PRIMEIRA EDIÇÃO DE 30-3-2018 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEXTA-FEIRA, 30 DE MARÇO DE 2018
Joaquim Barbosa, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), continua dando canseira no PSB. O presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, revelou que ainda não foi batido o martelo da filiação, que, segundo ele, “está se encaminhando”. Ele confirmou encontro com Barbosa nesta quinta (29). Começou em 2014 o flerte do PSB com o imprevisível ex-relator do processo do Mensalão do PT.

Carlos Ayres Britto, outro ministro aposentado do STF que também é cortejado pelo PSB, segundo Siqueira, “recuou”.

Siqueira e o deputado Alessandro Molon (RJ), nova “aquisição” do PSB na Câmara, se reuniram com Joaquim em uma padaria de Brasília.

Indagado sobre se ainda espera a filiação de Joaquim Barbosa ao PSB, Siqueira respondeu, bem-humorado: “Até a zero hora do dia 7”.

Barbosa se aposentou precocemente do STF em 2014, após ser o relator da Ação Penal 470, e virou celebridade.

O ministro Luís Barroso mandou prender nesta quinta-feira (29) a neta de um dos ex-integrantes históricos do próprio Supremo Tribunal Federal (STF). Celina Torrealba Borges, cuja família é controladora do Grupo Libra, que atua no Porto de Santos, presa pela Polícia Federal por ordem de Barroso, é neta de Hermes de Lima, ex-primeiro-ministro no governo de João Goulart, e aposentado à força do STF pelo AI-5.

Hermes Lima esteve no STF de 1963 a 1969, mas, antes, foi três vezes ministro de Jango: Relações Exteriores, Trabalho e Gabinete Civil.

Celina Torrealba é sócia do Grupo Libra e foi presa sob a suspeita de ter sido beneficiada pelo decreto de Temer sobre a Lei dos Portos.

Celina e Gonçalo Torrealba são acusados de doar R$250 mil cada ao PMDB-RJ e Rodrigo Torrealba R$500 mil para o PMDB nacional.

Sindicância do Desenvolvimento Social concluiu no ano passado, que a ex-presidente petista Dilma usou servidores de carreira do INSS para agilizar a burocracia sobre sua aposentaria. Não esperou um só dia.

Voltou para a gaveta o projeto que regulamenta a profissão de lobby ou Relações Institucionais, marcado para ser votado esta semana. O projeto de Cristiane Brasil (PTB-RJ) já foi retirado da pauta oito vezes.

A Caixa, que é banco público, revelou com muita pompa que obteve o “maior lucro da história” em 2017: R$12,5 bilhões. Em comparação com 2016 foi 202,6% maior. O Brasil inteiro conseguiu crescer só 1%.

Em 2015, o diretor da série “O Mecanismo”, José Padilha, revelou à Trip TV haver confiscado um DVD pirata do seu filme “Tropa de Elite” na casa de Gilberto Gil, na época ministro da Cultura de Lula. O cantor e a mulher Flora fariam a sessão para amigos, em casa. Cancelaram.

Depois da Tesla e do fundador do Whatsapp, a Playboy fechou páginas oficiais no Facebook, com mais de 25 milhões de seguidores, devido ao escândalo de utilização dos dados de usuários sem autorização.

A comissão externa da Câmara que acompanha as investigações da morte de Marielle Franco tem deputados do PSOL, cariocas de outros partidos e Maria do Rosário (PT-RS), que não deu um pio sobre o assassinato do vereador Valdonez Anchete, em Tramandaí (RS).

Enquanto o Partido Verde procura um candidato presidencial para apoiar, um dos seus filiados mais ilustres, Celso Nonato, oficializou a Luiz Penna, presidente da sigla, para inscrevê-lo como pré-candidato.

O Itamaraty ainda não divulgou nota oficial sobre aniversário de boneca, mas lamenta acidentes, incidentes, ameaças e até incêndio na Sibéria. Já cumprimentar Vladimir Putin por sua vitória nas urnas...

