PRIMEIRA EDIÇÃO DE SÁBADO, 28-7-2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SÁBADO, 28 DE JULHO DE 2018
Apesar de o Supremo Tribunal Federal (STF) não haver confirmado declaração atribuída ao ministro Dias Toffoli, descartando colocar em pauta a prisão de condenados em segunda instância, fontes do STF garantem que “são praticamente nulas” as chances de o futuro presidente da Corte colocar esse assunto em pauta. Pelo menos não em 2018. A ideia é não criar “marola” antes da eleição de outubro.

Os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello devem ser contrários à prisão em segunda instância.

Condenado por unanimidade pelo TRF-4, órgão colegiado, Lula está inelegível, segundo manda a Lei da Ficha Limpa. Dilma, condenada pelo plenário do Senado, órgão colegiado, também está inelegível.

Como fez com Cristiane Brasil (PTB-RJ), o Supremo deveria cobrar explicação de parlamentares oportunistas que gastam dinheiro do contribuinte para visitar Lula, um corrupto preso.

É inexplicável, ainda mais para banco estatal como a Caixa Econômica, que a inadimplência seja de 2,25% e os juros cobrados no cheque especial superem 300%. E a missão do banco é “promover cidadania”.

Sufocada pela indústria de indenizações trabalhistas, a Fundação Museu do Homem Americano, em São Raimundo Nonato (PI), que atua na Serra da Capivara, foi obrigada a demitir todos os funcionários. Cada centavo que entra na Fundação vai para a Justiça do Trabalho.

…nada mais justo do que o ficha suja, que na verdade não é candidato, ter de devolver o dinheiro público que recebeu para fazer “campanha”.

NO BLOG DO JOSIAS
Alckmin nem abriu o comitê e já há lixo na porta
Por Josias de Souza
Sábado, 28/07/2018 03:53
Geraldo Alckmin tornou-se um latifundiário eletrônico. Amealhou algo como 40% de todo o horário eleitoral na TV. Nenhum outro presidenciável dispõe de tanto tempo de propaganda. A pergunta de R$1 milhão que passou a rondar o tucano é: como planeja preencher tanto espaço? O que tem a oferecer? Pelo andar dos inquéritos, Alckmin será obrigado a ocupar um pedaço de sua gleba televisiva com explicações.
Nesta sexta-feira, o Ministério Público Federal em São Paulo denunciou 14 pessoas por envolvimento num caso de desvio de R$ 625 milhões das obras de um trecho inconcluso do Rodoanel. O rol de acusados é estrelado por Laurence Casagrande Lourenço, ex-presidente da Dersa, a estatal que cuida de obras viárias no governo paulista. O personagem envernizou sua carreira sob Geraldo Alckmin.
Acusado de fraude em licitação, falsidade ideológica e organização criminosa, Laurence entrou e saiu da Dersa na gestão de Alckmin. Ocupou cargos tão relevantes como o de secretário de Logística e Transportes. Um mês antes de Alckmin trocar o governo pela candidatura, Laurence passou a responder pela Companhia Energética de São Paulo, onde ficou até ser preso, em 21 de junho.
Dois dias após a prisão, de passagem pela cidade paraibana de Campina Grande, Alckmin exaltou os “cuidados tomados” para evitar malfeitorias nas obras do Rodoanel. Ele pediu “rapidez” na investigação. E defendeu o preso: “O Laurence Casagrande é uma pessoa séria, com enorme folha de serviços prestados ao Estado.” (Veja vídeo neste link: https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/)
As conclusões do inquérito da Procuradoria trafegam na contramão da confiança de Alckmin na higidez das obras e na reputação dos seus administradores: “Sem sombra de dúvidas, há mais de dez anos, existe uma organização criminosa dentro da Dersa”, declarou a procuradora da República Anamara Osório Silva, que entregou a denúncia à Justiça.
Ironicamente, Laurence Casagrande fora acomodado por Alckmin na Dersa com a missão de averiguar denúncias de corrupção na estatal — denúncias envolvendo Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, apontado como operador de propinas do tucanato paulista. Por mal dos pecados, a denúncia contra o olheiro de Alckmin escalou as manchetes no mesmo dia em a Justiça bloqueou os bens de Paulo Preto.
O comitê de campanha de Alckmin ainda nem foi aberto e já há defronte da porta um monturo muito parecido com um lixão. Nele, detritos compartilhados com outros governadores tucanos — caso Siemens, Alston e o próprio Paulo Preto — se misturam a pendências exclusivas de Alckmin: os R$ 10,3 milhões da Odebrecht, os R$ 5 milhões da CCR, as intermediações do cunhado Adhemar Ribeiro e, agora, a nova encrenca do Rodoanel.
Alckmin foi muito criticado por aproximar o seu projeto eleitoral do Centrão. Mesmo entre os tucanos houve quem considerasse que os minutos de propaganda dos partidos que integram o grupo talvez não valessem o risco de intoxicação. Faz sentido. Mas a verdade é que a agenda negativa do candidato já dispensa matéria prima alheia. A reputação de Alckmin enferruja sozinha.
Católico, Alckmin talvez nem precisasse de tantos minutos de propaganda. Cinco segundos seriam suficientes para recitar no horário eleitoral o código ético-social-religioso mais famoso do mundo: ''Não matarás, não roubarás…''

