SEGUNDA EDIÇÃO DE SEXTA-FEIRA, 27-7-2018

NO O ANTAGONISTA
A fortuna de Dias Toffoli
Sexta-feira, 27.07.18 07:18
A Crusoé mostra qual é o papel da imprensa.
A reportagem de capa revela a mesada de 100 mil reais que o futuro presidente do STF, Dias Toffoli, recebe de sua mulher, dona de um escritório de advocacia com causas milionárias no STJ e no TSE.
No total, Dias Toffoli ganhou 4,5 milhões de reais, mas os pagamentos não foram sinalizados ao COAF, ao menos em 2015.

O custo do ‘exílio’ de Maia e Eunício
27.07.18 09:50
Para justificar a ausência de Rodrigo Maia na coletiva que confirmou o apoio do Centrão a Geraldo Alckmin, ACM Neto, presidente do DEM, disse que o colega estava “em exílio forçado”.
O Estadão publicou quanto os brasileiros pagam por esse exílio:
“Para evitar ficarem inelegíveis, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira, fizeram viagens ao exterior nos últimos três meses que custaram pelo menos R$ 250 mil aos cofres públicos. Os gastos se referem a diárias de servidores e custo em aviões da Força Área.”
A reportagem pondera que apesar de eles “recusarem receber as diárias a que teriam direito nessas viagens, outros parlamentares e servidores os acompanharam, gerando gastos para os cofres públicos”.

Uma revolta no horizonte
27.07.18 09:08
Fernando Gabeira acredita que, com esses governantes, “algum tipo de revolta é inevitável no horizonte”.
Leia um trecho de sua coluna:
“Em termos políticos, certamente haverá muitas nuances, mas algum tipo de revolta é inevitável no horizonte.
A Venezuela está se derretendo e terá inflação de um milhão por cento. Parece ficção, mas já aconteceu na Alemanha em 1923 e na Rodésia no princípio do século.
Dominados por predadores, da esquerda ou da direita, os países se tornam quase inviáveis.”

As ofertas de Ciro para o Centrão
27.07.18 08:05
No sábado, 14 de julho, Ciro Gomes foi a São Paulo e, segundo O Globo, “ofereceu aos líderes do Centrão a vaga de vice e a indicação do ministério no seu eventual governo. Fez brilharem os olhos dos dirigentes de PR, PP, SD e PRB”.
O arranjo só fracassou porque Ciro Gomes “entrou em autocombustão, com xingamentos e declarações consideradas desastrosas”.

NO BLOG DO WANFIL
Por Wanderley Filho
Concurso público em Sobral com propaganda de político parece coisa de Sucupira
Quinta-feira, 26 de julho de 2018
A vida imita a arte: Dirceu Borboleta (Emiliano Queiroz) queria tanto agradar e idolatrar Odorico Paraguaçu (Paulo Gracindo), que às vezes acabava expondo o chefe a vexames

A notícia sobre o concurso público de Sobral que testa conhecimentos do candidatos sobre a família Ferreira Gomes repercutiu nacionalmente e está entre as mais lidas do portal Tribuna do Ceará. Em duas questões a resposta certa sobre a autoria de obras públicas na cidade é o ex-governador do Ceará e ex-prefeito de Sobral, Cid Gomes.
É bem provável que Cid e seus familiares, incluindo o prefeito Ivo Gomes, nem sequer tenham tomado conhecimento do fato até que ele ganhasse dimensão nos jornais, mas seus nomes acabaram expostos, uma vez que o ocorrido parece com uma daquelas histórias de “O Bem Amado”, de Dias Gomes, com as confusões de Odorico Paraguaçu e aliados trapalhões na fictícia Sucupira.
A prova foi elaborada pela Fundação Universidade Estadual do Ceará, que prontamente negou qualquer interferência da Prefeitura de Sobral e afirmou, em nota, não ter visto nada demais no caso, pois as questões fazem referência a fatos históricos.
Curiosamente, na prova não consta episódios constrangedores para gestões do Município. Já imaginou se perguntassem qual ex-prefeito é acusado, sei lá, de ter cometido crime ambiental na Serra da Meruoca? Claro que ninguém faria algo assim, primeiro por receio de perder o cargo; segundo, por ser deselegante; e terceiro por saber que a associação negativa teria efeito político óbvio, especialmente em ano eleitoral. Pois é, o inverso também vale. E Cid é pré-candidato ao Senado. Por isso nada mais natural do que ver conexões entre as perguntas que evidenciam obras de sua gestão e supostos interesses eleitorais. Não basta ser honesto, é preciso parecer honesto, ensinava César.
Quando vi essa notícia, confesso que minha primeira impressão foi tratar o caso como uma banalidade sem maiores consequências; mas depois, pensando bem, percebi que se trata de uma pequena amostra da enorme vitalidade que o personalismo e a típica confusão entre o interesse público e o privado têm no Brasil. São práticas profundamente enraizadas na cultura política nacional.

