PRIMEIRA EDIÇÃO DE 21-3-2018 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2018
É apenas boato a prisão do ex-presidente Lula na segunda-feira (26), data do julgamento dos seus embargos de declaração no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). O ex-executivo da Engevix, Gerson Almada, teve os embargos julgados em 25 de janeiro, mesmo dia do julgamento dos recursos do ex-presidente Lula, mas a prisão dele somente seria decretada nesta segunda (19), exatos 53 dias depois.

Para mandar Lula cumprir sua pena, Sérgio Moro precisa tomar conhecimento, no processo, do fim do caso no TRF-4. Isso leva tempo.

Se o juiz Sérgio Moro usar tempo idêntico ao do caso Gerson Almada, a prisão de Lula pode ocorrer em torno do dia 17 de maio.

A decisão sobre a prisão de Lula caberá a Sérgio Moro, como ocorreu a Gerson Almada, porque ele é o juiz original do caso.

O ex-presidente começará a cumprir em penitenciária do Paraná a sua pena de 12 anos e 01 mês de prisão, em regime fechado.

Noruegueses posam de paladinos do meio-ambiente, só que não: matam mil baleias por ano, tingem de óleo os mares do Norte e poluem a Amazônia. Além de contaminar o rio Pará, que levou à interdição da sua mineradora Hydro, cometeram um dos mais graves crimes da História: a poluição do rio Guaíba com sua Celulose Borregaard. “O que é bom para a Noruega não é bom para o Brasil”, lembra experiente diplomata brasileiro que conhece bem a hipocrisia norueguesa.

Mesmo protegida pelo regime militar, a Borregaard ficou interditada por cem dias, em 1974, após despejar resíduo tóxicos no rio Guaíba.

A poluição da norueguesa Borregaard provocou grande indignação nacional por emporcalhar o rio que abastecia de água a capital gaúcha.

A norueguesa Borregaard mudou de nome e depois mudou de dono três vezes. Hoje é chilena e atende pelo nome de CMPC Celulose.

Se a candidatura de João Dória desagradou Alckmin, irritou Márcio França (PSB), que assumirá o governo paulista em 7 de abril com o sonho de disputar a reeleição. França escolheu Dória como adversário.

O presidente da Assembleia paulista, Cauê Macris (PSDB), tomou as dores de Dória e cobra coerência do vice Márcio França, de quem diz esperar que a máquina pública seja preservada, em sua campanha.

Na carta de cumprimentos, que afinal enviou a Vladimir Putin, o presidente Michel Temer recordou, ainda agradecido, o tratamento vip do presidente russo durante sua oficial a Moscou, no ano passado.

A piada pronta faz a delícia das rodas, inclusive no governo federal: o ministro Hélder Barbalho (Integração) promoveu em Belém evento de “autorização de início de obras” no lugar chamado... Colarinho Branco.

A Anvisa perdeu na Justiça, que a obrigou a expedir licenças para o Ministério da Saúde importar remédios contra doença rara, mas não perde a pose. Alega que a preocupação era se o remédio importado era o falso ou não e que agora a responsabilidade é da Justiça.

Um vereador de Magé (RJ), Paulo Teixeira, foi assassinado a tiros nesta terça-feira (20). A Polícia suspeita de crime político. Não houve comoção, era filiado ao PTB. Nem notícia: as primeiras informações foram publicadas no Diário de Notícias, de Lisboa.

Gueitiro Matsuo, que está louco para ser mantido presidindo a Previ, informa por sua assessoria que o estatuto do fundo de pensão impõe critérios para quem quiser o cargo. E garante que Aldemir Bendine já não presidia o BB quando ele foi nomeado, no governo Dilma (PT).

O ingresso do ex-craque Ronaldinho Gaúcho em um partido político já produziu a primeira mentira: ele e o irmão Assis “não entraram no PRB para disputar a eleição”. Lorota. Ele quer ser senador pelo DF.

...a entrada para a carreira política foi o maior gol contra de Ronaldinho Gaúcho.


