PRIMEIRA EDIÇÃO DE DOMINGO, 30 DE SETEMBRO DE 2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
DOMINGO, 30 DE SETEMBRO DE 2018

Última esperança do PT em 2018, a “virada” nunca aconteceu nas sete eleições para presidente desde 1989, e todas as disputas de 2º turno foram vencidas por quem já estava à frente. Só duas disputas viram guinadas nas pesquisas de primeiro turno: FHC virou em agosto de 1994, após estar 26 pontos atrás de Lula no Datafolha de maio; e Dilma virou em agosto de 2010, após estar 10 pontos atrás de José Serra, em março. Nunca houve uma virada a menos de dois meses da eleição.

Vencedores das cinco disputas de 2º turno presidencial foram previstos corretamente já na primeira pesquisa após as votações de 1º turno.

O governo do Brasil, que não desfruta  nenhuma tranquilidade suíça, resolveu doar ao Uruguai 25 tanques de guerra, também chamados de “carros de combate” ou “viaturas blindadas” do Exército Brasileiro. O Brasil dispõe apenas de 152 desses tanques, do tipo M41, comprados aos Estados Unidos, mas agora decidiu doar parte significativa deles. O governo uruguaio não vai coçar o bolso nem para vir buscar a doação.

O Brasil ainda terá de gastar R$350 mil para entregar os carros de combate blindados no Regimento de Cavalaria 3 em Rivera, Uruguai.

Para concretizar a doação, o Exército Brasileiro ainda terá de batalhar a prévia autorização do Departamento de Defesa dos EUA.

A doação dos tanques pode ser confiança de que o próximo presidente vai reequipar o Exército. Ou que os blindados já viraram sucatas.

No acordo com a Justiça dos Estados Unidos, a Petrobras vai nos fazer pagar US$170,6 milhões a serem divididos entre o Departamento de Justiça e a Securities and Exchange Comission, a CVM de lá.

Para o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) a renovação na Câmara dos Deputados nas eleições de outubro será a menor dos últimos anos em razão de mudanças espertas na lei.

Até hoje as eleições legislativas com o menor índice de renovação foram as de 2002, quando apenas 36% dos deputados federais foram reeleitos. Em 2014, reeleitos bateram recorde: 39% voltaram ao cargo.

NO BLOG DO JOSIAS
A uma semana da eleição, a crise voltou às ruas
Por Josias de Souza
Domingo, 30/09/2018 03:54
Muitos dirão que, comparadas com as multidões maciças da jornada de 2013, as eloquentes manifestações anti-Bolsonaro deste sábado foram miúdas. Outros alegarão que os atos pró-Bolsonaro, mais mixurucas, crescerão a partir deste domingo, para indicar que o pedaço do eleitorado avesso à volta do PT ao poder não pode ser negligenciado. Quem olhar para o asfalto com as lentes caolhas e reducionistas da polarização arrisca-se a perder a essência do que está se passando.
São quatro as mais importantes, as mais básicas características de Sua Excelência o fato. 
Eis a primeira e mais óbvia constatação: a sociedade brasileira está trincada. 
A segunda obviedade é alarmante: as eleições presidenciais de 2018 não devolverão o sossego ao País. 
A terceira percepção é inquietante: Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, líder e vice-líder das pesquisas, apresentam-se como solução sem se dar conta de que são parte do problema. 
A quarta evidência é exasperante: o que se vê nas ruas é apenas o nariz daquilo que Juscelino Kubitschek apelidou de ''o monstro''.
Na definição de Juscelino, o monstro é a opinião pública. Em 2013, a criatura também ganhou as ruas aos poucos. Do dia para a noite, o que parecia ser uma revolta juvenil contra o reajuste de passagens de transportes coletivos virou uma revolta difusa contra a roubalheira dos agentes políticos e a precariedade dos serviços públicos. O monstro exibiu-se de corpo inteiro. Ele estava em toda parte: nas camisetas, nas faixas, nos broches, nas panelas que soaram nas varandas dos edifícios chiques, na fila da clientela miserável do SUS e, sobretudo, na Praça dos Três Poderes.
Atordoados, os alvos da revolta reagiram da pior maneira. Os partidos deflagraram um movimento de blindagem dos seus corruptos contra a Lava Jato. O monstro desligou-os da tomada. Dilma Rousseff, a presidente de então, acenou com um lote de cinco pactos. Ganha um doce quem for capaz de citar um dos pactos da madame. Sobreveio a sucessão encarniçada de 2014.
Dilma prevaleceu com um discurso marqueteiro de “mudança com continuidade”. Deu em estelionato eleitoral, no impeachment e na prisão de Lula. Aécio Neves, que emergira das urnas como um derrotado favorito a virar presidente na sucessão seguinte, dissolveu sua liderança na mesma lama que engolfou a biografia e a agenda pseudo-reformista de Michel Temer. Deu no que está dando: a ferrugem do tucanato, a fragmentação do chamado centro político e a solidificação de Bolsonaro como alternativa das forças antipetistas.
Com 28% das intenções de voto, Bolsonaro esgrime uma agenda proterozoica em que se misturam coisas tão abjetas como a defesa da tortura, a distribuição de armas, o desapreço às mulheres e o desprezo aos direitos das minorias. Como se fosse pouco, o capitão carrega na vice um general radioativo e cospe nas urnas eletrônicas que lhe serviram mais de duas décadas de mandatos parlamentares. Sapateia sobre as mais elementares noções de democracia ao avisar que não reconhecerá nenhum resultado que não seja a sua vitória.
No outro extremo está Haddad. Com 22% no Datafolha, a caminho de um empate técnico com o líder, ele despacha semanalmente com o oráculo da cadeia de Curitiba. Frequenta os palanques com a máscara de Lula, estimulando a suspeita de que, eleito, terceirizará o mandato presidencial ao padrinho presidiário. Neste domingo, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, gritava palavras de ordem contra Bolsonaro numa manifestação em Curitiba. Seu protesto soa ridículo quando se recorda que a mesma Gleisi lançou há sete meses um manifesto intitulado “Eleição sem Lula é fraude.” Algo que Haddad se absteve de desdizer.
A caminho do segundo turno, Bolsonaro e Haddad são cabos eleitorais um do outro. Quem rejeita o capitão pende para o poste de Lula. E vice-versa. Nesse contexto, a corrida presidencial resultará na eleição do presidente da exclusão, não no mandatário da preferência do eleitorado. A essa altura, os dois extremos já deveriam ter notado que não há alternativa senão o respeito incondicional às regras do jogo, a moderação do discurso e o aceno ao bom-senso.
A insensatez conduz ao estilhaçamento dos valores democráticos. A incapacidade dos atores políticos de produzir algo que se pareça com um acordo elementar contra a produção de sandices devolveu a crise às ruas a uma semana do primeiro turno da eleição. Mantida a atmosfera de crispação, o País logo enxergará o monstro que se esconde atrás do nariz. No limite, o próximo presidente, seja ele quem for, já assumirá carregando no peito uma interrogação no lugar da faixa presidencial: Será que termina o mandato?

