PRIMEIRA EDIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, 18-6-2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Senadores relutam no apoio à CPI sobre as relações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) com operadoras de planos de saúde, proposta pela senadora Lídice da Mata (PSB-BA), porque preferem estender as investigações a outras “agências reguladoras” cuja atuação também gera suspeitas. Caso da Anac (aviação civil), especialista em alegrar empresas aéreas e infelicitar seus passageiros. Apesar disso, a CPI da ANS já tem as 27 assinaturas necessárias.

Protegidos pelo instituto da “estabilidade no emprego”, ainda em vigor, os funcionários públicos precisam se esforçar muito para serem demitidos. Ainda assim, nos primeiros quatro meses do ano, o governo federal conseguiu concluir os processos de demissão de 118 por “atos relacionados à corrupção”. O número pode ser considerado modesto, considerando-se tantos escândalos investigados nos últimos anos.

O Brasil está na lona: tem gente achando que a CBF “traiu” por não ter sido voto de cabresto da Conmebol, na escolha do local da Copa de 2026. Só os ingênuos achavam que o presidente da CBF, escolhido por Marco Polo Del Nero, votaria no país que prendeu José Maria Marin.

Pesquisa FGV/DAPP sobre as mensagens postas em Twitter, no Brasil, Lula é o político mais associado à corrupção: 77,8 mil referências na primeira semana de junho. Jair Bolsonaro teve 27 mil menções.

…se a moda pega, Fernandinho Beira-Mar pode comentar a Copa no Catar 2022.

NO BLOG DO JOSIAS
Juiz é gatuno, mas Brasil jogou como um gatinho
Por Josias de Souza
Domingo, 17/06/2018 18:43
A torcida brasileira passará a semana rosnando: “Juiz ladrão.” E não há, de fato, desculpa que redima o juiz mexicano Cesar Ramos, nenhuma atenuante que o absolva. Não ver com os próprios olhos, vá lá. Mas o desprezo pelo terceiro olho leva a arquibancada a se perguntar: Qual é, afinal, a serventia do tal árbitro de vídeo?
Beleza. Contudo, a segunda interrogação da partida é mais exasperante do que a primeira: por que diabos o Brasil pisou no freio depois dos 30 minutos iniciais? Incompreensível. Escorada no golaço de Felipe Coutinho, a seleção cedeu espaço ao adversário, permitindo que se esfarelasse, à vista de todos, seu denso favoritismo.
Um time mais compenetrado teria assegurado a vitória a despeito do gol irregular da Suíça e do pênalti que o apitador se absteve de conceder ao Brasil. Sobreveio o deprimente empate. Pode-se dizer que houve um par de chances de gol. Também é lícito alegar que Neymar foi caçado em campo. Mas o que conta é o chocho 1 X 1.
Nesse contexto, o juiz ladrão apenas valorizou o fiasco da estreia brasileira na Copa. Deve-se agradecer ao larápio. Ele deu uma dimensão nova à celebrada seleção de Tite. Ficou entendido que a chuteira nem sempre é o melhor revestimento para pés tão cultuados. A sandália da humildade por vezes assenta o pé no solo com mais firmeza.
Foi bom que o Brasil tivesse sido assaltado no jogo inaugural. Um time que não consegue exibir atuação regular diante de um adversário cuja habilidade mais exaltada é a retranca precisa ser sacudido.
O juiz portou-se como um gatuno. Mas o Brasil exibiu-se na maior parte do jogo como um gatinho. E uma seleção que mia diante de um adversário tão inferior tecnicamente, não merece avaliações condescendentes. O Brasil chegou à Copa com aparência de leão. Ou faz jus à juba ou ela será passada na máquina zero.

NO O ANTAGONISTA
CEO da Audi preso na Alemanha
Mundo Segunda-feira, 18.06.18 06:40
A polícia alemã prendeu o CEO da Audi, Rupert Stadler, no âmbito do “dieselgate”, o escândalo na falsificação das emissões dos motores movidos ao combustível.
As acusações são de fraude e falso testemunho.
O Estado de Direito na Alemanha também corre perigo.

Occhi quer saber quem quer investigá-lo na Caixa
Brasil Domingo, 17.06.18 20:00
O ministro da Saúde Gilberto Occhi quer saber quem são os funcionários da Caixa — banco que ele presidiu — que o estão investigando, registra Lauro Jardim em O Globo.
Occhi foi acusado por Lúcio Funaro de recolher propinas para o PP quando era vice-presidente da estatal.
“A ira de Occhi recai em especial sobre Ana Paula Vescovi, presidente do Conselho da Caixa, e Nelson de Souza, presidente do banco”.

