PRIMEIRA EDIÇÃO DE 15-02-2018 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUINTA-FEIRA, 15 DE FEVEREIRO DE 2018
O ex-presidente Lula teve sorte quando pediu a Sepúlveda Pertence, ex-presidente do Supremo, para atuar na sua defesa. Correu o risco de ouvir “não”, após tantas desfeitas. Certo de que perderia em 1998 para FHC, Lula apontou Pertence como “nome mais forte da esquerda” na eleição presidencial. Disse que viajaria ao Recife no dia seguinte para falar com Miguel Arraes e “bater o martelo”. Não viajou, não marcou nova reunião, não telefonou, não mandou recado, nada. Nunca.

Sepúlveda Pertence não fazia ideia de que era cogitado para disputar a presidência naquele ano, até a reunião com Lula em Brasília.

A reunião em que Lula chamou Pertence para ser candidato foi testemunhada por Sigmaringa Seixas, amigo comum e ex-deputado.

Nos anos seguintes, o jurista voltou a ser cogitado por Lula, mas para vice. Mas, de novo, ele deixou o hoje advogado pendurado na brocha.

Agora, a missão de Pertence é tentar encontrar uma maneira de livrar Lula de 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

O ministro Ives Gandra Martins Filho encerrará no dia 26 sua histórica presidência no Tribunal Superior do Trabalho (TST), quando assumirá o cargo o ministro João Batista Brito Pereira, com Renato de Lacerda Paiva na vice-presidência. A notícia tranquilizadora para o País é que ambos são técnicos e nenhum dos dois esteve entre os adoradores do ativismo judicial, no TST, contrários à reforma trabalhista de 2017.

O ministro João Batista Brito Pereira foi membro do Ministério Público do Trabalho e o ministro Renato de Lacerda Paiva é juiz de carreira.

O ministro Ives Gandra Martins Filho fará falta. Sua atitude ponderada, positiva e altamente qualificada colocou o TST em outro patamar.

A presidência do ministro Ives foi marcada por decisões importantes. Ele fez do TST o único tribunal superior sem processos de papel.

Marcada para ser discutida a partir do dia 19 deste mês pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia e os representantes do governo federal, a reforma da Previdência nem sequer está na pauta da Casa.

Depois de levarem R$1,7 bilhão, tomados de assalto do contribuinte para bancar campanhas, partidos políticos pularam de alegria com a decisão do TSE de liberar mais R$888 milhões para as eleições.

Como advogado, Carlos Ayres Britto defende o Facebook junto ao Supremo Tribunal Federal que presidiu. A empresa quer ser protegida de intimações para informar o que não tem (conteúdo de mensagens), o que provocou bloqueios do Whatsapp e até prisão de um executivo.

Alguns juízes não entendem que é tão absurdo tirar o Whatsapp do ar, por não informar o conteúdo de mensagens, quanto punir os Correios por não informar à Polícia sobre o conteúdo de uma carta, por exemplo.

O PT anda tão mal das pernas que decidiu revisitar as “raízes” sindicalistas: sua pré-candidata ao governo do DF é Rosilene Corrêa, diretora do Sindicato dos Professores.

O carnaval deste ano eleitoral foi o menos contaminado pela política. Em outros anos, papagaios de pirata invadiam câmeras de TV ao vivo aos gritos “fora, Dilma” ou “Lula na cadeia”. Até “fora, Temer” foi raro.

Nanicos de esquerda e sindicalistas “aparelharam” o “Pacotão”, bloco criado nos anos 1970 por jornalistas de Brasília para ridicularizar a ditadura e os ladrões da política. Virou um puxadinho da CUT e do PT.

...o Congresso brasileiro segue o calendário chinês: ano novo só semana que vem.

