PRIMEIRA EDIÇÃO DE 29-5-2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
TERÇA-FEIRA, 29-5-2018
O senador Valdir Raupp (MDB-RR) defendeu a reforma tributária, ontem, no Senado, como “importante contribuição” para resolver a atual crise. “Quem sabe não é o momento mais do que oportuno?”, indagou.

A Petrobras aumentou o preço dos combustíveis cerca de 107 vezes em apenas dez meses, desde quando adotou, em 3 de julho de 2017, a política que na prática dolarizou os combustíveis e promoveu reajustes de quase 30% no período em que a inflação foi de menos de 2%. Em média, no período, foi um aumento a cada três dias. A estatal alega “alta do petróleo” e “variação do câmbio” para dolarizar o combustível. E ainda há quem considere essa centena de aumentos defensável.

A anunciada greve de 72 horas dos petroleiros, a partir desta quarta (30), ordenada pelo PT, mal disfarça uma velha malandragem: seu final coincide com início do fim de semana. No total, cinco dias de folga.

No novo emprego, Parente não aplicará aos frangos da Sadia e nem aos presuntos da Perdigão a política de reajustes diários de preços.

Durante os dias de caos da greve dos caminhoneiros não tem havido confrontos com a bandidagem no Rio. A dúvida é se haveria relação de causa e efeito. Ou, vai ver, o tráfico sofreu os efeitos no tráfego.

…os caminhoneiros são detentores de um segredo cobiçado pela maioria dos brasileiros: como pagar as contas sem trabalhar?

NO BR18
Segunda-feira, 28.05.2018 | 23h00
Destaques do dia: Com quem negociar agora?
E agora, quem poderá nos defender? O Governo tentou atender as revindicações dos caminhoneiros, mas os manifestantes não arredam o pé das estradas mesmo com as entidades do setor pedindo o fim do movimento. O presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros dá a sua versão: parte do grupo quer mesmo é derrubar o Governo. Possíveis prisões de líderes podem acontecer na tentativa de encerrar os protestos. Já os militares, que tem autorização para liberar as vias bloqueadas, temem o desgaste com a operação. E a direita se divide, parte oportunista, à favor da paralisação, parte querendo o restabelecimento da ordem no Brasil.

Ciro apresenta suas armas
Ciro Gomes já tem pronto o figurino que vai exibir na campanha presidencial. Na sua entrevista ao Roda Viva, ele deixou claro que será extremamente crítico dos adversários e até de eventuais aliados como o PT. E também não perderá a oportunidade de usar as palavras e acusações mais duras que puder. Mesmo que elas quase se transformem em ofensas pessoais.
Para não se transformar numa espécie de “Bolsonaro da esquerda”, Ciro vai mesclar essa pancadaria com propostas de modernização para o País. O problema é que sua virulência é tão grande que acaba ofuscando essas ideias. /M.M.

Ciro: ‘Dilma se desmoralizou porque mentiu’
A metralhadora giratória de Ciro Gomes disparou também na direção dos petistas durante sua entrevista ao programa Roda Viva.
Ciro disse que a ex-Presidente Dilma Rousseff “se desmoralizou porque mentiu”. Ele também a criticou por ter nomeado Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda. O pré-candidato do PDT afirmou ainda que Dilma perdeu o controle de sua base “porque não era do ramo”. E afirmou que ele “é do ramo”. /M.M.

NO BLOG DO JOSIAS
Auxiliar enxerga sinais de desânimo em Temer
Por Josias de Souza
Terça-feira, 29/05/2018 04:34
Em conversa telefônica com um congressista, na noite desta segunda-feira, um auxiliar de Michel Temer disse ter detectado no Presidente sinais de desânimo. Associou o desalento à longevidade do “caminhonaço”, que entra em seu nono dia. De acordo com o relato, o que mais entristece Temer é o efeito corrosivo que a paralisação dos caminhoneiros terá sobre o desempenho da economia em 2018. Impopular e enfraquecido, Temer vinha se escorando nos indicadores econômicos para se autovangloriar e enaltecer o seu Governo.
O congressista compartilhou o relato num jantar que ofereceu na noite passada a três colegas. Disse ter ficado preocupado com o que ouviu. Telefonara para o “amigo” do Planalto com o objetivo de pedir que o Presidente fosse mais enérgico no trato com os caminhoneiros. Sob pena de se desmoralizar no Congresso. Em resposta, ouviu o relato sobre a fadiga de materiais que estaria enferrujando o entusiasmo de Michel Temer. ''Vai passar'', disse o auxiliar do Presidente.

