PRIMEIRA EDIÇÃO DE SEXTA-FEIRA, 07 DE SETEMBRO DE 2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEXTA-FEIRA, 07 DE SETEMBRO DE 2018

Adelino Bispo de Oliveira, autor confesso do atentado a facada contra o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) é um ativista de esquerda, que foi filiado ao PSOL entre 2007 e 2014. Em seu perfil no Facebook, Adélio lista as preferências: Lula, MST, PSOL, PSTU, Gleisi Hoffmann, sindicatos e páginas como “Marxismo-Leninismo” e “Coração Vermelho à Esquerda” e as seccionais regionais de movimentos e associações.

As preferências de Adélio Bispo de Oliveira estão expostas em mais de 200 páginas no Facebook com algum alinhamento esquerdista.

Em suas fotos pessoais, Adélio de Oliveira aparece em manifestação no Rio de Janeiro a favor de Lula (“LulaLivre”) e contra Michel Temer.

Estranhamente, entre as centenas de páginas de esquerda, também constam uma página do PSDB e páginas do partido Rede.

O 'porralouca' que tentou matar Jair Bolsonaro pode ter oferecido ao candidato uma chance real de vitória. O crime político pode influenciar inclusive a definição dos votos dos quase 30% de eleitores indecisos.

Adélio, o bandido, representa o que Bolsonaro sempre criticou: estava solto, apesar das “passagens” pela polícia por lesão corporal, além do histórico de ameaças e agressões citados por seus familiares.

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), do staff de Bolsonaro, está muito preocupado com a reação dos bolsonaristas. Passou um tempão, ontem, apelando ao bom senso nas redes sociais e em entrevistas.

Chamou atenção a brutalidade do ataque a Jair Bolsonaro em Juiz de Fora, mas também causou espanto a foto do médico da Santa Casa realizando procedimento no candidato… sem luvas cirúrgicas.

À notícia da tentativa de assassinato de Jair Bolsonaro, durante sua visita a Juiz de Fora, seguiram-se gargalhadas macabras nas dependências do Ministério de Direitos Humanos.

…a facada em Jair Bolsonaro vai acabar se transformando numa estocada nas campanhas adversárias.