NO DIÁRIO DO PODER
'SOBERBA BANAL'
FUNDADOR DO PT SUGERE QUE LULA, 'EGOÍSTA DOENTIO', IMPÕE ENTERRO SEM FIM AO PAÍS
PETISTA HISTÓRICO, DELGADO ACUSA LULA DE SOBERBA E VITIMIZAÇÃO
Publicado quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018 às 19:58 - Atualizado às 23:00
Por Davi Soares
Fundador do Partido dos Trabalhadores e ex-deputado federal constituinte, com seis mandatos pelo PT de Minas Gerais, o sociólogo e cientista político Paulo Gabriel Godinho Delgado escreveu um artigo, reproduzido no Diário do Poder, em que descreve como “soberba banal e vitimização” algumas das atitudes do ex-presidente Lula e de seus seguidores, diante das condenações, crimes e escândalos produzidos pelo líder petista no Brasil, que foi condenado a mais de 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.
No texto que toma emprestado o título do livro de Willian Faulkner, <Enquanto Agonizo>, Paulo Delgado não cita Lula, mas faz uma análise minuciosa do que afirma que se passa no PT, na cabeça do ex-presidente e no País. A análise compara com contundência o comportamento de Lula ao de “um pai brutal”, personagem de Faulkner, que “impõe a todos um enterro sem fim, não deixando a vida de ninguém fluir sem ter de pensar no seu egoísmo doentio”.
Delgado lamenta que o ex-presidente petista, que passou a se referir a si mesmo como “o líder”, não tenha sido capaz de suportar o sucesso com mais honestidade e a adversidade com mais autocontrole.
“O que ‘o líder’ quer é o refluxo da identidade perdida, fugir da responsabilidade confinado na condição de perseguido. Pelo alto, espalha simulacros de habeas corpus, certo de que a Justiça dos privilegiados prevalece e o ressuscita, como Lázaro. Por baixo, mantém agitada a agonia, seguro de que a manipulação do povo reabsorve a desordem que ele criou e a dissolve na sociedade até sumir sua autoria”, conclui Paulo Delgado, em uma das críticas mais duras feitas por um petista histórico ao ex-presidente Lula.
O político que dividiu com Lula a primeira Direção Nacional do PT, afirma que Lula “falhou em grandeza” e que o ex-presidente sugere o sepultamento, com a toga preta do Supremo Tribunal Federal, do princípio da igualdade de todos perante a lei.
“Como numa piada, arrumou advogado na ONU. Sentia-se um país. Não queria mais suar. Botaram na cabeça dele que se é vontade de Deus que as pessoas tenham opinião diferente sobre honestidade não cabe a ele discutir desígnios divinos. Suas proezas entardeceram e começaram a alimentar uma ordem política incapaz de produzir valores sociais. Vazio, deixou-se preencher pelo maior valor do mundo moderno, o ouro de tolo, que lambuza no presente a consequência do futuro”, diz um dos trechos mais duros do artigo de Delgado, que faz referência ao advogado britânico e conselheiro da rainha Elizabeth II, Geoffrey Ronald Robertson, que representa Lula na Comissão de Direitos Humanos da ONU.
ABUSO POLÍTICO
Em outros trechos em que expõe o esvaziamento político de Lula, inversamente proporcional aos seus diplomas e medalhas que recebidos, o fundador do PT critica os autoelogios, a fúria do ex-presidente petista e o enfraquecimento da autoridade, “por seu abuso e o hábito de confundir poder com relação e intimidade”.
“Quando a Justiça abriu a porta dos seus transtornos desesperadores, ele já havia caído na mais sedutora armadilha da política atual, o dinheiro fácil, e não quis reconhecer o que fez. [...] pressupôs que a condição de vítima evitaria o caminho da desmoralização. Ele voltou a suar, como se estivesse espumando, feito um cavalo desembestado, convocou adoradores, dependentes, para a velha modalidade de ação heroica – camisa de partido, candidatura, comício, farisaísmo – na tentativa desesperada de incinerar a sentença e botar fogo na pavorosa jornada da Justiça de ousar apontar o dedo para quem sempre fez o que quis e nunca foi tão adequadamente contrariado”, escreveu Paulo Delgado.
Por fim, o sociólogo e ex-deputado federal pelo PT convida a sigla de esquerda a parar de tratar de forma errada o erro e a reconhecer que não foi um período virtuoso “o período de governo com um presidente deposto, três ex-presidentes da Câmara, senadores e inúmeros ministros de Estado presos ou processados, dirigentes partidários e governadores confinados ou envolvidos, a maior empresa do País dilapidada, a autoridade olímpica nacional presa, o bilionário do período encarcerado, a Copa investigada, fundos de pensão arruinados, o BNDES um clube de amigos, grandes empresários condenados, frugal intimidade com ditadores, etc., não foi um período virtuoso”.
Leia o texto completo de Paulo Delgado na seção de artigos do Diário do Poder.

