PRIMEIRA EDIÇÃO DE 23-02-2018 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEXTA-FEIRA, 23 DE FEVEREIRO DE 2018
Uma semana depois da intervenção decretada na segurança pública do Rio de Janeiro, não foram deflagradas investigações da denúncia do ministro da Justiça, Torquato Jardim, de que comandantes da Polícia Militar foram indicados pelo crime organizado em articulação com deputados estaduais ligados ao tráfico. A denúncia provocou reações no governo fluminense e na PM do Rio, mas jamais foi investigada.

Na PM havia a expectativa que já nesta semana rolariam cabeças de oficiais de sabidas ligações a políticos suspeitos de ligação ao tráfico.

Especialistas em segurança alertam que uma ofensiva contra o crime deve começar pela “limpeza” das Polícias Civil e Militar.

A denúncia de Torquato Jardim incomoda até o próprio Ministério da Justiça, que até o fechamento desta edição não comentou o caso.

No Comando Militar do Leste, onde se concentra o trabalho do interventor, as coisa ainda estão em “fase de planejamento”.

O clima anda tenso entre coordenadores de bancadas estaduais com a expectativa de iminente projeto de lei do Congresso ou de medida provisória liberando recursos para a segurança do Rio de Janeiro. A chiadeira já é grande porque quase todos os Estados clamam por ajuda federal para enfrentar criminalidade ainda mais grave. Para piorar, os recursos podem ser retirados das emendas coletivas de bancada.

Sem previsão no orçamento 2018, o dinheiro para o Rio deve ser retirado das emendas de bancada. A tesourada será profunda.

Ao decretar a intervenção, Temer estava ciente de que os recursos necessários sairiam do próprio governo fluminense. Era lorota.

Na segunda-feira (19), o general Braga Netto abriu os olhos de Temer sobre a necessidade de mobilizar recursos federais na intervenção.

O STF vai julgar em 22 de março próximo a regalia do auxílio-moradia para juízes que, pago há cinco anos, já custou cerca de R$5 bilhões. Cada magistrado recebe R$4.378 por mês ainda que tenha casa própria.

Apesar de indagar o homólogo Aloysio Nunes, que visitou ontem, sobre a extradição do terrorista Cesare Battisti, o chanceler italiano Angelino Alfano mostrou estar bem informado sobre isso nos mínimos detalhes.

Na discussão do Senado sobre a intervenção, José Medeiros (Pode-MT) alertou para a força das armas do crime contra armas comuns da Polícia: “Se o bandido atirar primeiro, até a alma sobe de muletas”.

Após onze anos de tramitação, engavetado nos governo do PT, o projeto de Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que proíbe contingenciar verbas para segurança pública, será votado no Senado na próxima semana.

De 2012 até agora, o governo federal aplicou menos de R$1,9 bilhão no Fundo Nacional de Segurança Pública, quando o valor previsto em orçamento era de R$4,4 bilhões. Acabou dando em intervenção.

A empresa aérea Gol dá mais uma razão para ser evitada: sob os auspícios da “agência reguladora” Anac, passou a cobrar uma taxa do cliente que ousa escolher o assento. É como o cinema cobrar ingresso mais caro por ter assentos marcados. E ninguém vai preso.

Analistas do mercado continuam mais otimistas que o Banco Central, que tem errado em várias projeções. O BC previu inflação de 0,5% em fevereiro, mas esses analistas estimam número ainda menor: 0,3%.

...além do corte de ministérios, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, deveria aproveitar e defender redução no número de deputados.

