PRIMEIRA EDIÇÃO DE SEXTA-FEIRA, 05 DE OUTUBRO DE 2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEXTA-FEIRA, 05 DE OUTUBRO DE 2018

O programa de governo de Fernando Haddad (PT) promete claramente afetar a liberdade de imprensa no Brasil, no caso de vitória. O documento, disponível na página do candidato, a pretexto de “regular” ou “democratizar” os meios de comunicação, ameaça introduzir “restrições” e “proibições” sobre a propriedade de veículos, além de “monitorar” notícias incômodas “por meio de um órgão regulador”.

É dedicado à imprensa o capítulo 1.3 do programa do PT, de inspiração fascista. A meta é controlar as notícias e destruir as grandes empresas.

O PT também quer “distribuir concessões” de rádio e TV a sindicatos, que controla, e as universidades, informa seu programa de governo.

Acuado pelas investigações, Lula fez ameaças em seu Twiter. “Eu sei o que é apanhar da imprensa”, postou, sonhando calar os jornalistas.

Lula acha que “democratizar” meios de comunicação tem o significado de censura. “Nossos adversários se preparem”, twitou há um ano.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) garante que não há duplo sentido na campanha lançada para “desfazer mitos eleitorais”, apesar de um dos candidatos a presidente, Jair Bolsonaro (PSL), ser chamado de “mito” pelos apoiadores. Questionado sobre o fato de a ação inspirar fake news de adversários, o TSE piora a situação, informando que suas peças publicitárias citam a palavra mito “no sentido de algo inverídico”.

Líder das pesquisas, Jair Bolsonaro (PSL) já era chamado de mito por eleitores em fevereiro de 2017. A campanha do TSE começou em julho.

Saites ligados a partidos de adversários atribuem a Bolsonaro o mesmo sentido de mito usado pelo TSE na campanha: farsa, mentira, ilusão…

Oficialmente, o objetivo, segundo o TSE, é esclarecer eleitores sobre o processo eleitoral, funcionamento das urnas eletrônicas e a apuração.

Haddad é um “campeão”, responde a 32 processos na Justiça. Segundo a revista IstoÉ: é acusado de receber dinheiro de caixa 2 de empreiteira da Lava Jato, denunciado por crimes de improbidade, suspeito de superfaturamento, acusado pelo desvio de recursos etc.

O governo fez festejou, nesta quinta (4), em Genebra, para entregar documentos a duas garotas libanesas apátridas. Mandou bem. Mas faz pouco em relação aos brasileirinhos apátridas mundo afora.

Clássico reduto petista, a Bahia surpreende pela dissociação entre, Rui Costa, que nada de braçadas rumo à reeleição ao governo do Estado, e o candidato do PT à presidente, que não tem o mesmo desempenho.

…muitas pesquisas eleitorais sofrerão choque de realidade no domingo.

