SEGUNDA EDIÇÃO DE SEXTA-FEIRA, 06-7-2018

NO O ANTAGONISTA
“Um desejo irrecusável e irreversível”
Sexta-feira, 06.07.18 09:35
A Crusoé entrevistou Álvaro Dias, que está sendo pressionado para desistir de sua candidatura.
Pergunta:
“Há quem avalie que o senhor tira votos de Alckmin no Sul do País.”
Resposta:
“Eles que tiram meus votos. Veja, a sociedade evoluiu. Há no consciente coletivo um desejo irrecusável e irreversível de mudança no país e a mudança não passa por esses partidos rejeitados hoje. Justa ou injustamente rejeitados, mas muito rejeitados.”
Leia a entrevista completa aqui.

É só conversar com a Márcia
06.07.18 08:32
Marcelo Crivella, na quarta-feira, 04, reuniu-se com 250 pastores.
Durante o encontro, testemunhado por O Globo, o prefeito do Rio de Janeiro ofereceu aos evangélicos uma espécie de Bolsa Catarata:
“Na Prefeitura, estamos fazendo mutirão da catarata. A Márcia trabalha comigo há quinze anos. Ela conhece os diretores de toda a rede federal: Ipanema, Lagoa, Andaraí, Bonsucesso, Fundão. Ela conhece os diretores de todos os hospitais da rede municipal, que já almoçaram conosco, de maneira que ela me representa em todos esses setores. Miguel Couto, Souza Aguiar, Lourenço (Jorge), Salgado (Filho), Piedade e por aí afora. Contratei 15 mil cirurgias até o final do ano. Então, se os irmãos tiverem alguém na igreja com problema de catarata, se os irmãos conhecerem alguém, por favor falem com a Márcia. É só conversar com a Márcia, que ela vai anotar, encaminhar e daqui a uma semana ou duas, eles estão operando.”
Ele ofereceu também a Bolsa Variz e a Bolsa Vasectomia:
“Varizes: a maioria são mulheres que estouram uma variz na perna e abre uma ferida que não fecha. E a senhora apenas troca o curativo. Hoje existe uma maneira: injeta na veia dela uma espuma medicinal e fecha a ferida, uma bênção. Também, por favor, falem com a Márcia. E tem a vasectomia para os homens. Estamos zerando a fila. É muito importante os irmãos ficarem com o telefone da Márcia ou do Marquinhos, porque, às vezes, ocorre um imprevisto. Se houver caso de emergência, liga. Liga para a Márcia e ela liga para mim, para o Marquinhos… É importante você ter um canal para poder socorrer num momento de emergência.”

O comunista de Gilmar Mendes
06.07.18 07:59
A Crusoé revela que os governadores Marconi Perillo e Flávio Dino foram os que mais repassaram dinheiro público ao IDP, de Gilmar Mendes.
Marconi Perillo, do PSDB, é coordenador da campanha de Geraldo Alckmin.
Quanto a Flávio Dino, do PCdoB, a reportagem conta que, antes de ser eleito no Maranhão, com o apoio de Lula e Dilma Rousseff, ele foi funcionário do IDP de Gilmar Mendes.

Dirceu ri da cara da Justiça
06.07.18 07:24
José Dirceu, alguns dias antes de ser solto por Dias Toffoli, mandou seus aliados pararem de bater no STF.
Agora, como diz a reportagem de capa da Crusoé, “o operador voltou”. E passou a articular a estratégia eleitoral do PT, rindo da cara da Justiça.

