SEGUNDA EDIÇÃO DE SEXTA-FEIRA, 14 DE SETEMBRO DE 2018

NO O ANTAGONISTA
Bolsonaro 14 pontos à frente do segundo colocado
Sexta-feira, 14.09.18 09:45
A pesquisa da XP mostra Jair Bolsonaro com 26% dos votos, seguindo por Ciro Gomes, com 12%, Fernando Haddad, com 10%, Geraldo Alckmin, com 9%, e Marina Silva, com 8%.
João Amoêdo, com 4%, Alvaro Dias, com 4%, e Henrique Meirelles, com 2%, completam o quadro.

O PT feliz de novo
14.09.18 09:36
Se Fernando Haddad for eleito, José Sérgio Gabrielli vai ganhar o Ministério de Minas e Energia, diz a Época.
Ele já mostrou do que é capaz quando presidiu a Petrobras. É o Brasil feliz de novo.

Fracasso no Facebook
14.09.18 09:28
Os petistas Lindbergh Farias e Márcia Tiburi foram os candidatos que mais investiram no impulsionamento de propaganda pelo Facebook, diz o UOL.
Ele está em terceiro lugar na disputa pelo Senado, ela tem 2% dos votos na campanha para o governo do Estado.
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PT diz que primeiro gesto de Haddad será indulto de Lula
14.09.18 07:38
Um dos principais dirigentes do PT disse à Folha de S. Paulo que “um dos primeiros gestos de Fernando Haddad, caso ele seja eleito”, será o indulto de Lula.
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NO CEARÁ NEWS 7
Escândalo: revelada farsa das notas altas das escolas municipais de Sobral
Ministério Público Federal e Polícia Federal na cola dos Ferreira Gomes
Sexta-feira, 13/09/2018 às  9:30
Série de reportagens vai revelar o maior escândalo da História da Educação no Brasil. Tudo acontece em Sobral, reduto político dos Ferreira Gomes.
O jornalista investigativo Wellington Macedo publicou na manhã desta quinta-feira 13, em seu canal no YouTube, a primeira de uma série de quatro reportagens que promete mostrar os bastidores da “Melhor” Educação do Brasil. O esquema criminoso, que vem sendo aplicado em vários municípios do Ceará, começou em Sobral há cerca de 10 anos, influenciando diretamente no índice de avaliação do IDEB.
Além de corromper crianças, colocando-as para preencher as avaliações de colegas de baixo desempenho escolar, os professores e a direção das escolas chegam a usar vários meios ilícitos para dar as respostas das questões das avaliações. A série de reportagens vai trazer o resultado de uma investigação que durou dois anos e envolve Sobral e outros dois municípios cearenses.
O principal objetivo da organização criminosa, além de garantir boas fatias de recursos federais e colocar o Ceará como a melhor educação do País, é usar esse resultado como plataforma política de campanha eleitoral.

