PRIMEIRA EDIÇÃO DE DOMINGO, 04 DE NOVEMBRO DE 2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
DOMINGO, 04 DE NOVEMBRO DE 2018
O livro A Língua de Pelotas e Outras Barbaridades está sendo lançado na Feira do Livro de Pelotas esta semana. Seu grande destaque é o primeiro e único “Dicionário de Pelotês”, idioma que, dizem os autores, nasceu da mescla do Francês renascentista, do Português arcaico e do gauchês mais tosco… O livro que é a sequência do 50 Tons de Rosa-Pelotas no tempo da ditadura, tem como mote a fama centenária da cidade. Entre os autores estão os cantores Kleiton e Kledir Ramil.

A Língua de Pelotas resulta de mutirão de pelotenses que, na maioria, vivem distantes há anos mas mantêm relação afetuosa com a origem.

Um dos autores, Luiz Lanzetta, conta a saga de João Antônio Mascarenhas, “o pelotense que inventou o movimento gay no Brasil”.

Lula está preso desde 7 de abril, em tese longe de celulares, mas na noite da quinta-feira (1º), em seu “perfil oficial” no Twitter, ironizou Sérgio Moro. É um ingrato: foi de Moro a decisão de alojá-lo no resort da PF em Curitiba, com direito a TV e banho quente. E não na penitenciária.

Bolsonaro declarou gastos de pouco mais de R$535 mil com Internet e redes sociais, o seu maior gasto de campanha. Por inútil e criminoso, o Fundo Eleitoral de R$1,7 bilhão por ano deveria ser extinto de imediato.

A Secretaria-Geral da Presidência da República informou ao Diário do Poder que a maior parte da equipe de transição do governo Jair Bolsonaro vai usar o TaxiGov, o “Uber” do governo federal. Apenas ministros têm direitos a carros oficiais com motoristas.

Segundo o site FiveThirtyEight, Republicanos têm 85% de chance de manter o controle do Senado na eleição americana de terça. Na Câmara (House of Representatives), Democratas devem fazer maioria.

…o combustível caiu, a bolsa subiu, o dólar caiu e Bolsonaro ainda nem assumiu.

NO DIÁRIO DO PODER
MPF pede condenação de Jorge Picciani, Paulo Melo e Albertassi, na Cadeia Velha 
Alegações finais aponta trio como integrante do núcleo político da organização criminosa 
Da Redação 
Sábado, 03/11/2018 às 12:45 | Atualizado às 12:46
O Ministério Público Federal (MPF) formalizou alegações finais no processo da Operação Cadeia Velha, em que pede a condenação dos deputados estaduais Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do MDB e acusados de um esquema de corrupção na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. 
Picciani, Melo e Albertassi são apontados pelos procuradores como integrantes do núcleo político da organização criminosa que se uniu a empresários para utilizar seus cargos para enriquecer pessoalmente e se fortalecer politicamente, em troca de vantagens ilegais ou blindagem de interesses de setores da economia. 
O MPF relembra que Edson Albertassi foi indicado ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, em novembro do ano passado, na vaga de um ex-conselheiro que delatou um esquema de corrupção no Tribunal, Jonas Lopes. 
À época outros indicados teriam desistido de concorrer por sofrer pressões. E o Psol conseguiu uma liminar na Justiça para evitar a indicação, também alvo de ação da Associação Nacional dos Ministros e Conselheiros-substitutos dos Tribunais de Contas. 
Edson Albertassi é acusado pelo MPF de tentar reverter a decisão judicial através de contatos com integrantes do Ministério Público e da Justiça, bem como junto ao governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB). A conversa ocorreu pouco antes da Operação Cadeia Velha e foi interceptada há um ano. 
Na conversa, Albertassi diz que a desembargadora responsável deu 72 horas para manifestações sobre a ação da associação. E Pezão então pergunta sobre a desembargadora: “Quem é essa mulher?”. E Albertassi responde: “Maria Inês Galvão”. E os dois afirmam que não a conhecem. O nome correto da desembargadora é Maria Inês Gaspar. A investigação também mostra outra ligação em que o grupo tenta influenciar votações na Alerj. No diálogo o presidente da Alerj, Jorge Picciani, conversa com o deputado estadual Bruno Dauaire, logo depois de o Tribunal Regional Federal da 2ª Região decretar a prisão de Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, em 16 de novembro de 2017. E Picciani pede a Dauaire que vote contra a manutenção das prisões, na sessão da Alerj convocada para o dia seguinte, às 15h. 
“Preciso de você”, apela Picciani na ligação interceptada. “Amanhã você vai estar cedo aí?”, responde Dauaire, ao demonstrar apoio. E Picciani responde: “Não, amanhã vocês é que vão me fazer voltar”. Mas o deputado Bruno Dauaire foi a única abstenção na votação em que 39 deputados votaram pela revogação das prisões, com 19 votos contra. Os procuradores defendem que foi evidenciada não só a força da organização criminosa, como seus tentáculos em diversos setores do estado. E não se admiram com o fato de, quase um ano depois da Cadeia Velha, a Alerj não ter aberto nenhum procedimento disciplinar contra os três deputados, que mantêm a mesma estrutura, assessores mais próximos, salários e verbas de gabinetes. 
Outro lado 
A defesa de Albertassi afirmou à Globonews que o MPF teria desconsiderado “todas as provas colhidas, que interpretam os fatos e insistem cegamente na condenação de um inocente”. Também à reportagem de Marcelo Gomes, da Globonews, defensores de Paulo Melo reafirmam a inocência do deputado e dizem que não há gravação telefônica, conta no exterior e nem qualquer prova contra ele, apenas a palavra de delatores. Já a assessoria do governador do Rio respondeu que a indicação de Albertassi para o Tribunal de Contas do Rio ocorreu após três conselheiros substitutos desistirem e que Pezão não tinha qualquer participação em atos ilícitos eventualmente praticados por Albertassi. A defesa Jorge Picciani não se posicionou. (Com informações da Globonews)