NA COLUNA DA ELIANE CANTANHÊDE
Coisa de lunático
No mundo político, só se fala em vices; no mundo real, nem se fala nos presidenciáveis
Eliane Cantanhêde, O Estado de S.Paulo
Sexta-feira, 27 Julho 2018 | 03h00
Os eleitores demonstram profunda indiferença pela eleição e não estão nem aí para os próprios candidatos à Presidência da República, quanto mais para aqueles que disputam as vagas de vice. Mas, no mundo político, só se fala nisso, freneticamente: quem vai ser vice de quem? 
As pesquisas em São Paulo – São Paulo! – mostram que muita gente ainda nem sabe que Geraldo Alckmin, ex-governador do Estado por três vezes, é candidato novamente à Presidência. E elas vão se preocupar com o vice? Sem Josué Gomes da Silva, que nove entre dez presidenciáveis disputavam, está aberta a disputa entre PP, PR, DEM, Solidariedade e PRB para indicar o (ou a) vice. Sem esquecer o PSD.
Já o caso do PT de Lula e do PSL de Jair Bolsonaro é ainda pior. Oficialmente, o PT nem candidato a presidente tem, com Lula preso em Curitiba e Fernando Haddad rouco de tanto dar entrevistas, mas só como “coordenador do programa”. As opções para vice dependem do cabeça de chapa e de alianças que, até agora, não vieram.
Já Bolsonaro convive com uma profusão de nomes para a vice, um mais engraçado do que o outro. Os últimos são o do “príncipe” Luiz Philippe de Orleans e Bragança e do astronauta Marcos Pontes. Os marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto devem estar se remoendo no céu, ou na cova, diante desse namoro de um capitão reformado do Exército com a monarquia, derrubada a duras penas. E o que dizer de um astronauta na vice? É piada pronta, ou coisa de lunático.
Bolsonaro já pensou em ter na vice o senador Magno Malta, pastor evangélico, e dois generais reformados, Augusto Heleno e Hamilton Mourão, mas a preferida é a professora Janaina Paschoal, uma das autoras do impeachment de Dilma Rousseff – e que chorou quando o próprio pedido deu certo.
Se Bolsonaro tem essa profusão de opções, Ciro Gomes está no lado oposto: rejeitado pela esquerda e pelo Centrão, não consegue fechar alianças e chega à reta final sem nenhum nome forte para a vice. Vai depender das negociações do PDT com o PSB – que está dividido entre apoiar Ciro, agarrar-se a Lula ou liberar geral para cada um fazer o que bem quiser.
E Marina Silva, que era vice de Eduardo Campos e assumiu a cabeça de chapa com a morte dele, só acena com nomes da própria Rede, o que equivale a chover no molhado. Chapas puro-sangue (com candidato a presidente e a vice do mesmo partido) são próprias de siglas fortes, com estrutura, boas bancadas e tempo de TV. Não para pequenos partidos isolados, sem nenhuma dessas condições ou vantagens.
Mas, afinal, por que esse frenesi pela definição da vice, se nem os próprios candidatos a presidente empolgam? Primeiro, por uma questão prática: vice consolida alianças, traz tempo de TV, “agrega valor” regional, ou de gênero, ou financeiro, às campanhas. Segundo, por uma questão mais simbólica, hipotética: a história registra que José Sarney, Itamar Franco e Michel Temer só viraram presidentes por impedimento dos titulares. Um golpe de sorte? Só tem sorte quem está bem colocado, no lugar certo e na hora certa.
Os próprios eleitores já encamparam a ideia de que impeachments não são bichos de sete cabeças e podem muito bem acontecer. São parte do jogo. Aliás, pesquisa estimulada Record-Real Time detectou que 33% se declaram “muito preocupados” e 17% “razoavelmente preocupados” com a possibilidade de o futuro presidente seguir a trajetória de Collor e Dilma e sofrer impeachment. E lá viria mais um vice.
A advertência do juiz Sérgio Moro no Fórum Estadão de quarta-feira, 25, cai como uma luva nesse contexto: o resultado da eleição não pode pôr em risco a Lava Jato. Senão, o pau vai comer e o vice é que vai se dar bem.