NO BLOG DO JOSIAS
No último debate, os sem-votos tentam despolarizar eleição tisnada pelo ódio
Por Josias de Souza
Sexta-feira, 05/10/2018 02:23
Surgiu no último debate presidencial do primeiro turno um novo agrupamento político: o MSV, Movimento dos Sem Votos. Convertidos pelo eleitorado em coadjuvantes da corrida presidencial, Ciro Gomes, Geraldo Alckmin, Marina Silva, Henrique Meirelles e Á lvaro Dias se uniram num esforço para tentar despolarizar a sucessão. Tarde demais. Horas antes, a mais recente pesquisa do Datafolha reforçara a tendência de definição da disputa num mano a mano de segundo turno entre Jair Messias Bolsonaro e Fernando ‘Lula’ Haddad.
Lula e Bolsonaro, embora pairassem como espectros sobre os estúdios da Globo, não estavam presentes. O primeiro continua preso, em Curitiba. O segundo, beneficiado pelo álibi de um atestado médico, trocou o lufa-lufa do debate global por uma entrevista-companheira no telejornal da Record, emissora ligada ao autoproclamado bispo Edir Macedo, seu apoiador. Marina ofereceu aos espectadores desavisados a oportunidade de acionar o controle remoto. Bolsonaro “amarelou” e está dando entrevista à Record, ela avisou.
Quem mudou de canal teve a oportunidade de assistir ao empenho de Bolsonaro para se manter no topo do ranking das opções anti-PT. Os médicos do Albert Einstein proibiram Bolsonaro de debater na Globo porque ele mal conseguiria falar por dez minutos. Na Record, o paciente tagarelou por 25 minutos. A cenografia incluiu três intervenções de um enfermeiro.
O PT “mergulhou o Brasil na mais profunda crise ética, moral e econômica”, ele atacou. Na campanha, prosseguiu Bolsonaro, “tudo é conduzido de dentro da cadeia pelo senhor Lula, que indica aí um fantoche seu chamado Haddad, que por incompetência sequer conseguiu passar para o segundo turno de sua reeleição em São Paulo.”
Noutro instante, Ciro ecoou Marina, queixando-se da fuga de Bolsonaro para a Record. Mas a atração já havia mudado no canal concorrente. O risco àquela altura não era mais o de direcionar eleitores para Bolsonaro, mas de perder audiência para ‘A Fazenda’, uma espécie de versão rural do Big Brother.
As críticas à polarização ecoaram durante todo o debate da Globo — da pergunta inaugural às manifestações finais. Sorteado para fazer a primeira indagação, Ciro escolheu inquirir Marina. Levantou a bola para que a ex-colega de governo Lula desancasse o duelo Bolsonaro X Haddad. “Se essa guerra permanecer”, disse ela, “o Brasil vai ficar quatro anos em situação de completa instabilidade''. E Ciro: “O que está em jogo aqui não é paixão partidária ou ódio. Sou ficha limpa e tenho projeto.O Brasil precisa construir um novo caminho”.
O ataque coletivo dos sem-votos aos dois extremos da polarização, especialmente a Bolsonaro, chegaram com pelo menos cinco anos de atraso. Deve-se a ascensão do capitão à falência do sistema político. A sociedade sinalizara sua impaciência ao ocupar o asfalto na célebre jornada de junho de 2013. O retrovisor mostra que os coadjuvantes de 2018 não entenderam o ronco do asfalto.
Ciro continuou massageando Lula. Aderiu à tese petista de que a condenação por corrupção e lavagem de dinheiro foi motivada por perseguição política. Alckmin enferrujou junto com o tucanato paulista. A inação do PSDB diante do mergulho de Aécio Neves na lama agravou a oxidação que levou Bolsonaro a ocupar o posto de anti-PT. Marina tomou chá de sumiço depois da derrota de 2014. Logo ela, que fora a grande vítima da polarização tucano-petista da sucessão passada. Difícil reverter a menos de 72 horas da eleição um sentimento de ódio e desalento que foi construído ao longo de cinco anos de reações equivocadas.

Lula influi na trajetória de Haddad e de Bolsonaro
Por Josias de Souza
Quinta-feira, 04/10/2018 21:24
O comitê de campanha do PT passou a ser gerido por uma versão eleitoral da Lei de Murphy. Quando uma coisa pode dar errado numa campanha presidencial, ela dá errado. Quando uma coisa pode dar certo para o principal adversário, ela dá certo. Nos últimos dias, tudo o que podia dar errado para Fernando Haddad deu errado.
Quando o PT celebrava o crescimento relâmpago de Haddad de 4% para mais de 20% nas pesquisas, a transferência de eleitores de Lula foi atenuada pela transfusão da rejeição do padrinho-presidiário para o seu pupilo. No instante em que o PT comemorava o derretimento de Geraldo Alckmin, parte do eleitorado tucano antecipou a migração para lado de Bolsonaro, que furou a barreira dos 30% na preferência do eleitorado.
O PT decidiu abrir fogo contra Bolsonaro e continuar massageando Lula. Aí vem a Lava Jato e pede a condenação de Lula no processo em que ele é acusado de receber R$ 12 milhões em mimos da Odebrecht. Ruim para Haddad, que precisa seduzir o eleitorado de centro. Bom para Bolsonaro, que coleciona votos atacando o PT.
Se o segundo turno for a guerra de rejeições esboçada nas pesquisas, é difícil saber se prevalecerá Bolsonaro ou Haddad. Mas já se pode dizer que o próximo presidente da República, seja quem for, ficará devendo sua vitória a Lula.

NO O ANTAGONISTA
100% Lula
Sexta-feira, 05.10.18 06:59
Guilherme Boulos tinha 1% dos votos.
Depois de 45 dias de campanha, chegou a 0%.
Ele continua sendo 100% Lula.