...pode-se dizer que Lula é o Maluf moderno: foram condenados exatamente pelos mesmos crimes: corrupção e lavagem de dinheiro.

NO DIÁRIO DO PODER
'CASO DAS ESCUTAS'
SARKOZY SERÁ JULGADO POR CORRUPÇÃO E TRÁFICO DE INFLUÊNCIA EM NOVO CASO
SEGUNDO O 'LE MONDE', EX-PRESIDENTE TERIA USADO SUA INFLUÊNCIA PARA OBTER DETALHES DE INQUÉRITO
Publicado quinta-feira, 29 de março de 2018 às 15:26
Da Redação
O ex-presidente da França Nicolas Sarkozy será julgado por acusações de corrupção e tráfico de influência no chamado “caso das escutas”, segundo informações do jornal Le Monde, nesta quinta-feira, 29.
O caso teve início depois que investigadores usaram grampos telefônicos para investigar alegações separadas de que o ex-líder líbio Muamar Kadafi - morto em 2011 - teria financiado a campanha de Sarkozy.
Pelas conversas, eles começaram a suspeitar de que o ex-presidente estaria acompanhando um outro caso por meio de uma rede de informantes. Deduziram que Sarkozy tentava obter, por meio do ex-juiz Gilbert Azibert, informações secretas do processo que investigava se Liliane Bettencourt, herdeira do império de cosméticos L'Oréal, financiou ilegalmente sua campanha de 2012.
A investigação foi finalizada em 2016, mas diversos recursos atrasaram o andamento do processo, e a decisão dos juízes de instrução, da qual podem recorrer os acusados, foi assinada hoje.
Nicolas Sarkozy ainda tem um julgamento pendente pelo suposto financiamento irregular de sua campanha eleitoral de 2012.

