SEGUNDA EDIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, 19 DE SETEMBRO DE 2018

NO O ANTAGONISTA
O antipetismo cresce
Quarta-feira, 19.09.18 10:48
O Atlas Político monitora em tempo real o grau de antipetismo do eleitorado, com uma pergunta sobre a candidatura de Lula.
Apesar do crescimento de Fernando Haddad nas pesquisas, esse número nunca foi tão grande. O antipetismo ganha do petismo de 56,6% a 39,8%.

Trabuco, o poste e o presidente do STF
19.09.18 10:10
Os marqueteiros do poste, como registramos, querem colher depoimentos de Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco.
Trabuco esteve na posse de seu conterrâneo Dias Toffoli como presidente do STF — ambos nasceram em Marília, no interior de São Paulo — e, na ocasião, disse achar que é “momento de entendimento”.

Manu é só isso
19.09.18 10:30
O PT chegou a cogitar fazer um evento em Porto Alegre, como aceno a Manuela D’Ávila, mas, segundo a Coluna do Estadão, desistiu para focar na campanha de Fernando Haddad no Nordeste.
Manu é a vice do poste de um presidiário.
Só isso.

STJ nega recurso de parceiro de Lula
19.09.18 08:18
Roberto Teixeira, o amigo do Amigo (e sogro de Cristiano Zanin), tentou trancar o processo que trata do uso de propina da Odebrecht para pagar a reforma do sítio de Lula em Atibaia.
Danou-se.
O Estadão informa que o ministro Félix Fischer, do STJ, negou seu recurso, argumentando “que há indícios do envolvimento de Roberto Teixeira no esquema”. 

O fim do PSDB
19.09.18 08:10
Geraldo Alckmin fritou a candidatura presidencial de João Dória, que dois anos atrás derrotou Fernando Haddad no primeiro turno.
Resultado: o PSDB, que sempre foi a muleta do PT, implodiu.
Agora só falta derrubar o PT.

NO BR18
19.09.2018 | 07h16
Da Vera: virou plebiscito sobre o PT
A polarização entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad detectada pela pesquisa Ibope Estadão/TV Globo de forma mais acentuada que na semana passada mostra como o caráter plebiscitário sobre o PT e Lula vem pautando esta eleição – e como pode ter sido subestimado por nós, analistas, pelos candidatos e pelo resto da sociedade.
Diante da forma afoita com que, ao primeiro sinal de crescimento do “ungido” de Lula, os petistas se puseram a explicitar o projeto de libertá-lo, indultá-lo, “fazer-lhe justiça”, como quer que se chame, Haddad atraiu, sim, o voto lulista, mas houve uma reação de maior proporção daqueles – inclusive no mercado – que topam tudo, menos a volta do PT ao poder, ainda mais com esta agenda. / Vera Magalhães

19.09.2018 | 07h48
A derrocada do PSDB em 2 anos
Para os tucanos, 2016 é, parafraseando Carlos Drummond de Andrade sobre sua Itabira natal, “apenas uma fotografia na parede. Mas como dói”. Nas eleições municipais daquele ano, no embalo do impeachment de Dilma Rousseff, os tucanos colheram vitórias importantes, como a capital paulistana no primeiro turno.
Mas entre 2016 e 2018 houve 2017, e a denúncia de Rodrigo Janot contra Michel Temer e Aécio Neves tirou do PSDB o discurso da ética e do antipetismo, que migrou para Jair Bolsonaro. Além da situação ruim de Geraldo Alckmin, os tucanos passam aperto nas disputas em vários Estados importantes e temem encolher no Congresso. / V.M.

