PRIMEIRA EDIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, 14 DE NOVEMBRO DE 2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUARTA-FEIRA, 14 DE NOVEMBRO DE 2018

O futuro governo se articula contra eventual candidatura à presidência do Senado de Renan Calheiros (MDB-AL), um aliado do PT e do presidiário Lula. Flávio Bolsonaro (PSL), o mais votado senador do Rio de Janeiro, filho do presidente eleito disse ontem que o futuro presidente da Casa “precisa ter ficha limpa”, o que não é o caso do alagoano, que “ainda responde a muitas acusações em aberto”. Ele se referia a ao menos 13 investigações em curso contra o aliado de petistas.

Do alto de 4,3 milhões de votos, Flávio Bolsonaro adverte que Renan quer “atropelar os novos senadores antes que eles cheguem”.

O senador Flávio Bolsonaro diz que acabou no Brasil “a prática de criar dificuldades para extorquir o presidente em busca de cargos”.

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, que sinaliza apoio a Bolsonaro, será chamado a agir com a firmeza que se espera de um aliado.

O recado para Kassab é claro: se o PSD quer apoiar o futuro governo, o senador Otto Alencar (BA) deve desembarcar da canoa de Renan.

O nome preferido do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para o Ministério da Educação é o da psicóloga Viviane Senna, irmã do falecido campeão mundial de Fórmula 1, Ayrton Senna. Se ela topar, será anunciada ministra. Viviane visitou o presidente eleito em 19 de outubro a convite dele, para “conversar sobre educação”. Ela negou ter sido convidada, mas é exatamente quem ele gostaria de nomear ao cargo.

Viviane desenvolve um trabalho de apoio a educação, do qual o presidente é admirador, que já capacitou mais de 60 mil professores.

Ela preside o Instituto Ayrton Senna, que faz parcerias com governos para apoiar escolas. Atende a 1,5 milhão de crianças por ano no País.

Graduada em psicologia pela PUC-SP, Viviane Senna atuou como psicoterapeuta e na formação de terapeutas.

Deve ser definido nesta quarta o ministro das Relações Exteriores de Bolsonaro, com a missão de reparar os estragos de diplomatas com opção preferencial pelo PT, pagos pelo governo para falar mal do País lá fora.

A Caixa se livrou do ex-chefe de Marketing, Gérson Bordignon, piloto de uma licitação de R$120 milhões a poucos dias do fim do governo para contratar agência de promoção. Alertada por reportagem do site Diário do Poder, a Caixa suspendeu a brincadeira e o indigitado dançou.

O presidente Michel Temer assina no Chile, dia 21, o Acordo de Livre Comércio entre os dois países, prioridade do futuro governo. Por isso Temer convidou o presidente Bolsonaro a integrar sua comitiva.

O estado falimentar de Minas impressiona cada vez mais o governador eleito Romeu Zema (Novo). Ele quer reduzir as secretaria para 9 e entrar para a História como aquele que mais criou empregos.

…para quem contou vantagens, chegando a dizer que não seria preso de jeito nenhum, Joesley Batista já pode pedir música.