NA COLUNA DA MÍRIAM LEITÃO
Combate múltiplo
POR MÍRIAM LEITÃO
Sexta-feira, 27/07/2018 06:00
Esta é a primeira eleição geral no País após o grande impacto da Lava-Jato. Apesar de as prisões terem começado em 2014, as delações ocorreram em 2015. De lá para cá, as investigações mostraram a dimensão multipartidária da corrupção. Tendo isso em mente, um grupo de pesquisadores de áreas diversas e tendências diferentes formulou o mais amplo pacote de medidas anticorrupção.
Na visão de um dos organizadores do “Unidos contra a Corrupção”, o professor de Direito Michael Mohallem, da FGV, “o resultado das urnas pode mandar sinais para todos, para os que são investigados e os que eventualmente têm condenações”. Este é o momento ideal de discutir tecnicamente essa questão e enviar os sinais. As 10 medidas contra a corrupção foram formuladas basicamente pelo Ministério Público e algumas das medidas foram criticadas, apesar das boas ideias que estavam lá. Desta vez, são 70 medidas que foram definidas após discussão numa plataforma que reunia várias visões do problema. Elas serão encaminhadas em forma de projeto de lei ao Congresso, com ideias que vão desde a regulamentação do lobby, à proteção da pessoa que reporta o caso de corrupção, até uma nova forma de fiscalização dos partidos.
A reação da sociedade precisa ser ampla, porque o problema também é disseminado, diz Bruno Brandão, da Transparência Internacional Brasil.
— A Lava-Jato mexeu com interesses de poderosos de todos os lados do País. Da esquerda, da direita, do poder econômico, do poder político. E ela vem sob ataque desde o dia um. Em quatro anos, a Lava-Jato está constantemente sob ataque, sob uma guerra de comunicação, desinformação, que tenta deslegitimar a operação. Alguns candidatos já se manifestaram contra ela, e outros defendem a sua continuidade e avanço. Alguns se posicionam a favor e têm propostas que contradizem esse apoio. O professor Joaquim Falcão fala que a Lava-Jato é uma atitude, mais do que uma operação — diz Bruno.
O fato de transcender às investigações e ser uma atitude de juízes, procuradores e também da sociedade é que levou a esse esforço multidisciplinar de formular propostas concretas para avançar.
— As pesquisas têm mostrado que esse passou a ser o problema número um dos brasileiros. E olha que o Brasil tem problemas sérios. Fica acima da segurança, desemprego, educação. Portanto, uma resposta precisava ser dada. Organizações como a Transparência, universidades como a FGV e outros parceiros acharam que era preciso dar uma contribuição. As 10 medidas tiveram o mérito de colocar o debate, mas faltaram alguns elementos. Mais organizações, mais ideias, mais pontos de vista — diz Mohallem.
Ele explicou que foram reunidas pessoas que trabalham nessa agenda há décadas. Buscou-se inspiração no que deu certo no exterior.
— Juntaram-se professores, servidores, juízes, promotores, advogados, acadêmicos. Juntaram-se inteligências. Houve um processo que passou por consulta pública. Depois tudo foi revisado para se tirar os excessos, a gente depurou do ponto de vista técnico. E são 70 medidas, formuladas por 200 especialistas — explica o professor.
Bruno Brandão diz que a Transparência Internacional trabalha com esse assunto em 110 países, pesquisando planos nacionais, as grandes reformas. Ele diz que este é o programa mais extenso já formulado.
— Hoje enfrenta-se uma polarização exacerbada. Aqui não. A divergência foi bem-vinda. Nós buscamos a divergência porque ela ajudou a fazer filtros.
Eu entrevistei os dois no meu programa na Globonews. Um dos pontos propostos é a regulamentação do lobby, que existe em muitos países. Não resolve o problema, mas aumenta a transparência. Outra proposta tem a ver com os partidos políticos. Eles têm recursos públicos, muita autonomia, e vários viraram negócios familiares, ou são controlados por caciques. Há propostas que estimulam a democratização dos partidos. Uma medida que funciona muito no exterior é a proteção do whistleblower, o denunciante. Não o que faz a delação, por estar dentro do problema, mas sim o que vê algo errado e comunica.
Caminhos para combater e prevenir a corrupção existem. Mesmo que o cenário pareça desanimador é preciso persistir. Na visão de Bruno Brandão, essa é uma luta por direitos.
(Com Alvaro Gribel, de São Paulo)

