PRIMEIRA EDIÇÃO DE DOMINGO, 11 DE NOVEMBRO DE 2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
DOMINGO, 11 DE NOVEMBRO DE 2018

A economia ainda não se recuperou, mas o governo já aumentou o rombo de R$376 bilhões em renúncias fiscais somente para 2019, o ano 1 de Jair Bolsonaro. Montadoras, habituadas a conseguir o que querem, até com chantagens de “demissão em massa”, garantiram mais R$1,5 bilhão na maciota, por ano, durante cinco anos. E nem sequer precisam oferecer contrapartidas pelos impostos que deixarão de pagar, como a redução do preço dos carros que produzem.

No programa Rota 2030, o único compromisso das montadoras é investir R$5 bilhões no próprio negócio, em pesquisa e desenvolvimento.

Enquanto o governo não arrecada, concessionárias anunciam “carro popular” a R$40 mil como promoção. Com opcionais, vai a R$70 mil.

No Nordeste, descontos do Regime Especial Automotivo poderão ser usados como crédito para não pagar o IPI devido aos governos locais.

Fabricado em Pernambuco, o Jeep Compass é vendido no Brasil “a partir” de R$142 mil. Exportado para os EUA, custa lá R$77 mil.

Virou “carnificina” a escolha do futuro ministro das Relações Exteriores. O Brasil tem um dos mais admirados corpos diplomáticos do mundo, e as melhores opções técnicas estão no Itamaraty. Apesar disso, cada nome lembrado é “queimado” em sites e redes sociais às quais têm acesso “candidatos” sem nível para o cargo: de um ressentido ex-diplomata de carreira modesta até um “expert” Relações Internacionais cujo curso na UnB está “em progresso”. Tentam destruir para reinar.

Maria Nazareth Farani Azevêdo, cujas virtudes são comparadas às do grande Paulo Tardo Flecha de Lima, foi outra vítima de ataques cruéis.

Luiz Fernando Serra, “petista”, Ernesto Fraga, “defensor de Trump”, e Sergio Amaral também estiveram na alça de mira da “queimação”.

Michel Temer torce para que o sucessor aceite convite para acompanhá-lo à Cúpula de Líderes do G20, em Buenos Aires, dia 30. “Seria uma ótima chance de o presidente Bolsonaro fazer um primeiro contato com os vinte mais importantes líderes mundiais”, defende.

No final da tarde desta sexta (9), o presidente eleito, Jair Bolsonaro, fez pronunciamento “live” pelo Facebook e, antes da metade do vídeo, já tinha 112 mil espectadores, 115 mil ‘likes’ e 41 mil compartilhamentos.

A Apex Brasil ignorou as mensagens da coluna tentando conferir uma história que faz a delícia de funcionários da agência de promoção de exportações: seu presidente manteria no gabinete foto autografada de Lula que some e reaparece sobre a mesa de acordo com o visitante.

Apesar de ter a maior bancada de deputados após a eleição (56), o PT deve ficar isolado até na oposição. O PSB, o segundo maior partido da esquerda, não quer a companhia de petistas em seu bloco na Câmara.

Futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro disse as ações na segurança pública vão começar antes da aprovação de projetos de lei. “É um problema sério, em parte, equacionado por medidas executivas”, disse.

Em despacho contundente, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) disse ver “robustas suspeitas de possível prática de crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro”, envolvendo Renan Calheiros, Romero Jucá, ambos do MDB, e Gim Argello (PTB).

Conquistou 2,2 milhões de nomes em menos de 48h abaixo-assinado do partido Novo no site Change.org contra o aumento de 16% para ministros do STF aprovado esta semana pelo Senado. É um recorde.

Durante evento na Universidade do Estado do Amazonas, o executivo Gustavo Igreja revelou que, se fosse um país, o Polo Industrial de Manaus estaria entre as 85 maiores economias, à frente do Paraguai, Costa do Marfim e Bolívia e outros 90 países com PIB inferior.