NO DIÁRIO DO PODER
LAVA JATO CHEGA A PORTUGAL
PAGAMENTOS DA EDP A EMPREITEIRAS DA LAVA JATO GERAM ESCÂNDALO EM PORTUGAL
PODEROSO PRESIDENTE DA EDP, ANTÓNIO MEXIA ACABOU DELATADO
Publicado quarta-feira, 21 de março de 2018 às 01:42 - Atualizado às 01:44
Por Silvia Caetano, correspondente
Lisboa - Os tentáculos da Odebrecht atravessaram o Atlântico e envolveram a principal empresa de Portugal, a EDP e seu Presidente, António Mexia. É possível que a Lava Jato venha a ter algum trabalho no país, mas não será o primeiro. Há dois anos, aterrissou em Lisboa, apelidada de Polimento, atrás do então brasileiro-luso, Raul Schmidt, acusado de ser operador de falcatruas da Petrobras. Com cidadania adquirida em 2011, Schmidt foi preso, solto com tornozeleira eletrônica e novamente deixado em liberdade, até o Tribunal da Relação decretar sua extradição, não executada naquele momento devido a confusões administrativas de uma juíza.
Desde então a novela se desenrola. Em janeiro passado, Schmidt conseguiu, em tempo recorde, tornar-se brasileiro-luso original, ou seja, ser considerado português de nascença. Protegido pela nova condição, requereu ao Supremo Tribunal de Justiça a revisão da sentença que o mandava de volta ao Brasil para ser julgado alegando que nenhum português pode ser extraditado. Até agora, o Supremo não decidiu se vai ou não o atendê-lo.
Enquanto isso, os meios politico e empresariais entraram em ebulição com a bomba lançada pela reportagem da jornalista Cristina Ferreira, no jornal Público, afirmando que a EDP pagou bônus de quase 20 milhões de euros a construtoras investigadas na Lava-Jato e que ganharam a licitação para construir a Barragem do Baixo Sabor, em Trás-os-Montes. O consórcio Elos foi montado pela Odebrecht com a portuguesa Lena Engenharia e Construções S.A., sem experiência no setor e má fama, durante o governo do ex-Primeiro Ministro José Sócrates, que já passou 9 meses na cadeia e ainda responde a diversos processos.
Durante relatos aos procuradores das Lava Jato, Maria Lúcia Tavares, que era responsável pelo Setor das Operações Estruturadas da Odebrecht, o das propinas, afirmou ter feito seis transferências de suborno pagas no âmbito das obras da Barragem do Baixo Sabor. A informação já foi incluída em investigações que vêm sendo feitas em Portugal e está deixando nervosas muitas pessoas até agora consideradas intocáveis.
Nesta terça-feira (21), o jornal português publicou, como direito de resposta, explicações da EDP. A empresa afirma que o consórcio ganhou a obra porque sua proposta era a mais competitiva, era capaz de garantir a boa execução dos trabalhos e possuía as qualificações técnicas necessárias. Na fase de conclusão do contrato, admitiu, a Elos considerou ter direito a pagamento adicional de 20 milhões de euros, mas a EDP só pagou 13 milhões. E acrescenta que a decisão não foi do seu presidente, António Mexia, pois o contrato foi celebrado entre o consórcio e a EDP Produção. Mas como todos sabem, Mexia manda em tudo.
Finalmente, o comunicado desmente ter António Mexia estado com Marcelo Odebrecht no dia 11 de setembro de 2013, no Rio de Janeiro, como teria afirmado a jornalista Cristina Ferreira. Naquela data, Mexia deveria receber prêmio da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria, mas lá não apareceu alegando reunião com o primogênito da família Odebrecht. A jornalista rebate afirmando ter publicado apenas que ele iria ao encontro do Marcelo, mas sem dizer se no Rio de Janeiro ou em outro lugar qualquer.
António Mexia é dos mais influentes nos meios empresariais de Portugal e acabou de ser reconduzido para mais um mandato à frente da EDP. É poderoso e tem amigos igualmente poderosos nas diversas áreas da vida portuguesa. Recentemente, sofreu duro golpe quando foi considerado arguido, juntamente com outro diretor da empresa, João Manso Neto, no processo do Departamento Central de Investigação Penal e Ação Penal - DCIAP- que investiga eventuais crimes de corrupção e participação em negócios na área da energia. Também foram feitas buscas na sede da EDP. O roteiro lembra alguma coisa?