NO BLOG DO JOSIAS
Está no forno a terceira denúncia contra Temer
Por Josias de Souza
Quinta-feira, 29/03/2018 17:09
Uma decisão tomada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, influiu na decretação da prisão provisória dos amigos de Michel Temer e de empresários do setor portuário na Operação Skala, deflagrada nesta quinta-feira. A Polícia Federal havia requisitado a condução coercitiva dos suspeitos. Mas Gilmar proibira esse tipo de procedimento num despacho proferido em dezembro do ano passado. A Procuradoria viu-se compelida, então, a requerer a prisão dos alvos da PF por cinco dias.
A má notícia para Temer é que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge considerou que há no processo indícios da prática de crimes que justificam a adoção da providência drástica. A péssima notícia para o presidente é que o ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso dos portos no Supremo, concordou com Raquel Dodge. E como há males que vêm para pior, o cheiro que exala da cozinha do inquérito indica que está no forno uma terceira denúncia criminal contra o presidente da República.
Investiga-se a suspeita de que Temer tenha recebido propinas para editar, no ano passado, decreto que afetou os negócios de empresas portuárias. A Polícia Federal diz ter colecionado evidências de que há um esquema de corrupção funcionando no setor de portos há mais de 20 anos. Nessa versão, o principal operador de Temer é o coronel da reserva da PM paulista, João Baptista Lima, amigo do presidente há três décadas. Nas palavras dos investigadores, as propinas tiveram “fins pessoais e eleitorais.”
O coronel Lima, como é chamado pelos amigos, é um dos presos desta quinta-feira. Ele é sócio de uma empresa chamada Argeplan. No despacho em que autorizou as prisões e as batidas policiais para busca e apreensão de documentos, valores e equipamentos eletrônicos, o ministro Barroso anotou que a Argeplan “tem se capitalizado por meio do recebimento de recursos provenientes de outras empresas – as interessadas na edição do denominado Decreto dos Portos – e distribuído tais recursos para os demais investigados”.
O ministro prosseguiu: “Desse modo, os sócios dessas empresas devem ser trazidos para prestar esclarecimentos, inclusive sobre se possuem conhecimento quanto à eventual atuação de João Batista no favorecimento de empresas concessionárias do setor portuário e na solicitação de vantagens indevidas a empresários com finalidade de beneficiar agentes políticos, seja por doações de campanha formais, ‘caixa 2’ ou mesmo sob forma de ‘propina’ direta, sem relação com campanhas eleitorais”.
Instaurado no ano passado, o inquérito sobre portos é um dos filhotes da delação do grupo JBS. A pedido da Polícia Federal, o ministro Barroso autorizou que fossem anexados ao processo documentos de outro inquérito sobre o mesmo tema, arquivado há sete anos.
A investigação que estava na gaveta nascera de denúncias de uma ex-mulher de Marcelo Azeredo. Apadrinhado por Temer, ele presidiu a Companhia das Docas do Estado de São Paulo (Codesp), entre 1995 e 1998. De acordo com a denúncia, recebia propinas junto com Temer. Entre os papeis retirados da gaveta há uma planilha chamada “Parcerias realizadas, concretizadas e a realizar”.
O documento anota nomes de empresas que administram áreas no Porto de Santos. Entre elas a Rodrimar, a mesma que está no epicentro da investigação inaugurada no ano passado. Ao lado do nome da empresa, há duas letras: “MT”. Suspeita-se que sejam as iniciais de Michel Temer. Na sequência, anotaram-se valores: R$ 300 mil e R$ 200 mil. Noutro trecho, aparecem as inicias “MA” e a letra “L”, associada à cifra de R$ 150 mil. Para os investigadores, “MA” é Marcelo Azeredo e “L” refere-se ao coronel Lima.
Há duas semanas, Raquel Dodge recorreu contra a decisão de Gilmar Mendes que proibiu a condução coercitiva de investigados. Para ela, a medida suspensa por liminar do ministro mais próximo a Michel Temer no Supremo se presta a um “fim legítimo'' (possibilitar a identificação e o interrogatório) sem privar “a liberdade do conduzido”, que é retido apenas pelo “tempo necessário à realização do interrogatório.” Realçou que o procedimento “não ofende os direitos ao silêncio e à vedação da autoincriminação.''
Gilmar, ao contrário, entendera que a condução coercitiva para interrogatório fere a Constituição por restringir dois direitos: a liberdade de locomoção e a presunção de não culpabilidade. De resto, obriga a presença no interrogatório, “um ato ao qual o investigado não é obrigado a comparecer.” O resultado prático foi a decretação da prisão dos amigos do presidente. Eles decerto não gostariam de estar na cadeia. Mas nesse caso a presença é compulsória.