LAVA JATO
PGR EMITE PARECER CONTRA LULA E FAVORÁVEL À PRISÃO APÓS A 2ª INSTÂNCIA
NO TRF-4, ELE TEVE A ÚLTIMA CHANCE DE CONTESTAR PROVAS, DIZ A PGR
Publicado quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018 às 19:56 - Atualizado às 08:32
Da Redação
A Procuradoria Geral da República (PGR) enviou parecer nesta quarta-feira (14) ao Supremo Tribunal Federal (STF) contrário à concessão de habeas corpus que livraria o ex-presidente Lula de cumprimento da pena de prisão a que foi condenado, de 12 anos e 01 mês de prisão, até que a sentença transitasse em julgado.
Segundo o parecer da PGR, "o entendimento é o de que o HC [habeas corpus] deve ser negado, pois o caso configura a possibilidade de execução de pena após o chamado duplo grau de jurisdição, medida que desde 2016 é considerada constitucional pelo STF", informou a Procuradoria Geral da República nesta quarta-feira.
A Procuradoria se refere a decisão do plenário do Supremo, por 6x5 votos, de que a pena pode começar a ser cumprida quando o réu tiver condenação confirmada em segunda instancia, como é exatamente o caso do ex-presidente.
Em janeiro, Lula teve sua condenação confirmada, por 3x0 votos, em regime inicialmente fechado, pela oitava turma do Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-4), responsável pelos processos da Operação Lava Jato em segunda instância.
Na manifestação ao Supremo, a procuradora-geral, Raquel Dodge, também defendeu que a Corte rejeite o pedido de Lula porque, segundo ela, o mérito do pedido ainda não foi analisado no STJ, somente a decisão em caráter liminar (provisório).
"Enquanto o STJ não decidir o pedido feito naquele habeas corpus, não é possível abrir a jurisdição do Supremo Tribunal Federal, que consiste em examinar a decisão daquela Corte Superior", escreveu Raquel Dodge, segundo a PGR. "O segundo grau de jurisdição é a última instância judicial em que as provas e os fatos são examinados. No Tribunal de Apelação, o réu tem sua última oportunidade de contestar as provas e os fatos que o ligam ao crime. Para condená-lo, sua culpabilidade deve estar comprovada, o que engloba a comprovação do fato típico e do vínculo que o liga ao fato."