OPERAÇÃO PUBLICANO
STF SUSPENDE AÇÃO CONTRA GOVERNADOR DO PARANÁ, BETO RICHA
DECISÃO ANULA APURAÇÃO CONTRA GOVERNADOR NA OPERAÇÃO PUBLICANO
Publicado terça-feira, 20 de março de 2018 às 18:43 - Atualizado às 19:04
Da Redação
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou hoje (20), por 4 votos a 1, a suspensão de um inquérito contra o governador do Paraná, Beto Richa, decorrente da Operação Publicano, da Polícia Federal (PF), na qual são investigados desvios na Receita Estadual.
A decisão confirmou decisão liminar que havia sido proferida pelo ministro Gilmar Mendes, relator do habeas corpus protocolado por Richa, em dezembro, suspendendo as investigações. 
Mendes acolheu o argumento da defesa de que o Ministério Público do Paraná não poderia ter firmado acordo com o delator Luís Antônio de Souza, que implicou o governador em seus depoimentos. Isso porque governadores têm foro privilegiado no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Acompanharam o relator os ministros Celso de Mello, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli. O ministro Edson Fachin reconheceu a usurpação da competência, mas votou que caberia ao STJ decidir pelo trancamento ou não do inquérito.
A Operação Publicano investiga um esquema de pagamento de propina por empresas da região de Londrina em troca de benefícios fiscais na Receita Estadual. Segundo o delator Luís Antônio de Souza, parte do dinheiro teria sido canalizado para a campanha eleitoral de Richa, em 2014. (ABR)

POR 4 VOTOS A 1
SEGUNDA TURMA DO STF CONFIRMA DECISÃO DE MENDES QUE LIBERTOU JACOB BARATA
O ÚNICO VOTO CONTRA FOI DE EDSON FACHIN, OS OUTROS MINISTROS SEGUIRAM O RELATOR
Publicado terça-feira, 20 de março de 2018 às 21:01 - Atualizado às 21:10
Da Redação
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou hoje (20), por 4 votos a 1, a decisão do ministro Gilmar Mendes que em dezembro libertou pela terceira vez o empresário do ramo de transportes, Jacob Barata Filho, acusado de pagar propina a autoridades do Rio de Janeiro.
Mendes libertou Barata Filho pela primeira vez em agosto do ano passado, após ele ter sido preso na Operação Ponto Final, um desdobramento da Lava Jato, por ordem do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro. O empresário fora acusado de desvios na Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado (Fetranspor).
Após a concessão do primeiro habeas corpus, Bretas voltou a determinar a prisão preventiva de Barata Filho, com novos argumentos, mas Gilmar Mendes determinou nova soltura, impondo medidas alternativas à prisão, como o uso de tornozeleira eletrônica.
O empresário voltou a ser preso em novembro, por ordem do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), dessa vez no âmbito da Operação Cadeia Velha, que investiga esquemas de corrupção envolvendo membros da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Ao mesmo tempo, a 7ª Vara Federal também voltou a decretar a prisão do empresário, dessa vez acusado de não cumprir as medidas cautelares que haviam sido determinadas por Gilmar Mendes. O ministro, porém, concedeu o terceiro habeas corpus que libertou Barata Filho, agora confirmado pela Segunda Turma do STF.
Durante o julgamento, Mendes afirmou que suas sucessivas decisões seriam decorrentes de uma tentativa de descumprir suas ordens iniciais. “De um lado é o caso já clássico de o juiz decretar nova prisão, descumprindo portanto a decisão do Supremo Tribunal Federal. A outra hipótese é de buscar-se, de uma maneira vamos dizer assim, mais elaborada, no segundo grau. Nem por isso deixa de ser também eventual descumprimento da decisão. São os mesmo fatos”, disse Gilmar sobre a ordem de prisão do TRF2, segunda instância da Justiça Federal. 
Seguiram o relator, no sentido de confirmar a soltura do empresário, os ministros Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello. O único a voltar contra a liberdade de Barata Filho foi o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF.(ABr)

