PRIMEIRA EDIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, 13-6-2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUARTA-FEIRA, 13 DE JUNHO DE 2018
O País em que deputado mora na Papuda e presidiário lidera pesquisa para presidente merece mesmo que o corporativismo do Ministério das Relações Exteriores tenha premiado, com a transferência para o Escritório do Rio de Janeiro, à beira-mar, o embaixador João Carlos de Souza-Gomes, acusado de assédio sexual. Nem sequer foi mandado para o “Gaoa”, depósito de diplomatas encostados no porão do anexo do Itamaraty – que, aliás, tem um histórico de proteger assediadores.

Souza-Gomes é acusado de assediar servidoras da Representação do Brasil junto à FAO, órgão das Nações Unidas com sede em Roma.

Em Brasília, o Escritório do Rio tem reputação de inutilidade: não serve nem para apoiar delegações estrangeiras que chegam no Galeão.

O Itamaraty manda para o Escritório no Rio, salvo raras exceções, diplomatas encostados que não têm a dignidade de aposentar-se.

O secretário-geral do Itamaraty, Marcos Galvão, mesmo indagado por sua assessoria, não se deu ao trabalho de explicar o prêmio ao colega até o fechamento desta edição.

A Constituição prevê apenas três senadores por Estado, mas a farra do troca-troca de cargos faz com que, na prática, paguemos por 91 senadores. Além dos ministros Aloysio Nunes (Itamaraty) e Blairo Maggi (Agricultura) e do Secretário de Educação da Bahia, Walter Pinheiro (PT), que recebem seus salários pelo Senado, há mais sete parlamentares andando por aí com status de “senador licenciado”.

Os 30 suplentes que assumiram mandatos receberam dois salários de R$ 33,7 mil a título de “ajuda de custo” de início e fim de mandato.

Completa 8 anos nesta quarta (13) o documento a Lula, assinado por todos os diretores regionais, acusando a deterioração dos serviços dos Correios. Hoje, Lula está preso por corrupção e a estatal quebrada.

O editor Luiz Fernando Emediato (Geração) aguardava voo em Porto Alegre, nesta terça (12), quando alguém disse que ministro da Cultura (Sergio Sá Leitão) estava caindo. Sua reação: “Uai, sô! Havia um?”

Alfredo Bertini é um dos favoritos para ministro da Cultura. Currículo, tem: expert em gestão cultural, foi duas vezes secretário do ministério (Audiovisual e Infraestrutura). E apoio de prefeitos e parlamentares.

Michel Temer estreou sapatos novos, solado “plataforma”, que o deixa 2 centímetros mais alto. Só quem não é baixinho desdenha do súbito crescimento. Mas esqueceu de amarrar o cadarço, quando presidiu ontem a assinatura do Código de Mineração, no Palácio do Planalto.

…os elogios de Donald Trump a Kim Jong-un provam que o americano não entendeu nada e que o baixinho invocado apenas se divertia.

NO O ANTAGONISTA
O mundo da bola
Copa 13.06.18 06:12
Por Mario Sabino
O empreiteiro que constrói o novo estádio do Roma foi em cana, juntamente com agentes políticos envolvidos no projeto, num total de nove prisões.
Acusação: associação criminosa.
Virginia Raggi, prefeita da cidade, exaltou o projeto no Twitter 24 horas antes.
Assim é o mundo da bola. Na Itália, no Brasil, na Rússia…
Bom dia, torcida.

Justiça condena MST por vandalismo
Brasil Terça-feira, 12.06.18 21:00
A Justiça Federal em Brasília condenou o MST e a Via Campesina ao pagamento de R$ 60 mil à União, informa a Agência Brasil.
A punição deve-se ao vandalismo dos sem-terras durante uma reunião da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, em março de 2015.
Segundo o processo, houve arrombamento de uma porta e quebra de um vidro, e os vândalos “manifestantes” fizeram a reunião ser encerrada antes do previsto. A consequência foi o pagamento de R$ 60 mil em diárias para os membros da comissão.