NO BLOG ALERTA TOTAL
Sexta-feira, 27 de julho de 2018
Boas notícias que, na verdade, são péssimas
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
A grande mídia tem feito campanhas ostensivas contra as fake news – as notícias falsas. No entanto, comentaristas tidos como “influenciadores do mercado” andam fazendo “análises” de notícias reais que, parecem boas, porém, na verdade, são péssimos indicadores do desempenho econômico. Ou seja, os supostos inimigos das “mentiras”, cometem o paradoxo de propagar interpretações falsas da realidade objetiva. Tal fenômeno recorrente deveria ser batizado de “Estelionato Desinformativo”.
Alguns comentaristas de televisão, rádio, jornal e de redes sociais estão comemorando o aumento da arrecadação federal de impostos. Isto é loucura combinada com sacanagem. A carga tributária imoral no Brasil é a causa do fechamento de empresas. Somos forçados a pagar quase 100 impostos, taxas, contribuições multas e por aí vai. Eis a Ditadura Tributária – que os gigantes da mídia não denunciam com tanta ênfase. Afinal, o setor de comunicação é contumaz sonegador de impostos (cobrados justa ou injustamente).
Os impostos imorais provocam o gigantesco desemprego. Eles inviabilizam quem deseja ou ousa produzir e empreender. Arrasam com as empresas (sobretudo as pequenas e médias) que são levadas à falência. O empresário é extorquido para custear a gigantesca máquina estatal Capimunista Rentista. A tal arrecadação recorde é um suicídio econômico. Mal cobre os rombos nas contas públicas. O dinheiro a mais não serve para aumentar investimentos em Educação, Saúde e Segurança.
O governo deveria economizar, cortar gastos inúteis, racionalizar despesas e reduzir tributos. O cidadão comum, trabalhador, é quem mais se dana. O contribuinte está pagando mais Imposto de Renda a cada ano devido à defasagem na correção da Tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física em relação à inflação oficial. Ninguém aguenta mais! Temos de cobrar dos nossos políticos a tão falada Reforma Fiscal. Não precisamos de governos que sejam arrecadadores vorazes e gastadores irresponsáveis.
É aí que entra o ululante paradoxo tupiniquim. Os brasileiros não se rebelam, de modo consistente, contra a abusiva cobrança de impostos e afins. Nem pela via desonesta da sonegação fiscal – que é crime – acontece um protesto consistente. Parecemos um povo refém e rendido à ditadura do Fisco, seja nos Municípios, nos Estados e na União. É um grande mistério sociológico por que não promovemos uma rebelião contra a cobrança abusiva de quase 100 maneiras de extorsão do Estado-Ladrão sobre o cidadão e os empreendedores – geradores de emprego.
Enquanto não solucionamos a causa do “mistério” da passividade, temos outra habitual notícia que parece excelente, “só que não” (como diz a famosa gíria da garotada). Os maiores bancos, novamente, batem lucros recordes, em meio à recessão (ou estagflação) de uma economia que não cresce como deveria. É a vitória permanente do rentismo. É o triunfo persistente do 'Capimunismo' – em um Brasil majoritariamente dominado por pessoas “estadodependentes”, coniventes ou favoráveis ao regime do Crime Institucionalizado.
Até quando conseguiremos sobreviver neste País de Mentirinha? Cada um deveria se lembrar do fenômeno do Estelionato Desinformativo na hora de votar... Será que somos uma maioria de bandidos? Se somos, vamos escancarar nossas bastilhas e aceitar, passivamente, que o melhor negócio é morar em um grande presídio a céu aberto, aceitando o crime como algo “natural”...
Solução canalha: troquemos nosso Hino Nacional (que a maioria mal canta corretamente) pelo imortal pagode “Pega eu, que eu sou ladrão”... E vamos tomar um porre de “Lula Livre” – uma bebidinha que mistura gelo, metanol puro e capim-limão do Sítio de Atibaia...
Nada de anormal em um País cuja governabilidade tem um sentido gangsterístico...
Bom é que nesta sexta-feira teremos o mais longo eclipse total da Lua neste século... O que isso significa para a Política? Nada...
(...)

NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Toffoli recebe mensalmente R$ 100 mil da ex-sócia no escritório de advocacia
Toffoli paga para a ex-mulher uma espécie de pensão, maior do que o seu salário e proveniente de uma conta da ex-sócia
Da Redação
Sexta-feira, 27/07/2018 às 07:04
Antes de o ministro Dias Toffoli ser indicado para o Supremo Tribunal Federal, atuava num escritório de advocacia em sociedade com a advogada Roberta Rangel, com quem acabou casando.
De fato e direito, Tofolli e Roberta são hoje marido e mulher. Relações entre cônjuges, inclusive no aspecto financeiro, devem ser consideradas de maneira diferenciada.
Não existe lei que proíba um cônjuge de ajudar o outro com repasses mensais de dinheiro.
De qualquer forma, a mesada que Toffoli recebe de Roberta, depositada mensalmente numa conta do banco Mercantil do Brasil é intrigante e realizada com alguns ‘pecados’, revelados por uma reportagem da Revista Crusoé.
O ministro tomou posse no STF em 23 de outubro de 2009, nomeado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O seu casamento com a ‘sócia’ só ocorreu em 2013.
Diz a reportagem: 
“O matrimônio, formalizado por um cartório de Taguatinga, cidade-satélite do Distrito Federal, logo se transformaria em uma sólida relação financeira cujas movimentações passam por uma conta no pouco conhecido Banco Mercantil do Brasil.
Sediado em Belo Horizonte, o Mercantil do Brasil mantém uma discretíssima agência em Brasília, escondida no segundo andar de um prédio comercial da região central da cidade, para atender clientes como Toffoli. Pelo menos desde 2015, a conta aberta cinco anos antes na agência 0092 do banco mineiro recebe, mensalmente, 100 mil reais. Na ponta do lápis, os créditos somam mais de 4,5 milhões de reais desde então. Os detalhes das transações tornam a história ainda mais interessante.
A conta é conjunta. Está em nome de Toffoli e Roberta. Mas as transferências realizadas todo mês vêm sempre de uma conta da mulher do ministro no banco Itaú. Ou seja: Roberta transfere os valores de uma conta pessoal sua para uma conta conjunta que divide com o marido.
Em tese, poderia ser apenas questão de organização financeira do casal. Mas há elementos que mostram que a conta no Mercantil serve, na verdade, ao ministro Toffoli.
O primeiro sinal é que a conta tem um procurador autorizado a movimentá-la, e esse procurador é ninguém menos que um assessor do gabinete de Toffoli no Supremo.
O segundo sinal, ainda mais eloquente, é que o dinheiro que entra na conta sai para bancar despesas que são, claramente, do próprio ministro. Como, por exemplo, a transferência também mensal de 50 mil reais para Mônica Ortega, ex-mulher de Toffoli.
Explicando em miúdos: dos 100 mil que entram na conta, vindos da atual esposa do ministro, dona de uma banca de advocacia que foi alcançando o sucesso à medida que o próprio Toffoli ascendia na carreira, metade sai para pagar uma espécie de pensão do ministro à sua ex-mulher. E o restante do valor é usado para bancar despesas também atribuídas a ele.
Ou seja: todos os caminhos levam a crer que os 100 mil transferidos todo mês por Roberta Rangel servem para que Toffoli cubra despesas próprias. O dinheiro é para ele." 
O mais curioso é que Toffoli paga para a ex-mulher uma pensão maior que o seu salário de ministro do STF, que em tese é de R$ 33 mil.
Inexplicável!

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