NO BLOG DO JOSIAS
Lula constrói com método sua própria Waterloo
Por Josias de Souza
Quarta-feira, 14/11/2018 04:44
Lula frequenta o processo sobre o sítio de Atibaia como um imperador às avessas. Isso acontece porque o réu permite que seus advogados o apresentem como uma espécie de Napoleão se descoroando. Executada com método, a descoroação é tão bem sucedida que o soberano petista tornou-se um exemplo raro de inocente indefeso.
O caso do sítio é muito parecido com o do tríplex, que rendeu a Lula uma condenação de 12 anos e 01 mês de cadeia. Com uma diferença: o apartamento do Guarujá, Lula desistiu de comprar depois que virou escândalo. A propriedade de Atibaia virou escândalo porque Lula utilizou mesmo sem comprar.
Sobram nos autos evidências de que Lula usufruía o sítio como dono. Na condição de ex-presidente, faz jus a assessores remunerados pela União. Entre 2012 e 2016, esses servidores receberam 1.096 diárias para viajar a Atibaia. Funcionários do sítio trocaram e-mails com o Instituto Lula. Batida da PF encontrou espalhados pela casa roupas e objetos pessoais de Lula e de sua mulher Marisa.
Lula é proprietário oculto do imóvel, acusa a Lava Jato. Os verdadeiros donos são dois sócios do filho do imperador, o Lulinha, rebate a defesa. Coisas estranhas passaram a acontecer desde que Lula se apropriou do sítio.
Membros do consórcio Odebrecht-OAS-Bumlai — duas notórias empreiteiras e um pecuarista-companheiro — aplicaram mais de R$ 1 milhão em verbas de má origem numa reforma do sítio. É dinheiro roubado da Petrobras, sustenta a força-tarefa de Curitiba. Não, não. Absolutamente, nega a defesa.
Como de hábito, alega-se que Lula nem sabia que o sítio seria reformado. Nessa versão, contratos comprovariam que as despesas correram por conta dos “donos” do imóvel. Um deles, Fernando Bittar, prestou inusitado depoimento à juíza Gabriela Hardt, substituta de Sérgio Moro. Nele, disse que não gastou um mísero tostão.
No processo do tríplex, Lula disse que jamais passou uma noite no imóvel. Admitiu ter visitado o apartamento porque Marisa cogitara comprá-lo. Mas desistiu. Como se sabe, essa lorota deu cadeia. No caso do sítio, recorre-se ao mesmo erro para ver se dá certo. Amigos como Paulo Okamotto e Gilberto Carvalho disseram à Justiça que Lula pensou em adquirir o sítio. Mas não levou a ideia adiante.
A engenhosidade dos advogados transformou Lula num sujeito que mantém ligação sobrenatural com os imóveis. Basta que ele pense em comprar uma propriedade para que a OAS, a Odebrecht ou as duas providenciem os confortos. Assim mesmo, do nada, sem que ninguém solicite.
No tríplex, surgiram um elevador, uma cozinha de luxo, uma sauna, um piso novo… No sítio, outra cozinha, a reforma da sede, a construção de anexos, melhorias no lago, pedalinhos… De repente, quando a coisa vira escândalo, Lula foge pela porta de incêndio: ''Não é meu, não tenho nada a ver com isso.''
Esse tipo de enredo divide os brasileiros em duas categorias: há os cínicos, que conseguem usufruir graciosamente um sítio paradisíaco, do tamanho de 24 campos de futebol. Há também os azarados como você, caro leitor, que não dispõe de amigos tão generosos. A um desconhecido chamado Fernando Bittar, os mandarins da Odebrecht e da OAS não dariam nem bom dia. A um imperador popular, entregariam a própria alma.
O que estragou o universo de gente como Lula foi uma ferramenta jurídica aperfeiçoada por uma lei que a companheira Dilma Rousseff sancionou quando ainda estava no Planalto. Chama-se colaboração judicial. Permite que amigos se convertam em delatores. E faz com que gente poderosa fique impotente.
Foi assim que amigos como Emílio Odebrecht e Léo Pinheiro jogaram água no chope de Lula. Odebrecht ainda teve a delicadeza de atribuir a encomenda das obras do sítio a “dona Marisa”, que já morreu. Mas Pinheiro, língua em riste, disse ter ouvido a solicitação dos lábios do próprio Lula.
Com o laborioso auxílio dos seus advogados, Lula dedica-se no processo sobre o sítio de Atibaia a desconstruir a imagem que erguera durante uma vida. É como se o imperador petista, no papel de anti-Napoleão, planejasse sua própria Waterloo. Sob atmosfera burlesca, um Lula descoroado vai à presença da juíza Gabriela Hardt, nesta quarta-feira, no papel de duque de Wellington de si mesmo.

Reajuste do Supremo virou um balé de elefantes
Por Josias de Souza
Terça-feira, 13/11/2018 21:02
A encrenca do reajuste salarial dos ministros do Supremo Tribunal Federal transformou-se num balé de elefantes. A coreografia estava momentaneamente paralisada. Imaginou-se que o próximo passo seria executado por Michel Temer, a quem cabe sancionar ou vetar a proposta que elevou os vencimentos das togas supremas de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil. De repente, o ministro Luiz Fux, vice-presidente do Supremo, atravessou no palco declarações muito parecidas com uma chantagem.
A cúpula do Judiciário farejou na demora de Temer uma insinuação de que o reajuste não será sancionado enquanto o Supremo não extinguir o auxílio-moradia de R$ 4.377 pagos mensalmente a juízes e procuradores. Diante do cheiro de queimado, Luiz Fux cuidou de esclarecer que o julgamento das ações que questionam há cinco anos o pagamento do bolsa-moradia só ocorrerá depois que o presidente da República liberar o reajuste dos contracheques dos magistrados.
Até a semana passada, tudo parecia simples como o ABC. A, o Supremo reivindicava um reajuste. B, o Tesouro Nacional está quebrado. C, o Senado mantinha o pedido da Suprema Corte no freezer desde 2016. De uma hora para outra, os elefantes de Brasília começaram a dançar à beira do abismo. O Supremo pressionou, os senadores cederam, Temer entrou na dança e Fux converteu uma reivindicação sindical em instrumento de desmoralização do Supremo.
O Supremo alega que não pede aumento, mas reposição da inflação. Justo, muito justo, justíssimo. O problema é que um empregado não pode exigir do empregador o que ele não pode pagar. E o Tesouro já está endividado até a raiz dos seus cabelos, caro contribuinte. Os juízes do Supremo, se quiserem, podem trocar a folha do Estado por uma banca privada. Sem essa alternativa, os 12,5 milhões de brasileiros desempregados preferem um Estado equilibrado, que não atrapalhe a recuperação da economia.