NO BLOG DO JOSIAS
Rivais temem que facada torne Bolsonaro favorito
Por Josias de Souza
Sexta-feira, 07/09/2018 02:40
A facada desferida contra Jair Bolsonaro desnorteou os comitês de campanha dos seus adversários. A um mês da eleição, generalizou-se no comando das candidaturas rivais a avaliação de que a dramaticidade do ataque deve potencializar o desempenho de Bolsonaro, praticamente assegurando a presença dele no segundo turno. Disseminou-se também, embora com menor grau de certeza, o temor de que a atmosfera emocional reduza a rejeição a Bolsonaro, tornando-o um competidor favorito.
A perspectiva de fortalecimento político de Bolsonaro decorre da constatação de três obviedades: 1) O bombardeio dos contendores contra o capitão terá de ser interrompido. 2) O quadro clínico de Bolsonaro, submetido a uma cirurgia emergencial, estimula o sentimento de solidariedade do eleitor. 3) Nas próximas semanas, mesmo sem fazer campanha nas ruas, Bolsonaro frequentará o noticiário como protagonista. Será hiperexposto nos telejornais do horário nobre na condição de vítima.
Em conversa com o blog, o operador de um dos candidatos que aparecem nas pesquisas em patamar competitivo declarou: “A campanha já estava cheia de ineditismos. Agora, ficou meio esdrúxula. Dois dos principais atores, responsáveis pelo clima extremista que envenena a disputa, participarão da fase decisiva do primeiro turno como estrelas presas — o Bolsonaro atado ao leito; e o Lula, na cadeia, tentando cacifar o Fernando Haddad. Nunca vi nada tão extravagante. Só o eleitor pode recolocar a política nos eixos.”
Entre os rivais de Bolsonaro, o mais prejudicado com o atentado foi Geraldo Alckmin. Desde o início do horário político no Rádio e na TV, há uma semana, a coligação encabeçada pelo presidenciável tucano vinha ocupando pedaços do seu latifúndio eletrônico com ataques a Bolsonaro. A desconstrução do rival é vista como essencial para recuperar eleitores que Alckmin perdeu para o capitão, sobretudo em São Paulo. A despeito disso, um integrante do comando da campanha informou que as estocadas em Bolsonaro serão retiradas temporariamente do ar.
A ideia do tucanato é reativar os ataques quando for possível. Mas os próprios aliados de Alckmin reconhecem que a retomada da estratégia original está condicionada ao boletim médico de Bolsonaro. Um desses aliados traçou uma analogia entre a facada desferida contra o capitão e a morte de Eduardo Campos num acidente aéreo em 2014. “Mal comparando, os dois episódios carregam a marca do emocionalismo”, afirmou.
Quando morreu, Eduardo Campos, então presidenciável do PSB, colecionava algo como 7% das intenções de voto. Foi substituído na cabeça da chapa por Marina Silva. Em 18 de agosto de 2014, o Datafolha divulgou sua primeira pesquisa após o acidente aéreo. Nela, Marina amealhou 21%, contra 20% atribuídos a Aécio Neves e 36% a Dilma Rousseff.
Na pesquisa seguinte, veiculada em 29 de agosto de 2014, Marina já havia empatado numericamente com Dilma na casa dos 34%. Aécio murchou para 15%. Num cenário de segundo turno, Marina prevalecia sobre Dilma com dez pontos de dianteira: 50% a 40%. Esse resultado fez acender um painel de luzes vermelhas no comitê petista. E o marqueteiro João Santana, com um orçamento anabolizado por verbas sujas da Odebrecht, promoveu uma campanha destrutiva que aniquilou as chances de Marina, restabelecendo a polarização entre petistas e tucanos.
A diferença é que Bolsonaro sobreviveu à facada, transformando seu martírio num evento de campanha. De resto, diferentemente de Aécio, Alckmin não pode terceirizar os ataques a outro candidato. Na segunda-feira, 10, os pesquisadores do Datafolha voltarão às ruas. Os dados da nova pesquisa serão divulgados à noite. Vão à vitrine as primeiras pistas sobre o rumo da sucessão depois do ataque ao líder, das medições de intenção de votos e dos rankings de rejeição.

Facada em Bolsonaro fere a própria democracia
Por Josias de Souza
Quinta-feira, 06/09/2018 16:54
Não é banal a facada desferida contra o presidenciável Jair Bolsonaro num ato de campanha, na cidade de Juiz de Fora,MG. 
Numa época em que a política brasileira vive a tensão dos radicalismos insensatos, o acontecimento fere a própria democracia. Trata-se de um momento de treva injetado num processo eleitoral que deveria representar um novo alvorecer. O fato produzirá consequências políticas.
A Polícia Federal informou em nota que o agressor foi preso. Não cabe no momento outra providência senão a de apurar com rigor as circunstâncias do crime e punir o criminoso. Mesmo numa democracia debilitada, a melhor resposta para os surtos de radicalismo é mais democracia. Num regime em que as liberdades públicas são plenas, um candidato tem todo o direito de ostentar um discurso virulento sem sofrer atos de violência.
Até aqui, apenas Lula fazia pose de vítima na cena eleitoral. O agressor de Bolsonaro produziu uma segunda vítima no extremo oposto. A um mês das eleições, a novidade tem potencial para influir na campanha. Pode elevar a taxa de intenção de votos de Bolsonaro, estimada pelo Ibope em 22%. Mas também pode estimular o aumento do índice de rejeição do candidato (44%) se a maioria do eleitorado enxergar no episódio uma evidência de que o Brasil precisa se reencontrar com a tolerância.