19.09.2018 | 07h32
FHC recusou apelo final
O clima no PSDB é de desalento. Esgotados todos os prazos fixados por Geraldo Alckmin para “realizar” seu potencial de crescimento eleitoral, a esperança passou a ser o surgimento de algum “fato novo” ou de um sentimento de última hora que una o eleitor moderado em torno do tucano.
Na busca pelo tal fato novo, pessoas próximas a FHC tentaram convencê-lo a procurar Álvaro Dias e Henrique Meirelles e fazer um apelo pela união tardia do centro em torno de Alckmin. O ex-presidente não se animou a dar esse passo de novo. Escrevi sobre esse clima de fim de festa tucano na minha coluna desta quarta-feira no Estadão. / Vera Magalhães

NA COLUNA DO ELIO GASPARI
O rancor petista virou veneno
Fernando Haddad expôs o papel de Lula com racionalidade em São Paulo e soberba em Curitiba
Quarta-feira, 19-9-2018
Para quem joga numa eleição radicalizada, Fernando Haddad foi um colaborador impecável ao deixar a carceragem de Curitiba depois de visitar Lula. Ele definiu o papel do ex-presidente no governo que pretende fazer:
“Temos total comunhão de propósitos em relação a ele e o diagnóstico de que o Brasil precisa do nosso governo e precisa do Lula orientando como um grande conselheiro. Ele é um interlocutor permanente de todos os dirigentes do partido e nunca deixará de ser. Não temos nenhum problema com isso. Enquanto os outros partidos escondem os seus dirigentes, nós temos muito orgulho de ter o Lula como dirigente.”
Essa declaração poderia ter sido planejada pelo estado-maior de Jair Bolsonaro ou pelos urubus golpistas que pretendem deslegitimar uma eventual vitória da chapa petista.
Horas antes, em São Paulo, durante a sabatina da Folha/SBT/UOL, Haddad dissera algo racional, sem a soberba do comissariado:
“O presidente Lula, sem sombra de dúvida, na opinião da maioria dos brasileiros, foi o maior presidente da História deste País. Ele é um grande conselheiro e terá um papel destacado em aconselhamento, em falar de sua experiência. Jamais dispensaria a experiência do presidente Lula.”
Uma coisa é elogiar Lula e seus oito anos de governo. Bem outra é dizer que “não temos problema com isso”. Deviam ter, pois Lula está na cadeia, condenado por corrupção.
Milhões de eleitores estão dispostos a votar em Haddad porque ele é o candidato de Lula, mas quando se dá a um detento a condição de pai da pátria, estimula-se a dúvida em quem espera de uma vitória de Haddad a volta dos “bons tempos”, mas também teme que ela traga de volta o que há de pior no comissariado.
O consulado petista teve duas faces, a do progresso com Lula, e a do regresso com Dilma Rousseff, a da atenção para o andar de baixo e a das roubalheiras com o andar de cima. Oferecer as duas ao eleitorado num combo rancoroso é soberba.
Não se pode saber de onde está saindo o rancor petista. Pode ser que venha da inconformidade de Lula, ou ainda do interesse radical de uma parte do PT. Venha de onde vier, tornou-se um veneno que produz dois efeitos. O primeiro é o estreitamento da base eleitoral de Haddad, mas sempre se poderá dizer que uma eventual vitória transformará esse erro em asterisco. No seu segundo efeito, o modelo do “conselheiro” reforça as ameaças à sobrevivência das instituições democráticas. Não é preciso ser um gênio para se perceber que há um farfalhar golpista no ar. Bolsonaro, como Donald Trump, diz que teme uma fraude na contagem eletrônica dos votos. (Trump ganhou e não tocou mais no assunto.) O general Hamilton Mourão sonha com uma nova Constituição, redigida por sábios e sagrada num plebiscito. Coisa parecida, recente e próxima, só em 2007, na Venezuela.
Se houver um segundo turno entre Haddad e Bolsonaro, e o capitão reformado vier a prevalecer, será o jogo jogado. Se Haddad sair vencedor, a tese da vitória sem legitimidade irá para a mesa. A teoria do “conselheiro” serve à sua retórica.
As vivandeiras civis associadas à anarquia militar contestaram a legitimidade eleitoral em 1889 e em 1930 (com sucesso), em 1950 (fracassando até 1954, quando Getúlio Vargas matou-se) e em 1955 (com a teoria da falta de maioria absoluta de Juscelino Kubitschek). Coisa do século passado? Em 2014, Aécio Neves contestou a vitória de Dilma Rousseff. Depois, contou que a iniciativa foi uma “molecagem”, para “encher o saco”. Vá lá.

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