SEGUNDA EDIÇÃO DE SÁBADO, 25 DE AGOSTO DE 2018

NO O ANTAGONISTA
Mudar jurisprudência em função do réu é ‘Estado de compadrio’, diz Barroso
Sábado, 25.08.18 10:20
Em palestra no 3º Simpósio Nacional de Combate à Corrupção, Luís Roberto Barroso abordou o tema da mudança de jurisprudência enquanto falava sobre a possibilidade do cumprimento da pena após sentença em segunda instância.
“Não há razão para mudar jurisprudência. Um país que vai mudando sua jurisprudência em função do réu não é um Estado democrático de Direito, mas um Estado de compadrio.”

NO CEARÁ NEWS 7
STF manda Justiça Federal do Ceará acelerar julgamento de Cid Gomes no caso da JBS
Segundo a Folha de S. Paulo, documentos mostram volume anormal de repasses do Estado para a Cascavel Couro
Sexta-feira, 24/08/2018 8:20 
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu enviar à primeira instância uma apuração sobre a suspeita de que o ex-governador Cid Gomes (PDT) favoreceu a JBS com recursos estaduais em troca de financiamento de campanha. Segundo a Folha de S. Paulo, documentos mostram volume anormal de repasses do Estado para a Cascavel Couro, uma empresa do grupo, na época da campanha eleitoral de 2014, conforme relatou o delator Wesley Batista.
Nesse programa, chamado Poapi, o governo concedia empréstimos calculados com base no valor que as empresas exportam. Cid e Ciro Gomes não concorreram quatro anos atrás. A JBS, porém, fez ao menos 16 transferências de doações oficiais para aliados deles no Ceará, como as campanhas do atual governador, Camilo Santana, além de candidatos do PT e do PROS. Esses repasses somaram R$ 17,5 milhões.
Em agosto de 2014, em um só dia, o Estado pagou à Cascavel Couro R$ 20,6 milhões, mais do que havia pago em todo o ano de 2013. No total, foram repassados R$ 97,5 milhões para a empresa ao longo daquela campanha.
Outro lado
O ex-governador Cid Gomes disse à reportagem da Folha de S. Paulo apenas que vai provar a inocência dele.
O governador Camilo Santana informou que a política de incentivos fiscais é adotada em diversos Estados e já resultou na implementação de 96 empresas e na geração de 15,6 mil vagas no Ceará desde 2015.
Em tempo
Deputado Antônio Balhman se sente fortalecido para negociar reeleição sob pena de fazer delação premiada após ter sido traído por Cid e deputado Audic Mota, que estão pedindo voto para eleger o filho do prefeito Bismarck Maia, Eduardo Bismarck.

NO PUGGINA.ORG
E O ELEITOR CONSERVADOR?
Por Percival Puggina 
Artigo publicado quinta-feira, 24.08.2018
Observe a conduta de muitos dos principais meios de comunicação brasileiros, seus editoriais e mais badalados comentaristas. Não precisará muito tempo para concordar com esta afirmação: eles decidiram que o problema do Brasil não são os corruptos, nem é a esquerda retrógrada, nem a irracionalidade do modelo institucional, nem a irresponsabilidade fiscal dos parlamentos, nem a instabilidade criada pelo STF. O que tem que ser combatido no Brasil é o conservadorismo. Não lhe deve ser concedido direito de representação e precisa ser alvejado até que não reste em pé um só desses idiotas para que suas pautas não ganhem força institucional.
Ampla maioria da população crê em Deus e reconhece a importância da religião e da instituição familiar. É contra a ideologia de gênero e quer proteger as crianças dos abusadores que pretendem confundir sua sexualidade. É contra o aborto, o desarmamento e a liberação das drogas. Quer segurança e bandidos na cadeia. Repudia o feminismo como pauta política, movimento revolucionário, ou fundamento de uma nova moral. Não admite a transformação da sala de aula em oficina onde o professor opera como torneiro de cabeças. Rejeita o deliberado acirramento de conflitos que se tenta impor em vista de diferentes cores de pele, olhos e cabelos; ou de classe, apetite sexual, faixa etária, renda. E por aí vai.
Os grandes veículos a que me refiro, ou advogam do lado oposto, ou jamais revelaram qualquer interesse por tais posições. Da ideologia de gênero ao feminismo mais transgressor. Degeneradas fazem orgia com símbolos sacros em via pública? Noticia-se o ocorrido como quem descreve um pôr do Sol sobre a Lagoa, ou se fala em liberdade de manifestação e em tolerância. É a pretendida tolerância com o intolerável e com os intolerantes...
De fato, o período que estamos vivendo oferece oportunidades extraordinárias para observarmos o principal alinhamento de grandes meios de comunicação. Mesmo quando há diferenças importantes entre eles, sobressai um denominador comum que resiste à desilusão de muitos profissionais com as antigas convicções. Até os que delas se divorciaram antes de ficarem viúvos da esquerda, participam da confraria que pode ser definida como a unidade de quase todos em torno do repúdio às posições conservadoras. E essa intransigência, hoje, tem como alvo o candidato Bolsonaro, saco de pancadas da eleição presidencial. Praticamente todos se dedicam a malhá-lo, haja ou não motivo para isso. Aliás, não precisaria motivo. O conservadorismo basta.
Tal atitude reforça a natural conduta dos demais candidatos. A posição de Bolsonaro nas pesquisas já seria motivo suficiente para todos o atacarem. Com a mídia comandando a artilharia contra o adversário comum, o que pudesse haver de conservadorismo em qualquer deles foi jogado no arquivo morto. “A mídia rejeita e está ajudando”, dirão. Objetivo alcançado: há um único representante dessa importante corrente de opinião, indispensável para realinhar aspectos essenciais da vida nacional. Agora, basta abatê-lo e esperar, ali adiante, a colheita integral do "progressismo" plantado por ação ou omissão.

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