NO DIÁRIO DO PODER
MAIS PROVAS
MARCELO ODEBRECHT ENTREGA E-MAILS SOBRE TERRENO PARA INSTITUTO LULA
EMPREITEIRO AFIRMA QUE ENCONTROU AS MENSAGENS QUANDO VOLTOU DO REGIME FECHADO
Publicado quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018 às 20:57 - Atualizado às 21:00
Da Redação
O empreiteiro Marcelo Odebrecht entregou na quarta-feira, 21, aos investigadores da Operação Lava Jato, dezenas de mensagens que corroborariam sua delação premiada. Os e-mails foram anexados à ação penal na qual Lula é acusado de receber propina da Odebrecht.
“Após a progressão para o regime fechado diferenciado ocorrida em 19 de dezembro de 2017, o colaborador (Marcelo Odebrecht) teve acesso a um HD contendo o espelhamento de seu computador apreendido, quando passou a realizar buscas por mais elementos de corroboração dos fatos relatados no acordo por ele celebrado”, afirma a defesa de Marcelo Odebrecht.
Neste processo, a Operação Lava Jato atribui a Lula vantagem indevida de R$ 12,5 milhões da Odebrecht, por meio de um terreno que abrigaria o Instituto que leva o nome do ex-presidente – R$ 12 milhões – e uma cobertura vizinha à residência do petista em São Bernardo do Campo,SP, de R$ 504 mil.
As mensagens, segundo o delator, foram trocadas entre 8 e 9 de setembro de 2010. O documento cita o “Drousys” – sistema de informática para comunicação do setor de propinas da empreiteira – e o “MyWebDay” – software desenvolvido pela empreiteira para gerenciar contabilidade paralela.
“(O arquivo) corrobora os pagamentos registrados nos sistemas MyWebDay e Drousys, conforme documentos juntados pelo colaborador e pelo Ministério Público Federal”, diz.
A defesa destacou uma mensagem de 9 de setembro de 2010, na qual Marcelo Odebrecht, afirma. “Eh uma conta que HS mantém e debita a 3 fontes distintas”.
Segundo os advogados do empreiteiro, o e-mail “esclarece que ‘conta’ se refere à ‘Planilha Italiano’, o que corrobora a afirmação de que os valores foram debitados daquela “conta corrente”, que, à época, tinha justamente 3 fontes, pelo que o colaborador pode recordar”.(AE)

PEDOFILIA
DESEMBARGADOR DO AMAZONAS É ACUSADO DE ABUSAR DA NETA DESDE OS 7 ANOS
DENÚNCIA FOI FEITA NESTA QUARTA-FEIRA, 22, PELA MÃE DA MENINA, AGORA COM 15 ANOS
Publicado quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018 às 12:22 - Atualizado às 12:24
Da Redação
O desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Amazonas, Rafael de Araújo Romano, foi acusado pela nora, a advogada Luciana Pires, de ter abusado sexualmente por sete anos da neta. Agora com quinze anos, a menina sofria os abusos desde os sete.
Em uma postagem na rede social, Luciana diz “expor a todos o horror q tenho passado nessa semana com o desabafo e o pedido de socorro de minha filha. Ela foi vítima da pior crueldade q uma criança pode passar, um monstro horroroso que na situação de AVÔ PATERNO usou disso p MOLESTAR, ABUSAR das piores formas possíveis da própria neta, dentro de casa, no convívio familiar onde pensamos q nossas crianças estariam em segurança.” A advogada denunciou ainda o desembargador ao Ministério Público Estadual do Amazonas (MPE-AM)
Por 16 anos, Rafael Romano foi juiz da Infância e da Juventude de Manaus, fazendo parte de casos polêmicos envolvendo a exploração sexual infantil. O desembargador aposentado foi relator da Operação Estocolmo, em 2012, em que empresários da capital amazonense, um deputado e um cônsul foram denunciados pelo MPE-AM. Rafael Romano participou ainda do julgamento do ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro, que chegou a ser preso por crimes sexuais contra menores de idade.
A advogada deu uma entrevista ao radialista Ronaldo Tiradentes na tarde desta quarta-feira. Confira um trecho da entrevista:
Luciana Piresna quarta-feira
"Boa tarde amigos 
Vcs sabem q não sou de me expor, nem aqui nem em outros lugares... hoje venho fazer o contrário, venho expor a todos o horror q tenho passado nessa semana com o desabafo e o pedido de socorro de minha filha. Ela foi vítima da pior crueldade q uma criança pode passar, um monstro horroroso que na situação de AVÔ PATERNO usou disso p MOLESTAR, ABUSAR das piores formas possíveis da própria neta, dentro de casa, no convívio familiar onde pensamos q nossas criança..."Ver mais