NA COLUNA DA ELIANE CANTANHÊDE
Toffoli cá, Haddad lá
Campanha ganha novo ingrediente: o movimento para soltar Lula em 2019
Por Eliane Cantanhêde, O Estado de S.Paulo
Sexta-feira, 14 Setembro 2018 | 05h00
Nenhum candidato diz isso claramente, mas a posse do ministro Antonio Dias Toffoli na presidência do Supremo Tribunal Federal reforça um discurso crescente na campanha eleitoral: o de que a eleição do petista Fernando Haddad seria a porta aberta para a volta ao poder de Luiz Inácio Lula da Silva.
Os dois movimentos, Toffoli no STF e o crescimento de Haddad nas pesquisas (8% pelo Ibope), convergem na mesma direção: a desconfiança de que Lula será solto de alguma forma em 2019.
A intenção de Toffoli é pôr em pauta no plenário, logo no início do ano, a prisão após condenação em segunda instância. A antecessora Cármen Lúcia encerrou seu mandato cumprindo a promessa de não fazê-lo. Toffoli o fará. Como a última decisão sobre a questão foi por um único voto, não é impossível mudar.
E Haddad presidente seria não apenas Lula dando as cartas, como a possibilidade real de soltar Lula por indulto. Aliás, ele ou Ciro Gomes (PDT), que já admitiu publicamente a hipótese durante a campanha.
Há, porém, outros aspectos a serem considerados nos dois casos. Um deles é que, não raro, as pessoas se superam ao assumir imensos desafios e prezam, antes de seus compromissos políticos ou partidários, o seu próprio nome e a sua imagem para a História.
Toffoli, 50 anos, é o mais novo presidente da História do Supremo. Sua nomeação por Lula como ministro da Corte causou surpresa, perplexidade e crítica, não só pela idade, mas porque ele fora reprovado em duas provas para juiz, não era um nome brilhante no meio jurídico e tinha como credenciais ter sido advogado do PT, assessor da Casa Civil de José Dirceu e advogado-geral da União de Lula.
Toffoli, porém, de bobo não tem nada. Ao assumir a cadeira, informou-se, aproximou-se dos colegas, ganhou passe livre no gabinete de Gilmar Mendes, nomeado por FHC, identificado com o PSDB e considerado, goste-se ou não dele, um dos mais preparados e técnicos ministros do Supremo.
Foi assim também, na busca de reconhecimento e de negociação com os extremos, que Toffoli saiu do seu gabinete no STF, cruzou o Eixo Monumental e foi até o Quartel General do Exército conversar com o comandante, general Eduardo Villas Bôas.
Saiu dali com o nome do respeitado general Fernando de Azevedo e Silva para sua assessoria especial na presidência.
Gesto inteligente, sobretudo num momento em que o comandante do Exército alerta para a legitimidade do próximo presidente da República, o candidato líder nas pesquisas é um capitão reformado e seu vice é um general de quatro-estrelas que acaba de deixar a ativa. Sem maldade, apenas como constatação, Toffoli atraiu o “inimigo” para bem perto dele. E tem um canal direto com as Forças Armadas.
Quanto a Haddad: ele assumiu simultaneamente a candidatura pelo PT e uma vaga no “segundo pelotão”, aquele que disputa chegar ao segundo turno contra Jair Bolsonaro (PSL). E, assim, passa a ser alvo natural de todos os demais concorrentes, Ciro Gomes, Geraldo Alckmin, Marina Silva.
A diferença é que Ciro disputa o espaço de esquerda diretamente com Haddad e não pode bater em Lula, para não afugentar votos principalmente do Nordeste, onde já lidera com 18%. Marina bate na polaridade PT x PSDB e Alckmin não tem restrições, está livre para bater. No seu discurso, Bolsonaro é “passaporte para a volta do PT” e Haddad, para a volta de Lula.
Logo, os três procuram uma brecha ao centro para furar o embate Bolsonaro-Haddad, que caracteriza a chegada da direita radical ou a volta do PT, Lula e Dilma. Em suma, Ciro, Alckmin e Marina são os candidatos do mesmo partido, o “voto útil”.

NO BR18
Quinta-feira, 13.09.2018 | 20h57
Haddad, ilustre desconhecido na barraca de hot-dog
Ao fazer campanha em Osasco, cidade da grande São Paulo, Fernando Haddad (PT) não foi reconhecido pela vendedora de cachorro-quente da barraca em que parou para fazer a tradicional “boquinha” dos candidatos.
Como publicado pelo jornal Valor Econômico, Lucilene Barbosa Santos, de 30 anos, achou que o ex-prefeito da capital paulista fosse Emídio de Souza, ex-prefeito de Osasco. ”Haddad? Já ouvi falar, mas não conheço de rosto”, disse.

Sexta-feira, 14.09.2018 | 08h04
Lupi, o funcionário fantasma
O presidente do PDT, Carlos Lupi, mantém um cargo no gabinete do vereador Daniel Martins, de seu partido no Rio de Janeiro, mas não dá expediente porque está na coordenação da campanha de Ciro Gomes. O dirigente da sigla é auxiliar no gabinete do vereador, com salário bruto de R$ 3.500,00. “Quando você é do gabinete, tem uma liberdade de horário. Presto meu serviço, dou minha assessoria a ele”, disse Lupi quando questionado pela Folha sobre manter a nomeação mesmo ausente do trabalho.

14.09.2018 | 07h16
Haddad se esquiva de Dilma
Fernando Haddad resolveu driblar as comparações entre ele e Dilma Rousseff nas atividades de rua. Questionado sobre isso por jornalistas durante atos da campanha na Grande São Paulo, na quinta-feira, o petista – que só cita Lula nas entrevistas e no corpo a corpo com eleitores, nunca sua sucessora – respondeu que só vai falar de propostas durante a campanha, não de ataques.