NO O ANTAGONISTA
O caixa dois de Onyx
Quarta-feira, 14.11.18 07:32
Onyx Lorenzoni confessou o recebimento de 100 mil reais no caixa dois.
Uma planilha entregue por delatores da JBS à PGR, segundo a Folha de S. Paulo, “sugere que o futuro ministro da Casa Civil recebeu via caixa dois uma segunda doação eleitoral, por ele não admitida até agora.”
O documento “mostra que o deputado recebeu outros 100 mil reais em 2012. O pagamento a ‘Onyx-DEM’ foi feito em 30 de agosto daquele ano, em meio às eleições municipais. Segundo os colaboradores, o dinheiro foi repassado em espécie”.

Onyx frito
14.11.18 08:16
Onyx Lorenzoni sequer assumiu a Casa Civil e já é alvo de fogo amigo, diz a Crusoé.
Integrantes do PSL e outros aliados do presidente eleito, Jair Bolsonaro, apostam que o futuro ministro não passará seis meses no cargo.
Leia aqui.

Os generais contra Magno Malta
14.11.18 07:44
Os generais que assessoram Jair Bolsonaro não querem que ele nomeie Magno Malta para um ministério.
Leia a nota completa na Crusoé (clique aqui).

Os inimigos do povo
14.11.18 08:12
Jair Bolsonaro é um homem de sorte.
Segundo a Folha de S. Paulo, “as idas e vindas de sua equipe acabaram fortalecendo o lobby em torno da candidatura de Renan Calheiros à presidência do Senado”.
A reportagem acrescenta que “a articulação extrapolou as fileiras de seu partido e ganhou adesões de veteranos do PSD e do PSDB, por exemplo, além de nomes do Judiciário”.
Nada melhor para Jair Bolsonaro do que se contrapor a Renan Calheiros e aos outros inimigos da Lava Jato.

Quem é Lula?
14.11.18 06:49
O interrogatório de Lula está marcado para as 14 horas.
Como ninguém mais se lembra dele, exceto Gleisi Hoffmann e Gilberto Carvalho, o fórum de Curitiba vai funcionar normalmente nesta quarta-feira.
As autoridades esperam muito menos manifestantes do que em depoimentos anteriores.

O isolamento de Lula
14.11.18 06:31
Depois de prestar depoimento à juíza Gabriela Hardt, Lula vai ficar isolado em sua cela até segunda-feira, 19.
A Folha de S. Paulo lamenta que, “por causa do feriado, as visitas da família e de amigos, sempre às quintas, foram canceladas. Na sexta, a PF emenda o feriado e fica fechada — nem os advogados podem entrar”.
Pode-se imaginar a felicidade do presidiário ao receber a agradável visita de Cristiano Zanin na semana que vem.

Feliz 2019, Lula
14.11.18 07:19
Lula só vai ser condenado pela propina do sítio em Atibaia no ano que vem, depois do recesso, a partir de 8 de janeiro.
No mesmo período, ele deve ser condenado também pela propina do Instituto Lula.

O calote de Venezuela, Moçambique e Cuba
14.11.18 06:40
Venezuela, Moçambique e Cuba devem 459,2 milhões de dólares ao BNDES em pagamentos atrasados, diz o Estadão.
Os empréstimos foram feitos quando Joaquim Levy, o novo presidente do banco, trabalhava para Lula, Dilma Rousseff e Sérgio Cabral.
A caixa-preta do BNDES está no vermelho.

TEM GENERAL DE OLHO NO CARGO DE ONYX
Terça-feira, 13.11.18 21:37
Por Claudio Dantas
Mais cedo O Antagonista publicou com exclusividade um áudio em que o presidente dos Correios, general Juarez de Paula Cunha, ameaça resistir à privatização da estatal.
Cunha fala da amizade com os generais Hamilton Mourão e Oswaldo Ferreira. Num ato falho, ele diz que Ferreira não seria mais o ministro da Infraestrutura. “Parece que agora ele vai ficar na Casa Civil”, diz.
O Antagonista apurou que Ferreira vem resistindo, de fato, à ideia de assumir a pasta da Infraestrutura. Mas não se sabia o motivo. Pelo visto, o general está de olho no cargo de Onyx Lorenzoni.