STF JULGA GLEISI NA PRÓXIMA TERÇA
Brasil 12.06.18 20:58
A Segunda Turma do STF vai julgar na próxima terça (19) a ação penal da Lava Jato que mira Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo, informam os repórteres Rafael Moraes Moura e Amanda Pupo, do Estadão.
A senadora, presidente nacional do PT, e seu marido são investigados pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Gleisi, Paulo Bernardo e o empresário Ernesto Kugler Rodrigues são acusados de receber R$ 1 milhão de um esquema de corrupção na diretoria de abastecimento da Petrobras, que teria favorecido a campanha da senadora em 2010.
O julgamento havia sido liberado pelo ministro revisor, Celso de Mello, na semana passada. Será a segunda ação penal da Lava Jato julgada pelo Supremo – a primeira foi a do deputado Nelson Meurer.

Fachin prorroga inquérito sobre Blairo e Zeca do PT
Brasil 12.06.18 20:38
Edson Fachin autorizou a prorrogação, por mais 60 dias, de inquérito da PF que investiga Blairo Maggi e Zeca do PT em razão das delações da Odebrecht, informa o G1.
Ex-executivos da empreiteira afirmaram que Blairo, hoje ministro da Agricultura, e Zeca, atualmente deputado federal, receberam valores de caixa dois, não contabilizados, na campanha de 2006.
Naquele ano, os dois disputaram a reeleição em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, respectivamente – Blairo conseguiu, Zeca não.
No documento em que opinou a favor da prorrogação da investigação, Raquel Dodge destacou que os crimes não foram cometidos no cargo atual de nenhum deles, o que pode levar à aplicação da regra sobre restrição do foro.
Mas a PGR considerou que seria mais adequado a PF concluir as investigações e aguardar o Supremo decidir sobre a restrição do foro.

ENCARREGADO DAS OBRAS DO SÍTIO DE ATIBAIA TAMBÉM ERA FUNCIONÁRIO FANTASMA DO SESI
Brasil 12.06.18 20:35
Por Claudio Dantas
Além de Marlene Araújo, nora de Lula, o TCU condenou o ex-assessor presidencial Rogério Aurélio Pimentel, que recebia salário de mais de R$ 8 mil do Sesi, de São Bernardo do Campo (SP), sem comparecer ao serviço.
Acomodado no Sesi a partir de abril de 2011, Rogério permaneceu na função até 2015, quando as investigações da Lava Jato chegaram ao sítio de Atibaia.
Posteriormente, ele foi identificado pelos investigadores como o encarregado de Lula e Marisa para acompanhar as obras de reforma do sítio, tendo realizado até pagamentos em espécie a fornecedores.
Segundo o TCU, “o contrato de trabalho e as portarias mencionadas foram assinados pelo responsável, Sr. Jair Antônio Meneguelli, exceto a Portaria 18/2015, assinada pelo Sr. Gilberto Carvalho”.

O elogio da senilidade
Brasil 12.06.18 20:08
Na sessão de hoje da Alerj, o deputado André Lazaroni tentou elogiar a senioridade de seu colega de plenário, Luiz Paulo, e acabou dizendo “senilidade”, conta Gabriel Barreira, do G1.
Lazaroni, que já foi secretário de Cultura do Rio, é aquele mesmo deputado que trocou Bertolt Brecht por Bertoldo Brecha num discurso a favor de Jorge Picciani, no final do ano passado.
Acontece nos melhores Legislativos. E nos piores também.

Urgente: TCU condena nora de Lula
Brasil 12.06.18 19:36
O Tribunal de Contas da União condenou Marlene Araújo Lula da Silva, nora de Lula, e Jair Meneguelli, ex-presidente do Sesi, a devolverem R$ 173 mil aos cofres da Entidade.
Casada com Sandro, Marlene recebia sem trabalhar. Ela também terá de pagar multa individual de R$ 40 mil e está inabilitada para exercer funções públicas por três anos.