NA VEJA.COM
Celso de Mello rejeita recurso de Lula por candidatura à Presidência
Pedido visava a permitir que Lula mantivesse sua campanha enquanto é analisado um recurso extraordinário contra a rejeição da candidatura pelo TSE
Por Guilherme Venaglia
Quinta-feira, 06-9-2018, 18h39 
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um pedido de liminar da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela candidatura do petista à Presidência da República. A cautelar visava a permitir que Lula mantivesse sua campanha enquanto é analisado um recurso extraordinário apresentado contra a rejeição do registro do ex-presidente como candidato pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Nesta quarta-feira, a presidente do TSE, Rosa Weber, deu três dias de prazo para os dezesseis autores de contestações contra o petista, o que deve trazer o juízo de admissibilidade para muito próximo da data final para que a coligação O Povo Feliz de Novo (PT, PCdoB e Pros) substitua seu candidato ao Planalto, o que vence no próximo dia 11.
Na decisão em que negou o pedido, Mello chamou de “totalmente prematura a formulação perante o Supremo Tribunal Federal”. Para o ministro, a avaliação da presidente do TSE se o pedido cabe ou não, antecede a análise do caso pelo Supremo.
Um outro pedido cautelar, apresentado pela via penal contra a condenação de Lula a doze anos e um mês de prisão, também já havia sido negado pelo ministro Edson Fachin na madrugada de hoje. A defesa do ex-presidente ainda pode recorrer contra as duas solicitações, mas dependerá dos relatores para que elas sejam analisadas pelas Turmas respectivas.

NO RADAR (VEJA.COM)
URGENTE: TRE indefere candidatura de Anthony Garotinho
Decisão unânime do TRE
Por Ernesto Neves
Quinta-feira, 06-9-2018, 17h19 
O TRE indeferiu, por unanimidade, o registro da candidatura de Anthony Garotinho (PRP) ao governo do Estado do Rio de Janeiro.
Garotinho está inelegível em virtude de condenação por improbidade administrativa no Tribunal de Justiça do Rio.
Ele foi acusado pelo MP de participar de um esquema que desviou cerca de R$ 234 milhões da Secretaria Estadual de Saúde, entre 2005 e 2006.
Pela Lei da Ficha Limpa, candidatos condenados em órgãos colegiados, como tribunais de Justiça, ficam inelegíveis por oito anos.
Garotinho ainda pode recorrer da decisão.
Essa não é a única encrenca que pode sepultar sua candidatura. Na última quarta (5) ele foi condenado em segunda instância por formação de quadrilha.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
O reitor da UFRJ enxergava no Museu Nacional um palácio de senhor feudal
"Quem seria Roberto Leher?", perguntaram-se milhões de brasileiros inconformados com o absurdo assassinato do passado
Por Augusto Nunes
Quinta-feira, 06-9-2018, 18h30
Militante do PSOL e reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Roberto Leher começou a viver sua semana de má fama no domingo, 02, quando as chamas que consumiram o Museu Nacional iluminaram a figura de um dos principais arquitetos da tragédia. Cabia à reitoria da UFRJ cuidar da preservação dos tesouros acumulados na Quinta da Boa Vista ao longo de 200 anos. E o museu morreu de abandono.
“Quem seria Roberto Leher?”, perguntaram-se milhões de brasileiros inconformados com o absurdo assassinato do passado. O enigma começou a ser desfeito nesta quarta-feira, 05, por um vídeo com menos de meio minuto. Esse curto espaço de tempo é suficiente para escancarar a imensa idiotia do reitor.
“Eu apoio o MST e apoio com muita convicção”, afirma Leher. “É um movimento que resgata as lutas do campo, aponta para um projeto generoso de nação e, sobretudo, um projeto que tá pulsando cultura, arte, ciência e tecnologia. Contribuições do movimento sem-terra para a educação brasileira são inestimáveis. Por todos esses motivos, com orgulho, apoio e apoiarei o MST”.
Essa sopa de letras inúteis ajuda a entender a hostilidade devotada por Roberto Leher ao museu bicentenário. Quem apoia o MST com orgulho tem a cabeça estacionada em algum momento situado entre os séculos V e XV, quando prevaleceu, sobretudo na Europa, o regime feudal. Como todo discípulo de João Pedro Stédile, o reitor continua empenhado na guerra de destruição do feudalismo. Essa guerra se destina a libertar os servos dos grandes proprietários de terras.
Roberto Leher enxergava na Quinta da Boa Vista o palácio do senhor feudal Dom João VI — e um latifúndio a ser invadido pelos servos agrupados no MST. Velha de muitos séculos, a cabeça do reitor é extraordinariamente mais antiga que o Museu Nacional. Ele deve achar que 200 anos de História são pouco mais que nada.

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