Para Jungmann, principal problema da segurança está nas prisões
13.11.18 21:13
Raul Jungmann afirmou nesta terça-feira que o principal problema da segurança pública do País está no sistema prisional.
Segundo o ministro, a maioria dos crimes como sequestros e assaltos é comandado por criminosos de dentro das cadeias.
“A discussão de segurança no Brasil começa na rua e termina nos portões do sistema prisional. Ao menos 70 facções criminosas foram criadas dentro do sistema prisional o que me leva a chamar a atenção que a dinâmica do crime na rua é comandada de dentro do sistema prisional. Não há discussão sobre a questão da segurança pública dos portões para dentro das unidades prisionais, ao que se passa lá dentro e o retorno daquele preso à rua”, disse Jungmann.

O recado dos “pretorianos” a togados
13.11.18 18:58
Ao reforçar que as Forças Armadas são apartidárias e apolíticas, o general Eduardo Villas Bôas envia mensagem a togados que ainda chamam os militares de “pretorianos”.
Recado dado é missão cumprida.

Cunha ganha liberdade, mas continuará preso
13.11.18 18:57
O TRF-1 revogou a prisão preventiva de Eduardo Cunha na Operação Patmos, aquela em que o ex-deputado é acusado de ter o silêncio comprado por Joesley Batista.
Cunha, no entanto, não poderá ser solto já que é alvo de outros dois decretos de prisão.

Campanha de Bolsonaro terá 3 dias para esclarecer “inconsistências”
13.11.18 18:46
O ministro Luís Roberto Barroso, do TSE, deu 3 dias para a campanha de Jair Bolsonaro prestar esclarecimentos sobre 23 “inconsistências” na prestação de contas do presidente eleito.
Relator no TSE das contas de campanha, Barroso terá de submeter o procedimento a julgamento no plenário do Tribunal.
Entre as “inconsistências” encontradas pelos técnicos do TSE estão indícios de impropriedade, indícios de irregularidade, falta de documentos e contratos que comprovam serviços e gastos.

Mandetta é um erro
13.11.18 18:05
Luiz Henrique Mandetta como ministro da Saúde é um erro.
Ponto.

O professor Alckmin
13.11.18 18:01
Derrotado na eleição presidencial, Geraldo Alckmin voltará a dar aula a partir do ano que vem, registra O Globo.
O tucano fechou contrato com a Uninove e vai lecionar Gestão Pública e Saúde Pública.
O jornal carioca lembra que não é a primeira vez que Alckmin volta a atuar como professor depois de uma derrota eleitoral. Em 2008, ele deu aulas como palestrante em faculdades.

Deputado lança campanha contra aumento de salário de parlamentares
13.11.18 17:57
O deputado federal reeleito Arthur Maia, relator da reforma da Previdência, lançou um abaixo-assinado contra qualquer aumento para os congressistas.
O reajuste do Judiciário, aprovado pelo Senado, abriu caminho para o aumento dos salários dos parlamentares para a próxima legislatura.
“Neste momento de grave crise fiscal e com mais de 13 milhões de desempregados, aumentar nossos próprios salários seria uma grande irresponsabilidade e desrespeito aos brasileiros de bem”, disse Maia.

Reeleito, governador lulista quer aumentar imposto
13.11.18 17:54
O lulista Paulo Câmara, governador reeleito de Pernambuco, quer aumentar o ICMS no estado com a justificativa de equilibrar as contas públicas e garantir o cumprimento de promessa de campanha de pagar um 13º do Bolsa Família, informa o Jornal do Commercio.
Coitado de Pernambuco.

Tereza Cristina questiona verba pública repassada a ONGs
13.11.18 17:54
Tereza Cristina, futura ministra da Agricultura, disse nesta terça-feira que ficou “espantada” com a verba pública que é destinada a projetos coordenados por ONGs.
“Se tem dinheiro, e é dinheiro público, a gente precisa saber se tem resultado”, afirmou.
“Eu sabia que era grandioso, mas não tão grande. Temos mais ou menos R$ 15,3 bilhões em multas em cima do setor agropecuário. Um percentual desses recursos vai para essas ONGs, mas vai para quê, para melhorar o quê, qual a utilidade desses projetos, eles vão mesmo para recuperação?”

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