Felix Fischer rejeita novo recurso de Lula
Brasil 12.06.18 19:25
O ministro Felix Fischer, do STJ, negou novo pedido de Lula para que fosse atribuído efeito suspensivo ao recurso especial contra sua condenação no caso do tríplex.
Com o efeito suspensivo, a defesa pretendia que o presidiário pudesse deixar a Superintendência da PF em Curitiba para participar da campanha eleitoral – pelo menos até o julgamento do recurso especial pela Quinta Turma do STJ.
Fischer salvou o Brasil de Lula mais uma vez.

Greve dos caminhoneiros custou 15 bi, estima Fazenda
Economia 12.06.18 18:12
Agora há estimativa oficial: a equipe econômica de Michel Temer calcula que a greve dos caminhoneiros tenha custado ao País R$ 15 bilhões, ou 0,2% do PIB, informa o Estadão.
Segundo o jornal paulistano, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, discutiu esse número ontem em encontro com economistas do setor privado.
Guardia e sua equipe fizeram o possível para o rombo ser menor, mas não houve jeito.

Exclusivo: Em e-mail, filho de Gilmar oferece à BRF ‘aperfeiçoamentos legislativos’
Brasil 12.06.18 16:43
Por Claudio Dantas
A Polícia Federal anexou aos autos da Operação Trapaça – terceira fase da Carne Fraca – uma série de e-mails oriundos da quebra de sigilo telemático dos diretores da BRF.
Num desses e-mails, Francisco Schertel Ferreira Mendes, filho do ministro Gilmar Mendes, conversa com Ana Rovai, diretora jurídica da companhia.
Usando o e-email funcional do Senado, ele diz que foi um “prazer” participar com ela de debate na FGV e a convida para um café em Brasília.
“Seguem aqui meus contatos para trocarmos ideias sobre possíveis aperfeiçoamentos legislativos que te interessem.”
Rovai agradece e também se coloca à disposição para outro café quando Francisco estiver em São Paulo.
O filho de Gilmar Mendes ainda não havia assumido o comando do IDP, mas já dava as cartas por lá.

Exclusivo: Alvo da Carne Fraca, BRF contratou escritório de Bermudes para ‘assessoria extrajudicial’
Brasil 12.06.18 18:10
Por Claudio Dantas
Desde que foi deflagrada no ano passado, a Operação Carne Fraca se tornou um dos principais alvos de Gilmar Mendes.
Na semana passada, o ministro voltou a desferir ataques aos investigadores que denunciaram irregularidades em plantas de processamento de carne de frigoríficos, entre os quais figura a BRF.
“Temos que gravar o nome dessas pessoas [que conduziram a operação]: do juiz que autorizou, do delegado que dirigiu, do Ministério Público que atuou”, disse o ministro.
Como O Antagonista revelou há pouco, o relatório da quebra telemática anexada aos autos pela Polícia Federal traz e-mails entre o filho de Gilmar e a diretora jurídica da BRF.
Também estão lá as comunicações e o contrato da BRF com o escritório de advocacia Sérgio Bermudes, do qual é sócia Guiomar Feitosa Mendes, mulher do ministro.
Onze dias depois da deflagração da operação, o frigorífico contratou a banca para a prestação de assessoria extrajudicial, o que inclui a “análise de temas, elaboração de pareceres e emissão de opiniões”.


PP lança Paulo Octávio em Brasília. E aí, TSE?
Brasil 12.06.18 18:02
O empresário Paulo Octávio, filiado ao PP, foi lançado pré-candidato ao Senado no Distrito Federal.
PO, como é conhecido, era vice de José Roberto Arruda, primeiro governador da História preso no exercício do mandato. Acabou assumindo o Palácio do Buriti, mas em meio à turbulência provocada pela Caixa de Pandora, viu-se obrigado a renunciar.
O TSE vai deixar Paulo Octávio voltar à política?