NO BLOG DO JOSIAS
Dodge também defende no STF auxílio-moradia
Por Josias de Souza
Sexta-feira, 23/02/2018 04:23
Os juízes federais não estão sozinhos. A Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, também ergueu sua barricada no Supremo Tribunal Federal em defesa do “direito” dos membros do Ministério Público Federal de receber auxílio-moradia de R$ 4,3 mil mensais. A exemplo do que sucede com os magistrados, os procuradores embolsam o benefício mesmo quando dispõem de casa própria.
Vários beneficiários do privilégio já reconheceram que auxílio-moradia é eufemismo para complemento salarial. Entretanto, num parecer entregue ao Supremo na quarta-feira, 21, Raquel Dodge insiste em argumentar que se trata de uma indenização. Algo que o Estado (pode me chamar de contribuinte) é obrigado a pagar.
A doutora anotou: ''A leitura da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público mostra que o legislador incluiu entre os direitos dos membros do parquet [Ministério Público] a desoneração, mesmo que parcial, em matéria de moradia. Ao dizer que, onde não houver residência oficial, é devido o auxílio, deixou claro que a verba compensa os que não receberam residência oficial condigna, assumida como obrigação do Estado.''
Para Dodge, pouco importa se o procurador tem ou não um teto próprio: ''Não há desvirtuamento da finalidade indenizatória pelo fato de a verba não distinguir membros proprietários de imóveis residenciais dos que não o são; com efeito, em ambas as situações o membro assume ônus pecuniário (pelo pagamento de aluguel, no caso dos não-proprietários, ou pela imobilização de haveres próprios, no outro) que não haveria se disponível a residência oficial.''
No Português das ruas: ou o Estado garante um imóvel funcional aos procuradores ou terá de pagar o auxílio-moradia. Em alguns casos, alega Dodge, a verba serve para indenizar o gasto com o aluguel. Noutros, serve para compensar o dinheiro que o procurador tirou do próprio bolso para adquirir o imóvel dos seus sonhos.
Às favas o fato de que o benefício, somado a outros penduricalhos, empurra os vencimentos de procuradores para além do teto de R$ 33,7 mil. Que se dane a aparência de imoralidade.
Uma brasileiro que admira juízes e procuradores pela faxina que duas dezenas deles realizam na Lava Jato e em outras operações anticorrupção pode até argumentar com seus botões: ora, se o auxílio-moradia é tudo o que se pode dizer contra a turma da vassoura, juízes e procuradores ainda são as melhores apostas. Mas quando o sindicalismo da toga ameaça entrar em greve e a procuradora-geral chama anormalidade de “direito” as duas corporações se arriscam a transformar a esperança da plateia em vítima de suas atitudes.
Convém recordar que reputação é como gravidez. Não dá segunda safra.

Rio não é caso de ‘bala de prata’, afirma Barroso
Por Josias de Souza
23/02/2018 03:09
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, não compartilha do otimismo do governo de Michel Temer quanto às chances de sucesso da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Reconhece que há “uma demanda popular” por esse tipo de providência. Mas enxerga “muitos riscos”. Embora se abstenha de comentar aspectos jurídicos da intervenção, pois terá de julgar pendências relacionadas a ela, Barroso ponderou: “O problema do Rio não se enfrenta com bala de prata.”
(..)
Em entrevista à repórter Míriam Leitão, exibida na noite desta quinta-feira pela GloboNews, o ministro esmiuçou seu raciocínio: “Precisa de inteligência, planejamento e ocupação social. Não se resolve com uma intervenção de seis, nove meses. Parte da sociedade se sente marginalizada a ponto de não ter nenhum acesso a esse mundo de consumo e civilização que vivemos. E quando você não tem acesso, a violência muitas vezes é sua forma de comunicação. Precisa-se enfrentar a criminalidade, mas também fazer um resgate social de Educação, Saúde, nessas comunidades dominadas pelo tráfico.”
Defensor de uma revisão da política de guerra às drogas, Barroso avalia que a saída para a encrenca do Rio não virá das Forças Armadas: “Se alguém achar que a solução para criminalidade do Rio é militar, está completamente enganado. A solução é social. O Rio é a prova cabal do fiasco da política de drogas no Brasil. Cabal! Sou a favor da liberação da maconha com planejamento e, se der certo, passar para cima.”
Para o ministro, “o principal problema é o grande poder que o tráfico exerce sobre as comunidades pobres. Impede as famílias honestas de educarem seus filhos numa cultura de honestidade. São cooptados pelo tráfico. Esta forma atual não serve. O resultado é a prisão de meninos de 18 ou 19 anos, com pouca quantidade de drogas, o que destrói a vida deles, e no dia seguinte são substituídos pelo tráfico.”