Temer troca fantasia eleitoral pela sobrevivência
Por Josias de Souza
Sexta-feira, 30/03/2018 05:00
“Será que ele termina o mandato?” A pergunta foi feita por um deputado governista a um dos mais próximos auxiliares de Michel Temer. O aliado do governo acompanhara o noticiário político-policial ao longo de toda a quinta-feira. Telefonou para Brasília à noite, do aeroporto de Cumbica, antes de embarcar para sua “Páscoa em Paris”. O blog alcançou o viajante pelo celular, quando já estava dentro do avião. Antes que a comissária de bordo ordenasse o desligamento do aparelho, o repórter quis saber qual foi a resposta do auxiliar do presidente. E o deputado: “Ele me disse que o futuro do Temer depende de nós, que o apoiamos na Câmara. Depois, perguntou: que dia você volta?”
A conversa ajuda a entender os efeitos da prisão de amigos de Temer sobre o ânimo do Planalto. Nas próximas semanas, o presidente será forçado a trocar a fantasia de uma candidatura à reeleição pela dura realidade de uma nova batalha pela sobrevivência. O Planalto vive a síndrome do que está por vir. Numa reunião de Temer com os ministros palacianos, na tarde desta quinta-feira, falou-se às claras sobre a perspectiva de uma terceira denúncia criminal contra o presidente. Escalado para falar com os repórteres, o ministro Carlos Marun, coordenador político de Temer, demonstrou que o governo não tem muito a dizer.
Além de negar o receio de uma nova denúncia, algo que acabara de ser analisado num encontro do qual Marun participara, o articulador político de Temer declarou: “Entendemos que a decisão do presidente de colocar a possibilidade de que venha a disputar a reeleição, colocar como concreta essa possibilidade faz com que novamente se dirijam contra nós os canhões da conspiração.” A declaração oscila entre o absurdo e o patético.
A conversa mole de Marun é absurda porque ninguém se daria ao trabalho de apontar canhões contra a candidatura natimorta de um presidente rejeitado por 7 em cada 10 brasileiros e que amealha nas pesquisas 1% de intenções de voto. O lero-lero do ministro é patético porque a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, indicada por Temer com o endosso do conselheiro supremo Gilmar Mendes, não se parece com uma conspiradora.
Foi Raquel Dodge quem pediu a prisão dos amigos do presidente e dos empresários sob suspeição. Alvo de Marun desde que ordenou a quebra do sigilo bancário de Temer, o ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso dos portos no Supremo Tribunal Federal, apenas concordou com os pedidos da procuradora-geral. Para desassossego de Temer, Dodge e Barroso enxergaram no processo indícios graves. Nas palavras do relator, o presidente figura no inquérito como suspeito de “cometimento de crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa/organização criminosa.”
Mesmo sem denúncia, o estrago político será enorme. Nos próximos dias, ganharão as manchetes, por exemplo, notícias sobre a reforma na casa de uma das filhas de Temer. Coisa de 2014. Assina o projeto a arquiteta Maria Rita Fatezi, mulher de João Baptista Lima. Chamado na intimidade de coronel Lima, ele é um dos presos desta quinta-feira. Amigo de Temer há três décadas, é apontado pela Polícia Federal como operador de propinas do presidente. O coronel e sua mulher são sócios na empresa Projeção e Direção Arquitetônico (PDA).
Sobre a PDA, a Polícia Federal anotou nos autos: “Trata-se de empresa que realizou reforma de alto custo em imóvel da senhora Maristela Temer, filha do excelentíssimo senhor presidente da República. Há informações sobre pagamentos de altos valores em espécie.”
Supondo-se que o receio do governo se confirme, uma terceira denúncia será enviada à Câmara num instante em que os aliados de Temer estão mais preocupados com o próprio pescoço. O Supremo depende de autorização dos deputados para julgar uma denúncia contra o presidente. Um pedaço do bloco de apoiadores do governo avalia que o desgaste acumulado nas votações que congelaram duas denúncias já constitui prova suficiente de lealdade a Temer. Por isso, a reforma da Previdência virou um fiasco.
Estima-se que Temer pode realizar o pesadelo da terceira denúncia até junho, a quatro meses da eleição. No início da semana, o presidente tricotava sua reforma ministerial barganhando com os partidos a manutenção de posições na Esplanada em troca do apoio à sua hipotética candidatura. Agora, já se dará por satisfeito se obtiver garantias de apoio legislativo dos seus interlocutores.
Temer negocia ministérios com gente como Ciro ‘Petrolão’ Nogueira, presidente do PP, e Valdemar ‘Mensalão’ Costa Neto, dono do PR. São personagens pragmáticos o bastante para colocar seus interesses à frente das conveniências do presidente. Nessa negociação, Temer terá de pagar adiantado, entregando os ministérios até 7 de abril. E não há a mais remota garantia de que receberá a mercadoria de que precisa.
Outra evidência da fragilidade do governo é o novo posicionamento de Rodrigo Maia no tabuleiro. Primeira autoridade na linha de sucessão do Planalto, o presidente da Câmara frequenta a cena como candidato ao Planalto. Antes, foi generoso com Temer ao desestimular maquinações que poderiam abreviar-lhe o mandato. Agora, é improvável que se anime a mover um dedo para socorrer o presidente caso ele volte a estrelar uma denúncia, estimulando a pergunta: ''Será que termina o mandato?''.