Direita vence na Colômbia
Mundo 17.06.18 19:15
Com 96% das urnas apuradas, Iván Duque garantiu 54% dos votos.
As Farc perderam também nas urnas.

Por que a direita é favorita na eleição da Colômbia
Mundo 17.06.18 18:11
A Folha, em editorial, diz porque o Iván Duque — afilhado do ex-presidente Álvaro Uribe –, é o favorito na eleição presidencial da Colômbia.
“O governo uribista destacou-se pelo combate às guerrilhas, com consequente redução dos índices de violência. Também agradava o discurso duro contra o chavismo na vizinha Venezuela. O êxito da gestão foi tal que partidários buscaram uma via para permitir um terceiro mandato, o que acabou barrado pela Justiça”.

Com fim da greve dos caminhoneiros, 39 setores pedem benefícios
Brasil 17.06.18 18:42
Depois da paralisação dos caminhoneiros, que terminou com a redução de R$ 0,46 no litro do óleo diesel nas refinarias, outros 39 setores da economia também querem benefícios, publica o Estadão.
“A indústria de bebidas da Zona Franca de Manaus briga para retomar o benefício que lhe dava desconto no pagamento de impostos.
A indústria química e os exportadores também estão fazendo barulho em Brasília para não perderem incentivos tributários”.

O ar condicionado de Lula
Brasil 17.06.18 17:44
Além de esteira ergométrica e aparelho ‘estilo iPod’, Lula tem também em sua cela ar condicionado, publica a Veja.
Mas, até agora, nada de frigobar para o presidiário ilustre de Curitiba.

“Que político não gostaria de censurar notícia?”
Brasil 17.06.18 14:16
A Folha de S. Paulo, em editorial, diz que o combate do TSE às chamadas fake news pode ferir o princípio da liberdade de expressão.
Leia um trecho:
“Ao que parece, qualquer candidato pode invocar o neologismo das fake news para recorrer ao mecanismo antiquíssimo do controle sobre a liberdade de expressão.
O teor de uma delação vaza à imprensa: que político não gostaria de censurar a notícia? Buscará então a Justiça Eleitoral, erroneamente imbuída do papel de higienizar campanhas políticas.
Supõe-se, assim, que cada magistrado vá decidir sobre o que é verdadeiro e o que não é — pretensão, diga-se, compartilhada pelo próprio Facebook — num fluxo de informações, fatos e crenças absolutamente incontrolável.”
O Antagonista concorda integralmente com a Folha.

Toffoli, o “conciliador”
Brasil 17.06.18 10:51
Ministros do STF apostam, segundo O Globo, que Dias Toffoli será mais “conciliador” do que Cármen Lúcia na presidência do STF.
O PT também.
O PMDB também.

Procuradores falam em retrocesso no Judiciário
Brasil 17.06.18 10:28
Procuradores estão preocupados com a troca de Cármen Lúcia por Dias Toffoli na presidência do STF, registra a Folha.
A previsão é de que haja um retrocesso no combate à corrupção, diminuição das prisões de detentores de foro especial e mais “corporativismo e tolerância com desvios de magistrados”.
“Para os mais críticos, Toffoli, sem maior preparo, vai ser presa fácil para o lobby político. A tendência é que ele adote uma pauta mais corporativista do que a de sua antecessora”.
Advogados de réus do Mensalão e da Lava Jato acreditam em redução do “punitivismo” no próximo biênio.

602 brasileiros são vigiados por suspeita de terrorismo
Sociedade 17.06.18 10:03
Um documento da PF mostra que 602 brasileiros são monitorados por suspeita de envolvimento com grupos terroristas internacionais, registra O Globo.
A Polícia acredita que alguns grupos cometam crimes comuns no Brasil para tentar conseguir dinheiro para financiar ações de extremistas no exterior.
Além de envolvimento com o tráfico de cigarros e drogas, esses grupos também praticam o roubo de carros, principalmente em São Paulo.
Os suspeitos são vigiados pelo Facebook, WhatsApp e outras redes sociais.