NO O ANTAGONISTA
Fux salvou a Folha de S. Paulo
Domingo, 30.09.18 07:06
Luiz Fux salvou a Folha de S. Paulo, impedindo que, às vésperas da disputa presidencial, suas páginas se transformassem em palanque para o chefe da ORCRIM.
Em vez de homenagear o ministro, o jornal acusou-o de ser um censor.
Leia aqui:
“O ministro Luiz Fux criou um impasse e acirrou ânimos no STF ao impor censura à Folha e cassar decisão de Ricardo Lewandowski que autorizara entrevista de Lula ao jornal. Não só o conteúdo da sentença suscitou reações, como também o trâmite do caso. O presidente da Corte, Dias Toffoli, telefonou aos colegas na manhã deste sábado para tentar evitar uma guerra de despachos monocráticos.”
Você está acompanhando o movimento de bastidores para libertar Lula? Entenda o caso AQUI

Lewandowski irritado com Fux
30.09.18 06:53
Ricardo Lewandowski ficou profundamente irritado com a decisão de Luiz Fux de proibir que o presidiário Lula desse entrevista à Folha de S.Paulo.
Segundo o Painel, Lewandowski disse aos colegas que Fux usurpou competência da presidência do STF e adotou expediente teratológico para reverter sua ordem.

O mal-estar no Supremo
30.09.18 07:10
A decisão de Luiz Fux de proibir a entrevista de Lula à Folha suscitou reações no STF.
Dias Toffoli, presidente da Corte, telefonou aos colegas neste sábado para tentar evitar “uma guerra de despachos monocráticos”, relata o Painel da Folha.
Dois ministros disseram ao jornal que Fux não tinha atribuição para o caso e que o Partido Novo não tinha legitimidade para apresentar recurso contra a decisão de Ricardo Lewandowski.

O templo de Bolsonaro
30.09.18 06:35
Edir Macedo avisou à campanha de Jair Bolsonaro que vai gravar um vídeo de apoio à sua candidatura, diz O Globo.
Na quinta-feira, ele reuniu a cúpula da Igreja Universal e ordenou o desembarque imediato da campanha de Geraldo Alckmin.
Considerando o fracasso da candidatura tucana, pode-se afirmar que o apoio de Edir Macedo conta bem pouco.