NO BLOG DO JOSIAS
Bolsonaro fará do Planalto puxadinho das ‘redes’
Por Josias de Souza
Domingo, 04/11/2018 05:58
Jair Bolsonaro não dispõe de porta-voz ou de assessor de imprensa. Sondaram-se alguns profissionais do ramo. Mas ainda não houve acerto. Quando for contratado, o assessor terá dificuldade para demonstrar relevância, pois o novo presidente está enfeitiçado pela ideia de manter, durante o mandato, a mesma “comunicação direta” que o conectou com seus eleitores. Na expressão de um membro do seu staff, Bolsonaro presidirá o País “em tempo real” pelas redes sociais.
Já se sabia que qualquer um com um computador e dois neurônios podia editar seus próprios livros ou gravar seus próprios CDs sem sair de casa. Bolsonaro demonstrou que, assim como qualquer um pode dispensar a indústria editorial para publicar sua obra ou a indústria fonográfica para gravar sua banda, qualquer um também pode virar presidente da República sem precisar de uma superestrutura partidária ou de um aparato de comunicação.
Os partidos e a mídia tradicional são as grandes estruturas que Bolsonaro acredita ter tornado desnecessárias. “Eu cheguei aqui graças às mídias sociais”, disse o presidente eleito aos repórteres na semana passada. Antes, como que decidido a realçar a condição de porta-voz de si mesmo, ele avisara pelo Twitter: “Anunciarei os nomes (dos ministros) em minhas redes. Qualquer informação além é mera especulação maldosa e sem credibilidade.”
Neste sábado, 03, mantendo o ritmo regular de postagens, Bolsonaro voltou ao Twitter para realçar que sua presidência será diferente das anteriores: “Minutos após a vitória nas eleições iniciamos uma intensa agenda com propostas para fazermos diferente de tudo que governos anteriores fizeram, desde planos para fomentar a economia, mas principalmente, resgatar a confiança do brasileiro e do estrangeiro em nosso Brasil.”
Num instante em que deputados e senadores começam a pôr em dúvida a disposição do tuiteiro de acabar com o toma-lá-dá-cá, foi como se Bolsonaro avisasse: “Não vem que não tem, tá Ok? Comigo será diferente.” Numa hora em que investidores hesitam em migrar do papelório para o investimento de risco, foi como se o capitão anunciasse: “Podem acreditar na plataforma ultraliberal do meu Posto Ipiranga porque eu vou manter isso daí. Comigo é capitalismo, não comunismo.”
Bolsonaro segue nas redes sociais e nos grupos de Whatsapp as pegadas de Donald Trump. A exemplo do seu ídolo norte-americano, o novo presidente brasileiro já sinalizou o desejo de tratar a mídia como algo irrelevante. Gruda na imprensa que o imprensa o selo de fake news. Aproveita-se da fragilidade da indústria da informação, sobretudo a impressa, com a circulação estagnada — ou em declínio.
Suprema ironia: na época em que o País estava submetido a três poderes efetivos – Exército, Marinha e Aeronáutica — costumava-se atribuir à imprensa importância capital na cruzada da resistência que levou à redemocratização. Ao ecoar as ruas na campanha das Diretas Já, jornais ajudaram a empurrar a farda de volta para os quartéis. Hoje, um capitão sente-se à vontade para pregar o fechamento de um jornal como a Folha, que puxou o coro. O último a adotar comportamento semelhante foi Fernando Collor. Sofreu impeachment.
A Internet revelou-se uma extraordinária ferramenta. Bolsonaro, com o auxilio de Carlos, o filho que ele chama de “Zero Dois”, encontrou na Web o seu caminho das pedras. Seria um desperdício fechar a vitrine eletrônica na fase pós-eleitoral. Mas a vitamina pode virar veneno se Bolsonaro não perceber que chegará o momento em que a plateia desejará ver em exposição algo além do lero-lero.
Tornou-se imperioso fechar o balcão que transformou o Congresso numa instituição meio entreposto, meio bordel. Entretanto, Bolsonaro precisa demonstrar que seus 28 anos de Câmara serviram para alguma coisa. Ou percebe que não se constrói uma base congressual distribuindo bordoadas nas redes sociais ou se arrisca a ser engolido pelo pedaço da oligarquia que sobreviveu ao tufão das urnas.
Em entrevista veiculada na edição mais recente de Veja, a repórter Ana Clara Costa perguntou a Renan Calheiros: "As redes sociais mudaram o eixo da velha política?" E a veneranda raposa do MDB, já de olho na Presidência do Senado: “Elas introduziram novos elementos, mas não se governa com mandatários virtuais. Por isso, é necessário que se tenha uma interlocução competente, que se construa uma convergência. Passada essa aridez da eleição, é preciso menos Twitter e menos palpite em Brasília e mais deputado e senador de carne e osso, que entendam a complexidade do processo.”
Está entendido que Bolsonaro fará do Planalto um puxadinho daquilo que passou a chamar, com enorme intimidade, de “minhas redes.” Faz muito bem. Entretanto, deveria esquecer Donald Trump. Os Estados Unidos oferecem melhores contrapontos. Harry Truman, por exemplo, deixou gravado na História um precioso ensinamento.
Presidente americano de uma época em que as pessoas, sem Internet, tinham dificuldades para entender como funcionavam os palitos de fósforos, Harry Truman declarou o seguinte: “Há provavelmente 1 milhão de pessoas neste País que poderiam desempenhar melhor estas funções. Mas eu é que estou encarregado de executá-las, e o faço da melhor maneira que posso.”
Embora seu sobrenome sugira o contrário, Jair Messias Bolsonaro não é uma reedição do Salvador. Receberá a faixa das mãos de Michel Temer, derradeira herança de Dilma Rousseff. Temer não é senão uma evidência de que as mesmas redes sociais que elegem um presidente podem convocar o asfalto para derrubá-lo.
Até bem pouco, as ''redes'' eram dominadas pelo PT. Se o destino de Dilma serviu para alguma coisa foi para mostrar o seguinte: poderosos que navegam no cristal líquido do computador ou do celular equilibrando-se apenas em cima da própria empáfia arriscam-se a confundir jacaré com tronco na hora do naufrágio.

