SEGUNDA EDIÇÃO DE QUINTA-FEIRA, 09-8-2018

NO O ANTAGONISTA
Teto de salários de juízes é peça de ficção
Quinta-feira, 09.08.18 10:00
A vergonha do auto-aumento aprovado pelos ministros do STF, e que terá efeito cascata, pode ser vista nas tabelas do Conselho Nacional de Justiça.
O teto salarial dos ministros, que serve como referência, é uma peça de ficção.
No TJ do Rio, a despesa média por magistrado chega a 65.691 reais por mês.
No TRT-1, ela é de 42.101 mensais.
No TJ militar de Minas Gerais, bate em 59.692 reais.
A média de despesas por magistrado no País é de 47.703 reais.
E vai aumentar se a Câmara validar a pouca vergonha promovida ontem pelo STF.

270 milhões para o PT
09.08.18 09:40
Depois da coligação de Geraldo Alckmin, o PT deverá ser o partido mais beneficiado com o fundo eleitoral.
Serão 270 milhões de reais.
As instituições brasileiras realmente continuam funcionando.

A carta de princípios de Bolsonaro
09.08.18 09:20
Jair Bolsonaro não vai apresentar ao TSE um programa de governo tradicional, mas uma carta de princípios.
Segundo a Folha, o candidato vai dar ênfase à Segurança Pública, propor o corte de mais de uma dezena de ministérios e detalhar um pouco mais o plano econômico de Paulo Guedes.
Haverá ainda uma parte dedicada ao combate à corrupção. “A ideia de Bolsonaro é se apresentar para o eleitor como o único candidato à Presidência que manterá o funcionamento da Operação Lava Jato”.
A equipe de Bolsonaro estuda ainda zerar impostos e complementar a renda dos mais pobres.

Uma vitória na batalha contra a corrupção
09.08.18 09:01
Naquele habitual placar de 6 a 5, o STF mudou o seu entendimento e decidiu que não há prazo de prescrição para cobrar prejuízos por improbidade administrativa em atos dolosos.
Uma vitória na batalha contra a corrupção — até o próximo julgamento sobre o assunto, claro.

Ciro Gomes deve à União
09.08.18 08:30
Na Crusoé, Igor Gadelha informa que Ciro Gomes é um dos dois presenciáveis com dívidas com a União.
(...)

Ninguém queria o poste
09.08.18 08:24
Nenhum petista queria a candidatura de Fernando Haddad.
Um líder da corrente majoritária Construindo um Novo Brasil disse para o Valor que “90% do partido preferia Jaques para assumir o lugar”.
E a corrente de esquerda apoiou Gleisi Hoffmann.
Fernando Haddad só se tornou o vice-poste porque Jaques Wagner recusou a vaga.

A Lava Jato devolve 1 bilhão à Petrobras
09.08.18 07:46
Hoje, o MPF do Paraná devolverá 1,034 bilhão de reais à Petrobras.
A Lava Jato tem um valor inestimável.
Nunca tanto foi ressarcido de uma só vez a tantos por tão poucos.

Ciro está cansado, coitado
09.08.18 07:41
Ciro Gomes, ontem, em evento do BTG Pactual:
“Eu paro por aqui. Porque já cansei. Já lutei. Estou entusiasmadíssimo, mas é a última vez que eu vou disputar.”
Coitado do Ciro.

Vice-poste e vice do vice-poste na plateia do debate
09.08.18 07:18
No debate de hoje na Bandeirantes, o vice-poste Fernando Haddad e a vice do vice-poste Manuela D’Ávila deverão estar presentes na plateia.
Se o presidiário não mudar de ideia e mandar ambos ficar em casa.

Senado derruba a lei do aborto. Na Argentina
09.08.18 07:14
Em sessão que durou 17 horas, o Senado da Argentina derrubou a lei que permitia o aborto até a 14a semana de gravidez.
Ao contrário do que ocorre no Brasil, quem legisla na Argentina é o Legislativo.

NO BR18
Quinta-feira, 09.08.2018 | 06h12
Pesquisa só com o nome de Lula
No período de tempo entre o PT requerer o registro da candidatura de Lula e ela ser analisada pelo TSE, todas as pesquisas têm de conter o nome do ex-presidente. Estaria proibido pela lei eleitoral, portanto, testar o nome de Fernando Haddad durante esse tempo. Especialistas ouvidos pelo Estadão dizem que insistir em testar vários cenários após o registro final das candidaturas abre margem para que candidatos e o Ministério Público tentem impugnar as pesquisas.

