SEGUNDA EDIÇÃO DE DOMINGO, 25 DE NOVEMBRO DE 2018

NO O ANTAGONISTA
Líderes da União Europeia aprovam acordo para o Brexit
Domingo, 25.11.18 09:54
Líderes da União Europeia reunidos em Bruxelas aprovaram, na manhã deste domingo, o acordo que fixa os termos para o Brexit.
No Twitter, Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, comunicou o fato:
“Os 27 membros da UE endossaram o Acordo de Retirada e a Declaração Política sobre as futuras relações entre UE e Reino Unido.”
O grupo de presidentes e primeiros-ministros de 27 países devem assinar um documento descrevendo seus objetivos para futuras relações depois da saída da Grã-Bretanha.

Lula quer visitas íntimas
25.11.18 09:31
Guilherme Amado, em O Globo, conta que Lula tem reclamado da falta de visitas íntimas na carceragem da PF em Curitiba.
Coitado do Lula.

Caixa tenta impedir projeto que libera FGTS para quem pede demissão
25.11.18 08:55
A Caixa quer impedir que o Senado aprove o projeto que autoriza o trabalhador a sacar o FGTS quando pede demissão.
Diz a Coluna do Estadão:
“Assessores legislativos do banco argumentam que a alteração pode enfraquecer o fundo. Eles pedem que, ao menos, o texto seja apreciado na Comissão de Assuntos Econômicos antes do plenário”.

NO O GLOBO
PF rastreia propina para Renan Calheiros na Suíça e o acusa de corrupção
Relatório final diz que repasses ao MDB do Senado passaram por contas no exterior do dono da Itaipava, Walter Faria
Por Aguirre Talento
Domingo, 25/11/2018 - 04:30 / 25/11/2018 - 08:17
BRASÍLIA - A Polícia Federal rastreou depósitos de US$ 3 milhões feitos por lobistas em contas bancárias na Suíça que seriam parte de um acerto de propina com políticos do MDB do Senado, entre eles o senador Renan Calheiros (AL), em troca de contratos na Petrobras. O relatório final da PF nessa investigação traz detalhes sobre a engenharia financeira montada para pagar propina ao MDB e atribui ao senador, potencial candidato à presidência do Senado, o crime de corrupção passiva — procurado, Renan negou e disse que a acusação será rejeitada pela Justiça.
A propina passou, diz a PF, por duas contas na Suíça controladas pelo empresário brasileiro Walter Faria, dono do Grupo Petrópolis (da Itaipava), que por isso é acusado pela PF de lavagem de dinheiro.
O relatório sigiloso, assinado pelo delegado Thiago Delabary, foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 6 de setembro. No dia 12, o ministro Edson Fachin encaminhou o material à Procuradoria-Geral da República (PGR), que está analisando se apresenta denúncia contra Calheiros e os demais investigados.
Renan, reeleito para o cargo de senador, até agora só foi denunciado uma vez na Lava Jato — a denúncia, feita pelo ex-PGR Rodrigo Janot, foi rejeitada pelo STF.
Segundo as investigações, o MDB recebia “comissões” de contratos da Diretoria Internacional da Petrobras, então comandada por Nestor Cerveró, apadrinhado do partido.
Em 2006, Cerveró acertou com a Samsung Heavy Industries a aquisição de dois navios-sonda pela Petrobras, no valor de US$ 1,2 bilhão, em troca de propina. Cerveró disse em sua delação que acertou repassar US$ 6 milhões dessas propinas ao grupo do MDB do Senado: Renan, o senador Jáder Barbalho (PA) e o ex-ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau.
A PF também apontou indícios de envolvimento do deputado federal Aníbal Gomes (MDB-CE) e de seu ex-assessor Luís Carlos Batista Sá. O relatório atribui o crime de corrupção passiva a Renan, Silas, Aníbal e Batista Sá. Em relação a Jáder, a PF considerou as provas insuficientes. Todos negam as acusações.
Os repasses de propina foram operados por dois lobistas que admitiram suas participações: Júlio Camargo, um dos primeiros delatores da Lava-Jato, e Jorge Luz, que ainda negocia delação. Luz afirmou à PF que recebia de Batista Sá a indicação das contas na Suíça para onde deveria repassar a propina destinada aos políticos. A PF descobriu que as duas contas pertenciam ao empresário Walter Faria.
Operação dólar-cabo
A PF recebeu do próprio empresário e dos dois lobistas toda a documentação relacionada às transferências de cerca de US$ 3 milhões às contas na Suíça. Para os investigadores, o dono da cervejaria emprestava as contas para doleiros depositarem recursos em troca de receberem os valores em reais no Brasil — operação conhecida como “dólar-cabo”.
Não há uma prova cabal de que os emedebistas tenham, de fato, recebido o dinheiro. A PF relaciona os extratos bancários com documentos apreendidos na casa de Batista Sá para concluir que os emedebistas foram beneficiados . A PF ressalva, porém, que as provas estão em uma “esfera indiciária”.
Os investigadores encontraram documentos de controle dos pagamentos aos políticos em um HD na casa de Batista Sá — ele, diz a PF, seria o organizador da propina. No HD, havia o comprovante de um dos depósitos na Suíça feito por Jorge Luz e planilhas com siglas, codinomes e valores. A PF conclui que era “um controle sobre a divisão de valores envolvendo três destinatários, em que algumas quantias são comprovadamente coincidentes com operações efetivadas entre contas de Jorge Luz e de Walter Faria”. A PF diz que Renan está na planilha sob a sigla RC, com valor de US$ 350 mil.
Sem “falcatrua”
Procurada, a assessoria de Renan afirmou que ele“não vê Jorge Luz há mais de 20 anos, não conhece seu filho, não tem conta no exterior, não conhece os donatários das contas e nunca teve negócios com ele e com ninguém”. Disse ainda que “investigação nenhuma comprovará sua participação com qualquer tipo de falcatrua, conta no exterior ou com o recebimento de dinheiro através de terceiros”.
Em nota, a assessoria de Walter Faria classificou a acusação de “insustentável”. O empresário afirmou que “as provas demonstram que os delatores e demais investigados não conheciam ou tinham qualquer relacionamento” com ele. “Não houve por parte de Walter Faria qualquer tipo de repasse a políticos ou agentes públicos”, diz a nota.
Os advogados de Aníbal, Gustavo Souto e Águimon Rocha, afirmam que o deputado “nega veementemente o seu envolvimento em supostos repasses a políticos do então PMDB”. “Cabe destacar que a própria autoridade policial consignou que ‘essas anotações (...) não permitem, de pronto, a identificação dos destinatários’, o que de pronto já demonstra a fragilidade de eventuais ilações ”, dizem.
A defesa de Batista Sá afirmou que ele vai refutar as acusações e provar sua inocência. Silas disse à PF que nunca recebeu valores ilícitos da Petrobras. A defesa de Jorge Luz afirmou que só vai se manifestar nos autos.


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