Trump e Kim sem Nobel
05.10.18 06:07
Donald Trump e Kim Jong-un não ganharam o Nobel da Paz.
O prêmio foi dado a Denis Mukwege e Nadia Murad, que combatem a violência sexual como arma de guerra.

Sorteado para perguntar sobre corrupção, Álvaro Dias ri e chama Haddad
05.10.18 00:35
Álvaro Dias riu, ao ser sorteado para perguntar sobre corrupção, e chamou Fernando Haddad.
Ele questionou o petista sobre Lava Jato. Haddad disse que o governo do PT investiu na Polícia Federal e escolheu um procurador-geral independente.
Dias aproveitou a deixa:
“Palavras ao vento. Há pouco, o candidato dizia que Lula foi condenado sem provas. Não é possível que alguém que diga isso vá valorizar o combate à corrupção.”

Orgulho de pertencer ao Psol
Quinta-feira, 04.10.18 23:45
Guilherme Boulos disse que tem muito orgulho de pertencer ao Psol, partido ao qual Adélio Bispo de Oliveira foi filiado por sete anos.
O Psol que financiou black blocs e que administrava o Museu Nacional.
Só motivo de orgulho.

Ciro é um recordista
04.10.18 23:42
Ciro Gomes disse que, quando governou o Ceará, abriu uma creche a cada dois dias. Dá mais de 720 creches.
Uau!

Um passaporte para a cadeia
04.10.18 23:08
Fernando Haddad diz que vai retomar o petróleo da Petrobras para investir em educação e diz que o pré-sal é “nosso passaporte para o futuro”.
Pelo que revelou Antonio Palocci em sua delação, Lula viu no pré-sal o passaporte para o PT roubar o suficiente para vencer quatro ou cinco eleições.

DATAFOLHA: BOLSONARO 35% X 22% HADDAD
04.10.18 19:53
O Jornal Nacional acaba de divulgar a mais nova pesquisa presidencial do Datafolha.
Jair Bolsonaro subiu além da margem de erro, de 32% para 35%. Fernando Haddad oscilou positivamente um ponto, de 21% para 22%.
Ciro Gomes manteve seus 11%, e Geraldo Alckmin oscilou de 9% para 8%. Marina Silva continuou com seus 4%, empatada com João Amoêdo (3%).
A pesquisa ouviu 10.390 eleitores em 389 municípios, nos dias 3 e 4 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
A verdade sobre as eleições não está chegando até você. Entenda por que clicando AQUI

DATAFOLHA: BOLSONARO TEM 39% DOS VOTOS VÁLIDOS
04.10.18 19:55
O Datafolha divulgou também, via Jornal Nacional, os percentuais de votos válidos dos presidenciáveis –descontando brancos, nulos e indecisos.
Jair Bolsonaro tem 39%; Fernando Haddad, 25%; Ciro Gomes, 13%; e Geraldo Alckmin, 9%.
Para vencer em primeiro turno, um candidato precisa ter 50% mais um dos votos válidos.

Justiça ordena sequestro de bens de Beto Richa
04.10.18 19:32
O juiz Fernando Fischer, da 23ª Vara Criminal de Curitiba, determinou o sequestro de bens de Beto Richa e outras 12 pessoas acusadas na Operação Radiopatrulha, informa o G1 PR.
Conforme a decisão, o confisco no caso do ex-governador deve ser de até R$ 37.316.406,66.
Os valores são calculados com base em auditoria do MP nos contratos investigados do programa para a recuperação de estradas rurais no Paraná.
Segundo Fischer, o sequestro é para assegurar uma eventual reparação mínima. “Nada impede que os valores da ocasional indenização (…) fiquem aquém ou além dos patamares aqui adotados”, escreveu o juiz.
A defesa de Richa disse que ainda não teve acesso a decisão e não quis se manifestar.

Alegações finais do MPF são ‘farsescas’, diz defesa de Lula
04.10.18 19:20
A defesa de Lula se manifestou sobre as alegações finais do MPF  no processo envolvendo o Instituto Lula e o apartamento ao lado da cobertura do presidiário em São Bernardo, registra o UOL.
O MPF pediu que o petista seja condenado por nove atos de corrupção passiva e sete de lavagem de dinheiro.
Para a surpresa de ninguém, os advogados de Lula disseram que “não há provas” e que as alegações finais da força-tarefa da Lava Jato são “farsescas”.