…emplacar MP é melhor que ser amigo do rei.

NO O ANTAGONISTA
Parlamentares articulam barrar Escola sem Partido e Lei Antiterrorismo
Domingo, 11.11.18 08:15
Parlamentares de diferentes partidos estão se mobilizando para barrar o Escola sem Partido e a Lei Antiterrorismo.
Senadores de PT e PSDB já admitem se alinhar na votação desses projetos.
Diz O Globo:
“As costuras passam pela escolha do presidente do Senado, no ano que vem. Diferentes lideranças defendem um senador de perfil moderado, sem alinhamento direto com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), mas que não faça parte da oposição a ele. Por trás desse discurso, a articulação é para chegar a um nome com força para pôr freio a eventuais extremismos na agenda do governo que provoquem tensionamentos sociais”.

Temer propõe a Bolsonaro novo resgate aos estados em troca de reforma da Previdência
11.11.18 08:03
Para a equipe econômica de Michel Temer, o presidente eleito Jair Bolsonaro terá de pensar num novo programa de resgate para os governos estaduais no ano que vem.
Pelo menos sete governadores já informaram à União que vão extrapolar o limite de gastos em 2018.
Segundo o Estadão, a estratégia que será sugerida a Bolsonaro pela equipe de Temer é conceder um novo resgate aos estados em troca de apoio à reforma da Previdência.

Villas Bôas explica tuíte na véspera do julgamento de Lula
11.11.18 07:51
Em sua entrevista à Folha, o general Eduardo Villas Bôas comentou sobre seu tuíte na véspera do julgamento de Lula no STF.
“Eu reconheço que houve um episódio em que nós estivemos realmente no limite, que foi aquele tuíte da véspera da votação no Supremo da questão do Lula.
Ali, nós conscientemente trabalhamos sabendo que estávamos no limite. Mas sentimos que a coisa poderia fugir ao nosso controle se eu não me expressasse. Porque outras pessoas, militares da reserva e civis identificados conosco, estavam se pronunciando de maneira mais enfática (…).
Alguns me acusaram… de os militares estarem interferindo numa área que não lhes dizia respeito. Mas aí temos a preocupação com a estabilidade, porque o agravamento da situação depois cai no nosso colo. É melhor prevenir do que remediar.”

O marketing de Bolsonaro, segundo Villas Bôas
11.11.18 07:32
O general Eduardo Villas Bôas também foi questionado pela Folha sobre se as ameaças de Jair Bolsonaro a órgãos de imprensa seriam compatíveis com a defesa da democracia.
“Uma coisa meio messiânica, né?
Acho que, se nós olharmos da perspectiva dele, esse é um marketing que ele faz em torno de si, que explora.
Eu não creio que ele vá materializar isso a ponto de ameaçar o funcionamento das instituições.
O País está amadurecido, tem um sistema de freios e contrapesos que não permite que essas coisas prosperem a ponto de ameaçar a eficiência do processo democrático.”

“É ridículo” querer olhar para 1964, diz Villas Bôas
11.11.18 07:25
Em sua entrevista à Folha, o general Eduardo Villas Bôas afirmou que não é produtivo um movimento de reanálise de 1964.
“Olhar para trás impede que a gente convirja. É ridículo. De 1964 para cá, se passaram 54 anos. Imagine se em 1954 estivessem discutindo 1900. Não acho que devemos jogar para baixo do tapete. Até a Comissão da Verdade foi um desserviço nesse sentido.”
Villas Bôas disse também que o apoio da população aos militares não é ideológico.
“Houve uma pesquisa recente que perguntou se a população era a favor de uma intervenção militar. Deu um índice de 45%.
Eu não via nada de ideológico nisso, esquerda ou direita, é mais uma reclamação sobre a questão dos valores.”