Quarta-feira, 08.08.2018 | 21h24
Alckmin aumenta em 29% seu patrimônio
No documento enviado ao TSE onde registra sua candidatura, Geraldo Alckmin indicou um patrimônio 29% maior do que apresentou em 2014 (durante sua campanha ao governo de São Paulo). O tucano declarou possuir R$ 1,379 milhão contra R$ 1,069 milhão de quatro anos atrás.
Já sua vice, Ana Amélia (PP) teve seu patrimônio dobrado em quatro anos: de R$ 2,5 milhões para R$ 5,1 milhões, segundo o Estadão.

08.08.2018 | 21h19
Ciro ataca ‘irresponsabilidades de amigos’
De olho nos mesmos votos que o PT, o candidato do PDT, Ciro Gomes aproveitou a sabatina do BTG Pactual para questionar a “chapa tríplex” do PT: Lula, Fernando Haddad e Manuela D’Ávila. O primeiro alvo foram os prováveis candidatos oficiais do partido. “Haddad e Manuela são queridos amigos, mas eu estou preocupado. Isso é um convite à Nação para dançar na beira do abismo”, disse Ciro.
Já a irresponsabilidade de Lula não foi ter feito negociações com empreiteiras, mas sim colocar Dilma Rousseff na Presidência da República. “Foi uma imprudência de Lula colocá-la no Planalto junto de Michel Temer”, disse.

08.08.2018 | 20h51
Dias: ‘Sou o único elegível’
Álvaro Dias, que por enquanto míngua nas pesquisas de intenção de voto, mantém sua esperança em ser eleito na rejeição dos adversários. Em sabatina do BTG Pactual, o candidato do Podemos frisou: “Único elegível sou eu. Todos têm mais de 50% de rejeição”.

08.08.2018 | 20h27
Dias quer afundar a ‘Arca de Noé’
Álvaro Dias não quer nem saber se sua candidatura pode ou não tirar votos de candidatos centristas (leia-se Geraldo Alckmin). “Eu quero atrapalhar a Arca de Noé”, disse. “Essa Arca de Noé tem um objetivo, que é a sustentação do sistema que queremos substituir. Essa conversinha, esse ‘mimimi’, essa história de que um atrapalha o outro não é coisa de gente competente”, afirmou, durante sabatina do BTG Pactual.

08.08.2018 | 20h14
Dodge: ‘Vitória histórica’
A Procuradora-geral da República, Raquel Dodge, comemorou a reversão da decisão do Supremo de tentar limitar o prazo para recuperar recursos obtidos através de corrupção. Dois ministros, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso, reviram seus votos e a medida foi derrubada por 6 votos contra 5.
Em mensagem enviada aos procuradores da República, Dodge disse que foi “uma vitória histórica”. /M.M.