NOVELA
CÁRMEN MANTÉM SUSPENSA PRERROGATIVA DO PRESIDENTE DE NOMEAR MINISTRA
COMPETÊNCIA PARA JULGAR CASO É DO STF, DECIDE PRESIDENTE DA CORTE
Publicado quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018 às 18:21 - Atualizado às 21:51
Da Redação
A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, confirmou nesta quarta-feira (14) sua decisão anterior que suspendeu a posse da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) como ministra do Trabalho. Entretanto, a ministra entendeu que a questão sobre o afastamento deve ser decidida pelo plenário do STF. A data do julgamento ainda não foi marcada. A ministra confirmou a competência do Supremo para julgar o caso por considerar que a matéria discutida é constitucional.
A nomeação de Cristiane Brasil foi anunciada pelo presidente Michel Temer no dia 3 de janeiro deste ano, mas a deputada foi impedida de tomar posse por força de uma decisão liminar do juiz Leonardo da Costa Couceiro, da 4ª Vara Federal de Niterói, proferida em 8 de janeiro.
O magistrado acolheu os argumentos de três advogados que, em ação popular, questionaram se a deputada estaria moralmente apta a assumir o cargo após ter sido revelado pela imprensa que ela foi condenada pela Justiça do Trabalho a pagar mais de R$ 60 mil a um ex-motorista, em decorrência de irregularidades trabalhistas. Em seguida, a posse também foi suspensa por decisões da segunda instância da Justiça Federal no Rio de Janeiro e pela ministra Cármen Lúcia.
A defesa da deputada sustentou no STF que a nomeação não afrontou o princípio constitucional da moralidade e que, sendo assim, deveria prevalecer a decisão do STJ, que liberou a posse da deputada. Os defensores de Cristiane também argumentam que os processos trabalhistas enfrentados pela parlamentar não podem ser usados para impedi-la de ser empossada.
“A decisão agravada, no entanto, é absolutamente insustentável, uma vez que não há qualquer violação ao princípio da moralidade, uma vez que a ora reclamada, ao ter ajuizada contra si uma reclamação trabalhista e resistir à pretensão do autor, está exercendo o seu legítimo direito de ação e do devido processo legal”, diz a defesa.
A decisão da ministra foi motivada por um recurso da defesa da deputada. Os advogados alegaram na Corte que deveria ser mantida a competência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para julgar a validade de sua nomeação para o cargo de ministra do Trabalho. Em janeiro, o ministro Humberto Martins liberou a posse, por entender que não óbices legais para impedi-la.
Ao decidir sobre o caso, a ministra entendeu que os questionamentos constitucionais sobre a moralidade da nomeação devem ser analisados pela Corte. “Eventual referência de matéria infraconstitucional na causa posta na ação popular não afeta, portanto, a atuação deste Supremo Tribunal na presente reclamação, pela inequívoca natureza constitucional do fundamento utilizado na decisão liminar tida como lesiva ao Poder Público e exposta, com clareza, no requerimento de suspensão de seus efeitos”, decidiu a ministra. (ABr)

CASO TRIPLEX
DEFESA INSISTE E TRF-4 NEGA RECURSOS POR 'ABSOLVIÇÃO' DE MARISA
EX-PRIMEIRA-DAMA, QUE MORREU HÁ UM ANO, ERA RÉ EM AÇÃO DO TRIPLEX
Publicado quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018 às 17:46 - Atualizado às 21:49
Da Redação
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) negou na sexta-feira, 09, pedidos do advogado Cristiano Zanin para recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), por meio de recurso especial, e ao Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de recurso extraordinário, pela absolvição sumária da ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva. A defesa não poderá recorrer às cortes superiores contra decisão da 8ª Turma da Corte que negou a absolvição sumária da mulher do ex-presidente Lula – morta em fevereiro do ano passado, vítima de um AVC – e manteve a extinção de punibilidade no caso triplex.
Em 24 de janeiro, por 3 votos a 0, os desembargadores João Pedro Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor Laus mantiveram a condenação do petista e aumentaram a pena para 12 anos e 01 mês de prisão em regime fechado por corrupção e lavagem de dinheiro. Lula havia sido condenado pelo juiz federal Sérgio Moro em julho do ano passado a 09 anos e 06 meses de prisão pelos mesmos crimes.
Os recursos da defesa de Marisa Lula não foram admitidos pela vice-presidente da Corte, desembargadora federal Maria de Fátima Freitas Labarráre, responsável por avaliar o cabimento ou não do seguimento de um processo para as cortes superiores. A desembargadora afirmou que a decisão da 8ª Turma, em 21 de novembro passado, segue a orientação tanto do STF quanto do STJ, não cabendo a admissão dos recursos.
Zanin sustentava que o acórdão da 8ª Turma teria incorrido em violação ao artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal, que consagra o princípio da presunção de inocência, ao deixar de reconhecer a extinção da punibilidade pelo falecimento como causa de absolvição sumária, conforme previsão do artigo 397, inciso IV, do CPP.
Segundo a magistrada, ‘a ofensa ao dispositivo constitucional invocado, ainda que reconhecida, afetaria os preceitos constitucionais somente de modo indireto ou reflexo, sendo a reparação inviável em recurso extraordinário’.
Para o advogado de defesa, a extinção da punibilidade em decorrência do falecimento não seria suficiente, por se tratar de um ‘juízo de desvalor’ de Marisa, que teria direito à absolvição sumária. (AE)