HADDAD NO POWERPOINT DO MP DE SÃO PAULO
04.10.18 18:03
Por Claudio Dantas
Fernando Haddad é Lula e já tem seu próprio PowerPoint, estampado pelo Ministério Público de São Paulo na denúncia oferecida mês passado e obtida em primeira mão por O Antagonista.
Haddad é acusado pelos promotores paulistas de corrupção e lavagem de dinheiro, e aparece no topo do organograma descritivo do esquema envolvendo o repasse ilícito de R$ 2,6 milhões da UTC.
Segundo o MP, Haddad encerrou a campanha para a Prefeitura de São Paulo com uma dívida de R$ 3 milhões com gráficas.
Ele pediu ao tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que tentasse quitar o valor com ajuda de Ricardo Pessoa, da UTC. Pessoa concordou, na expectativa de obter contratos na gestão do petista.
Acerto feito, Vaccari indicou Francisco Carlos de Souza (Chicão), dono de várias gráficas com histórico de prestação de serviço para o PT, para conversar com Walmir Pinheiro Santana, diretor financeiro da UTC.
O valor foi renegociado para R$ 2,6 milhões e pago em cash e transferências bancárias para Chicão, segundo o MPSP.

PALOCCI ROMPE OMERTÀ E REVELA CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
04.10.18 17:24
Por Claudio Dantas
Nos mais de 45 anexos de sua delação, Antonio Palocci envolveu autoridades com prerrogativa de foro e relatou crimes – ainda inéditos – contra o Sistema Financeiro Nacional.
Segundo petição dos advogados anexada aos autos por Gebran Neto, Palocci “não fez uma colaboração seletiva, decidindo o que queria ou não revelar à Justiça, muito pelo contrário. Cooperou de modo amplo e irrestrito”.
O italiano das planilhas da Odebrecht “abriu mão de seus vínculos pretéritos, rompendo com a omertà que permeia o mundo delitivo”.

DELAÇÃO DE PALOCCI TEM 45 ANEXOS, TESTEMUNHAS, CONTRATOS E DADOS BANCÁRIOS
04.10.18 17:05
Por Claudio Dantas
O Antagonista obteve em primeira mão uma petição dos advogados de Antonio Palocci que foi anexada, pelo desembargador Gebran Neto, no processo em que o ex-ministro foi condenado por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
No documento, eles informam que Antonio Palocci indicou três testemunhas que podem confirmar entregas de propina – o ‘italiano’ já disse que entregava dinheiro em cash a Lula.
Essas pessoas, segundo Palocci, podem “testemunhar sobre os fatos, os encontros e as entregas de valores ilícitos” .
“Além de indicar provas testemunhais, Antonio Palocci Filho também já realizou o reconhecimento de diversas pessoas e indicou agendas oficiais e atos de ofício que comprovam o que foi por ele afirmado em sua colaboração.”
Palocci já apresentou à PF, em relatório que soma 800 páginas, “documentos que corroboram o que foi por ele afirmado, tais como: contratos, dados bancários, notas fiscais, manuscritos, e-mails, comprovantes de supostas ‘doações oficiais’, etc”.

Urgente: Ex-secretário de Obras diz que Eduardo Paes embolsou 1,75% em obra da Odebrecht
04.10.18 15:54
Por Claudio Dantas
O engenheiro Alexandre Pinto, ex-secretário de Obras da Prefeitura do Rio de Janeiro, revelou que Eduardo Paes embolsou propina da Odebrecht na obra do Corredor Transoeste do BRT.
Ele acaba de depor ao juiz Marcelo Bretas, na ação penal da Operação Mão de Obra, desdobramento da Lava Jato.
A licitação foi direcionada para o consórcio liderado pela Odebrecht. “Eduardo Paes disse: ‘a obra da Transoeste será da Odebrecht'”, afirmou Pinto.
Segundo o ex-secretário, Paes recebeu 1,75% de um contrato de R$ 600 milhões. O Tribunal de Contas do Município ficou com 1%.
Paes é líder nas pesquisas de intenção de voto para o governo do Rio.

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