PRIMEIRA EDIÇÃO DE 04-6-2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEGUNDA-FEIRA, 04 DE JUNHO DE 2018
A Pampa Energia, que comprou ativos da Petrobras Argentina por uma ninharia no último dia do governo Dilma, em maio de 2016, foi apenas controlador temporário da empresa. O comprador final é uma empresa enrolada na Lava Jato: a holandesa Trafigura. A Pampa da Petrobras Argentina comprou por apenas R$897 milhões, uma refinaria, uma rede de 250 postos, uma planta de lubrificantes e outra de armazenamento.

Os ativos que pertenceram à Petrobras acabariam nas mãos da Trafigura por US$90 milhões, que equivalem hoje a R$270 milhões.

O prejuízo causado à estatal brasileira, somente na primeira venda de ativos, é estimado em mais de US$1 bilhão.

A Trafigura se enrolou na Lava Jato com Mariano Ferraz, condenado a 10 anos de prisão por pagar propina em contrato no porto de Suape.

O sistema de “franquia e coparticipação”, nova armadilha da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) contra clientes de planos de saúde, não tornará os contratos mais baratos. Ao contrário, pode fazê-los dobrar de preço. É o que preveem deputados que convocaram a ANS e operadoras do setor para discutir a proposta. O consumidor será obrigado a pagar franquia no mesmo valor do plano, por isso a despesa com o plano pode dobrar e sair de R$12 mil ao ano para R$24 mil.

A audiência será nesta terça, na Comissão de Defesa do Consumidor, com objetivo de discutir “reajustes abusivos dos planos de saúde”

A convocação foi pedido dos deputados Celso Russomano (PRB-SP), JHC (PSB-AL), Eduardo da Fonte (PP-PE) e José Stédile (PSB-RS).

Assim como as demais agências reguladoras, a ANS atua mais como parceira de operadoras que em favor dos usuários de planos de saúde.

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) citou estudo do consultor legislativo Paulo César Lima, da Câmara dos Deputados, segundo o qual a Petrobras lucrou 150% sobre o diesel, gasolina e gás.

A greve dos caminheiros deu uma “pedalada” na Câmara: o presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), promete priorizar o projeto da reforma tributária, em tramitação há mais de uma década.

Lula recebeu do Superior Tribunal Militar em 1º de abril de 2003, logo após assumir a presidência da República, a Ordem do Mérito Judiciário Militar. Mesmo condenado por corrupção, ainda não perdeu a honraria.

Há uma modalidade de “diárias secretas” pagas sem alarde pelo governo federal a servidores que viajam até ao exterior. Só este ano já foram pagas mais de R$37 milhões em diárias. No maior segredo.

Documentos do Ministério do Planejamento e do Tribunal de Contas da União mostram que empresas aéreas e obtiveram no governo Dilma dispensa de retenção de impostos na venda de passagens para mais de 600 órgãos federais sem licitação, pagas com cartão corporativo.

Em 4 de junho, há 79 anos, eram realizados os primeiros testes para a primeira emissora de TV do País. Hoje é o veículo nº 1: 90% assistem e 63% priorizam a TV, segundo a Pesquisa Brasileira de Mídia.

…faz todo o sentido os Correios, atrasados em tudo, serem o único órgão a pedir mais tempo para retomar a normalidade, após a greve.

NO BLOG DO JOSIAS
Eleitor zangado favorece oligarquia no Tocantins
Por Josias de Souza
Segunda-feira, 04/06/2018 04:36
A disputa pelo posto de governador-tampão do Tocantins deu visibilidade aos dois fantasmas que assombram a sucessão presidencial de 2018: a fúria e o desalento do eleitor. Somando-se a legião que se absteve de comparecer às urnas tocantinenses com a multidão que anulou o voto ou votou em branco, chega-se quase à metade do eleitorado (49,33%) do Estado. A zanga e o desalento saíram pela culatra. Ao lavar as mãos, o eleitor favoreceu a oligarquia partidária que faz sumir o sabonete.
Foram para o segundo turno o atual governador interino do Tocantins, Mauro Carlesse, e o senador Vicentinho Alves. O primeiro é filiado ao PHS, partido que acompanhou Eduardo Cunha até a porta da cadeia. O segundo pertence aos quadros do PR, legenda controlada como um cartório pelo ex-presidiário do Mensalão, Valdemar Costa Neto.
Carlesse foi agraciado com a preferência de 174.275 eleitores (30,31% dos votos válidos). Vicentinho obteve 127.758 votos (22,22%). Juntos, amealharam 302.033 votos — uma quantidade muito inferior aos 443.414 votos que a turma que faz cara de nojo se recusou a entregar para um dos candidatos. E não se pode nem alegar que foi por falta de opção.
Neste primeiro turno, o rol de candidatos ao governo-tampão incluía o ex-juiz Márlon Reis (Rede-TO), idealizador da Lei da Ficha Limpa. Mal comparando, Márlon esteve para a disputa do Tocantins como o ex-presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, estaria para a eleição presidencial se não tivesse desistido.
Dizer que Márlon seria um bom governador exigiria um exercício tolo de adivinhação. Mas é imperioso reconhecer: numa eleição emergencial, convocada em consequência da cassação de Marcelo Miranda, um governador que fizera campanha com verbas sujas, o mentor da Lei da Ficha Limpa representava uma opção para o eleitor que quisesse quebrar o jogo viciado da disputa política.
Pois Márlon, com 9,91% dos votos válidos, amargou um constrangedor quinto lugar. Além dos dois contendores que foram ao segundo turno, o ex-juiz da Ficha Limpa foi superado pelo terceiro colocado, Carlos Amastha (PSB), com 21,41%. Perdeu também para Kátia Abreu (PDT), que, mesmo dispondo do apoio do presidiário Lula, angariou apenas 15,66% dos votos válidos.
Mauro Carlesse, o mais votado do Tocantins, é um colecionador de processos judiciais. Aliou-se ao ex-governador Siqueira Campos (DEM), outro detentor de volumosa ficha corrida. Vicentinho Alves, o segundo mais votado, é apoiado pelo MDB, partido do ex-governador Marcelo Miranda, cuja cassação provocou a eleição emergencial.
As pesquisas eleitorais sinalizam que, nos cenários mais prováveis, a disputa presidencial também vem sendo assombrada por um percentual de eleitores sem candidato acima dos 30%. O caso do Tocantins não é um bom exemplo. Mas constitui um ótimo aviso. Em tempos de caminhonaço, a fúria do eleitorado produz muita filosofia de para-choque. Mas convém levar em conta que, a partir de janeiro de 2019, nada substituirá o próprio para-choque.