NO BLOG DO NOBLAT
Beija-Flor campeã? Foi golpe!
Golpe agora é para impedir a vitória da legítima campeã do desfile, a Tuiuti
Por Ricardo Noblat
Quinta-feira, 15 fev 2018, 10h15 - Publicado em 15 fev 2018, 10h00
A vitória da Beija-Flor foi mais um golpe daqueles que derrubaram Dilma e agora torcem pela prisão de Lula. Desta vez, um golpe para impedir a vitória da legítima campeã do desfile, a Tuiuti.
A presidente do PT, a senadora Gleisi Hoffmann, logo apressou-se a escrever:
“Parabéns, Tuiuti! Representou os milhares de brasileiros na Sapucaí. Vocês são a grande campeã neste carnaval, entrando para a História ao denunciar para o mundo a realidade do nosso povo após o golpe. Campeã no coração de todos nós!”.
Site amigo do PT entoou de imediato:
“Vence no Carnaval do Rio o discurso de exaltação da Lava Jato, de destruição da Petrobras e da ênfase de que o principal problema do Brasil é a corrupção, e a Beija-Flor leva seu 14º título”.
A esquerda capaz de enxergar um golpe na vitória da Beija-Flor por um décimo de diferença sobre a Tuiuti é uma esquerda de direita. É a mesma que entregou à direita de mão beijada o discurso contra a corrupção.
Caso imagine sobreviver sem perder de todo a importância, ao PT só resta um caminho: livrar-se de Lula, de Gleisi, às vésperas de ser julgada por corrupção, e de quem mais o empurrou para a beira do precipício.

NO BLOG DO JOSIAS
Troca-troca partidário envolve oferta de dinheiro
Por Josias de Souza
Quarta-feira,14/02/2018 21:43
Prepare-se para retirar as crianças da sala no mês que vem. Os políticos se autoconcenderam uma autorização para mudar de partido durante o mês de março sem sofrer punições. Abriu-se o que eles chamam de “janela partidária”. Nesse exato momento está acontecendo uma aberração que logo escalará as manchetes na forma de mais um escândalo: a pretexto de seduzir políticos com bom potencial de votos, partidos lavajatistas estão oferecendo dinheiro. É verba pública. Sai do fundo eleitoral. Alega-se que tudo será usado na campanha. Sabe Deus! Há ofertas de mais de R$ 2 milhões.
O Tribunal Superior Eleitoral acaba de potencializar esse balcão ao autorizar os partidos a despejaram na caixa registradora da eleição o dinheiro público do Fundo Partidário, que serve para bancar o funcionamento das legendas. Com isso, o fundo eleitoral, que era de R$ 1,7 bilhão, pode ser vitaminado em mais R$ 888 milhões, saltando para mais de R$ 2,5 bilhões.
Arma-se nos subterrâneos da política uma arapuca para o próximo presidente da República. Partidos fisiológicos de porte médio não gastarão dinheiro com candidatos ao Planalto. Muitos não disputarão nem os governos estaduais. Por quê? Querem concentrar seus investimentos na eleição de congressistas. Com bancadas maiores, os caciques desses partidos terão mais dinheiro do Fundo partidário e mais força para chantagear o sucessor de Michel Temer. Seja quem for, o próximo presidente será prisioneiro do mesmo círculo vicioso que produziu a Lava Jato. Os políticos desonestos não perdem por esperar. Eles sempre ganham.