Mudar regra sobre prisões seria ‘ruim e trágico’
Por Josias de Souza
23/02/2018 02:35
Num instante em que o Supremo Tribunal Federal se prepara para discutir pela quarta vez a jurisprudência sobre prisão, o ministro Luís Roberto Barroso declarou que será “entre muito ruim e trágico” se a maioria dos seus colegas decidir rever a regra que permitiu o encarceramento de condenados na segunda instância. A presidente da Suprema Corte, Cármen Lúcia, vem sendo pressionada a colocar o tema na pauta de julgamentos do plenário. Condenado a 12 anos e 1 mês de cadeia no TRF-4, Lula aguarda o desfecho com indisfarçável interesse.
Entrevistado pela repórter Míriam Leitão, Barroso declarou: “Acho que esta discussão vai se colocar, e vai ser entre muito ruim e trágico se o Supremo reverter a posição. Quando se passou a permitir a execução depois da condenação em segundo grau, pela primeira vez a imensa quantidade de ricos delinquentes que há no Brasil passou a evitar cometer crimes e, depois, a colaborar com a Justiça. Foi a coisa mais importante que aconteceu para se punir a criminalidade do colarinho branco.”
A conversa foi exibida pela GloboNews na noite desta quinta-feira. A certa altura, Barroso afirmou que uma eventual meia-volta do Supremo beneficiará os criminosos de colarinho asseado, pois “o pobre é preso antes da sentença de primeiro grau, é preso em flagrante, com droga, e não sai mais.”
Ministros como Dias Toffoli e Gilmar Mendes defendem que a execução das penas seja empurrada para a terceira instância. Nesse caso, os criminosos só começariam a cumprir o castigo depois que as condenações fossem confirmadas pelo STJ, o Superior Tribunal de Justiça. Barroso recordou dados que desaconselham a postergação.
“Pedi uma pesquisa no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e se revelou que o índice de absolvição pelo STJ é de 0,62%, menos de 1% dos casos. Portanto, você esperaria o julgamento pelo STJ, o que às vezes leva uma década, por uma hipótese raríssima” de reversão da sentença condenatória.
O ministro fareja na atmosfera um cheiro de reação da delinquência poderosa e endinheirada. “O combate à corrupção no Brasil atingiu setores e pessoas que se sentiam imunes e impunes. O que estamos vendo é a reação oligárquica. A corrupção no Brasil é parte de um pacto oligárquico, celebrado entre boa parte da classe política, boa parte da classe empresarial e boa parte da burocracia estatal, um pacto de saque ao Estado brasileiro, de desvio de dinheiro. Agora há a reação oligárquica ao enfrentamento dessa corrupção. E esta gente tem aliados em toda parte: nos altos escalões dos poderes da República, na imprensa e até onde menos se poderia esperar.”
A despeito dos embates que travou com Gilmar Mendes no plenário do Supremo, Barroso disse não ter problema pessoal com o colega de toga. “São diferentes visões do País e do Direito. Eu acho que é a hora de empurrarmos a História e, dentro da Constituição e das leis, respeitando o direito de defesa, mudarmos o patamar ético do Brasil”, declarou o ministro, antes de repetir expressões que já havia utilizado num de seus entreveros com Gilmar. “Não faço parte do pacto oligárquico, nem tenho essa identificação com esse modelo que está aí.”
O ministro prosseguiu: “Este pacto oligárquico significa que não há desenvolvimento, não há distribuição de renda… A corrupção traz esse problema. Você tem uma elite extrativista que cria um país só para si. Em qualquer democracia, você pode ter um projeto liberal, progressista ou conservador de poder. Mas jamais um projeto desonesto de poder, e esta é a circunstância brasileira.”

