PRIMEIRA EDIÇÃO DE 06-6-2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUARTA-FEIRA, 06 DE JUNHO DE 2018
O presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, alegou no Planalto que “não sabia” de exigência incomum do edital na licitação do próprio BB, no valor de R$500 milhões, para contratar agências de publicidade. O edital exige das licitantes patrimônio líquido (lucro) mínimo de R$12,5 milhões. Isso restringe a disputa a 4 agências ligadas a multinacionais, duas delas do mesmo grupo. Na licitação anterior, o BB declarou vencedora uma agência desconhecida, com capital de R$250 mil.

O edital vem sendo colocado sob suspeita no mercado porque prevê a contratação de “até” 4 agências, número provável de participantes.

No Planalto, não faltou quem lembrasse que na licitação anterior do BB, também colocada sob suspeita, Caffarelli disse a mesma coisa.

Há trinta anos no banco, Caffarelli foi diretor de Marketing do BB, cargo que foi ocupado pelo mensaleiro petista Henrique Pizzolato.

O BB informou que não fez audiência pública para debater o edital, como em certames anteriores, porque “não há obrigatoriedade” legal.

O alto tucanato anda preocupado com os sinais exteriores de desânimo do candidato Geraldo Alckmin. Mal nas pesquisas, ele se irritou durante reunião em São Paulo para aplicar-lhe um “pedala”, e desafiou o PSDB a substituí-lo. Se arrependimento matasse, vários dos presentes teriam sido fulminados: no início do ano, eles ensaiaram movimento para fazer Alckmin desistir em favor do ex-prefeito João Dória. Agora é tarde.

Alckmin esvaziou a reunião do início do ano para fazê-lo desistir da disputa presidencial. Ele insistiu. Agora já não há interessados.

O tucano Geraldo Alkckmin está em 4º na corrida, na melhor hipótese, mas continua achando que todos adversários vão cair nas pesquisas.

Alckmin aboletou-se no projeto presidencial usando sua presidência do PSDB. Ele foi ajudado também pelo naufrágio político de Aécio Neves.

A Câmara adiou reunião para votação do parecer sobre a nova lei das agências reguladoras. A lei apenas vai ampliar a autonomia das agências, mas não mexe na parceria entre elas e o setor regulado.

O Comitê de Normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), na Suíça, avalia nesta quinta-feira (7) se a reforma trabalhista, em vigor desde novembro de 2017, respeita acordos e negociações internacionais. A decisão deve ser favorável ao governo brasileiro.

O governo do presidente Michel Temer está acabado para muita gente, mas a presidência não concorda e comprou 40 doses de nitroglicerina do tipo injetável, para dar uma chacoalhada geral no governo.

Pacientes e médicos que lutam contra a diabetes têm uma nova luta contra a piada em que se transformou o setor público: o SUS comprou a insulina, mas não agulhas para injetar o medicamento.

Depois de torrar R$2,8 bilhões no primeiro satélite brasileiro de comunicação, o governo abriu licitação de R$2,7 milhões para contratar… “serviços de comunicação via satélite”. Vexame.

A greve dos caminhoneiros deve ter deixado gente de peso cansada no Gabinete de Segurança e levou o órgão a fazer licitação para comprar 100 colchões para aguentar no mínimo 120kg. Preço total: R$34 mil.

Em 2006, na primeira disputa de Sérgio Cabral pelo governo do Rio, Lula se empenhou para eleger o amigo. “Terei imenso prazer em fazer comício com Sérgio Cabral”, disse o petista a jornalistas à época.

…Lula e Sérgio Cabral sempre tiveram muito em comum. Isso explica por que Lula depôs em defesa do amigo e por que ambos estão presos.

