SEGUNDA EDIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, 14 DE NOVEMBRO DE 2018

NO O ANTAGONISTA
A caravana lulista sumiu
Quarta-feira, 14.11.18 08:45
Antes de ser interrogado pela juíza Gabriela Hardt, Lula vai receber a visita de Fernando Haddad.
“Ao contrário dos depoimentos anteriores”, diz a Folha de S. Paulo, “não está prevista a realização de grandes atos, nem são esperadas numerosas caravanas de outros estados.
O esquema de segurança em torno da sede da Justiça Federal também foi reduzido: apenas um pequeno trecho na avenida Anita Garibaldi, no entorno do prédio, ficará bloqueado para carros. O bloqueio começará somente após a chegada da escolta da PF, e deve durar até o término do interrogatório.”

Petista diz que ‘esse governo’ quer manter Lula preso
14.11.18 10:58
O PT sabe que não tem mortadela suficiente para reunir a militância em Curitiba e, por isso, tenta fazer barulho nas redes sociais.
Alexandre Padilha, ex-ministro e deputado federal eleito, diz no Twitter que “esse governo” quer manter preso “aquele que sempre pensou nos trabalhadores e nos mais pobres”.

“Carcereiro do presidente Lula”
14.11.18 10:41
Wadih Damous, deputado petista derrotado nas urnas, também participou da melancólica entrevista em frente à carceragem da PF em Curitiba.
O quase ex-parlamentar repetiu seus ataques a Sérgio Moro, chamado por ele de “carcereiro do presidente Lula”.
“Eu acho que ele tem prazeres, ele tem prazer pessoal nisso.”

“O Lula é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo”
14.11.18 10:17
Em uma melancólica entrevista em frente à carceragem da PF em Curitiba, Paulo Pimenta atacou Raquel Dodge, dizendo ser “vergonhoso” o silêncio da procuradora-geral da República diante da indicação de Sérgio Moro para o Ministério da Justiça.
Em seguida, o deputado petista foi interrompido por umas três pessoas que puxaram o grito de “o Lula é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo”.

O que sobrou para Lindbergh
14.11.18 10:10
Lindbergh sonhava com um cargo no governo de Fernando Haddad.
Sobrou para o senador derrotado nas urnas virar papagaio de Paulo Pimenta.

Bolsonaro cria mais um ministério
14.11.18 09:44
Jair Bolsonaro vai criar o Ministério da Cidadania.
Onyx Lorenzoni, em entrevista à rádio Gaúcha, disse que a nova pasta vai cuidar das áreas de desenvolvimento social, direitos humanos e combate às drogas.
A nova pasta vai cuidar sobretudo de acomodar mais um aliado do governo.

O pavor do PT
14.11.18 09:33
“Com a vitória de Jair Bolsonaro, a prisão prolongada de Lula e o desgaste da imagem da sigla, os petistas se armam para uma batalha duradoura”, diz Bruno Boghossian, na Folha de S. Paulo.
Na verdade, o PT está apavorado com Sérgio Moro.
“Dirigentes temem que a Justiça Eleitoral obrigue o PT a pagar R$ 20 milhões para devolver o dinheiro gasto com a candidatura de Lula ou reabra processos que pedem a cassação do registro da sigla”.

A loteria de Bolsonaro
14.11.18 09:14
Jair Bolsonaro disse à TV Record que pretende destinar o dinheiro das loterias federais para a Segurança Pública.
Sérgio Moro é uma aposta certeira.

Ele volta?
14.11.18 09:08
Roberto Teixeira, acusado de lavagem de dinheiro no caso do sítio de Lula, “vai ao exterior para se consultar com um médico”, diz a Veja.
Depois ele volta, não é?

“A Folha não aceitou a derrota”
14.11.18 08:38
Onyx Lorenzoni, acusado de ter recebido outro repasse da JBS, disse à rádio Gaúcha que há um “terceiro turno” contra Jair Bolsonaro.
Ele negou a denúncia e acrescentou:
“Lutei para derrotar o PT e a Folha de S. Paulo não aceitou a derrota.”