NO BLOG DO MERVAL PEREIRA
Atrás do voto útil
POR MERVAL PEREIRA
Quinta-feira, 09/08/2018 06:30
Depois do episódio do Centrão, que, na visão do PDT, se ofereceu para apoiar seu candidato apenas para valorizar o apoio que afinal deu ao PSDB, e do PSB, que recuou do apoio previsto por pressão do PT, a campanha à presidência da República de Ciro Gomes luta para desfazer a impressão de que sua candidatura, disputando o segundo lugar com Marina Silva, da Rede, quando Lula não aparece nas pesquisas eleitorais, perdeu a viabilidade.
Ele foi sondado para ser o vice de Lula, num momento anterior, quando parecia possível uma aliança PT-PDT, mas não achou que a sondagem fosse para valer. É da natureza do PT ter candidato próprio, afirma Ciro, e não havia nenhuma garantia de que a direção nacional do partido não acabaria alterando a chapa para deixá-lo sem condições de disputar.
Também a tentativa de se unir ao PC do B através de Manuel D'Ávila foi apenas isso. “O PC do B apoia o PT desde 1994”, lembra um assessor, justificando o lançamento de Manuela como vice do vice do PT.
Além de alianças regionais as mais variadas, sintetizando o estado da arte de nosso sistema partidário falido, a campanha buscará viabilizar Ciro Gomes como o candidato do voto útil, transitando tanto na esquerda quanto à direita do espectro político. Para tal, ele terá que fazer uma campanha que não afugente o eleitor de Lula, mesmo se sentindo apunhalado pelas costas, e não o afaste do eleitorado de centro-direita, sua origem política.
Por essa conta, os eleitores declarados de Lula quando o ex-presidente for considerado inelegível, podem não votar em Fernando Haddad, sendo Ciro a alternativa mais viável à esquerda. As pesquisas eleitorais mostram, porém que a maior parte dos votos a Lula, quando não vão para o candidato do PT, vão para Marina Silva, da Rede, e até uma parcela para Jair Bolsonaro. Por outro lado, se no decorrer da campanha os eleitores perceberem que o candidato tucano Geraldo Alckmin não vai conseguir desconstruir Bolsonaro, os estrategistas da campanha de Ciro planejam ganhar eventuais votos dos que quererão ter um candidato competitivo no segundo turno contra a extrema-direita.
Nesse caso, porém, é possível também que eleitores de Alckmin simplesmente se movam para Bolsonaro, justamente para impedir que candidatos considerados de esquerda como Ciro cheguem ao segundo turno.
Para se apresentar ao eleitorado de centro-direita como alternativa, o candidato Ciro Gomes terá que desfazer a imagem de descontrolado, e não se comprometer tanto com a esquerda.
A campanha do candidato do PDT terá oito candidatos a governador, dois deles, no Amazonas e no Amapá, disputando a reeleição: Amazonino Mendes e Waldez Góes respectivamente. No Mato Grosso do Sul, Odilon de Oliveira, e no Rio Grande do Norte, Carlos Eduardo Alves, os candidatos do PDT estão nos primeiros lugares nas pesquisas.
Além disso, no Rio Grande do Norte, Ciro tem o apoio de José Agripino Maia e de Garibaldi Alves, ambos do DEM. No Ceará, o petista Camilo Santana promete dividir o palanque entre o PT e Ciro. O PSB, apesar de não ter aderido formalmente a nenhuma candidatura, terá pelo menos três candidatos a governador apoiando Ciro Gomes: em Brasília, Rodrigo Rollemberg, no Espírito Santo, Renato Casagrande, e Antonio Carlos Valadares no Sergipe.
Também Flávio Dino no Maranhão, do PC do B, vai dividir o palanque entre Ciro e o PT. E três candidatos a governador do DEM farão campanha para Ciro: Ronaldo Caiado, de Goiás, Mauro Mendes do Mato Grosso e Márcio Miranda do Pará.
Com relação ao pouco tempo de propaganda gratuita – Ciro terá apenas 40 segundos - quem está fazendo a campanha do pedetista conseguiu eleger Alexandre Kalil em Belo Horizonte, que tinha apenas 23 segundos, embora sejam eleições completamente diferentes, sendo a presidencial num universo eleitoral infinitamente maior.
É nesse equilíbrio precário entre centro-direita e esquerda que Ciro parte para uma campanha que parecia beneficiá-lo com a ausência de Lula e, ao contrário, acabou por prejudicá-lo na composição dentro da esquerda.

NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Único trunfo comunista, governador do PCdoB está inelegível por abuso do poder econômico
Da Redação
Quinta-feira, 09/08/2018 às 05:59
Um comunista ‘abusando’ do poder econômico parece uma incoerência, mas não é. Combina perfeitamente com a história de seus integrantes, haja vista a deputada Manuela D’Ávila, codinome ‘Avião’ nas planilhas da Odebrecht.
Flávio Dino, por sua vez, além de comunista, é juiz federal concursado, coincidentemente, aprovado no mesmo concurso do juiz Sérgio Moro. Porém, no exercício do cargo de governador, com o objetivo de vencer o pleito eleitoral de 2016, abusou escandalosamente do poder econômico,
Nesse sentido, a Ação de Investigação Judicial Eleitoral ajuizada na época pela coligação adversária, culminou com a sentença que decretou a sua inelegibilidade.
Num dos trechos da sentença, a magistrada deixa claro o quanto foi devassa a conduta do governador:
(...) “o caso dos autos é de “flagrante abuso de poder político (...)”. “É por demais grave a conduta do governador do Estado de utilizar a máquina pública para angariar votos para um candidato a prefeito (e seu vice-prefeito). Aliás, não é grave, é gravíssima”. 
É o tal ‘Faça o que eu digo, mas não faça o que faço’.
Esses comunistas são terríveis...