Nome do problema não é Cristiane nem Segóvia
Por Josias de Souza
Quarta-feira, 14/02/2018 20:56
O problema do governo tem nome e sobrenome. Políticos e jornalistas o chamam ora de Cristiane Brasil, ora de Fernando Segóvia. Se estivessem certos, a solução seria simples. Bastariam uma esferográfica para a assinatura do presidente e um par de folhas para o ato de nomeação de outra pessoa para o Ministério do Trabalho e para a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal. Mas estão todos enganados.
Chama-se Michel Temer o problema do governo. Chegou ao Planalto como solução constitucional para a autocombustão que consumiu o mandato de Dilma Rousseff. Virou um problema porque, não tendo como elevar sua estatura política às dimensões exigidas pelo momento histórico, optou por rebaixar o pé-direito do Planalto. Revelou-se um pequeno presidente. Bem menor do que seria razoável.
Nesta quarta-feira, que deveria ser de cinzas, a ministra Cármen Lúcia manteve acesa a fogueira que transforma a novela Cristiane Brasil num filme de terror que já dura 44 dias. A magistrada reiterou que cabe ao STF, não ao STJ, a palavra final sobre a moralidade da nomeação de uma ministra do Trabalho com condenações trabalhistas. Mas se absteve de expedir um veredicto.
Se Michel fosse menos Temer, mandaria Roberto Jefferson e sua filha às favas e acomodaria no Ministério do Trabalho alguém com mais biografia do que folha corrida. Mas o subpresidente não tem músculos para desafiar o minúsculo PTB de Jefferson. Ou o partido indica outro nome ou as cenas de terror se prolongarão indefinidamente.
Quanto ao chefão da Polícia Federal, o investigado Temer concorda que ele falou demais. Mas decidiu ser compreensivo. O problema é que o ministro Luís Roberto Barroso avalia que Segóvia precisa de interrogatório, não de compreensão. Relator do processo em que Temer é suspeito de beneficiar uma empresa portuária, Barroso ouvirá Segóvia na próxima segunda-feira. Por que insinuou que o processo será arquivado? Por que deixou no ar a hipótese de punir o delegado que investiga o presidente?
Se Temer não fosse tão Temer, José Sarney jamais teria ousado indicar Segóvia para o comando da PF. E o denunciado Eliseu Padilha não estaria na Casa Civil, pronto para avalizar um apadrinhado capaz de azeitar a Operação Abafa a Jato. E não haveria na coordenação política do Planalto um Carlos Marun para migrar da condição de ex-chefe da milícia parlamentar do bandido Eduardo Cunha para a de defensor número um do comandante da Polícia Federal.
Temer parece decidido a obrigar os brasileiros a viverem num Brasil alternativo. Um país fictício em que nada de reprovável acontece. Nesta ficção, em nome da continuidade das reformas, ninguém vai reparar que o presidente não está à altura do cargo que ocupa.

NO O ANTAGONISTA
“Lula não será candidato”
Brasil Quinta-feira,15.02.18 10:33
Wanderley Guilherme dos Santos é mais um esquerdista que reconhece o naufrágio da candidatura de Lula.
Segundo ele, o condenado deve indicar o quanto antes seu sucessor:
“Lula não será candidato. Apesar da cristalina excepcionalidade de interpretações da lei e evidentes arranhões em sua aplicação discricionária, só há fraude eleitoral quando o eleitor é coagido, as urnas violadas ou o resultado adulterado. São mais de cento e quarenta milhões de eleitores já registrados. A ausência de Lula castra a liberdade de escolha de cerca de um terço deles, havendo sólido fundamento para a passionalidade com que reagem ao estupro. Fraude eleitoral, porém, não será (…).
O desbloqueio das candidaturas populares ocorrerá, quer por decisão antecipada de Lula, quer por insuperável imposição legal: Lula não será candidato. O amargo de uma causa perdida arrisca atropelar o entusiasmo dos responsabilizados, abandonando aos adversários a arena que mais temem: a competição por votos. E o infeliz refrão de que eleição sem Lula é fraude acompanharia o féretro de uma campanha esquizofrênica, intrinsecamente contraditória.
Ao contrário, a vitória de um candidato ou uma candidata indicado/a por Lula, tendo abortado a festa conservadora ao exclui-lo das eleições, reduziria a estrume cavalar os votos fúteis de juízes boquirrotos. O jogo pede uma intervenção decisiva na estratégia: superar o cerco de bispos dogmáticos e submeter um rei faz-de-conta, quase tísico, a constante ameaça de cheque mate. Preso ou solto, vivo ou morto, Lula, sua rouquidão e surpreendentes analogias, apavoram os grandes.”