NO O ANTAGONISTA
Advogado de jatinho
Brasil Sexta-feira, 30.03.18 08:38
“Michel Temer desistiu de passar a Páscoa em São Paulo e convocou o advogado Antônio Cláudio Mariz nesta sexta-feira para uma conversa em Brasília”, diz Andréia Sadi.
Antônio Cláudio Mariz, segundo O Globo, viaja no jatinho de Toninho Abdalla.

Rocha Loures delatou Temer?
Brasil 30.03.18 08:16
Rodrigo Rocha Loures delatou Michel Temer?
Diz Merval Pereira:
“Um terceiro processo contra Michel Temer parece claramente delineado, ainda mais porque foi a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, quem pediu as prisões, que não seriam autorizadas pelo ministro do STF Luís Roberto Barroso se não houvesse bons motivos. E um bom motivo poderia ser uma delação premiada do ex-assessor Rodrigo Rocha Loures, aquele da mala de R$ 500 mil, que estranhamente não está entre os presos ontem.”
Releia aqui o que O Antagonista publicou sobre o assunto.

Lula e Temer unidos para sempre
Brasil 30.03.18 08:33
Lula e Michel Temer se tornaram inseparáveis.
Os ministros do STF ligados a Michel Temer manobram para tirar Lula da cadeia e os ministros do STF ligados a Lula tentam garantir o futuro de Michel Temer.
Enquanto isso, jornalistas pagos por um lado e pelo outro – sobretudo por meio de empresas de marqueteiros – procuram mascarar o jogo, emporcalhando a Lava Jato com o argumento infamante de que ela favorece o adversário.

Os furos na caravana
Brasil 30.03.18 07:57
O laudo dos peritos do Paraná sobre os pretensos disparos contra a caravana de Lula deve ser entregue aos investigadores na próxima segunda-feira, diz o Estadão.

Nove anos no STJ
Brasil 30.03.18 07:34
Os golpistas do STF, ligados a Lula e a Michel Temer, querem empurrar para o STJ a decisão de prender ou não os criminosos.
Um ministro contou para a Veja “que as bancas de advocacia conseguiriam postergar o desfecho de um caso penal no STJ por até nove anos”.

A novela das 8 de Rosa Weber
Brasil 30.03.18 06:27
A reportagem da Veja sobre Rosa Weber é intitulada “Senhora do Destino”.
Só há uma possibilidade de final feliz para a grotesca telenovela protagonizada pela ministra do Supremo: mandar o vilão para a cadeia.

Rosa Weber e a impunidade de Lula
Brasil 30.03.18 07:23
Em reportagem sobre o voto de Rosa Weber, que pode tirar Lula da cadeia e enterrar a Lava Jato, a Veja reproduz o que ela disse em 2011, ao ser sabatinada para o STF:
“O cumprimento da pena após o trânsito em julgado da sentença condenatória realmente gera a cada dia na sociedade uma sensação de impunidade do sistema, que nós temos de tentar solucionar de alguma forma.”
Na quarta-feira, 04, o Brasil vai saber se ela está do lado da sociedade ou do sistema.