Bolsonaro é muito mais político do que militar, diz comandante do Exército
11.11.18 07:10
Em sua entrevista à Folha, o general Eduardo Villas Bôas afirmou também que a imagem de Jair Bolsonaro como militar é “uma imagem que vem de fora”.
“Ele saiu do Exército em 1988. Ele é muito mais um político. Ele foi muito hábil quando saiu para se candidatar a vereador, passou a gravitar em torno dos quartéis, explorando questões que diziam ao dia a dia dos militares. Ele nunca se envolveu com questões estruturais da defesa do País. Mas aí criou-se essa imagem de que ele é um militar.”
Para Villas Bôas, deve-se tomar muito cuidado com a interpretação de que a eleição de Bolsonaro seria uma volta dos militares ao poder.
“Absolutamente não é.
Alguns militares foram eleitos, outros fazem parte da equipe dele, mas institucionalmente há uma separação.
E nós estamos trabalhando com muita ênfase para caracterizar isso, porque queremos evitar que a política entre novamente nos quartéis.”

Bolsonaro: “Não posso correr o risco de a velha política vir para cima de nós”
Sábado, 10.11.18 20:47
Em sua entrevista à Record, Jair Bolsonaro disse que o reajuste dos salários dos ministros do STF dificulta as articulações para a reforma da Previdência.
“Complica para a gente quando você fala em fazer reforma da Previdência, quando você vai tirar alguma coisa dos mais pobres, aceitar um reajuste como esse.”
O presidente eleito afirmou também que não pretende reformar a Previdência da maneira que Michel Temer costuma fazer.
“Se bancarmos propostas dessas e formos derrotados, abre espaço para a velha política vir para cima de nós. Não posso correr esse risco, tenho que começar o ano que vem com nossas propostas e tentar convencer deputados e senadores a votar de forma paulatina.”

Reajuste do STF é “mais uma preocupação para o ano que vem”, diz Bolsonaro
10.11.18 15:38
Jair Bolsonaro publicou no Twitter um trecho de sua entrevista à TV Record.
O presidente eleito disse que o reajuste dos salários dos ministros do STF será mais uma preocupação para seu governo no ano que vem.
“É lógico [que preocupa], estamos no vermelho há muito tempo. É mais uma preocupação para o ano que vem. Eu procuraria, se fosse presidente, o presidente do Senado para ver se esse projeto não entrava em pauta. Já que entrou em pauta, se o governo Temer quiser, pela Lei de Responsabilidade Fiscal, ele pode vetar esse reajuste porque, afinal de contas, essa é a classe que mais ganha no Brasil, e complica para a gente, quando fala em fazer reforma da Previdência, tirar dos mais pobres e aceitar um reajuste como esse. Está nas mãos do Temer. Não sou o Temer, se fosse, você sabe qual seria minha posição.”
Questionado se vetaria o reajuste, Bolsonaro respondeu:
“Não tem outro caminho no meu entender, até pela questão de dar exemplo. Falei antes da votação que é inoportuno, o momento não é esse para discutir esse assunto.”

Governo vai gastar R$ 5,6 milhões com carros para Bolsonaro e vice
10.11.18 19:21
O Palácio do Planalto pretende gastar R$ 5,6 milhões na compra de carros blindados para uso de Jair Bolsonaro e do general Hamilton Mourão, informa a Crusoé.
Clique AQUI para ler a íntegra da nota.

Com reforma trabalhista, comércio economiza R$ 1 bilhão, diz CNC
10.11.18 18:59
Por causa da reforma trabalhista, as empresas de comércio economizaram até agosto deste ano R$ 748,7 milhões em indenizações aos empregados, registra o Estadão.
Até o fim do ano, a redução poderá chegar a quase R$ 1 bilhão, diz estudo da Confederação Nacional do Comércio (CNC).
“R$ 1 bilhão de redução de gastos com indenizações trabalhistas é muito e pode melhorar o caixa das empresas do comércio”, diz Fábio Bentes, economista-chefe da CNC.