“De novo, né?”
Brasil 12.06.18 17:25
Um cardeal brasileiro, ao comentar com O Antagonista a mentira inventada pelo PT sobre o rosário do papa a Lula, disse:
“De novo, né? Não é a primeira vez que eles fazem isso. Sabemos também que aquela ligação [do papa] para a mãe da vereadora Marielle[Franco] nunca ocorreu.”
O cardeal acrescentou que o Vaticano já se pronunciou sobre a farsa do rosário e que não há nada mais a ser dito.

Operador detalha propina de 17 milhões para Sérgio Cabral
Brasil 12.06.18 17:12
Carlos Miranda, apontado como operador de Sérgio Cabral, falou de novo à Justiça Federal do Rio e detalhou a distribuição de propina do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado para o ex-governador, registra o G1.
Segundo a acusação do MPF, foram R$ 17,5 milhões pagos a Cabral e outros R$ 17,5 milhões para Henrique Santos Ribeiro, ex-presidente do DER-RJ.
Miranda, que fechou delação premiada, disse que recebia a propina a cada 40 ou 45 dias, de acordo com os pagamentos feitos pelo Estado às empresas.
Cabral, preso desde novembro de 2016, vem negando as acusações.

NO BLOG DO JOSIAS
Delatado, Lupi suja a ‘hegemonia moral’ de Ciro
Por Josias de Souza
Quarta-feira, 13/06/2018 03:33
Ciro Gomes, o presidenciável do PDT, adota uma retórica encrespada ao falar sobre corrupção. Chama Michel Temer de “escroque”. Eleito, desmontará o MDB, porque o partido “só existe para roubar”. Eventuais alianças com PP, DEM e assemelhados, só seriam cogitadas depois de um acerto com PSB e PCdoB, “porque a hegemonia moral e intelectual do rumo estará afirmada.” Sempre em riste, a língua de Ciro ganhou um desafio novo. Carlos Lupi, o presidente do PDT, foi delatado como beneficiário de uma mesada de R$ 100 mil mensais fornecida pela quadrilha do ex-governador fluminense Sérgio Cabral.
Carlos Miranda, um dos principais auxiliares de Cabral, operador financeiro da quadrilha que saqueou os cofres do Rio de Janeiro, disse em delação premiada o seguinte:
1) No ano de 2012, o então secretário de governo da gestão de Cabral, Wilson Carlos, ordenou que transferisse para Carlos Lupi R$ 100 mil por mês em verbas clandestinas.
2) O dinheiro era entregue na sede do PDT por emissários de Renato Chebar, um dos doleiros que operavam para a quadrilha de Cabral.
3) Quem recebia a mesada em nome de Lupi era um personagem que o delator chamou de “senhor Loureiro”, tesoureiro do PDT.
4) O mensalão de Lupi durou do início de 2012 até março de 2014.
Lupi nega os recebimentos. Sustenta que jamais manteve nenhum tipo de relação com o delator. Mas a Polícia Federal e a Procuradoria já dispõem de matéria-prima para fazer o seu trabalho. O desafio de Ciro é encaixar a sujeira sob investigação na sua fórmula da “hegemonia moral”. O candidato decerto sabia dos riscos que corria ao falar de corda em casa de enforcado.
Nomeado por Lula para comandar o Ministério do Trabalho, Lupi deslizou para dentro do primeiro governo de Dilma Rousseff. Foi varrido da Esplanada dos Ministérios pela então “gerentona” em meio a denúncias de corrupção, no final de 2011. Por uma dessas coincidências implacáveis, a alegada mesada do esquema de Cabral começou a entrar no ano seguinte.
No momento, Ciro precisa de uma vacina capaz de imunizar sua campanha. Enquanto procura, talvez devesse fazer um pedido a Lupi. Diria algo assim para o correligionário encrencado: “Não diga nenhuma mentira que não possa provar.”