NO BLOG DO JOSIAS
Por alianças, PT adia formalização das candidaturas aos governos estaduais
Por Josias de Souza
Quarta-feira, 06/06/2018 05:32
Reunida na noite desta terça-feira, a direção nacional do PT decidiu retardar a formalização de suas candidaturas aos governos estaduais. Em nota divulgada pouco antes da meia-noite, a legenda informou que fez isso “levando em conta as articulações com partidos de centro-esquerda”.
Diz a nota: “Considerando as tratativas com os partidos de centro-esquerda e a tática nacional definida pela direção nacional do Partido dos Trabalhadores, de que a centralidade da nossa disputa é a candidatura nacional de Lula à Presidência da República, a Comissão Executiva Nacional resolve divulgar uma nova agenda pré-eleitoral.”
Traduzindo do idioma partidário para o Português do asfalto, o que o PT informou, com outras palavras, foi o seguinte: as candidaturas aos governos estaduais, por secundárias, estão subordinadas às conveniências políticas e às necessidades penais de Lula, o primeiro presidiário da História a reivindicar a Presidência da República. Para incluir parceiros na aventura, o PT se dispõe a levar à bandeja o escalpo de seus candidatos nos Estados.
Para a vereadora recifense Marília Arraes, neta de Miguel Arraes, o comunicado da cúpula petista tem a aparência de uma puxada de tapete. Candidata ao governo de Pernambuco, a petista Marília está bem-posta nas pesquisas. Mede forças com o governador Paulo Câmara, do PSB, que pleiteia a reeleição.
Marília equipava-se para formalizar sua candidatura numa convenção estadual marcada para o próximo domingo (10). Quando o jogo parecia jogado, a direção partidária derramou água no chope de Marília. “Todos os encontros estaduais do PT serão adiados para a data de 27 a 29 de julho”, anota o comunicado petista. “O encontro nacional que será realizado entre os dias 30 de julho e 5 de agosto.”
Com a reeleição ameaçada, Paulo Câmara tenta atrair o PT para sua coligação, retirando Marília Arraes do jogo. Em troca, o PSB rifaria a candidatura de Márcio Lacerda ao governo de Minas Gerais, incorporando-se à caravana petista de Fernando Pimentel, que tenta se reeleger. O petismo federal acha pouco. Reivindica o apoio do PSB a Lula.
O PT arrisca-se a ficar sem nada, pois Márcio Lacerda (PSB), ex-prefeito de Belo Horizonte, não parece disposto a abrir de sua candidatura em favor do petista Pimentel. Ao contrário, Lacerda anunciou nesta terça uma aliança com o PDT de Ciro Gomes, outro presidenciável que tenta obter o apoio e o tempo de propaganda televisiva do PSB.
Enquanto os nós não desatam, Marília Arraes, uma candidata competitiva, foi amontoada pelo PT numa lista de azarões: “Até que as tratativas com os demais partidos sejam acordadas, estão mantidas as pré-candidaturas aos governos estaduais, a exemplo de Fátima Bezerra, no Rio Grande do Norte; Marília Arraes, em Pernambuco; Luiz Marinho, em São Paulo; Dr. Rosinha, no Paraná; Miguel Rossetto, no Rio Grande do Sul; Paulo Rocha, no Pará; Décio Lima, em Santa Catarina, dentre outras.” Onde se lê ''estão mantidas'' leia-se ''estão no balcão para negócio…''

Temer espera 3ª denuncia, mas crê que deputados não têm interesse em votar
Por Josias de Souza
06/06/2018 03:50
Incomodado com os vazamentos que seus investigadores pingam no noticiário, Michel Temer convenceu-se de que será alvejado por uma terceira denúncia criminal da Procuradoria-Geral da República, dessa vez no caso dos portos. Contudo, Temer prevê que as chances de ser retirado do assento de presidente da República diminuem na proporção direta da aproximação do dia da eleição presidencial.
Estima-se que uma eventual denúncia não virá antes do início de julho, quando vence o prazo para que a Polícia Federal conclua a análise do material recolhido em batidas de busca e apreensão feitas em escritórios e residências de empresários e amigos de Temer. Entre eles o ex-coronel da PM paulista João Batista Lima Filho, o ''faz-tudo''do presidente.
Na sequência, os congressistas vão desfrutar do recesso do meio do ano. Avalia-se no Planalto que, a partir de agosto, os deputados não pensarão senão na própria reeleição. No final de outubro, já haverá um novo presidente na praça. Imagina-se que nem a oposição terá interesse e fôlego para buscar os 342 votos necessários para que a Câmara autorize o Supremo Tribunal Federal a converter a nova denúncia em ação penal, ejetando Temer da cadeira presidencial.
O problema da análise que emana do Planalto é que ela tem a grandeza da vista curta. Supondo que tudo transcorra como previsto, Temer sobreviverá no Planalto até 1º de janeiro de 2019. Beleza. Mas quando deixar o prédio de Niemeyer, Temer tropeçará ao pé da rampa não em uma, mas em três denúncias criminais — a terceira e as outras duas que a Câmara enviou para o freezer em 2017. Nesse dia, livre de todas as prerrogativas presidenciais, Temer estará disponível para receber uma visita dos rapazes da Polícia Federal.