Juízes ameaçam fazer greve pelo auxílio-suicídio
Por Josias de Souza
Quinta-feira, 22/02/2018 16:22
Constituída para defender os interesses da corporação dos magistrados, a Associação de Juízes Federais do Brasil meteu-se numa guerra que está corroendo a imagem dos juízes brasileiros. A entidade pega em lanças pelo auxílio-moradia — um puxadinho de R$ 4,3 mil mensais engatado em contracheques que costumam furar o teto de R$ 33,7 mil. É uma pena que a categoria queira virar detrito numa hora em que a sociedade confia nela para concluir a faxina iniciada pela Lava Jato.
Cármen Lúcia, a presidente do Supremo Tribunal Federal, marcou para 22 de março próximo o julgamento que pode extinguir o auxílio-moradia. E a associação dos juízes federais organiza uma paralisação para o dia 15 de março. O suicídio é uma coisa íntima. No caso de magistrados, conhecedores da lei, a coisa envolve inclusive o direito de ir e vir. Por ora, prioriza-se o direito de ir. Mas alguém precisa tentar impedir os magistrados de tomar o veneno da autodesmoralização.
A associação dos magistrados sustenta que o auxílio-moradia só está sob questionamento porque os juízes têm ''atuação imparcial e combativa contra a corrupção''. Tolice. Sucede o inverso. É para poder continuar combatendo os larápios de fronte erguida que os magistrados e os procuradores deveriam higienizar os seus contracheques.
Auxílio-moradia faz sentido para quem é transferido de comarca. Vira tunga quando é recebido por servidor público que possui residência própria na cidade onde molha a camisa. Uma greve chamará mais atenção para a imoralidade, desmoralizando e enfraquecendo o Judiciário. Os juízes fariam um bem a si mesmos se aproveitassem o julgamento do Supremo para ensaiar uma autocrítica. Mas isso talvez seja esperar demais de uma categoria que não consegue distinguir um pseudo-direito de um auxílio-suicídio.

NO O ANTAGONISTA
O presidente da Fecomércio pode falar sobre Cristiano Zanin
Brasil Sexta-feira, 23.02.18 06:47
O presidente da Fecomércio, Orlando Diniz, preso hoje pela Lava Jato, talvez se interesse em falar sobre os pagamentos para os advogados de Lula, Roberto Teixeira e Cristiano Zanin.
Leia o que publicamos um ano e meio atrás:
“Adriana Ancelmo, mulher de Sérgio Cabral, está na mira do Ministério Público por ter recebido R$ 13 milhões da Fecomércio por supostos serviços jurídicos. Mas ela não é a única.
Também são investigados Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins, advogados de Lula, e Tiago Cedraz, filho de Aroldo Cedraz, além de outros advogados filhos de ministros do STJ.
A Fecomércio e o sistema Sesc/Senac do Rio, sob o comando de Orlando Diniz, que é amigo de Cabral, torraram R$ 180 milhões com bancas de advogados, aparentemente sem fundamento.”

LAVA JATO CARIOCA PRENDE QUATRO
Brasil 23.02.18 06:27
A Lava Jato do Rio de Janeiro está nas ruas.
Quatro mandados de prisão estão sendo cumpridos.
De acordo com o G1, um dos presos é Orlando Diniz, presidente da FECOMÉRCIO.
“Os principais alvos estão relacionados à federação. Além dos mandados de prisão, há mandados de busca e apreensão.
Os envolvidos são acusados dos crimes de lavagem de dinheiro, de corrupção e pertencimento a organização criminosa.
Um dos locais onde os agentes fazem buscas é a sede do sistema Fecomércio no Rio de Janeiro, na Rua Marquês de Abrantes, no bairro do Flamengo, na Zona Sul do Rio.”