NO O ANTAGONISTA
Lula aposta no caos
Brasil Segunda-feira, 04.06.18 07:06
“Com as indicações de que o TSE deve indeferir o registro da candidatura de Lula”, diz a Folha de S. Paulo, “a defesa do petista torce por uma decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU que possa constranger o Tribunal.”
A notinha continua:
“A aposta dos advogados de Lula é que uma decisão da ONU favorável a ele, ainda que posterior ao resultado da disputa deste ano, poderia alimentar discurso sobre a ilegitimidade da eleição.”
A aposta de Lula, portanto, é usar a ONU para causar instabilidade e obrigar o presidente eleito a tirá-lo da cadeia.

Lula negocia a chapa do indulto 
Brasil 04.06.18 06:22
A candidatura de Gleisi Hoffmann para o Palácio do Planalto, por mais espantoso que possa parecer, não é uma piada.
O PT só vai fechar um acordo com Ciro Gomes se ele se comprometer publicamente a conceder um indulto a Lula.
Diz o Estadão:
“Gleisi e Wagner seriam os únicos que, na avaliação de Lula, teriam coragem de assinar o indulto para livrá-lo da prisão e de rever a lei da delação premiada. Fernando Haddad não cumpriria tarefas como essas.”
O recado é claro: Ciro Gomes só terá o apoio de Lula (e Fernando Haddad em sua chapa) depois de assumir o compromisso de enterrar a Lava Jato.

Forza, Ciro
Brasil 04.06.18 06:53
Gleisi Hoffmann pensou em se eleger deputada federal apenas para escapar da cadeia.
Com o fim do foro privilegiado, porém, o plano naufragou.
É por isso que, segundo o Estadão, o PT cogita candidatá-la ao Palácio do Planalto.
Ninguém imagina que ela tenha chance de se tornar competitiva. Mas sua candidatura pode obrigar Ciro Gomes a encampar a única plataforma que interessa ao partido: o indulto a Lula e o fim da Lava Jato.

Acordo de delação de Jorge Luz está perto do fim
Brasil Domingo, 03.06.18 19:42
Jorge Luz, antigo lobista da Petrobras e operador do MDB, está terminando de negociar delação premiada, publica O Globo.
Os advogados do lobista “já discutem as penas com o MPF”.

Servidores investigados na Registro Espúrio são afastados de Ministério do Trabalho
Brasil 03.06.18 18:24
A ação investiga os deputados Paulinho da Força (Solidariedade), Jovair Arantes e Wilson Filho, ambos do PTB e Roberto Jefferson.
“Os servidores envolvidos nas investigações foram dispensados dos cargos de confiança que ocupavam na Pasta. Por determinação do ministro do Trabalho, Helton Yomura, foi aberta sindicância administrativa para apurar responsabilidades e punir os envolvidos nas irregularidades, mediante a aplicação das penalidades cabíveis”, diz comunicado do Ministério do Trabalho.

Lewandowski manda inquérito contra Mantega para São Paulo
Brasil 03.06.18 15:31
Ricardo Lewandowski desmembrou a investigação de desvios na Previ.
Todos os trechos referentes a Guido Mantega e Cândido Vaccarezza serão enviados para a Justiça Federal em São Paulo, publica Juliana Braga em O Globo.
“Considerou que os recursos desviados do fundo de pensão teriam sido usados para a construção de um empreendimento no Estado, o Parque da Cidade”.

NO BR18
Segunda-feira, 04.06.2018 | 06h46
Primeiro Lula, depois a eleição
A prioridade do PT é fazer a defesa de Lula. Vencer a eleição deve ficar em segundo plano em nome desse projeto maior.
O que já estava subentendido dada a insistência do partido na pré-candidatura do ex-presidente ficou explícito em entrevista do ex-ministro de Dilma e agora prefeito de Araraquara, Edinho Silva, ao Estadão. Para ele, não há outro caminho para o PT que não seja usar a campanha para defender o “legado” de Lula.

04.06.2018 | 06h34
Um general no caminho de Ciro
Aos 63 anos e tendo acabado de passar à reserva, o general Guilherme Cals Theophilo de Oliveira é a aposta do PSDB no Ceará contra a aliança pluripartidária que une o PT do governador Camilo Santana e o PDT de Ciro e Cid Gomes.
O jornalista Luiz Maklouf Carvalho publica no Estadão desta segunda-feira um detalhado perfil do general, que tem família com raízes políticas no Estado, pilota uma Harley Davidson nas horas vagas e usa o discurso da ética na política e da meritocracia para enfrentar a coligação de 21 partidos em torno do governador.



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