NO O ANTAGONISTA
Bolsonaro herdará estrutura do programa de investimentos de Temer
Domingo, 04.11.18 08:44
O governo de Jair Bolsonaro vai herdar de Michel Temer o PPI (Programa de Parceria em Investimentos) com toda a estrutura pronta para trabalhar, publica a Folha.
No novo governo, o PPI conduzirá um amplo programa de desestatização.
Segundo Paulo Guedes, será possível levantar cerca de R$ 700 bilhões com privatizações, concessões e desestatizações — o futuro ministro da Economia estuda até vender prédios e terrenos da União.

Paulo Guedes quer reformular Sistema S
04.11.18 08:56
Paulo Guedes, o futuro ministro da Economia, vai mexer no Sistema S.
Segundo O Globo, Sebrae, Sesc, Sesi, Senai e outros serão reformulados.
Entre as mudanças está, por exemplo, o fim de patrocínios “que nada tenham a ver com a formação e capacitação de trabalhadores”.

Simone Tebet na disputa pela presidência do Senado
04.11.18 08:28
A senadora Simone Tebet se move nos bastidores para se apresentar como uma alternativa a Renan Calheiros na presidência do Senado, publica a Folha.
Tebet, que é do MDB de Renan, seria mais palatável aos bolsonaristas.