Gilmar Mendes soltou mais um preso por Bretas
Por Josias de Souza
Terça-feira, 05/06/2018 21:07
Alheio às críticas, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, mandou soltar mais um envolvido em caso de corrupção que estava preso por ordem do juiz Marcelo Bretas. O beneficiário desta terça-feira foi o engenheiro Antônio Albernaz Cordeiro. Ele fora encarcerado no mês passado, no âmbito da Operação ‘Câmbio, Desligo’.
Desdobramento da Lava Jato, a ‘Câmbio, Desligo’ apura a atuação de uma rede de doleiros que higienizava e enviava dinheiro sujo ilegalmente para o exterior. O grupo prestava serviços para a quadrilha liderada pelo ex-governador do Rio, Sergio Cabral.
Com mais esse habeas corpus, Gilmar já soltou 20 presos desde 15 de maio. A exemplo do que fizera em outros casos, o ministro sustentou que a prisão de Albernaz não se justificava porque “os crimes foram praticados sem violência ou grave ameaça”. De resto, “os fatos são consideravelmente distantes no tempo da decretação da prisão. Teriam acontecido em 2011-2014”.
Na véspera, em ofício enviado a Gilmar, o juiz Marcelo Brettas anotara o seguinte: ''Casos de corrupção e delitos relacionados não podem ser tratados como crimes menores, pois a gravidade de ilícitos penais não deve ser medida apenas sob o enfoque da violência física imediata. Os casos que envolvem corrupção de agentes públicos têm enorme potencial para atingir, com severidade, um número infinitamente maior de pessoas.'' Gilmar, o libertador, deu de ombros.

Ativismo libertador de Gilmar incomoda colegas
Por Josias de Souza
Quarta-feira, 06/06/2018 00:15
Cresce no Supremo Tribunal Federal o incômodo com a desenvoltura com que Gilmar Mendes, o libertador, põe em prática a sua política de celas vazias. Gilmar solta no atacado os investigados por corrupção que o juiz Marcelo Bretas manda prender no varejo, à medida que avançam as investigações contra os esquemas que saquearam os cofres do Rio de Janeiro. Num intervalo de 21 dias — 15 dias úteis se forem descontados os finais de semana — Gilmar acionou sua chave suprema para abrir as celas de 19 presos.
Abre parêntese: Na noite desta terça-feira, após a veiculação deste comentário, Gilmar soltou mais um. Agora já são 20 os beneficiários do ativismo libertário do ministro. Fecha parêntese.
A desenvoltura com que Gilmar solta os presos acaba consolidando uma visão do ministro sobre o trabalho do juiz que concentra os casos da Lava Jato no Rio de Janeiro. É como se o ministro do Supremo expedisse uma sentença contra as decisões do juiz da Primeira Instância. Fica a impressão de que, se pudesse, Gilmar mandaria prender Bretas, condenando-o por incompetência — ou por eficiência excessiva.
Consolida-se entre colegas de Gilmar a sensação de que as críticas à atuação do ministro contaminam a imagem do próprio Supremo. E não se está falando aqui do ministro Luís Roberto Barroso, desafeto de Gilmar. A inquietação chegou a outros gabinetes. Juízes da Primeira Instância romperam uma tradição. Antes, nenhuma revelação abalava o prestígio de políticos e empresários. Desmascarados, eles continuavam enchendo as colunas sociais. Hoje, eles enchem as celas que Gilmar esvazia. O Supremo precisa decidir de que lado está.

NO O ANTAGONISTA
Empreiteiro confirma pagamento a Temer
Brasil 06.06.18 06:14
O sócio da Engevix, José Antunes Sobrinho, confirmou à PF o pagamento de propina para o coronel Lima.
Segundo a Folha de S. Paulo, o empreiteiro disse que “foi cobrado pelo coronel Lima, amigo do presidente Michel Temer, a fazer um pagamento de 1 milhão de reais.
O valor seria uma contrapartida à subcontratação da Engevix para executar serviços de um contrato da Eletronuclear com empresa ligada a Lima. Os recursos teriam sido destinados à campanha de 2014.”