Gestão Temer não se limita a derreter, apodrece
Por Josias de Souza
13/06/2018 00:41
O inquérito que investiga a venda de registros de sindicatos no Ministério do Trabalho demonstra que a corrupção é mais ou menos como o futebol. Ninguém marca gol sozinho. Há toda uma estrutura por trás: o clube, o médico, o técnico e o time em campo, preparando a jogada. A corrupção é igual. Há o presidente do clube (Temer), o partido aliado (PTB de Roberto Jefferson), e o time de servidores levantando a bola para que agentes políticos — como a deputada Cristiane Brasil – marquem gols contra o Erário.
Indicada por Temer para o cargo de ministra do Trabalho, a filha de Roberto Jefferson só não sentou na cadeira porque a Justiça impediu. Agora, além de ordenar batidas policiais de busca e apreensão no gabinete e nas residências de Cristiane Brasil, em Brasília e no Rio de Janeiro, o ministro Edson Fachin, do Supremo, proibiu a ex-quase-futura-ministra de entrar no Ministério.
A safadeza tornou-se um moto-contínuo nos ministérios. Na pasta do Trabalho a delinquência é mais ofensiva, porque desrespeita os 13 milhões de desempregados que deveriam merecer a atenção de um ministério qualificado. No governo Temer, ministros e servidores que têm alguma qualidade precisam disfarçar ou se esconder. A atual administração não foi feita para competentes. Muitos acreditam que o governo Temer, com apenas 3% de aprovação, está derretendo. É mais grave do que isso. O governo está apodrecendo. Convém retirar as crianças da sala na hora do noticiário.

Moreira e Padilha podem descer à mesa de Moro
Por Josias de Souza
Terça-feira, 12/06/2018 19:13
Ao aplicar contra o ministro Blairo Maggi (Agricultura) a mesma restrição que já havia sido imposta ao foro privilegiado dos congressistas, a Primeira Turma do Supremo abriu a porteira da Esplanada dos Ministérios. A sabedoria popular ensina: por onde passa um boi, passa uma boiada. O rebanho de encrencados do governo Temer inclui os dois ministros mais chegados ao presidente: Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia). Mantendo-se na trilha inaugurada nesta terça-feira, a Suprema Corte pode enviar a dupla para o matadouro de Curitiba, onde opera o açougueiro Sergio Moro.
Denunciado por corrupção ativa num caso de 2009, Blairo Maggi virou matéria-prima para a primeira instância do Judiciário porque prevaleceu o entendimento de que o crime não foi cometido no exercício do cargo de ministro. Tampouco tem ralação com as atuais atribuições do acusado. Quando tudo aconteceu, Blairo era governador de Mato Grosso. Por analogia, o mesmo entendimento pode ser estendido a Padilha e Moreira.
Num dos inquéritos em que amigos do presidente frequentam o rol de investigados na companhia de Temer, a Polícia Federal investiga o pagamento de R$ 10 milhões feito pela Odebrecht ao (P)MDB por baixo da mesa. A coisa foi acertada no Palácio do Jaburu, em 2014. Nessa época, Temer era vice de Dilma Rousseff.
A encrenca veio à luz graças à delação feita por executivos da Odebrecht no âmbito da Lava Jato. Não fosse o foro privilegiado dos encrencados, o processo já estaria em Curitiba. Sem a blindagem, Padilha e Moreira podem, em tese, ser apartados de Temer e remetidos para a mesa de Moro.
Fachin já fez coisa semelhante numa denúncia resultante da delação da JBS. Depois que a Câmara congelou as acusações contra Temer, o ministro remeteu para o primeiro grau o pedaço do processo referente ao ex-deputado Rodrigo Rocha Loures. Fez isso porque o “homem da mala”, como ficou conhecido, não dispunha de foro privilegiado.
Não está claro, por ora, se a decisão sobre Blairo Maggi, tomada no ambiente da Primeira Turma, será estendida aos demais ministros de Estado em conflito com a lei. Fachin integra a Segunda Turma. E não há uma deliberação do plenário da Suprema Corte sobre a matéria. Nada impede, porém, que a Procuradoria requisite a transferência de outros processos para a primeira instância, forçando novas deliberações. Seja como for, a simples abertura da porteira já deixou inquieto o rebanho.

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