NO EXTRA GLOBO
Bebida nacional da Rússia, vodca não poderá ser consumida nos estádios da Copa
Quarta-feira, 13-6-2018
Russas na Fan Fest Foto: Marcelo Theobald/Agência O Globo/Vivian Oswald

Moscou - Os torcedores terão de conter os brindes durante a Copa do Mundo da Rússia, já que os tradicionais (às vezes múltiplos) za sdarovia, ou “à saúde” não poderão ser celebrados com vodca. Pelo menos não em dia de jogo. No país da vodca (ou “aguinha”, em tradução livre), a venda de álcool mais forte será limitada para evitar confusões como o confronto entre hooligans russos e britânicos que deixou feridos em Marselha, na França, durante a Eurocopa de 2016.
A ordem na capital russa, onde há 12 partidas programadas, é clara: em véspera e dia de jogo, está terminantemente proibida a venda de bebidas alcoólicas num raio de dois quilômetros dos estádios Spartak e Lujniki e na área da Fan Fest. A restrição deve desagradar a uma boa parte dos torcedores russos — há quem diga que alguns tentarão fraudar a lei, por exemplo, carregando garrafas de vodca disfarçadas — e estrangeiros, que chegam ao país loucos para tomar a bebida nacional.
As cervejas, no entanto, estarão disponíveis nos estádios e nas Fan Fests. As regras constam de lei do Presidente da Federação Russa número 202: “Sobre as particularidades de aplicação das medidas reforçadas de segurança no período de realização na Federação Russa da Copa de Futebol Fifa 2018 e da Taça das Confederações Fifa 2017”. Mesmo assim, veem-se por toda a cidade e nos canais de televisão russa anúncios insistentes de cervejas sem álcool.
As autoridades locais concordam que a cerveja é uma bebida que não falta praticamente a nenhum jogo de futebol, mas alertam que as garrafas de vidro podem ser perigosas, especialmente nos minutos que chamam de “explosão de emoções”. As cervejarias russas — e elas são cada vez mais numerosas — não acreditam que as limitações devam influenciar os seus resultados, já que haverá latas e embalagens plásticas para garantir o acesso do torcedor à cervejinha para assistir ao jogo. A Otchakovo, por exemplo, deve produzir uma série limitada de cerveja para os torcedores em vasilhames de materiais diferentes do vidro. Entre os russos, de todo modo, a bebida é vista como inofensiva. Podem-se comprar garrafas de dois e até de cinco litros.
É claro que mesmo cerveja em excesso pode causar problemas, e as autoridades locais têm experiência no assunto. A Rússia é o quarto maior consumidor de álcool do mundo, com pouco mais de 15 litros por pessoa, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Mas os anfitriões não são os únicos bons de copo entre os 32 países representados no campeonato, é claro: Portugal é o 11º colocado, com quase 13 litros per capita, enquanto França e Austrália mantêm a 18ª e a 19ª colocações, respectivamente, com cerca de 12 litros anuais por pessoa, cada.
Os britânicos ocupam a 25ª colocação, com o consumo de 11 litros por pessoa. Embora não tenham o mesmo destaque no ranking mundial, não são raros os casos de hooliganismo no país. A palavra “hooligan” — que se origina de um personagem de quadrinhos irlandês, provavelmente adaptada do nome Houlihan — foi adotada pelos russos a partir do Inglês e, hoje em dia, virou um insulto, por vezes bem-humorado, para pessoas que não se comportam como deveriam, um mau aluno, por exemplo. Tem até a versão feminina 'hooliganka', para não deixar ninguém de fora.
Hospitais e clínicas conveniados
As autoridades russas também bolaram um plano de assistência aos torcedores embriagados em uma série de hospitais e clínicas do país. Para evitar problemas, a segurança foi reforçada em volta de todos os estádios, nas áreas das estações de trem e pelas ruas. Em Moscou, vários dos tradicionais quiosques que costumavam vender bebidas e rendiam muitas garrafas e latas pelo chão, além de homens e mulheres caídos no fim da noite, despareceram depois das obras realizadas pela cidade para a Copa.
Os russos querem mostrar um campeonato exemplar, sem incidentes. Em praticamente todas as 11 cidades que sediarão jogos deverá haver limites para a venda de álcool. Em entrevista ao jornal “Izvestia”, o conselheiro do Comité da Legislatura, Ordem Jurídica e Segurança de São Petersburgo, Ivan Krasnov, afirmou que durante o campeonato entrará em vigor a proibição de venda do álcool em vidro na antiga capital russa. A lei vai abranger os mesmos dois quilômetros de segurança do estádio de Konushennaya. Na região de Sverdlovsk, a proibição valerá por três horas antes do jogo e uma depois. Os pontos de comércio ao redor do estádio de Ecaterimburgo vão parar de vender álcool temporariamente.
Em Krasnodar, a restrição é para um raio de 500 metros do estádio Fisht, das áreas de treino em Sochi, Anapa e Gelendjik. Em Volgogrado, no estádio e na Fan Fest no cais do Exército 62, cervejas só serão encontradas nos estabelecimentos parceiros da Fifa. Ainda não há detalhes sobre os limites em Samara e Nijny Novgorod.

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