O moderado da imprensa
30.09.18 06:12
O estelionato eleitoral do PT conta com a imprensa companheira, que publica notas plantadas pela campanha de Fernando Haddad.
Diz o Estadão:
“O PT tem propagado uma proximidade de Fernando Haddad com nomes de peso como Luiz Carlos Trabuco (Bradesco) e Josué Gomes (Coteminas) para criar uma imagem de moderação. O diálogo, porém, não existe. Não há clima diante do discurso do presidenciável petista contra bancos e empresários.”

Os jatinhos de Haddad
Sábado, 29.09.18 20:20
Igor Gadelha, da Crusoé, relata que Fernando Haddad viaja pelo País durante a campanha a bordo de jatinhos particulares.
Leia AQUI a nota na íntegra.

Ciro: “É uma aberração Lula querer dar entrevista da cadeia”
29.09.18 19:10
Ciro Gomes disse, neste sábado, que é uma ‘aberração’ Lula querer dar uma entrevista dentro da cadeia a poucos dias do primeiro turno, relata a CBN.
O candidato do PDT disse também que o PT ‘adora um mimimi de vitimismo’ e que é preciso ‘limites para a liberdade de imprensa’, em referência a entrevista que Lula daria à Folha.
“Acho que é uma aberração o Lula querer dar uma entrevista a seis, sete dias da eleição. Acho mesmo, francamente. O que que ele tá querendo com isso?”
Você quer saber por que o poste de Lula se aliou aos coronéis golpistas? Confira AQUI.

NO O GLOBO
Morre, aos 89 anos, a cantora Ângela Maria
Ela estava internada há 34 dias em hospital de São Paulo
POR O GLOBO
Domingo, 30/09/2018 2:08 / atualizado 30/09/2018 7:16
A cantora Ângela Maria - Divulgação

RIO - A cantora Ângela Maria, de 89 anos, morreu, na noite deste sábado, após 34 dias internada num hospital particular de São Paulo. A causa da morte ainda não foi divulgada. O velório está marcado para este domingo, a partir das 10h, no Cemitério Congonhas, em Vila Sofia, São Paulo.
Ângela foi uma das cantoras mais famosas do Brasil nos anos 1950 e 1960. Ela tinha 70 anos de carreira. O empresário da artista, Thiago Marques Luiz, postou, em sua página do Facebook, uma foto ao lado dela e escreveu sobre sua importância no mundo da música:
"Com o maior pesar do mundo informo a todos vocês que a maior cantora do Brasil, a nossa Rainha Ângela Maria, não está mais entre nós. Foram 89 anos de vida e quase 70 de sucesso, reconhecimento, carinho e respeito de todo povo brasileiro. Não houve (e por certo não haverá) nenhuma cantora na nossa música com história semelhante em termos de produtividade, importância e longevidade. Tenho muito orgulho de ter Ângela Maria na minha história e, principalmente, de ter dado a ela todas as flores em vida. Pra sempre te amarei, “Estrela da nossa canção popular”, escreveu.
Em um vídeo publicado no site oficial da cantora, o companheiro da artista anunciou a morte da mulher e disse que ela "estava sofrendo muito" nos dias em que passou internada. A informação sobre o falecimento também foi confirmada ao GLOBO, por telefone, pela cunhada de Angela, Rosana D'Ângelo.
Os 70 anos de carreira da artista foi celebrado com o musical “Ângela Maria — Lady Crooner”, apresentado, em junho, no palco do Teatro Carlos Gomes. A peça contou a trajetória pessoal e profissional da “Rainha do Rádio” — Ângela foi uma das maiores estrelas da era de ouro da Rádio Nacional.
Em abril, a cantora apresentou a turnê “Ângela Maria e as canções de Roberto e Erasmo”, quando levou aos palcos, além de suas canções, sucessos como “Sentado à beira do caminho”, “Você em minha vida”, “Sua estupidez”, “Eu disse adeus", “O show já terminou” e “Como é grande o meu amor por você".
RAINHA DO RÁDIO
No ano de 1929, nascia em Macaé,RJ, a dona da voz que viria a ser uma das mais famosas do País. Ângela Maria — nome artístico de Abelim Maria da Cunha — gravou seu primeiro disco aos 23 anos, a contragosto dos pais, que eram extremamente conservadores e não apoiavam a escolha profissional da filha. Mas a oposição não foi suficiente. Este ano, a Rainha do Rádio ou Sapoti, como era conhecida, completou 70 anos de carreira, ao longo dos quais lançou mais de 114 discos e superou a marca de 60 milhões de trabalhos vendidos.
A paixão pela música começou na infância, quando cantava no coral da igreja evangélica, onde seu pai era pastor. Conhecida no Brasil e no mundo, são dela sucessos como “Gente humilde”, “Babalu”, “Lábios de mel", “Tango para Tereza” e “Falhaste coração”.

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