O crime compensa: livre, Dirceu usufrui de férias
Por Josias de Souza
Sexta-feira, 27/07/2018 20:00
Condenado em segunda instância a 30 anos e 9 meses de cadeia, José Dirceu deveria estar atrás das grades. Mas ele desfruta, veja você,  uma temporada de férias. Graças à generosidade da Segunda Turma do Supremo, que o libertou no mês passado, o ex-chefão da Casa Civil de Lula trocou a hospedaria da Papuda, o presídio de Brasília, pelo conforto da casa de um empresário-companheiro no interior da Bahia. Dirceu passeia, se reúne com políticos locais e até dá entrevistas.
No Brasil, os crimes praticados acima de um certo nível de poder e renda não costumavam ser punidos. A Lava Jato melhorou o que era muito ruim. Mas a situação continua precária. O baixo risco de punição, sobretudo da criminalidade de colarinho branco, funciona como um incentivo à prática generalizada dos crimes do poder.
Quem olha para as alianças eleitorais de 2018 percebe que ainda é grande a quantidade de corruptos em plena atividade. Ao libertar Dirceu, que coleciona sentenças no Mensalão e no Petrolão, a Segunda Turma do Supremo revela que, no Brasil, continua sendo mentirosa a tese segundo a qual o crime não compensa. É que, quando compensa, ele muda de nome. Quando a punição é inexistente ou cenográfica, o nome do crime é impunidade.

NO O ANTAGONISTA
O golpe da Segunda Turma
Sábado, 28.07.18 06:10
Os criminosos querem fugir de Cármen Lúcia.
Diz a Coluna do Estadão:
“A entrada da ministra Cármen Lúcia na Segunda Turma do STF no lugar de Dias Toffoli preocupa parlamentares com processos pendentes de julgamento no colegiado. Advogados de políticos dizem que farão o possível para que seus clientes sejam julgados antes da troca.”
Como dissemos ontem à noite, porém, o golpe pode ser outro: trocar Cármen Lúcia por Marco Aurélio Mello.

MARCO AURÉLIO PODE IR PARA A SEGUNDA TURMA
Sexta-feira, 27.07.18 22:15
Por Claudio Dantas
O Antagonista apurou que há uma articulação interna no STF para que Marco Aurélio Mello troque de lugar com Dias Toffoli na Segunda Turma, em agosto.
Com a posse de Toffoli na Presidência do Supremo em setembro, Cármen Lúcia seria deslocada para a Primeira Turma.
Dessa maneira, os “ministros anti-Lava Jato” continuariam com a maioria dos votos na Segundona e ainda teriam o controle da pauta na Presidência.
“O plano é escandaloso e mostraria a real intenção dessa gente em soltar Lula e acabar de vez com a Lava Jato”, avalia um ministro.
Em 2015, Marco Aurélio, por ser o vice-decano, tinha prioridade na transferência para a Segundona, mas abriu mão para que Toffoli assumisse a vaga aberta com a aposentadoria de Joaquim Barbosa.