“Se em algum porão é articulada a ideia de golpe, não brota do próximo governo”
10.11.18 18:18
Almir Pazzianotto Pinto escreve no Estadão que é injustificada a ideia de um golpe por parte do governo de Jair Bolsonaro.
“Jair Bolsonaro foi eleito por ampla maioria de votos. Seria temerário, inútil, e irresponsável qualquer tentativa de pôr em dúvida ou contestar a legitimidade do mandato que lhe outorgou a Nação (…).
Se em algum porão a ideia de golpe é articulada, não brotou no interior do próximo governo. Espera-se que a oposição liderada pelo PT, inconformada com a derrota, não enverede pelo caminho da aventura. Radicalismo e ódio, neste momento de esperanças, significa afrontar a vontade do povo que aspira viver em paz”.

As viagens de helicóptero de Pezão
10.11.18 14:38
Em quatro anos, Luiz Fernando Pezão fez 134 viagens de helicóptero oficial do estado para sua cidade natal, Piraí.
Na maioria dos voos, o governador estava acompanhado da primeira-dama.
Diz O Globo:
“Das viagens, 74 foram realizadas durante fins de semana, entre sexta-feira e domingo. E, apesar da grave crise do estado, mais de 60% dos voos a Piraí aconteceram após o governo do Rio aderir ao Regime de Recuperação Fiscal, em julho do ano passado”.