Defesa de Lula acusa Petrobras de agir com ‘má-fé’
Brasil Terça-feira, 05.06.18 21:24
A defesa de Lula enviou hoje a Sergio Moro uma petição em que diz que o pedido da Petrobras para que sejam bloqueados definitivamente os bens do petista “evidencia a má-fé” da estatal, registra o UOL.
Em 29 de maio, a Petrobras apresentou suas alegações finais no processo que trata do sequestro de bens e bloqueio de contas de Lula. A empresa corroborou o pedido de bloqueio definitivo dos bens feito pelo MPF.
Em julho do ano passado, o juiz da Lava Jato em Curitiba ordenou o bloqueio de cerca de R$ 14 milhões, incluindo imóveis e contas em nome do condenado, por considerar a medida necessária para reparar os danos à Petrobras.
Hoje, cerca de R$ 16 milhões em bens pertencentes ao petista estão congelados.

Sem compromisso contra as ‘fake news’
Brasil 05.06.18 21:15
Luiz Fux, que está presidindo o TSE, convocou hoje representantes dos partidos brasileiros para assinar um termo de compromisso contra a disseminação de “fake news” (notícias falsas).
A ideia, explica o BuzzFeed, era que as legendas se comprometessem a não espalhar conteúdos falsos ou usar robôs para disseminar conteúdos em redes sociais.
O Brasil tem 35 legendas registradas no TSE. Só dez compareceram à assinatura do termo: DEM, PC do B, PSDB, PDT, PRB, PSC, PSD, PSL, PSOL e Rede.
Alguns dos maiores partidos – como PT, MDB, PR, PP e PSB – não mandaram representantes ao evento.

Violência no Brasil: um avião caindo por dia
Sociedade 05.06.18 21:00
As 62.517 mortes violentas intencionais no Brasil em 2016, computadas pelo Atlas da Violência, equivalem a 171 mortes diárias por homicídio, registra o UOL.
“É um avião caindo todos os dias, e isso não gera comoção social’, disse Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que fez o levantamento em parceria com o Ipea.
Para Bueno, a indiferença da sociedade se deve à “marginalização das vítimas”. A especialista também afirma que falta pressão popular para exigir políticas públicas voltadas para a garantia da vida.

Lúcio Vieira Lima quer nova perícia nos R$ 51 milhões
Brasil 05.06.18 20:20
A defesa de Lúcio Vieira Lima pediu ao Conselho de Ética da Câmara uma nova perícia nos R$ 51 milhões apreendidos pela PF no bunker da propina em Salvador, informa o G1.
O dinheiro já foi periciado pela PF, que encontrou as digitais de Geddel Vieira Lima – irmão do deputado emedebista, ex-ministro de Lula e de Michel Temer, hoje hóspede da Papuda.
Lúcio é alvo de um processo no Conselho de Ética, aberto em 27 de fevereiro, por quebra de decoro parlamentar, que pode levar à cassação de seu mandato.
O deputado, o ex-ministro e a mãe deles, Marluce, já são réus no STF pelo caso do bunker.

Cerveja e petrolão: tudo a ver
Brasil 05.06.18 19:50
Raquel Dodge quer que Sergio Moro fique com as delações da Odebrecht que confirmam o uso da Cervejaria Petrópolis como intermediária de repasse de dinheiro a políticos.
Cerveja e petrolão têm tudo a ver, como demonstra o Brahma.

O desespero dos réus da Lava Jato
Brasil 05.06.18 19:47
Rodrigo Maia recebeu hoje pedido de instauração de uma “CPI das delações premiadas”, iniciativa que revela o desespero dos réus da Lava Jato com a recente condenação de Nelson Meurer (PP) e o iminente julgamento de Gleisi Hoffmann.
Assinam o requerimento os petistas Wadih Damous e Paulo Pimenta, além de deputados do MDB, PP, PDT, PSOL, PSB e PSD. Eles alegam “manipulação” das delações premiadas.
Maia disse a O Antagonista que o pedido está em análise pela assessoria técnica da Câmara. “Se houver fundamentação, só me resta instaurar a CPI.”