TV Bolso
04.11.18 07:46
O general Augusto Heleno, citado como futuro ministro da Defesa, defende que Jair Bolsonaro mantenha algum veículo público para retransmitir atos oficiais.
É consenso que a TV Brasil deverá ser extinta, “mas os aliados do presidente eleito ainda discutem a possibilidade de manter alguma estrutura da EBC (Empresa Brasil de Comunicação) de pé”, publica a Folha.

Processos contra Bolsonaro devem ser suspensos
04.11.18 07:12
Integrantes do STF avaliam que as ações penais em que Jair Bolsonaro é réu por injúria e por ter dito “que não estupraria Maria do Rosário” devem ser analisadas somente depois do mandato do futuro presidente, publica o Estadão.
A Constituição proíbe que o presidente da República seja responsabilizado por atos anteriores ao mandato.
Os processos devem ser suspensos até o final do governo.

Bolsonaro e Moro impediram o golpe
04.11.18 05:33
A Folha de S. Paulo prestou um favor involuntário aos seus leitores, dizendo numa nota:
“Entidades que representam advogados articulam uma nova ofensiva para pressionar o Supremo a rever a autorização para prisão após condenação em segunda instância. A proposta será levada ao presidente da Corte, ministro Dias Toffoli (…).
O assunto sempre desperta polêmica porque Lula poderia ser beneficiário de uma mudança. Para aliados do petista, a eleição de Jair Bolsonaro e a escolha do juiz Sérgio Moro para o superministério da Justiça o deixaram em uma situação ainda pior.”
O golpe para tirar Lula e seus asseclas da cadeia morreu com Jair Bolsonaro e foi enterrado por Sérgio Moro.

Nos EUA, emprego avança e salário tem maior ganho em nove anos
Sábado, 03.11.18 19:52
O crescimento do emprego nos EUA fez os salários subirem e atingirem o maior ganho anual em nove anos e meio.
A taxa de desemprego no País seguiu em 3,7%, o nível mais baixo em quase 50 anos.
De acordo com o relatório do Departamento do Trabalho, publicado pelo Valor, o ganho salarial médio para os trabalhadores do setor privado não agrícola subiu para US$ 27,30.

“Bolsonaro pode se transformar no Lula da direita”
03.11.18 19:38
Merval Pereira diz que o PT pode quebrar a cara se apostar no fracasso do novo governo — e que Jair Bolsonaro pode ser tornar o Lula da direita:
“O PT, assim como fez com o Plano Real e quebrou a cara, permitindo que os tucanos ficassem oito anos no poder, agora joga no fracasso do novo governo. Se não fizer muita besteira, Bolsonaro pode se transformar em uma espécie de Lula da direita, e será o primeiro presidente sem ser do PT a gerir o Bolsa Família. Terá chance de provar para os mais pobres que não é apenas Lula quem é capaz de cuidar bem deles. Já penetrou no Nordeste mais que qualquer outro nesta eleição, e poderá tirar do PT esse eleitorado cativo."

Ayres Britto cogitou declarar apoio a Haddad
03.11.18 19:26
Carlos Ayres Britto, ex-ministro do STF, cogitou declarar apoio a Fernando Haddad no segundo turno, relata o Estadão.
O anúncio seria feito pelo Twitter, “mas o ex-ministro não levou a ideia adiante”.

Bolsonaro vai receber pacote de concessões que prevê R$ 150 bi em investimentos
03.11.18 18:41
A equipe de Jair Bolsonaro vai receber do governo Michel Temer um programa de concessões e privatizações que prevê R$ 150 bilhões em investimentos.
Os maiores investimentos previstos no pacote são em rodovias (R$ 64 bilhões), seguidas de ferrovias (R$ 31 bilhões) e energia elétrica (R$ 21,5 bilhões).
Segundo O Globo, “as concessões de aeroportos significariam aportes de R$ 3,5 bilhões; a dos portos, mais R$ 3,1 bilhões; e a Parceria Público-Privada do Comando Militar Aéreo significaria outros R$ 3,5 bilhões, além de outros segmentos com investimento de porte menor”.

Justiça manda Haddad apagar vídeo em que Edir Macedo é chamado de ‘fundamentalista charlatão’
03.11.18 17:30
O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que Fernando Haddad apague de suas redes sociais um vídeo em que o petista chama Edir Macedo de “fundamentalista charlatão”.
Se descumprir a ordem judicial, Haddad deverá pagar multa diária de R$ 5.000.
No processo, Macedo acusa o petista de difamá-lo ao descrever Jair Bolsonaro como “o casamento do neoliberalismo desalmado representado por Paulo Guedes” e o “fundamentalismo charlatão do Edir Macedo”.

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