14.09.2018 | 07h00
A Opinião do Estadão: O desastre antecipado
“A bomba de gasolina é hoje parte do cenário político, assim como as mesas, telefones e computadores do mercado financeiro. Quem entra num posto para abastecer pode nem estar pensando nas eleições, mas sua conta será inflada pela incerteza eleitoral. O câmbio afeta os preços dos combustíveis e neste ano o dólar saltou da casa dos R$ 3,20 para a dos R$ 4,10. Tensões internacionais, como a disputa comercial entre Estados Unidos e China, têm pressionado as moedas da maioria dos emergentes. Mas a instabilidade cambial tem pressionado mais fortemente as da Turquia, da Argentina, da África do Sul e do Brasil. Em cada um desses países algo assusta os investidores.”
Trecho do editorial do Estadão desta sexta-feira, 14.

NA COLUNA DO HELIO GUROVITZ
Por que os políticos não nos representam
O mesmo eleitor que brada “eles não me representam” não sabe em quem votará para o Legislativo nem sequer se lembra de quem escolheu na última eleição
Sexta-feira, 14-9-2018
Dizia-se dos protestos de junho de 2013 que expressavam nossa “crise de representatividade”. A população não se reconhecia — e ainda não se reconhece — naqueles que ela própria elegera. Seguiram-se a reeleição e o impeachment de Dilma Rousseff, o consequente fim da hegemonia petista, a devassa da Operação Lava Jato nos maiores partidos políticos e, como corolário, as eleições mais insondáveis, conturbadas e angustiantes em nossa História recente — com a prisão de um ex-presidente que esbanja popularidade, o atentado contra o líder nas pesquisas e o desnorteamento de imprensa e academia diante de nosso destino.
A percepção de que a classe política se afastou do eleitorado não é exclusiva do Brasil. Está ligada à crise dos partidos de extração social-democrata ou liberal que governavam havia décadas os países ricos. Mas, entre nós, ela assumiu feição própria, pois não se trata exatamente de novidade. A democracia representativa, ao contrário, é que sempre penou para vingar por aqui, num país marcado pelo coronelismo e onde, até hoje, o mesmo eleitor que brada “eles não me representam” não sabe em quem votará para o Legislativo nem sequer se lembra de quem escolheu na última eleição.
As raízes desse paradoxo são o tema do maior clássico da ciência política brasileira, <Coronelismo, enxada e voto>, tese de Victor Nunes Leal defendida há exatos 70 anos. “O livro nos faz pensar nossa realidade e o governo representativo”, diz o cientista político Fernando Limongi. Nunes Leal desenvolve uma argumentação cristalina, baseada em evidências históricas, sobre como a representação política deficiente no Brasil, da Colônia à Era Vargas, resultou da falta de autonomia dos municípios para eleger seus líderes e controlar seus próprios recursos. O coronelismo, no entender dele, refletia um compromisso, uma troca de favores entre União, estados e municípios, espécie de pecado original na organização política brasileira.
O líder municipal recebia do estadual poder de polícia e comando absoluto sobre seu território, desde que, na eleição, entregasse seus votos de cabresto ao candidato do governo.
Em vez de o eleitor votar em seus governantes, estes é que escolhiam seus votantes.
“O que explica a inversão do governo representativo é a falta de autonomia municipal, é a dependência do Município em relação ao Estado e o fato de o poder estadual conferir carta branca ao poder local”, diz Limongi. A consequência era o sufocamento da oposição. “O que distingue regimes representativos sem competição dos com competição, as eleições não democráticas das democráticas, é se a oposição participa ou não.”
Nunes Leal constatou que o coronelismo derivava do alto custo das eleições. “Quem fala dos custos das eleições no Brasil de hoje não se dá conta de que elas são sempre caríssimas e, relativamente, eram muito mais caras no passado”, diz Limongi. O barateamento das campanhas por meio do rádio e da TV permitiu que o sistema eleitoral brasileiro abrisse espaço à competição e, com a redemocratização, se tornasse mais justo. Mas a maior ameaça à representatividade, o voto determinado de cima para baixo, não desapareceu no território vastíssimo, de distritos eleitorais imensos, em que persistem práticas clientelistas, e as lideranças de municípios ou entidades locais dependem do poder central. Nunes Leal atribuía tal relação de dependência à “estrutura agrária do País”. Mas ela sobreviveu ao avanço econômico.
A maior crítica dele se voltava contra o autoritarismo de quem acreditava ser preciso limitar o poder municipal para podar as garras dos coronéis locais e, só quando o povo tivesse “condições” de votar, abrir espaço à representação plena. Ao contrário, diz Nunes Leal, a manutenção da dependência consagra as oligarquias estaduais, até hoje soberanas na política regional. Na definição de Limongi, o livro é um “libelo municipalista”. A valer a conclusão da obra, não há como ampliar a representatividade da democracia sem resgatar o elo entre cidadão e política local.