PF investiga professor da UFSC por ataques a ex-delegada da Lava Jato
27.07.18 21:30
A PF abriu inquérito contra Áureo Mafra de Moraes, professor e chefe de gabinete da reitoria da UFSC, sob a suspeita de atentado contra a honra da delegada Erika Marena, informa a Folha.
Erika, que trabalhou na Lava Jato em Curitiba até 2017, deflagrou a Operação Ouvidos Moucos da PF, que apurou supostos desvios de recursos federais na universidade catarinense.
Em outubro do ano passado, o então reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier de Olivo, se suicidou, 18 dias depois de ter sido preso pela delegada, que o acusava de obstrução de Justiça — Cancellier não era suspeito de desvios de recursos.
O inquérito contra Aureo foi aberto porque policiais federais viram indícios de calúnia e difamação numa reportagem da TV UFSC na qual ele aparece.
Na reportagem, o professor fala na “reação da sociedade a tudo aquilo que nos abalou neste ano”, em referência à morte de Cancellier.
Atrás dele, havia uma faixa acusando os responsáveis pela Ouvidos Moucos de “praticar abuso de poder contra a UFSC, que levou ao suicídio do reitor”, com uma foto de Erika Marena.

Ciro é ‘dono de engenho’, diz Fernando Holiday
27.07.18 21:05
O Estadão entrevistou Fernando Holiday, que ontem acampou na frente do Facebook em protesto do MBL contra a remoção de páginas ligadas ao movimento.
O vereador do DEM-SP voltou a comentar a ofensa de Ciro Gomes, que o chamou de “capitãozinho do mato” em entrevista à rádio Jovem Pan.
“A fala dele realmente é coisa de dono de engenho tentando colocar um negrinho no seu lugar”, declarou Holiday.

BC pode pedir explicações no caso Toffoli
27.07.18 20:45
O Banco Central pode pedir explicações ao Banco Mercantil e até punir a instituição por não ter alertado sobre as movimentações atípicas de Dias Toffoli, reveladas hoje por Crusoé.
Em nota, o BC afirmou que não pode comentar situações específicas sobre empresas e pessoas físicas.
Clique AQUI para ler a nota. E AQUI para ler a reportagem completa – aberta a não assinantes – de Eduardo Barretto e Filipe Coutinho sobre a mesada do ministro do Supremo Tribunal Federal.

Vallisney nega perdão a delator de Cunha
27.07.18 20:20
O juiz Vallisney de Oliveira negou perdão judicial solicitado pelo delator Fábio Cleto, ex-VP da Caixa que entregou o esquema de Eduardo Cunha no FI-FGTS.
Para o juiz, a delação teve efetividade parcial.

Ciro diz que Lava Jato é ‘inflexão fundamental’
27.07.18 20:15
Ciro Gomes não para de tentar consertar o estrago da entrevista em que disse que Lula “só tem chance de sair da cadeia se a gente assumir o poder e organizar a carga”.
Hoje, em entrevista à rádio Bandeirantes de SP, ele jurou que “botar juiz para voltar para a caixinha dele, botar o Ministério Público para voltar para a caixinha dele e restaurar a autoridade do poder político” não é enterrar a Lava Jato.
“Só quis dizer o óbvio. Eu sinto que nós estamos num estado de anarquia”, declarou o candidato do PDT, que chamou a operação de “inflexão fundamental”.
Também se disse “amante do estado democrático de direito”, defendeu soltar Lula por “ausência de provas” e discordou da estratégia do PT de manter a candidatura do condenado, que “leva o país a dançar na beira do abismo”.
Ciro Gomes quer ser tudo ao mesmo tempo agora.

Carne Fraca: Justiça condena ex-superintendente do Ministério da Agricultura
27.07.18 20:07
Na primeira sentença decorrente da Operação Carne Fraca, o juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal de Curitiba, condenou hoje três pessoas, entre elas, Gil Bueno de Magalhães, ex-superintendente regional do Ministério da Agricultura no Paraná.
Gio foi condenado a 7 anos, 9 meses e 15 dias de prisão pelos crimes de advocacia administrativa, corrupção passiva, peculato e uso de atestado médico falso.
Também foram condenados Antonio Garcez da Luz, ex-chefe do escritório do Mapa em Foz do Iguaçu (4 anos e 1 mês pelos crimes de corrupção passiva e peculato culposo), e Carlos Alberto de Campos, assistente administrativo (condenado a 3 anos e 8 meses por peculato).
Na mesma sentença, Josegrei absolveu quatro dos 60 denunciados pelo MPF: Arlindo Alvares Padilha Júnior, policial federal, absolvido da prática do crime de peculato; Guilherme Dias de Castro, agente de atividades agropecuárias, absolvido da prática do crime de peculato; Cláudia Yuriko Sakai, empresária, absolvida da prática do crime de corrupção passiva; e Edson Luiz Assunção, agente de atividades agropecuárias, absolvido da prática do crime de peculato.
Confira a íntegra da SENTENÇA.