PLENÁRIO DEVE DECIDIR
FACHIN NEGA RECURSO EM AÇÕES SOBRE PRISÃO APÓS SEGUNDA INSTÂNCIA
ENTIDADE PRETENDIA SUSPENDER OS EFEITOS DA DECISÃO ATÉ QUE FOSSE JULGADO O MÉRITO DA QUESTÃO
Publicado terça-feira, 20 de março de 2018 às 17:53
Da Redação
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou hoje (20) um recurso que havia sido protocolado contra a decisão do plenário da Corte sobre a execução de pena após a condenação em segunda instância da Justiça.
O recurso havia sido protocolado na semana passada pelo Instituto Ibero Americano de Direito Público – Capítulo Brasileiro contra decisão de outubro de 2016, quando o plenário do STF, no julgamento de pedidos de liminar (decisão provisória), permitiu que pessoas condenadas em segunda instância fossem presas de imediato para cumprimento de pena.
O intervalo de um ano e quatro meses para que o recurso fosse protocolado deveu-se à demora na publicação do acórdão (decisão do plenário) sobre as duas ações declaratórias de constitucionalidade (ADC) sobre o assunto, que só foi divulgado no último dia 7, quando foi aberto o prazo de cinco dias para apelação.
No recurso, a entidade pretendia suspender os efeitos da decisão até que fosse julgado o mérito da questão, uma vez que, até o momento, somente foram analisados os pedidos de liminar nas ações.
Fachin, no entanto, entendeu que o recurso não seria procedente, pois as ADCs sobre a prisão em segunda instância já estão prontas para julgamento, restando apenas ser incluídas em pauta pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia.
“O mérito das presentes ADCs já foi pautado para julgamento por parte do eminente relator, ministro Marco Aurélio, aguardando inclusão no calendário por parte da presidência da Corte. Observa-se, pois, ausente a necessidade da via recursal manejada para a obtenção do que busca o embargante”, escreveu Fachin.
Em declarações à imprensa, Cármen Lúcia tem dito que não há motivo para que o tema volte a ser discutido em plenário neste momento. O assunto ganhou mais notoriedade após a segunda instância da Justiça Federal ter confirmado, em janeiro, a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex no Guarujá (SP). (ABr)

NO BLOG DO JOSIAS
‘Por que não há cobrança para pautar a suspeição de Gilmar?’, indaga Deltan
Por Josias de Souza
Quarta-feira, 21/03/2018 04:58
Coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol acha que o Supremo Tribunal Federal administra mal o seu gavetão de assuntos pendentes. Para Deltan, os ministros do Supremo deveriam pressionar a presidente da Corte, Cármen Lúcia, para desengavetar uma arguição de suspeição contra o ministro Gilmar Mendes, nas ações sobre prisão na segunda instância.
Em nota veiculada nas redes sociais, Deltan indagou, sem tergiversar: “Por que não há cobrança para pautar a arguição de suspeição do ministro Gilmar Mendes no caso Barata Filho? Ela não foi decidida. Já a prisão após segunda instância foi decidida, e mais de uma vez, recentemente. Não há sentido em redecidir essa mesma questão.” (...)
O Barata mencionado por Deltan é Jacob Barata Filho, conhecido no Rio de Janeiro como “Rei do Ônibus.” Gilmar Mendes foi padrinho de casamento da filha do empresário. A despeito disso, o ministro atua em processos que envolvem Barata na Lava Jato. Em agosto de 2017, a pedido da Procuradoria da República no Rio, o então-procurador-geral, Rodrigo Janot, protocolou no Supremo uma arguição de impedimento contra Gilmar Mendes. Cármen Lúcia enviou a petição para o gavetão.
Há dois dias, em novo habeas corpus concedido a Barata Filho, Gilmar determinou que sejam refeitas as audiências da Operação Ponto Final, um desdobramento da Lava Jato que fisgou o compadre do ministro. Marcelo Bretas, juiz da Lava Jato no Rio, criticou a decisão num despacho:
''(…) O ministro relator, embora não tenha declarado formalmente a nulidade dos atos ora praticados, anulou, monocraticamente e na prática, toda a instrução processual já realizada, ao determinar a repetição de tais atos.''
É contra esse pano de fundo que Deltan alveja Gilmar. Em outubro de 2016, o ministro ajudou a compor no plenário do Supremo a maioria de 6 a 5 favorável à execução das penas em segundo grau. Mas já anunciou que mudou de ideia. Agora, defende que os condenados em segunda instância possam recorrer em liberdade pelo menos até o Superior Tribunal de Justiça.