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quarta-feira, 14 de novembro de 2018
Mourão garante a investidores que reformas Tributária e da Previdência são foco imediato de Bolsonaro
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net (*)
(*) Membro do Comitê Executivo do
Movimento Avança Brasil
Investidores estrangeiros, reunidos ontem em Nova York, gostaram do que ouviram, em videoconferência, do vice-Presidente eleito Antônio Mourão, sobre as prioridades para os 100 primeiros dias da gestão Jair Bolsonaro: "A reforma da Previdência é a mais importante para ser avaliada pelo Congresso assim que possível. E Temos que realizar a reforma tributária, pois a realidade dos impostos no País é um peso para as empresas. São pontos muito importantes dos nossos primeiros 100 dias de governo".
Também soou como música para os ouvidos dos investidores a promessa de que a gestão Bolsonaro vai mesmo promover um ousado programa de desestatização. Mourão admitiu que, de um universo de 150 “estatais”, 140 empresas podem ser vendidas diretamente ou terem sua participação acionária ampliada para a iniciativa privada. Mourão também ressaltou que as indicações para as presidências das grandes empresas de economia mista obedecerão a critérios de mérito profissional e não questões político partidárias: “O importante é a meritocracia para a direção de estatais”. Até o final de novembro, os nome dos futuros dirigentes serão definidos e divulgados.
Jair Bolsonaro deu ontem um recado relevante ao mercado: Pretende cortar “no mínimo” 30% dos cargos comissionados nos bancos federais. O Presidente eleito prometeu um pente-fino para mapear indicações partidárias no Banco do Brasil (BB), na Caixa, no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Banco do Nordeste (BNB) e no Banco da Amazônia (BASA). Bolsonaro deixou claro: “Pretendemos diminuir (o número de cargos) e colocar gente comprometida com outros valores lá dentro”.
Na videoconferência a investidores, Mourão também destacou outro ponto de extrema importância para o Brasil: a Segurança. Antônio Mourão se comprometeu: "Iremos combater de forma dura a criminalidade no Brasil e que a indicação de Sérgio Moro como ministro da Justiça é um sinal desta prioridade". Mourão acrescentou que a redução da maioridade penal é um dos temas prioritários que o futuro governo tratará com o Congresso, logo de imediato, com o objetivo de reduzir a criminalidade no País. Afinal, o fator violência espanta investimentos. 
Mourão antecipou que Bolsonaro começaria a quarta-feira tomando café da manhã com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para tratar dos temas prioritários para os 100 primeiros dias de governo. O DEM, que quase conseguiu ser tão sempre governista quanto o MDB, deseja que Rodrigo Maia continue presidindo os 513 deputados. Esta é a condição para aprovar tudo com tranquilidade... Por isso, o negócio é dialogar e negociar...
Bolsonaro também tem um primeiro encontro com governadores dos estados com pires na mão, dívidas impagáveis e com gastos fora de controle, sobretudo com pessoal... Haja debate para conciliar tantos problemas de solução nada fácil no curto prazo.
(...)

NO BLOG DO NOBLAT
Lula e o gostinho de liberdade
À espera de nova condenação
Por Ricardo Noblat
Quarta-feira, 14 nov 2018, 07h00
Recolhido desde 7 de abril último a uma cela da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, Lula provará, esta tarde, o que mais poderá se parecer com uma sensação de liberdade quando for tirado de lá para ser interrogado no prédio da Justiça Federal pela juíza Gabriela Hardt, sucessora de Sérgio Moro no comando da Lava Jato.
Terá direito a tudo que se reserva a uma celebridade. A segurança do prédio e ao longo do percurso de cinco quilômetros será reforçada, o trânsito interditado, escolta especial da Polícia Federal, e um número desconhecido de atiradores de elite postados no alto de prédio para prevenir um eventual atentado.
O interrogatório é a última etapa do processo que Lula responde sobre a real propriedade do sítio de Atibaia, no interior de São Paulo. O Ministério Público o acusa de ser o verdadeiro dono do sítio, reformado pelas construtoras Odebrecht e OAS a título de pagamento de propina. Lula jura que é inocente.
Até advogados dele admitem que esse seja o processo que mais os preocupa dado ao acúmulo de indícios, evidências e provas que contrariam a tese da defesa. Mesmo assim, insistem que o sítio está registrado em nome de terceiros, e que Lula e sua família só o utilizavam por uma deferência dos donos, seus amigos.
Na semana passada, em depoimento à juíza Hardt, o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo, complicou ainda mais a situação de Lula. Ele mostrou e-mails trocados com executivos da empresa na época em que o sítio estava sendo reformado. Os e-mails dão conta de que Lula sabia da reforma e do uso de dinheiro de propina para pagá-la.
Hardt tem fama de ser mais dura do que Moro em suas sentenças. É provável que ela condene Lula mais uma vez. Da primeira, Lula foi condenado a 12 anos e 01 mês de prisão no caso do tríplex da praia de Guarujá, reformado de graça pela OAS. A condenação tornou-o inelegível até 2026 quando completará 81 anos de idade.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Com testemunhas de defesa assim, Lula nem precisa de acusadores
Ao garantir que o ex-presidente presidiário não é dono do sítio em Atibaia, Roberto Teixeira deixou claro que é
Por Augusto Nunes
Quarta-feira, 14 nov 2018, 07h09
Em qualquer país que saiba tratar como se deve delinquentes irrecuperáveis, o advogado Roberto Teixeira só frequentaria audiências judiciais no papel de réu ─ e delas sairia condenado a uma temporada na prisão. O Brasil modernizado pela Lava Jato já deixou de ser o paraíso da bandidagem cinco estrelas, mas os avanços das operações anticorrupção ainda não foram tão longe a ponto de impedirem aparições em tribunais de um Roberto Teixeira fantasiado de testemunha.
Foi o que aconteceu mais uma vez nesta segunda-feira, 12. Arrolado pelo genro Cristiano Zanin como testemunha de defesa no caso do sítio de Atibaia, o amigo íntimo do ex-presidente garantiu, sem ficar ruborizado, que o dono da propriedade rural de Lula não é Lula, mas sim Fernando Bittar. Para atestar a veracidade da fantasia, o depoente confirmou que foi ele quem cuidou da papelada forjada para transformar a negociata numa transação legal.
Incompatibilizado com a verdade desde o berçário, Teixeira mente mais do que respira. Ao afirmar que Lula é inocente, confirmou que é culpado. Com testemunhas assim, o mais famoso presidiário do país viverá em 31 de dezembro apenas a primeira de muitas viradas de ano na cadeia. Vem aí a segunda condenação. Não será a última.