O decreto de Temer “é valioso”
Brasil 30.03.18 07:10
Michel Temer sempre negou que o decreto dos Portos favorecesse a Rodrimar.
Um e-mail do dono da empresa, Celso Grecco, desmente essa versão.
Em 16 de maio de 2017, seis dias após a assinatura do decreto, ele escreveu a seguinte mensagem, reproduzida pela Veja:
“Consideramos que o novo decreto é valioso no que diz respeito à reivindicação de reequilíbrio econômico do Terminal Pérola. As principais mudanças incluem a expansão dos termos do contrato e flexibilidade para ampliar os contratos existentes. Os parágrafos 2, 19 e 24 do novo projeto apoiam e fortalecem o objeto de reivindicação do Terminal Pérola na Secretaria dos Portos e na Agência Nacional de Transportes Aquaviários.”

Libra e Odebrecht: a semelhança não é coincidência
Brasil Quinta-feira, 29.03.18 20:22
A visita de Gonçalo Torrealba, um dos donos do Grupo Libra, a Eduardo Cunha se assemelha muito àquela de Marcelo Odebrecht ao Jaburu, também meses antes das eleições de 2014, para que Michel Temer abençoasse um repasse da empreiteira ao grupo político do presidente.
A história surgiu na delação da Odebrecht. Mais tarde, o próprio Marcelo disse que o repasse havia sido negociado previamente com o staff de Temer e que o encontro com o então vice-presidente serviu apenas para o shaking hands – ou seja, para que Temer desse o aval ao acerto.
Uma parte dessa bolada repassada pela Odebrecht, 4 milhões, é bem conhecida: foi entregue no escritório de José Yunes, o amigão de Temer preso hoje.
De novo, tudo se fecha.

A conexão Temer-Libra-Cunha
Brasil 29.03.18 20:20
Em 2014, quando era candidato a vice na chapa de Dilma, Temer recebeu doações em uma conta paralela, registrada no TSE.
O Grupo Libra, alvo da ação de hoje da PF, depositou nessa conta 1 milhão de reais por meio de dois de seus sócios, como já publicamos.
Os investigadores acreditam que essa doação tenha sido feita em contrapartida a serviços prestados à companhia pelo grupo político de Temer, numa operação articulada pelo notório Eduardo Cunha.
A suspeita está amparada em documentos. Explica-se.
Nas buscas em endereços de Cunha, os policiais encontraram um arquivo com informações sobre o Libra e um projeto do grupo que dependia de decisões do governo.
Ao analisar o arquivo, os policiais anotaram: “Acredita-se que, conforme indicação do nome Libra no próprio pen drive, alguém relacionado ao grupo tenha repassado tais dados para o conhecimento de Eduardo Cunha, sob pretexto ainda duvidoso. Segundo consta, o referido projeto precisaria de autorização da Secretaria Especial de Portos e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários, o que, por si, já gera suspeitas sobre os motivos de tais documentos estarem em poder do investigado”.
Mais adiante, os investigadores ligam a doação de 1 milhão a Temer a serviços prestados ao Grupo Libra – ou seja, levantam a suspeita de que o repasse se tratava de propina travestida de doação eleitoral: “O referido grupo empresarial teria doado [na verdade, doou] R$ 1 milhão para a campanha do vice-presidente Michel Temer, do PMDB, o que gerou uma série de rumores e suspeitas acerca de tal doação, e que carecem de maior análise”.
Antes, eles observam que Cunha foi relator da famosa MP dos Portos e que, como tal, atendeu a uma série de pleitos do Grupo Libra.
Em tempo: meses antes da doação de 1 milhão de reais a Temer, o próprio Cunha levou Gonçalo Torrealba, um dos donos do Grupo Libra, para um encontro com o então vice-presidente no Palácio do Jaburu.
A história se encaixa como uma luva na investigação que resultou na operação de hoje.



Comentários

  1. cumprimentando claudio humberto para informar que tambem solicitamos ao presidente do pv a nossa inscriçao como pré candidato em prévia para disputa presidencial nos verdes ao lado do companheiro celso nonato

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  2. cumprimentando claudio humberto para informar que tambem solicitamos ao presidente do pv a nossa inscriçao como pré candidato em prévia para disputa presidencial nos verdes ao lado do companheiro celso nonato

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