Maioria do STF quer pautar ações sobre prisão
Por Josias de Souza
21/03/2018 03:37
Formou-se no Supremo Tribunal Federal uma maioria a favor de pautar o julgamento das duas ações sobre a prisão de condenados na segunda instância. A presidente da Corte, Cármen Lúcia, resiste. Mas ela pode ser atropelada na sessão plenária desta quarta-feira. Uma eventual mudança no entendimento da Suprema Corte sobre a regra do encarceramento beneficiaria instantaneamente Lula, que está a um passo do xadrez. De resto, a decisão abriria a cela de todos os condenados da Lava Jato — os que já tiveram as sentenças confirmadas pelo TRF-4 e os que estão na fila.
Ecoando acertos que firmou com outros ministros, o decano Celso de Mello admitiu que um dos magistrados do Supremo pode levantar uma “questão de ordem” para pedir a Cármen Lúcia que consulte o plenário. O questionamento pode ser levantado pelo próprio Celso de Mello, na condição de decano, ou pelo relator das ações, Marco Aurélio Mello, que condicionou a iniciativa a uma conversa que teria “com o travesseiro”.
Dois ministros ouvidos pelo blog estimaram que, numa eventual votação, a proposta de levar à pauta as ações sobre prisão em segunda instância pode obter a adesão de até 8 dos 11 ministros da Suprema Corte. Nessa hipótese, teriam restado a Cármen Lúcia a companhia de apenas dois aliados. Na votação do mérito das ações, o placar deve ser mais apertado, pois nem todos os ministros que querem incluir o tema na pauta são a favor de rever a regra sobre prisões.
Se confirmado, o questionamento público a ser dirigido a Cármen Lúcia representará um constrangimento inédito. “Nunca aconteceu na História do Supremo”, disse Celso de Mello. “Ao menos nos quase 29 anos que estou aqui.” Foi para evitar o desconforto que o decano disse ter sugerido uma reunião da presidente do Supremo com os demais ministros. Mas o encontro, que deveria ter ocorrido nesta terça-feira, foi melado por um jogo de empurra.
Celso de Mello disse que ficara entendido que Cármen Lúcia convidaria os colegas. Por meio de sua assessoria, a ministra declarou que aceitara participar da conversa, não organizá-la. Os ministro ouvidos pelo blog disseram não ter recebido convites de ninguém.
Tornaram-se comuns as desavenças entre ministros diante das câmeras da TV Justiça. Mas a articulação para livrar Lula e Cia. da cadeia produziu uma novidade. Não é que os ministros estejam se desentendendo com Cármen Lúcia. Na verdade, eles já nem se falam.

Temer cogita candidatura para fazer autodefesa
Por Josias de Souza
Terça-feira, 20/03/2018 20:06
Vai ser candidato? Abalroado pela indagação ao sair de um almoço com o presidente colombiano Juan Manuel Santos, Michel Temer admitiu, finalmente, sua pretensão de disputar a reeleição. “Ainda não decidi. Não é improvável, mas ainda não decidi”, declarou o presidente.
E quanto à candidatura do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles? Temer respondeu com a barriga: “Tudo isso vai ser objeto de conversas — com o Meirelles, inclusive, que é uma grande figura”, disse, empurrando a definição com seu estômago protuberante.
De acordo com os dados mais recentes coletados pelo Datafolha, Temer comanda um governo reprovado por 7 em cada dez brasileiros. O percentual de eleitores que declaram que jamais votariam nele é de 60% — um índice de rejeição superior ao de Fernando Collor (44%) e Lula (40%).
Esses índices tóxicos fazem de Temer um ótimo alvo político, não um bom candidato. Só há uma razão para o detentor de tais marcas cogitar a hipótese de levar o próprio nome à urna eletrônica: a autodefesa. Temer se deu conta de que, se não estiver na disputa, vai apanhar indefeso.
Carismático como uma pedra de gelo, Temer preferia terceirizar sua defesa a um presidenciável que se dispusesse a representar o governo na campanha. “Defendo que o governo apoie um candidato”, vem declarando há semanas o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), amigo e auxiliar mais chegado ao presidente.
O diabo é que, por ora, só Henrique Meirelles se dispõe a enaltecer o dito “legado” da gestão Temer. Ainda assim, vai trombetear uma política econômica que considera mais sua do que do presidente. E tomará distância do passivo penal associado a Temer e seu séquito pegajoso de moreiras e padilhas, jucás e outras armadilhas. Se o quadro se mantiver assim até junho, Temer pode entrar no jogo — mais como advogado de si mesmo do que como candidato viável.

NO O ANTAGONISTA
Um homem de palavra
Brasil Quarta-feira, 21.03.18 06:49
Dois meses atrás, Marco Aurélio Mello disse:
“Quem sou eu para cobrar alguma coisa da presidente do STF? Designação de data cabe à presidente do Supremo. Os tempos são estranhos, não quero falar sobre temas polêmicos. Tenho muitos processos na fila aguardando julgamento no plenário”.
Agora que Lula está com um pé na cadeia, Marco Aurélio Mello resolveu furar a fila e cobrar uma data de Cármen Lúcia.