Presidente eleito terá de governar já na transição
Por Josias de Souza
29/05/2018 02:26
Além dos reflexos econômicos, a crise dos caminhões deixará marcas políticas. O Governo já havia entrado em colapso ético em maio de 2017, quando explodiu o grampo do Jaburu. Na crise atual, o que se convencionou chamar de gestão Temer viveu um apagão administrativo. No momento, Temer dispõe de uma equipe inepta, uma base congressual estilhaçada e uma autoridade que cabe numa caixa de fósforos. Tudo isso leva o mercado, a sociedade e os atores políticos a desligarem o Presidente da tomada.
Entre o colapso moral de maio de 2017 e o apagão de maio de 2018, o desgoverno de Temer operou em duas velocidades que podem ser consideradas insultuosas. Moralmente, foi ligeiro como um punguista. Gerencialmente, foi lento como uma lesma. A autoridade de Temer ruiu porque a sociedade tem a exata percepção de que honestidade e eficiência são como virgindade. Quem perdeu não recupera.
A crise dos caminhões fez de Temer um presidente terminal. Ele não deixará a Presidência, terá alta. Sairia em 1º de janeiro de 2019. Mas, na prática, seu mandato será encurtado para 28 de outubro. Nesse dia, o brasileiro escolherá, em segundo turno, o próximo Presidente da República. A realidade forçará o Presidente eleito a iniciar o novo governo já na fase de transição. Temer, que se queixava de ser tratado por Dilma como um vice “decorativo”, permanecerá no Planalto até 1º de janeiro como um vaso quebrado à espera de ser removido para o entulho da História.

NO O ANTAGONISTA
“O País se aproxima perigosamente da anomia”
Brasil Terça-feira, 29.05.18 06:43
A revolta dos caminhoneiros pode resultar na queda de Michel Temer.
O Estadão, em editorial, alerta para o perigo de caos:
“O governo do Presidente Michel Temer mostrou-se frágil ao lidar com o protesto dos caminhoneiros que parou o País. Essa fragilidade ficou particularmente evidente com a quase total inação das Forças Armadas, malgrado o fato de que as medidas decretadas por Temer para desobstruir as estradas e garantir o abastecimento das cidades incluíam a autorização expressa para que os militares agissem contra os grevistas. Está claro que ao Governo faltou pulso para administrar uma crise dessa dimensão, restando à sociedade a sensação de que o que está sendo feito é insuficiente e que os caminhoneiros – e todos os oportunistas que pegaram carona no movimento – estão a ditar os rumos da crise. O País se aproxima perigosamente da anomia – quando aqueles que deveriam exercer a autoridade política e institucional são desmoralizados, prevalecendo a lei do grito (…).
Esses incendiários apostam que Temer pode ser transformado no símbolo de tudo o que de ruim acontece no País e que o colapso de seu governo seria, assim, algo desejável. Bastariam mais alguns empurrões – como, por exemplo, a anunciada greve dos petroleiros, marcada para amanhã, para que o Governo venha ruir.
Para evitar que esse cenário se torne realidade, o Governo deve fazer mais do que simplesmente dar confusas entrevistas coletivas que serão desmentidas pelos fatos horas depois. É preciso retomar a autoridade que lhe compete, fazendo com que a lei seja cumprida por meio dos instrumentos que a Constituição lhe faculta. Um governo que não se faz respeitar não pode se queixar do destino.”

Bolsonaro: “Isso é pauta da esquerda, a pauta do caos”
Brasil 29.05.18 05:47
Jair Bolsonaro não é Xuxa nem Batoré.
Entrevistado pela Folha de S. Paulo, ele disse que está conversando com os caminhoneiros a fim de que eles encerrem a greve:
“Eu estou conversando com, não digo lideranças, mas gente deles. Não existe liderança, tem muito voluntarismo. Eu estou dizendo para eles que isso é igual a remédio, se tomar demais, vira veneno.
A Federação Única dos Petroleiros anunciou uma greve para quarta, mas sem pauta nenhuma, não estavam negociando nada com o Governo. É uma greve para voltar a Dilma? Pelo Lula livre? Isso é a pauta da esquerda, a pauta do caos.
Eles estão sabendo que, se morrerem centenas de milhares de galinhas por falta de ração, para aquela granja voltar a ter galinha, são seis meses. Isso vai encarecer o ovo.
A coisa chegou num ponto que precisa refluir. Aí entra o aspecto político. Não interessa, acredito eu, para mim, para o Brasil, para quem quer a democracia, o caos agora.”