NO BLOG DO NOBLAT
Toffoli, aprendiz do PT
Ministro do STF é um bom aluno
Por Ricardo Noblat
Sexta-feira, 06 jul 2018, 07h00
A pouco menos de três meses de assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal no lugar da ministra Cármen Lúcia, o ministro José Dias Toffoli se ocupa em montar um time de ouro de assessores e conselheiros para auxiliá-lo na tarefa pelos próximos dois anos.
Por ora, e informalmente, quem o orienta na área de comunicação e de relações com a mídia é o jornalista Franklin Martins, ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social do governo Lula entre 2007 e 2010. Martins foi responsável pela campanha de Dilma nas redes sociais na eleição de 2014.
Toffoli serviu ao PT como advogado, depois como assessor do ministro José Dirceu de Oliveira na Casa Civil, e mais tarde como Advogado Geral da União. Embora reprovado duas vezes em concurso para juiz em São Paulo, foi indicado por Lula em 2009 para ministro do Supremo.
Se depender dele, a prisão em segunda instância da Justiça será revogada, Lula acabará solto apesar de condenado a 12 anos e 01 mês de cadeia, e a Operação Lava Jato levará um poderoso chega para lá. Apreciador de boas marcas de uísque, Toffoli voltou a consumi-las depois de um largo período de abstenção.

Quem quer dar cartão vermelho ao STF?
Muito grave o clima que vai se criando em torno do STF
Por Helena Chagas
Quinta-feira, 05 jul 2018, 14h00
Alguns dirão, com certa razão, que a culpa é do próprio Supremo Tribunal Federal, que nos últimos tempos desceu do pedestal de árbitro e virou parte na disputa política. E não apenas uma parte: vários times de toga disputam a taça da insensatez, num jogo cheio de gols de mão, ofensas e rasteiras. O resultado disso pode ser institucionalmente muito perigoso: a cada dia tem mais gente querendo dar cartão vermelho ao Supremo.
Da proposta com cheiro de AI-2 de Jair Bolsonaro, que se for presidente vai querer criar mais dez vagas na Suprema Corte e preenchê-las, ao extremo oposto do espectro, onde o ex-presidente Lula critica, em carta, os atos de Edson Fachin e diz ter razões para não acreditar mais na Justiça, é muito grave o clima que vai se criando em torno do STF.
Do outro lado da rua, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aproveita o baixo astral para aprovar projeto proibindo ministros do Supremo de suspenderem a vigência de leis em decisões monocráticas, sem passar pelo plenário ou pelas turmas. O que se diz nos corredores quase vazios do Congresso é que, depois das eleições, virá mais, sob a capa de uma reforma do Judiciário, junto com medidas para aliviar a situação de acusados da Lava Jato.
Ao mesmo tempo, juízes e procuradores de primeira instância, cheios de seguidores nas redes, num desrespeito inédito, martelam diariamente comentários críticos e até ofensivos contra ministros do Supremo. O procurador Deltan Dallagnol, por exemplo, diz no twitter que o ministro Dias Toffoli, ao dar habeas corpus a José Dirceu, soltou seu “ex-chefe”.
Divergir é normal. Nas democracias em que se exerce o equilíbrio entre os poderes, supremas cortes foram feitas mesmo para desagradar a gregos, troianos e goianos. É do jogo, desde que o órgão máximo do Judiciário mantenha a credibilidade de quem exerce seu poder acima e além de circunstâncias conjunturais e interesses políticos.
Talvez seja justamente isso – essa credibilidade – que a politização do Supremo esteja perigosamente começando a minar. Ainda que a atual radicalização não tenha nascido exatamente ali, e seja fruto de uma crise mais ampla da democracia representativa, que distancia cada vez mais representantes e representados e faz crescer o repúdio à política e suas instituições.
Ou alguém imaginou que, desmoralizado o Legislativo entre múltiplas práticas de corrupção, e enfraquecido o Executivo com o impeachment de uma presidente por “pedaladas fiscais”, e sua substituição por um vice atolado em acusações, iria ficar tudo bem?
O Judiciário, antes apontado como salvador da pátria, mas na verdade cheio de mazelas como os outros, faz parte desse sistema. Era uma questão de tempo que se tornasse também um poder sob ataque, de dentro e de fora. Quem pode estar prestes a receber cartão vermelho é a própria democracia.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 10/12/2023 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 05/8/2023 - SÁBADO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 08/4/2024 - SEGUNDA-FEIRA