O ultimato dos golpistas
Brasil 21.03.18 06:31
Um ministro golpista, hoje à tarde, vai apresentar uma questão de ordem obrigando Cármen Lúcia a pautar o julgamento das ADCs que impedem a prisão dos condenados em segundo grau.
O efeito imediato será abrir as portas da cadeia para Lula e todos os outros criminosos encarcerados pela Lava Jato.
Ainda há alguma dúvida se o ministro golpista será Marco Aurélio Mello ou Celso de Mello.
O que se sabe é que, em seu ultimato, os golpistas já decidiram a data do julgamento: 4 ou 5 de abril.
Lula pode passar uma semana preso. Ou nem isso.

O sono de Marco Aurélio Mello
Brasil 21.03.18 06:18
O ajudante de ordens do golpe deve ser Marco Aurélio Mello.
O Estadão perguntou se ele está preparado para cumprir esse papel infame.
Ele respondeu:
“Vou colocar a cabeça no travesseiro”.
O STF é um pesadelo para todos os brasileiros.

Venezuela dá calote de quase R$ 1 bi no BNDES; você paga
Mundo Terça-feira, 20.03.18 21:15
O governo da Venezuela, que nega estar em crise, deixou de pagar R$ 901 milhões referentes a uma parcela vencida em janeiro de empréstimo feito pelo BNDES.
Com isso, o banco público acionou o Fundo Garantidor de Exportações para ressarcir a parcela não paga. Na prática, quem assume o prejuízo até que a ditadura de Nicolás Maduro pague o que deve é o governo brasileiro – ou seja, todos nós, contribuintes.
Ao todo, a Venezuela deve ao BNDES R$ 3,15 bilhões. Desse montante, R$ 2,36 bilhões referem-se a obras de empreiteiras brasileiras, mais de 90% delas tocadas por empresas envolvidas na Lava Jato.
Agradeçam a Lula e Dilma Rousseff, amigões de Maduro e Hugo Chávez, por mais essa.

PGR inclui depoimento de Funaro em inquérito que investiga Temer
Brasil 20.03.18 19:16
Raquel Dodge incluiu um depoimento de Lúcio Funaro no inquérito que investiga Michel Temer, Eliseu Padilha e Moreira Franco dentro da Operação Lava Jato, informa o G1.
O inquérito é aquele que investiga o pagamento de propina pela Odebrecht na Secretaria de Aviação Civil, e a inclusão do depoimento do doleiro foi autorizada por Edson Fachin.
Funaro, o delator do esquema, acusa Geddel Vieira Lima de lhe pedir que retirasse R$ 1 milhão no escritório de José Yunes – amigo de Temer – e enviasse o dinheiro, alegadamente doado pela empreiteira via caixa 2, para Salvador.
Os acusados contestam o doleiro e negam ter cometido ilegalidade.

Desembargadora que espalhou ‘fake news’ sobre Marielle será investigada no CNJ
Brasil 20.03.18 18:40
O CNJ determinou abertura de procedimento para averiguar conduta da desembargadora Marília Castro Neves, do Rio, no caso do assassinato de Marielle Franco.
Em postagem no Facebook, a desembargadora havia acusado a vereadora de ter sido “eleita pelo Comando Vermelho” e “engajada com bandidos”, boatos desmentidos desde então.
Castro Neves, inicialmente, alegou ter reproduzido o “texto de uma amiga”. Depois, diante das reações negativas, escreveu um post em que disse ter se precipitado.

MPF quer Joesley de volta à cadeia
Brasil 20.03.18 17:31
A Procuradoria da República no DF recorreu da decisão de Marcus Vinícius Reis Bastos, juiz da 12ª Vara Federal em Brasília, que soltou Joesley Batista no início deste mês, informa o Estadão.
No mesmo pedido, os procuradores solicitaram que o caso volte para Vallisney de Oliveira, o juiz da 10ª Vara Federal.
O pedido contesta a posição de Reis Bastos, para quem as práticas criminosas de que Joesley é acusado foram interrompidas “com as medidas já adotadas”.
Para os procuradores, ainda não é possível afirmar que o dono da JBS não tem condições de interferir nas apurações em andamento.























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