NO BLOG DO MERVAL PEREIRA
Coerção ou convencimento?
POR MERVAL PEREIRA
Quarta-feira, 14/11/2018 04:30
O “presidencialismo de coerção”, como está sendo chamada em Brasília a suposta maneira Bolsonaro de governar, pressupõe uma ação deliberada do governo de pressão sobre os diversos grupos políticos e sociais que se colocarem em oposição às propostas que pretenda aprovar no Congresso.
Tem a ver com frases polêmicas do superministro da Economia, Paulo Guedes, que pretendia “dar uma prensa”, no Congresso, e o deputado-filho do presidente eleito, que disse que a oposição seria “tratorada”.
A questão é se o e-gov (governo eletrônico) que se está preparando, como anunciou ontem o futuro ministro do Gabinete Civil Onix Lorenzzoni, vai ter também a função de estimular militantes a pressionar os “ativistas” (que Bolsonaro já disse que quer inviabilizar), ou os Congressistas.
Além de baratear custos e desburocratizar, o governo eletrônico tem o objetivo de aproximar governantes e governados através dos novos meios de comunicação. Se essa aproximação, porém, servir para mobilizar a opinião pública de maneira direta contra políticos, ativistas e jornalistas, como estamos vendo acontecer nos Estados Unidos de Trump, podemos ter problemas institucionais graves.
O General Hamilton Mourão, futuro Vice-Presidente, revelou a estratégia em entrevista, falando genericamente sobre as vantagens das novas mídias: “Aquele processo antigo de comunicação, via filmetes, propagandas tradicionais, será abandonado. (...) A mídia digital é o método fundamental para conseguirmos nos comunicar, muito mais do que essas outras propagandas que gastam rios de dinheiro.”
Deu certo na campanha presidencial, por que não dará no dia a dia do governo? Carlos, filho vereador de Bolsonaro, chamado de 02, é o cérebro por trás da estratégia digital do pai, e deve coordenar os instrumentos do “presidencialismo de coerção”, se for colocado realmente em prática.
Mas esse esquema pode se voltar contra o próprio governo. Atribuída a Tancredo Neves, a frase “não nomeie quem não pode demitir” tem sido muito falada em Brasília nesses dias em que dois superministros estão sendo apresentados ao grande público, um, Paulo Guedes, já em plena atividade. Outro, Sérgio Moro, às voltas com questões legais, afastou-se dos processos de Curitiba e saiu de férias para poder trabalhar sem ferir a legislação.
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, não parece preocupado com a impressão de que não pode demitir um dos dois quando considerar necessário, e vai dando carta branca para o economista Paulo Guedes nomear seus auxiliares.
Na segunda-feira, 12, foi anunciado para presidir o BNDES o ex-ministro da Fazenda de Dilma, Joaquim Levy, que superou intrigas de bastidores que queriam barrá-lo justamente por ter trabalhado com o PT e com o ex-governador do Rio, hoje preso, Sérgio Cabral.
O presidente eleito entendeu que ele saiu dos dois governos justamente por não poder fazer seu trabalho direito. Bolsonaro sabe que quem delega é quem tem o poder de retirar a delegação, e a prova concreta disso é o ex-presidente Lula, que perdeu dois dos seus principais auxiliares, o ex-ministro do Gabinete Civil, José Dirceu, e Antonio Palocci, da Fazenda, e seguiu em frente. Mas é inegável que perder os sustentáculos de um governo é tarefa complicada de lidar.
Especialmente se um é a garantia da política liberal que está animando os mercados e os investidores, e o outro é a garantia da seriedade do compromisso presidencial no combate à corrupção. A demissão de qualquer um terá uma repercussão negativa para o governo, a não ser que aconteça alguma coisa fora do normal – como no caso dos dois superministros de Lula – que a justifique perante a opinião pública.
A pressão da opinião pública através das redes sociais, que pode favorecer o governo em algumas ocasiões, pode também se virar contra ele no caso de uma demissão injustificada, ou que signifique uma mudança de rumo nas políticas anunciadas.


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