Temer usa helicóptero para escapar de protesto
Brasil Segunda-feira, 28.05.18 21:16
Agora à noite, Michel Temer usou o helicóptero presidencial para percorrer uma distância de 16 km até o aeroporto de Brasília, de onde embarcou para São Paulo, informa a Folha.
Com isso, ele escapou do protesto de um grupo de cerca de mil pessoas que obstruiu parcialmente a região da Praça dos Três Poderes e a Esplanada dos Ministérios.
Os manifestantes pediram, além da saída de Temer, uma intervenção militar e a queda do preço da gasolina.

PGR defende condução coercitiva
Brasil 28.05.18 21:19
Em memorial enviado ao STF, a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, defendeu a condução coercitiva de investigados para interrogatório.
“É válida e não fere os direitos fundamentais previstos na Constituição”, diz.
A manifestação foi feita em Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), proposta pelo Conselho Federal da OAB.
As conduções coercitivas foram proibidas em dezembro do ano passado por força de liminar concedida pelo Ministro Gilmar Mendes, que atendeu a pedido do PT.
O assunto está previsto para ser apreciado pelo Plenário da Corte nesta quarta-feira 30.

Mais um capítulo da série ‘Gilmar manda soltar’
Brasil 28.05.18 20:18
Gilmar Mendes soltou hoje mais dois presos da Operação Pão Nosso, o doleiro Sérgio Roberto Pinto da Silva e César Rubens Monteiro, ex-diretor da Secretaria de Administração Penitenciária do Rio.
A operação, deflagrada em abril investigou desvios de recursos públicos na Seap durante a gestão de Sérgio Cabral.
O Ministro do STF determinou que os acusados cumpram medidas cautelares, como proibição de manter contato com outros investigados e entrega do passaporte em até 48 horas.
Quem ordenou as prisões dos acusados na Pão Nosso foi Marcelo Bretas.

Dodge recorre de decisão de Gilmar que soltou cinco
Brasil 28.05.18 19:42
Raquel Dodge recorreu contra a decisão de Gilmar Mendes de mandar soltar o lobista Milton Lyra e outros quatro investigados na Operação Rizoma, informa O Globo.
Um dos desdobramentos da Lava Jato no Rio de Janeiro, a Rizoma apura irregularidades nos fundos de pensão Postalis e Serpros.
Além de Milton Lyra, o Ministro do STF mandou soltar Marcelo Sereno, ex-Secretário de Comunicação do PT, Adeilson Ribeiro Telles, do Postalis, Carlos Alberto Valadares Pereira, da Serpro, e Ricardo Siqueira Rodrigues, apontado como operador financeiro.
A PGR argumentou que Lyra e os demais investigados “têm atuação no mercado financeiro e de câmbio, com pleno domínio de meios para ocultar o patrimônio obtido com o cometimento de crimes”.
Dodge pede que Gilmar reconsidere as decisões que libertaram os cinco ou as leve para julgamento na Segunda Turma do STF.

CRUSOÉ DESCOBRE MAIS UM SÓCIO DE PARENTE COM INTERESSES NA PETROBRAS
Brasil 28.05.18 18:11
A revista Crusoé descobriu mais uma sociedade esquisita de Pedro Parente, Presidente da Petrobras: com um sujeito que tem um contrato com a estatal no valor de 11 milhões de reais, firmado sem licitação, depois que Parente assumiu a Presidência da empresa.
Na semana passada, a revista revelou que o Presidente da Petrobras também é sócio de José Berenguer, Presidente do banco JP Morgan no Brasil, que em maio deste ano recebeu da Petrobras, antecipadamente, o pagamento de cerca de 2 bilhões de reais (600 milhões de dólares) de um financiamento que venceria em 2022.
(...)

Crusoé: comitê da Petrobras vai analisar sociedade que Parente mantém com empresário
Brasil 28.05.18 19:46
Depois de a Crusoé revelar que Pedro Parente mantém sociedade com um empresário com contrato de 11 milhões de reais com a Petrobras, a empresa enviou uma nota para negar que haja conflito de interesses e chama a notícia da revista de “insinuação”.
A “insinuação”, contudo, foi enviada para um comitê interno da Petrobras.
(...)












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