Justiça retira mais de R$ 200 milhões da propaganda de Temer
Brasil 05.06.18 19:23
Renato Borelli, juiz substituto da 20ª Vara Federal de Brasília, suspendeu uma portaria do governo Michel Temer que retirava recursos do orçamento fiscal e da seguridade social e os realocava para a comunicação institucional da Presidência, informa o site BuzzFeed.
Segundo a portaria, editada em abril, R$ 260 milhões foram deslocados de programas sociais para outras áreas do governo. A maior beneficiada seria a comunicação do Planalto, com R$ 203 milhões desse montante.
“A situação apresentada atualmente beira o caos, e a retirada do orçamento de verbas destinadas para a concretização de políticas públicas, com o nítido caráter eleitoral, é patentemente um afronte à sociedade”, escreveu o juiz na sentença.
A Advocacia-Geral da União deve recorrer.

Exclusivo: Alvo da Lava Jato no Rio, doleiro operou para ex-ministro Márcio Thomaz Bastos
Brasil 05.06.18 18:36
Por Claudio Dantas
Desde que a ‘Operação Câmbio, Desligo’ foi deflagrada, um sentimento de desespero percorre os bastidores do poder em Brasília. Muita gente graúda teme ser alcançada pelas investigações sobre a maior rede de doleiros do País. E há razões de sobra para o medo generalizado.
O Antagonista, que já revelou detalhes da agenda de Dario Messer, agora descobriu que o doleiro Marco Antonio Cursini, alvo de mandado de prisão há um mês, operou para o ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.
Ele contou que manteve, por oito anos, a guarda de US$ 300 mil pertencentes a Thomas Bastos. O saldo foi resgatado em meados de 2006, ano da reeleição de Lula.
Segundo Cursini, o dinheiro foi entregue por office-boys, ao longo de vários meses, no escritório de advogacia do então ministro da Justiça, na Av. Brigadeiro Faria Lima. “Sendo certo que no final, ele (Thomaz Bastos) recebeu seiscentos mil reais em dinheiro vivo.”
Cursini contou também que “trabalhava na ilegalidade” para os bancos Credit Suisse, BSI, Deutsche Bank e UBS, além de Leu Bank e Clariden Bank – que depois se uniram no Clariden Leu Bank. Ele também entregou outros doleiros e políticos.
Mantida em sigilo absoluto, a colaboração do doleiro foi crucial para a deflagração da Castelo de Areia, que colocou a Camargo Corrêa e diversos políticos no banco dos réus – antecipando parte do esquema de corrupção e lavagem descoberto pela Lava Jato.
A Castelo de Areia, porém, foi aniquilada com a ajuda de Thomaz Bastos, então advogado da empreiteira. A revelação de Cursini ajuda a entender seu empenho pessoal no caso. O ex-ministro morreu em novembro de 2014, depois de tentar um acordão das empreiteiras para impedir o avanço da Lava Jato.

Paulo Preto quer que seu inquérito fique com Gilmar
Brasil 05.06.18 18:24
A defesa de Paulo Preto pediu ao STF que o inquérito no qual ele é investigado permaneça no Supremo, sob a relatoria de Gilmar Mendes, informa o G1.
Os advogados do ex-diretor da Dersa, apontado como operador do PSDB, alegam que José Serra também é investigado no inquérito.
Além disso, a defesa argumenta que os crimes de que Paulo Preto é acusado aconteceram quando Serra já era senador – ou seja, o processo não deveria descer à Primeira Instância.

STF adia julgamento de denúncia contra Agripino
Brasil 05.06.18 18:14
Após um empate em 2 a 2 no julgamento sobre o recebimento da denúncia contra José Agripino Maia, Edson Fachin, que ainda preside a Segunda Turma, suspendeu a análise do caso…
Fachin preferiu esperar pelo voto de desempate de Celso de Mello, que não estava presente à sessão de hoje. A análise da denúncia será retomada na próxima terça, 12.
Agripino foi acusado pela PGR de ter recebido vantagens indevidas de R$ 1,15 milhão de um empresário, em troca de contrato para inspeção veicular ambiental em Natal. O ex-presidente do DEM nega a acusação.

A presunção de inocência na versão de Gilmar
Brasil 05.06.18 17:34
Pode um ministro do Supremo Tribunal Federal — um juiz — chamar um cidadão de “ladrão” no plenário do Tribunal, sem que haja provas judiciais para tanto?
Para Gilmar Mendes, a presunção de inocência parece ser apenas para quem ele presume ser inocente.

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