O Jabuti de Cabral
Brasil 23.02.18 06:35
O nome da operação de prendeu o presidente da Fecomércio é Jabuti.
O Globo explica o motivo:
“Com a ajuda de Sérgio Cabral, o presidente afastado da Fecomércio, Orlando Diniz, desviou ao menos R$ 3 milhões de duas entidades do Sistema “S”, o Sesc e o Senac-RJ, para a Thunder Assessoria Empresarial, firma na qual figura como sócio-administrador. Esta conexão, apontada pela força-tarefa da Operação Calicute, versão da Lava-Jato no Rio, é um dos fundamentos do mandato de prisão preventiva de Diniz nesta sexta-feira, ordenada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Os agentes estão na casa do pai do empresário, no Leblon, zona sul do Rio e também na sede da Fecomércio.
A operação de hoje foi denominada Jabuti, em referência à maneira como eram tratados os indicados por Cabral pelos funcionários da Fecomércio.”

De quem é Paulo Preto?
Brasil 23.02.18 06:19
Paulo Preto operou para José Serra, Aloysio Nunes ou Geraldo Alckmin?
No empurra-empurra do PSDB, um tucano acusa o outro.
Diz a Folha de S. Paulo:
“Auxiliares lamentam que Serra seja associado a Paulo Preto, quando, dizem, ele o ‘herdou’ do governo Alckmin e nunca teve a mesma relação que tem com Aloysio.
Assessores de Alckmin, porém, dizem que as acusações têm delimitação temporária clara. Vão de 2007 a 2010, quando Serra estava à frente do Palácio dos Bandeirantes.”
E se Paulo Preto operou para todos os tucanos?

O pedido de Paulo Preto
Brasil 23.02.18 06:08
“Gilmar Mendes vai analisar no final de semana o pedido de Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, para que a investigação contra ele seja avaliada pelo Supremo e não pela Justiça paulista”, diz Andreza Matais.
O Antagonista aposta que Gilmar Mendes vai atender ao pedido de Paulo Preto.

General Fernandes Nunes é o novo secretário de Segurança do Rio
Brasil 22.02.18 22:31
O general Richard Fernandes Nunes será mesmo o novo secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro.
Ele chefiou a ocupação do Complexo da Maré, entre o final de 2014 e o início de 2015.

Processos sobre Lula, Geddel e Cunha mudarão de juiz em Brasília
Brasil Quinta-feira, 22.02.18 21:15
A repórter Camila Bonfim, da Globo, registra que a nova Vara da Justiça Federal em Brasília, especializada em lavagem de dinheiro, fará vários processos mudarem de mãos.
Entre eles estão o da Operação Zelotes (caças suecos), que investiga Lula e Luleco, e os das operações Sépsis e Cui Bono? (desvios na Caixa), que têm como réus Geddel Vieira Lima, Eduardo Cunha, Henrique Alves e Lúcio Funaro.
Todos eles devem sair das mãos de Vallisney de Oliveira, o titular da 10ª Vara, e passar para Marcus Vinícius Reis e Pollyanna Alves – respectivamente, titular e substituta da nova Vara da Justiça Federal, a 12ª. E devem sofrer atrasos.

Justiça nega mais um pedido de Maluf
Brasil 22.02.18 21:00
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal negou mais um pedido da defesa de Paulo Maluf para que o ex-prefeito de São Paulo, hóspede da Papuda, vá para a prisão domiciliar.
Segundo o repórter Daniel Adjuto, do SBT, os advogados de Maluf alegaram que ele não está fazendo fisioterapia porque o fisioterapeuta do presídio está em férias – com isso, o deputado poderia perder os movimentos.
A 3ª Turma Criminal decidiu que a Papuda tem condições adequadas ao cumprimento da pena do ex-prefeito. Seu advogado vai recorrer ao STJ, alegando que o tratamento dado a Maluf é “inconstitucional, ilegal e desumano”.

