprio governo uruguaio, o número de homicídios cresceu 66% no primeiro semestre, contra igual período de 2017. Também avançaram as invasões a domicílios e assaltos a mão armada.
O mercado negro da droga despencou 25%, mas quem ficou, agora disputa as fatias com muito mais violência.


NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
A verdade não contada sobre a liminar de Toffoli: a conversa entre o ministro e o general
Texto de Aílton Villanova, jornalista)
Domingo, 23/12/2018 às 06:00
Por iniciativa própria, o ministro-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), José Antonio Dias Toffoli, não teria cassado a liminar do colega Marco Aurélio Mello que tiraria da cadeia o presidiário Inácio Lula e outros 200 mil presos condenados em segunda instância, ainda neste Natal.
Toffoli foi instado pelo porta-voz de um colegiado de 15 generais, que se articularam, às pressas, por vídeo-conferencia (porque nem todos eles se achavam em Brasília) para pressioná-lo no sentido da imediata cassação da liminar de Mello. Alegavam os generais que a sobredita medida, além de causar revolta popular, provocaria uma séria de distúrbios e badernas no País inteiro.
O presidente do STF tentou resistir, argumentando que a suspensão da liminar poderia ser apreciada na primeira plenária do STF, em de fevereiro de 2019, quando estaria findo o recesso na Corte.
- Enquanto isso, ministro, o Brasil estaria mergulhado na anarquia e na baderna... – rebateu o porta-voz. É isso o que o senhor quer?
- Bem... é que...
- O Senhor assumirá os riscos de todos os atos decorrentes disso tudo. Inclusive, o de uma possível intervenção no STF...
- Mas, isso não pode!
- Pode. Para nós, pode. Tanto assim é, que já estamos preparados para isso. 
Minutos depois desse diálogo, travado em tom amistoso e cordial, Dias Toffoli, anunciou, meio constrangido, a medida que acabou com a euforia da esquerda e a alegria das facções marginais e da bandidagem organizada, cujos líderes encontram-se encarcerados pelo Brasil afora.
Marco Aurélio Mello, o autor oportunista da polêmica liminar, esperou até o penúltimo minuto da última sessão da Suprema Corte para lançá-la à indignação nacional.
Cinicamente, com aquela sua vozinha de quem está padecendo de uma contumaz prisão-de-ventre, ele resumiu: “Agi de acordo com a Constituição”.
No seu torto entendimento, Mello pode até ter se baseado na Carta Magna. Mas, o seu propósito, está patenteado na seguinte suspeita: tumultuar a introdução do novo governo na República brasileira. Ele pretendeu (admita-se, em comum acordo com as esquerdas) provocar uma “reação irada” do presidente a ser empossado em janeiro, Jair Bolsonaro.
Inácio no oco do mundo, bandidos outros festejando a seu modo, a liberdade... e a anarquia reinando nas ruas. Belo início de governo seria para o presidente Jair!
Bolsonaro não terá vida fácil. Ainda bem que as Forças Armadas estão com ele. Agora, mais prestigiadas e mais estimuladas.


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