No Rio, chefe de setor antibombas é preso, acusado de vender ao tráfico
27.07.18 19:55
Um comissário do Esquadrão Antibombas da Polícia Civil do Rio foi preso em flagrante, suspeito de desviar explosivos da corporação e vender para traficantes de favelas cariocas, informa o G1.
Carlos José Monteiro da Silva, de 59 anos, era chefe do paiol do setor e o mais antigo instrutor de cursos da Unidade.
Monteiro era investigado havia 45 dias, desde que uma explosão perto de uma favela na zona norte do Rio matou uma pessoa –ligada, descobriu-se, ao chefe do paiol. O lugar da explosão funcionava como oficina clandestina do tráfico.
Ontem à tarde, logo depois de ele sair da Cidade da Polícia, policiais abordaram seu carro e encontraram nove artefatos explosivos improvisados, além de uma granada defensiva militar.

MPF denuncia ex-secretário de Alckmin e mais 13
27.07.18 19:14
Preso desde junho sob suspeita de favorecer empreiteiras na obra do Rodoanel Norte, Laurence Casagrande foi denunciado hoje pelo MPF sob acusação de fraude a licitação, associação criminosa e falsidade ideológica, informa a Folha.
Casagrande, ex-secretário de Geraldo Alckmin e ex-presidente da Dersa, é acusado de envolvimento na assinatura de aditivos contratuais que favoreceram de forma fraudulenta a OAS e a Mendes Júnior.
Segundo as investigações, esses aditivos teriam causado prejuízos de mais de R$ 600 milhões aos cofres estaduais.
Além de Laurence Casagrande, outras 13 pessoas foram denunciadas – entre elas o ex-diretor de Engenharia da Dersa Pedro da Silva, que assumiu o cargo na estatal após a saída de Paulo Preto, acusado de operar propina para o PSDB.
O MPF lembra que essa é a primeira denúncia da Operação Pedra no Caminho, desdobramento da Lava Jato em São Paulo.

PT não quer ‘vestir a carapuça’ de Raquel Dodge
27.07.18 19:02
Paulo Teixeira disse a Igor Gadelha, de Crusoé, que o PT não vai “vestir a carapuça” das declarações de Raquel Dodge.
Mais cedo, como O Antagonista postou, a procuradora-geral da República disse que todos os candidatos condenados em segunda instância deverão ser considerados inelegíveis. Teixeira alega que Lula “não é ficha-suja”.
Clique AQUI para ler a íntegra da nota em Crusoé.

General alerta para apreensão de militares se houver indulto a Lula
27.07.18 18:39
O general Augusto Heleno, um dos principais conselheiros de Jair Bolsonaro, afirmou que a possibilidade de um indulto a Lula geraria “apreensão” nas Forças Armadas, informa O Globo.
“Vejo com preocupação decisões com relação ao Lula que fujam do que está na lei. Manobras artificiais, conchavos e artimanhas que sejam montadas para favorecer gente condenada em segunda instância são vistas com apreensão muito grande com relação a consequências que teriam em setores sérios da sociedade, como as Forças Armadas”, disse Heleno.
Já faz tempo que O Antagonista vem noticiando: os militares não veem com bons olhos nenhuma manobra para que, em favor de Lula, não se cumpra a lei.

Os lulistas só pensam naquilo
27.07.18 18:19
Jandira Feghali acaba de postar em seu Twitter uma montagem com a lua vermelha do eclipse de hoje e, por cima, a cara do hóspede da carceragem da PF em Curitiba.
Finalmente algo em que a deputada do PC do B e os leitores de O Antagonista concordam: não seria má ideia mandar Lula para o espaço.

MPF denuncia analista da Receita e empresários por fraude de R$ 99 milhões
27.07.18 17:27
O MPF denunciou (acusou formalmente) quatro empresários, uma analista da Receita e o filho dela por “atuação em um esquema de transferência fraudulenta de créditos tributários”, informa Fausto Macedo.
Os seis envolvidos são alvo da Operação Manigância, deflagrada por Receita e MPF em março. Todos devem responder por lavagem de dinheiro, e os empresários são acusados ainda de participação em organização criminosa, corrupção ativa e estelionato.
As operações sob suspeita realizadas pela servidora, Sueli Maristela Marques –acusada também de corrupção passiva e afastada do cargo –, teriam causado prejuízo estimado em R$ 99 milhões.

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