NO BLOG DO PERCIVAL PUGGINA
DISCURSO DE ÓDIO E HIPOCRISIA
Por Percival Puggina (*) 
Artigo publicado em 06.08.2018
O escrutínio das causas que levaram ao impeachment de Dilma Rousseff ainda não mereceu consideração nas avaliações internas do seu partido. Depoimentos só foram prestados e confissões só foram ouvidas em processos de colaboração premiada. O que mais aparece no noticiário é uma vitimização atacando o que denomina “discurso de ódio”, ante o qual o partido e suas iniciativas seriam vítimas indefesas e consternadas.
Entre as vantagens que advêm dos meus 73 anos, incluo, sem dúvida, o acompanhamento ao vivo da política nacional durante largo período de tempo. A isso agrego o fato de ser colunista de jornais ao longo das últimas três décadas e meia. Se houve um traço nítido na ação política do PT durante esse período, foi, precisamente, a incitação ao ódio em pluralidade de formas e expressões.
Quase como parte de minha atividade cotidiana acompanhei o surgimento e o crescimento desse partido, mas qualquer um que já tenha idade para estacionar em vaga de idoso também assistiu a tudo. Observei a natureza das ações, o trabalho de organização dos movimentos sociais, o lado trotskista que reconhecia a centralidade da política, e o diálogo com organizações da luta armada (as tais frentes de “libertação nacional” em países da América do Sul, na América Central e na África).
Em todas as atividades compareciam, sempre, os elementos apontados por José Hildebrando Dacanal em “A Nova Classe - o governo do PT no Rio Grande do Sul. São eles: 1) a culpa é do sistema; 2) a sociedade tem que se revoltar; 3) os que se revoltarem votarão em nós; 4) a solução virá com a revolução socialista que nós faremos”. Cada passo dessa sequência não envolve qualquer generosa declaração de amor, mas exige a construção do antagonismo e a percepção do ódio como instrumento de luta.
Coerentemente, então, foram décadas de louvação a um homicida furioso como Che Guevara, para quem “O ódio é o elemento central de nossa luta! Ódio é tão violento que impulsiona o ser humano além de suas limitações naturais, convertendo-o em uma máquina de matar com violência e a sangue frio”. Não pensava diferente outro ícone frequentemente lembrado. Carlos Marighella, em seu minimanual do guerrilheiro urbano, alerta que o guerrilheiro somente poderá sobreviver se estiver disposto a matar os policiais e todos aqueles dedicados à repressão e se for verdadeiramente dedicado a expropriar a riqueza dos grandes capitalistas, dos latifundiários, e dos imperialistas. Não, a adoção de modelos não é uma tarefa inconsequente.
Como produto, a violência foi se tornando rotineira. Todo um divisionismo foi minuciosamente semeado entre raças, etnias, sexos, gerações, grupos e classes sociais. Gradualmente, num crescendo, desencadearam-se as invasões de propriedades rurais seguidas de corredor polonês para retirada dos proprietários, as destruições de patrimônio, as invasões de parlamentos e prédios públicos, os enfrentamentos às autoridades policiais, os trancamentos de rodovias e queimas de pneus, as destruições de lavouras, os black blocs, as campanhas pela mudança de nomes de ruas e todas as ações voltadas para o quanto pior melhor.
Não preciso que alguém me descreva os danos causados pelo ódio dentro de uma sociedade. Eu vi isso acontecer. Eu o rejeitei então e o rejeito agora. Ele não se confunde com a indignação contra a injustiça, contra o mal feito, nem com a denúncia do malfeitor. O que refugo, por absolutamente hipócrita, é a denúncia do “discurso de ódio” formulada como escudo protetor de quem dele se serviu para suscitar tanta divisão, antagonismo e malquerença no ambiente social e político brasileiro!
(*) Percival Puggina (73), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no País. Autor de 'Crônicas contra o totalitarismo'; 'Cuba, a tragédia da utopia'; 'Pombas e Gaviões'; 'A tomada do Brasil' É integrante do grupo Pensar+.

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