NA VEJA.COM
Furacão Florence atinge costa da Carolina do Norte
Mais de 400.000 pessoas estão sem energia elétrica em todo o Estado; tempestade provoca fortes ventos, chuvas e inundações
Por Da Redação
Sexta-feira, 14 de setembro de 2018, 09h18 
Furacão Florence visto da Estação Espacial Internacional - 10/09/2018 (NASA/AP)
Union Point Park é inundado após a passagem do furacão Florence, em New Bern, cidade localizada no Estado americano da Carolina do Norte - 13/09/2018 (Eduardo Munoz/Reuters)

O olho do furacão Florence atingiu na manhã desta sexta-feira (14) a costa da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. A tempestade tocou o solo próximo da cidade de Wrightsville Beach às 7h15 do horário local (8h15 em Brasília), segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês). 
A costa leste do país já sofre com fortes ventos e chuvas, que causam inundações. O furacão de categoria 1 provoca atualmente ventos de até 144 quilômetros por hora e quase 8 centímetros de chuva por hora.
Segundo boletim divulgado pelo NHC, a tempestade se move a 9 km/h em direção ao interior da Carolina do Norte e posteriormente deve atingir o estado da Carolina do Sul.
De acordo com as autoridades locais, mais de 400.000 pessoas estão sem energia elétrica só na Carolina do Norte. O número pode aumentar nas próximas horas, a medida em que a tempestade se desloca.
Meteorologistas alertam que algumas regiões da costa da Carolina do Norte e do Sul podem receber mais de 1 metro de chuva. Segundo as previsões, ventos fortes podem empurrar a água do mar e de rios para as cidades, causando grandes danos.
Telhados de casas nas cidades de Morehead City e New Bern foram arrancados pela força dos ventos. Em Jacksonville, mais de 60 pessoas tiveram de deixar um hotel depois que o teto do edifício foi levado pelo vento.
A área de New Bern foi uma das mais atingidas até o momento. Pelo menos 100 pessoas presas em suas casas foram resgatadas, enquanto outras 150 ainda esperam ser retiradas de áreas alagadas, segundo o jornal The Washington Post.
Há alertas de risco de inundações ativos para as cidades de Wilmington, Washington, Riverbend e Vanceboro, na Carolina do Norte. Nas últimas horas, moradores observaram o nível das águas de rios e do mar subir ainda mais do que já havia subido nos últimos dias. 
Autoridades dizem que cerca de 1,7 milhão de pessoas nas Carolinas do Sul e do Norte e na Virgínia receberam ordem para deixar suas casas, mas não se sabe quantas cumpriram a determinação.
“O pior da tempestade ainda não chegou, mas essas são advertências para os dias que se seguirão”, alertou o governador da Carolina do Norte, Roy Cooper. “Sobreviver ao furacão será uma prova de resistência, trabalho em equipe, senso comum e paciência.” Ele solicitou ajuda federal adicional para desastres diante do que qualificou como “danos históricos” em todo o Estado.
Brock Long, diretor da Agência Federal de Administração de Emergências (FEMA), advertiu que a população deve levar o furacão a sério, apesar da queda de categoria. Ele destacou que os moradores não devem baixar a guarda porque a velocidade do vento caiu nas últimas horas.
Mais de 1.300 voos foram cancelados em todos os aeroportos da costa leste dos Estados Unidos somente nas primeiras horas desta sexta-feira, segundo a emissora CNN.
Por estar próximo da costa, Florence provoca chuvas torrenciais que devem durar vários horas. De acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia (NWS), 4,9 milhões de pessoas devem ser afetadas por chuvas de mais de 250 mm nos próximos quatro dias.
O olho do furacão ainda deve percorrer toda a costa da Carolina do Norte e do Sul antes de deixar os Estados Unidos, segundo as previsões dos meteorologistas. Regiões mais no interior dos estados também devem sentir os efeitos da tempestade, assim como os Estados da Georgia, Tennessee, Alabama, Kentucky, Maryland e Virgínia Ocidental. 
(Com EFE e AFP)

