SEGUNDA EDIÇÃO DE 19-5-2018

NO CEARÁ NEWS 7
Joesley Batista entrega novos anexos à PF comprovando propina a Cid
Segundo o dono da JBS, o ex-governador recebeu quase R$ 30 milhões da empresa em 2010, 2012 e 2014
Sexta-feira, 18/05/2018 17:00 
O empresário Joesley Batista, dono da JBS, entregou mais 90 anexos à Polícia Federal para comprovar o que disse em sua delação premiada. Os novos documentos trazem mais comprovações do pagamento de propina ao ex-Governador Cid Gomes (PDT), acusado por Joesley de receber um total de R$ 29,7 milhões nos anos de 2010, 2012 e 2014.
O “anexo complementar 5”, entregue por Joesley, tem como título “Propina PSB-Ceará”, partido ao qual Cid esteve filiado durante a maior parte de seu mandato como Governador, abandonando a sigla em setembro de 2013. Segundo os irmãos Joesley e Wesley Batista, a JBS pagou a Cid R$ 4,5 milhões em propina em 2010; R$ 5,2 milhões em 2012; e mais R$ 20 milhões em 2014.
Na mesma lista, aparecem anexos comprovando pagamentos de propina a Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, entre outros.
Confira o material publicado pela revista Veja que chega às bancas nesta sexta-feira (18).

NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Lava Jato irrompe o Judiciário
Da Redação
Sexta-feira, 18/05/2018 às 13:16
A Operação Lava Jato parece mesmo ser infinita. Poucos dias após chegar àquela que se apresentava como sua maior fronteira, a lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas, ou seja, o envolvimento direto de políticos com traficantes, a Lava Jato dá um passo em relação ao Judiciário, numa demonstração de que, na realidade, não existe fronteira intransponível para a maior operação contra a corrupção da História.
A Procuradoria Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de investigação para apurar ligações suspeitas da JBS com o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Napoleão Maia.
Vale lembrar que, em junho de 2017, o filho de Napoleão protagonizou uma cena bastante estranha no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando do julgamento da chapa Dilma-Temer.
O rapaz passou correndo pelo detector de metais e foi barrado pelos seguranças na porta do plenário.
Com roupa esportiva, o intruso demonstrava nervosismo e segurava um envelope amarelo diante de uma barreira de agentes que se formou para detê-lo.
Foi salvo pelo pai.

NO BLOG DO NOBLAT
A orfandade dos partidos
O problema não é (só) do candidato, mas do partido
Por Ruy Fabiano (*)
Sábado, 19 maio 2018, 10h00
O colapso dos partidos, iniciado com a devassa judicial ao PT e, a seguir, estendido às demais siglas (MDB, PP, PSDB, PDT etc.), impôs ao quadro eleitoral um cenário de paradoxos e perplexidades.
O primeiro deles é a falta de candidatos competitivos, à altura das estruturas partidárias disponíveis. Os favoritos nas pesquisas – Jair Bolsonaro e Marina Silva – são de partidos ou insignificantes (PSL) ou um pouco mais que isso (Rede).
Os grandes e médios partidos têm dinheiro (o grosso das verbas do fundo eleitoral), tempo de rádio e TV e, em grande parte, apoio logístico e estrutural de governos estaduais, prefeituras, sindicatos etc. Mas seus candidatos não empolgam ninguém.
Exemplo eloquente é o do ex-Governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin. Perde em seu próprio Estado, que já governou por três vezes, para o deputado Bolsonaro, que é do Rio.
Pior: não consegue selar alianças nem com os seus parceiros históricos, MDB e DEM. Até o seu vice, Márcio França, do PSB, que o sucedeu no Governo paulista, hesita (eufemismo de evita) em aderir. Produz no máximo declarações dissimuladas.
O problema não é (só) do candidato, mas do partido. É claro que o perfil politicamente desidratado de Alckmin agrava o problema, mas não o explica por inteiro. O PSDB está sem discurso.
No caso do PT, o quadro é inverso. Há uma falange de nomes postulando substituir Lula, mas nenhum emplaca. Todos foram testados – em pesquisas internas e externas: Jacques Wagner, Gleisi Hoffmann, Fernando Haddad etc.
Como o partido não tem o hábito de selar coalizões em que não seja o protagonista, rejeita a ideia de figurar como vice em chapa alheia. Houve especulações que envolveram os nomes de Ciro Gomes, Marina Silva e Joaquim Barbosa, cujo efeito foi dividir e exacerbar os ânimos entre as facções partidárias.
Lula, o único capaz de uni-las, está preso, sem chances de concorrer, a menos que, nos cinco meses que distam das eleições, o partido imponha ao País uma revolução que não logrou obter em 14 anos de governo. Nesse caso, não seriam necessárias as eleições.
O Governador cearense Camilo Santana tentou esta semana dizer o óbvio: já que não há um nome competitivo no partido, que tal se aliar a Ciro Gomes, que não faz outra coisa senão buscar essa aliança? O resultado foi aumentar o estresse entre as facções.
Em tal ambiente, o ex-presidente Fernando Henrique busca unir o que chama de “centro democrático e reformista”. E a dificuldade começa em definir o que isso seja: “Não deve ser confundida com o Centrão”, diz ele, referindo-se ao bloco informal de parlamentares, mais afeito ao jogo fisiológico.
Para o eleitor, no entanto, a política brasileira é um imenso Centrão, que inclui todos os grandes partidos. FHC, no entanto, acredita na viabilidade de mudar esse quadro. E anuncia para o fim deste mês um manifesto que destaque a necessidade de unir o tal “centro democrático”, encabeçado por PSDB, DEM, MDB e PTB.
Falta apenas um detalhe: quem seria o candidato? Nenhum desses partidos tem um nome competitivo. E apenas um temor os une: o favoritismo, até aqui, da candidatura de Jair Bolsonaro.
(*) Ruy Fabiano é jornalista

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