NO BLOG DO JOSIAS
Rocha Loures tenta provar que é um débil mental
Por Josias de Souza
Domingo, 11/11/2018 03:51
Um ano e meio depois de ter sido filmado pela Polícia Federal recebendo uma mala com propina de R$ 500 mil da J&F, Rodrigo Rocha Loures, ex-deputado e ex-assessor de Michel Temer, prestou depoimento na Justiça Federal pela primeira vez. Adotou uma linha de defesa sui generis. Para refutar a acusação que o mantém em prisão domiciliar, o personagem se esforçou para provar que é apenas um débil mental, não um corrupto.
Foi como se Rocha Loures tentasse se livrar de suas culpas ateando fogo às próprias vestes — sempre tendo o cuidado de se despir de sua autoestima antes de riscar o fósforo. Reconheceu tudo o que era inegável: a missão recebida de Temer para que ouvisse “as demandas” da J&F, holding da JBS; as conversas com sócio do grupo Joesley Batista; a mala recebida do executivo Ricardo Saud; a intermediação do célebre encontro de Joesley com Temer no Jaburu… Tudo.
O problema é que Rocha Loures, dotado de uma doce e insuspeitada ingenuidade, insinuou durante o depoimento que não foi capaz de enxergar o óbvio. Para tomar o depoimento como verdadeiro é preciso aceitar a premissa de que o ex-assessor de Temer esbarrou no óbvio várias vezes, tropeçou no óbvio, mas foi incapaz, demorou uma eternidade para perceber que o óbvio era o óbvio. Quando notou, entrou em pânico.
Nessa versão, o óbvio escapou de Rocha Loures numa conversa que manteve com Joesley Batista: “Ele me diz, atrapalhadamente, ele pega e fala assim: ‘Se você resolver esse assunto pra mim, tem lá 5% disso, 5% daquilo’. (…) Eu não entendi que foi uma oferta de propina, eu não entendi que ele estava oferecendo a mim esses valores e eu não iria fazer nada por ele, como não fiz.”
Ricardo Saud também falaria sobre propina com Rocha Loures. Mas o óbvio lhe fugiu novamente. E não era um óbvio qualquer. Tratava-se de um óbvio robusto, pois há nos autos um grampo captado pela PF no qual Saud: “Você, por ter nos ajudado, já tem quinhentos mil guardadinho. Tá guardado comigo em casa. E eu não quero ficar.” O homem da mala, monossilábico, balbucia no grampo: “Tá.”
O depoimento de Rocha Loures ocorreu há quatro dias, na última quarta-feira. Ele falou ao juiz federal Jaime Travassos, da 15ª Vara Federal de Brasília. O repórter Aguirre Talento obteve o vídeo. Exibiu o conteúdo em reportagem veiculada no site do Globo, neste sábado (11). De acordo com a versão do próprio réu, “a ficha caiu” apenas num encontro que teve com Ricardo Saud em 28 de abril do ano passado. Foi nesse dia que entrou em cena a mala com os R$ 500 mil.
Com a ficha já bem arriada, operou-se uma revolução na personalidade de Rocha Loures. Um sujeito que os grampos e as filmagens indicavam ser capaz de tudo apresentou-se perante o juiz como um pobre diabo incapaz de todo. Encontrou-se com Ricardo Saud primeiro num shopping. Informado sobre a mala de dinheiro, marcou um segundo encontro na noite do mesmo dia, dessa vez numa pizzaria.
Em timbre lacrimoso, Rocha Loures disse ao magistrado que o inquiriu que foi à pizzaria para colocar um ponto final naquela tratativa ilícita. Entretanto, por alguma razão que não soube explicar, teve um surto. Fora de si, mostrou o que tem por dentro. Em vez de agredir o seu benfeitor, como diz ter cogitado, saiu correndo com a mala, em ''pânico''.
Rocha Loures contou que, ao chegar à pizzaria, não viu seu interlocutor. Quando saía, ouviu um grito vindo do estacionamento: “Rodrigo, Rodrigo…” Era Ricardo Saud. “Eu vou até ele, aí ele pega, com esta mala na mão, diz assim: ‘Olha a sua mala, pega que você vai perder o avião, corre que você vai perder o avião’,” contou o réu ao juiz, num relato entrecortado por choramingos.
“Naquele momento, Excelência… Eu entrei em pânico, no meio da rua, e saí correndo. As imagens, eu não sabia o que fazer. E eu fugi. Eu corri. Eu não consegui, eventualmente, agredi-lo, se fosse o caso. E me desfazer dessa situação ali, naquele momento, até pra que ficasse gravado. E o meu inferno começou. Eu pego essa mala, deixo na casa dos meus pais, aonde eu tenho lá um quarto de hóspedes, coloco dentro do armário e eu não sei o que fazer.”
Submetido a uma versão tão, digamos, incrível, o juiz Jaime Travassos fez uma interrogação com um quê de exclamação: “Quero saber o que justificou a um deputado federal com uma ampla história profissional e pessoal a se seduzir por esses convites, e chegar a se reunir com pessoas que o senhor afirma que não tinha empatia pessoal, quatro dias após um primeiro encontro, que já lhe sugeriu algo que não encaixava as peças do quebra-cabeça.”
Rocha Loures declarou: “Então, eu vou lhe responder. O presidente (Temer) havia pedido para eu ouvir as demandas do grupo (J&F). O presidente não pediu pra eu resolver, nem fazer ilícitos com quem quer que seja. O presidente pediu pra ouvir as demandas do grupo. Então, Excelência, até prova em contrário, ou até mudar esse acordo com o presidente, eu sou uma pessoa solícita, mas eu não sou venal, não sou corrupto.”
“Pessoa solícita”… Poucas vezes um réu conseguiu empurrar para dentro de um processo em que é acusado de corrupção passiva um eufemismo tão delicado para conversa fiada.
Para um juiz, a principal característica da dificuldade de conduzir um processo deve ser a tarefa de ouvir um réu durante um longo depoimento para chegar à conclusão de que ele não tem nada a dizer em sua própria defesa.
Para o réu indefeso, deve ser dolorosa a percepção de que uma hipotética absolvição depende do seu talento para desmoralizar a si mesmo, exibindo uma parvoíce que ultrapassa as fronteiras da debilidade mental.
Quanto ao brasileiro em dia com seus impostos, há dois inconvenientes. Um é a saudade do tempo em que mala era apenas um utensílio para o transporte de roupas. Outro é a descoberta de que ainda há no lixão da política gente que supõe que o Brasil é um país habitado por idiotas.

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