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
O PCC é o PT do narcotráfico ou o PT é o PCC da política?
A diferença entre Marcola e Lula é que o primeiro não conseguiria fantasiar-se de preso político sem ficar ruborizado
Por Augusto Nunes
Quinta-feira, 13 de setembro de 2018, 16h29
Como os seus colegas do PCC, os militantes do PT também cumprem, sem resmungos, ordens emanadas da cela de cadeia que abriga o chefe supremo da organização. Em matéria de disciplina, portanto, as duas siglas se equivalem.
Antes de decidir uma questão mais complicada, Marcos Camacho consulta um conselho de dirigentes do PCC. Lula, ao contrário, não ouve ninguém e decide tudo sozinho. Em matéria de autoritarismo, portanto, Lula bate Marcola por 7×1.
O PCC é o PT do narcotráfico ou o PT é o PCC da política? Tanto faz. A diferença entre os dois chefões é que só Marcola sempre admitiu que é bandido. Nem ele conseguiria, como vive fazendo Lula, fantasiar-se de preso político sem ficar ruborizado.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Como perder uma eleição quase ganha
Sexta-feira, 14 de setembro de 2018
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O próximo Presidente da República, seja ele quem for, terá de lidar com a impaciência e o radicalismo do eleitorado que exige soluções imediatas para problemas estruturais historicamente acumulados. O eleito (em 7 ou 28 de outubro) terá de trabalhar pela pacificação da sociedade, praticando a arte do diálogo. Outra missão inadiável será a implantação de mudanças estruturais no sistema estatal – que precisam ir além de meras reformas.
Até agora, quem desponta como favorito é o paciente Jair Bolsonaro – que segue no “Hospital de Campanha” Albert Einstein, recuperando-se das consequências da facada sofrida dia 6 de setembro em Juiz de Fora (MG). Bolsonaro segue melhorando. O que parece ir piorando é a qualidade da campanha dele. O comando dela precisa ser pacificado. Os filhos de Bolsonaro e alguns coordenadores andam batendo cabeça com o time do candidato a vice, o General Hamilton Mourão.
O núcleo duro da campanha de Bolsonaro precisa se entender urgentemente. Se as brigas internas prosseguirem, vazando para o público, a imagem geral transmitida provocará uma perigosa dúvida: como é que os neófitos em política vão administrar o dia-a-dia do País, se não conseguem um mínimo consenso entre eles? No Twitter oficial de Bolsonaro, os filhos negam qualquer desentendimento: “Muita coisa vem sendo falada na tentativa de nos dividir e, consequentemente, nos enfraquecer. Não caiam nessa! Não há divisão!”.
Novos quadros políticos devem se apresentar na linha de frente. Todos com qualificação evidente para demonstrar o quanto a equipe de Bolsonaro tem de preparo para governar o Brasil. O General Mourão merece mais destaque. O equilíbrio dele tem derrotado o radicalismo dos adversários. A resposta dele ao Ciro Gomes foi nota 10. Mourão tem mantido o alto nível e ironizado o golpe 'marketeiro' que tenta reforçar o estereótipo do militar/truculento/”jumento”.
Quem defende uma maior participação de Mourão na linha de frente da campanha é o Major Olímpio. O candidato ao Senado por SP avalia que Mourão deve ocupar o lugar de Bolsonaro, inclusive, nos debates: “Não é representar. O Jair Bolsonaro está impossibilitado fisicamente de participar. Houve disposição do general Mourão de substituir, o que no meu entendimento seria muito bom para o Jair Bolsonaro ter alguém falando das suas propostas”.
Os dirigentes do PSL, no entanto, não desejam dar mais espaço a Mourão, que é filiado ao PRTB do Levy Fidélix – um dos grandes articuladores a favor de Bolsonaro. Esse é um erro tão bobo, porém fatal, quanto insistir naquela foto em que o paciente simula dar uns tiros. O melhor seria apagar essa ideia, e mostrar Bolsonaro posando, sorrindo, com a mulher Michelle e seus filhos. 
Bolsonaro só perde a eleição para ele mesmo ou para uma falha gritante de sua equipe. A prioridade máxima de Bolsonaro é se recuperar. Mas tal processo será mais demorado que o esperado pela ansiedade e necessidade de fazer campanha. Nada adianta um Bolsonaro/Tancredo Neves – que ganha a eleição, porém não toma posse porque morre antes.
Por isso, Bolsonaro tem de descentralizar as decisões imediatas de campanha. Até porque deve ficar internado por mais 10 ou 15 dias. A campanha não pode ficar na UTI... A ausência física de Bolsonaro, sobretudo nas campanhas na rua, faz falta... Assim, não há espaço para erros...
Perder uma eleição quase ganha é muito fácil... Extremamente fácil...
(...)

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