Comando do PT ‘repreende’ Haddad por conversa com Ciro
Brasil 22.02.18 20:45
A chefia do PT insiste na pantomima do “não temos plano B, nosso candidato é Lula” – agora, “repreendendo” Fernando Haddad por sua conversa com Ciro Gomes, relata a Folha.
Reunida em São Paulo, a Executiva do partido disse que o jantar com Ciro na última terça-feira foi iniciativa pessoal de Haddad, criticada por Gleisi Hoffmann e José Guimarães.
O ex-prefeito de São Paulo, porém, diz a interlocutores que conta com o aval do próprio condenado para suas articulações.

Interino do Trabalho é réu em ação de furto de energia
Brasil 22.02.18 19:06
O ministro interino do Trabalho, Helton Yomura, é réu em uma ação da Justiça do Rio que apura uma ligação clandestina de energia elétrica, informa a GloboNews.
O caso aconteceu em 2014 na empresa de que Helton é sócio – a Fimatec, que aluga e vende empilhadeiras e peças para máquinas.
Funcionários da Light descobriram um “gato” de luz num galpão da empresa na zona norte do Rio, e depois técnicos constataram que dois medidores de consumo de energia tinham desaparecido.
A denúncia feita pelo MP em 2014 – e aceita pela Justiça em 2015 – acusa Yomura e seu sócio, Baldomero Simões Abreu, de furto de energia e furto qualificado.
O ministro interino, que assumiu a pasta do Trabalho no lugar da jamais empossada Cristiane Brasil, atribuiu o sumiço do medidor a um acidente com um caminhão e disse acreditar no arquivamento do processo.

Pedro Corrêa: “Eu sabia que Lula tinha um sítio, porque as pessoas diziam que iam lá visitar o presidente”
Brasil 22.02.18 18:32
No depoimento de hoje a Sérgio Moro, na ação do sítio de Atibaia, o ex-deputado Pedro Corrêa disse o seguinte:
“Eu não tenho conhecimento de reforma no sítio de Atibaia. Eu sabia que o presidente Lula tinha um sítio em Atibaia, porque as pessoas diziam que iam lá jogar futebol, visitar o presidente.”
E ainda:
"Eu conheço o fato de uma maneira geral, conheço o fato de que o presidente tinha um sítio no interior de São Paulo, não sabia em que município era, mas que tinha um sítio e recebia os amigos no fim de semana.”

Toffoli engavetou pedido da PF para ouvir Gleisi
Brasil 22.02.18 17:23
O Antagonista apurou que Dias Toffoli engavetou pedido do delegado Hiroshi Ishida para ouvir a senadora Gleisi Hoffmann no inquérito do caso “Consist”.
Gleisi e o marido Paulo Bernardo são investigados por recebimento de propina de contratos da empresa com o Ministério do Planejamento.
O pedido é de 13 de abril de 2017. O que é isso, companheiro?

Afastado desembargador denunciado por bater na mãe
Brasil 22.02.18 16:32
Um magistrado do Tribunal de Justiça do Paraná foi afastado do cargo pelo STJ.
Motivo: ele foi denunciado por bater nas irmãs e na própria mãe.
Uma discussão do desembargador com as irmãs descambou para o pugilato e a pobre senhora foi atingida por um soco do filho — não se sabe ao certo se foi gancho, cruzado ou jab. De qualquer forma, a octogenária viu-se tecnicamente nocauteada.
O relator do caso no STJ, Napoleão Nunes Maia Filho, que invocou a ira do Profeta no julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE, manifestou-se contrário ao afastamento do desembargador, com o argumento de que “o recebimento da denúncia não tisna a presunção de inocência”.
Outro ministro, Raul Araújo, que também votou contra o afastamento, aventou a hipótese de que, como as irmãs estavam munidas de gravador, o agressor pode ter sido “provocado até a última resistência”.
O STJ é um tantinho pitoresco. Já decidiu pela permanência no cargo de um juiz que assassinou jornalista com requinte de crueldade e, agora, pode criar a jurisprudência da briga de socos sem querer ou a de agressão a mãe como dano colateral.





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