O plano D e o plano E do PT
Brasil 15.02.18 10:11
Os petistas demoraram um bocado, mas finalmente entenderam que a candidatura de Lula naufragou.
Jânio de Freitas, por exemplo, já está pensando em nomes para a campanha presidencial.
Insatisfeito com o plano B e com o plano C, ou Jaques Wagner e Fernando Haddad, ele recomenda um plano D e um plano E:
“João Pedro Stédile é economista formado pela PUC-RS, com pós-graduação na Universidade Nacional do México. Muito inteligente, calmo, discreto.
Guilherme Boulos, ainda sem partido, é filho de professor universitário e professor ele também. Com formação em psicanálise, tem boa base cultural e liderança fácil, já mostrada no Movimento dos Sem-Teto. São cabeças organizadas, quanto aos preceitos e conclusões de cada um. E iguais como alvos do misto de pânico e ódio do empresariado dominante.”

PF repudia manobra de Segóvia
Brasil 15.02.18 09:44
Delegados da PF repudiaram as manobras de Fernando Sego via para engavetar o inquérito de Michel Temer.
Um memorando obtido pela TV Globo diz:
“Em face dos recentes acontecimentos amplamente divulgados pela imprensa, os delegados integrantes deste Grupo de Inquéritos junto ao STF vêm a Vossa Excelência dar conhecimento de que, no exercício das atividades da Polícia Judiciária naquela Suprema Corte (…), não admitirão, nos autos do inquérito 4621/STF ou em outro procedimento em trâmite nesta unidade, qualquer ato que atente contra a autonomia técnica e funcional de seus integrantes, assim como atos que descaracterizem a neutralidade político-partidária de nossas atuações”.
E mais:
“Nesse sentido, uma vez concretizadas ações que configurem tipos previstos no ordenamento penal – como prevaricação, advocacia administrativa, coação no curso do processo e obstrução de investigação de organização criminosa -, os fatos serão devidamente apresentados ao ministro relator, e pleiteadas as medidas cabíveis no código de processo penal”.

“Maduro só encontra solidariedade entre os liberticidas do PT”
Brasil 15.02.18 08:38
Como disse o general Gustavo Dutra de Menezes, venezuelanos famintos fogem para Roraima.
Nada disso comove o PT.
Leia um trecho do editorial do Estadão:
“A esta altura, Nicolás Maduro só encontra solidariedade entre liberticidas, como são os casos do PT e dos ditos ‘movimentos sociais’ que orbitam o partido de Lula da Silva, todos engajados na defesa do regime bolivariano. No mundo civilizado, em que a democracia é um valor, não um meio para capturar o poder, tornou-se intolerável a coexistência com Maduro e seus sequazes (…).
A margem de condescendência com a qual a ditadura chavista sempre contou na América Latina estreitou-se consideravelmente. Restou a Maduro apoiar-se em gente como João Pedro Stédile, o chefão do MST, que chamou as terríveis notícias sobre a Venezuela de ‘mentiras e manipulações da grande imprensa’ e convocou ‘todos os militantes, de todos os movimentos populares e partidos de esquerda’ a ‘defender o povo da Venezuela e o processo bolivariano’. Para Stédile e para seus seguidores, os milhares de venezuelanos famintos que se amontoam na fronteira à espera de uma chance de fugir daquele pesadelo simplesmente não existem.”

Lula quer suspender perícia do Drousys
Brasil 15.02.18 07:05  
Lula quer que a PF suspenda a perícia no sistema de propinas da Odebrecht.
O requerimento foi encaminhado ontem ao juiz Sérgio Moro.
O advogado do condenado, Cristiano Zanin, apontou para “concreta possibilidade de fraude, especialmente no que se refere ao Drousys”, diz o Estadão.

As provas contra Lula não serão anuladas
Brasil 15.02.18 07:24
Quem descobriu as planilhas do sistema de propinas da Odebrecht foi a PF, praticamente um ano antes que a empreiteira decidisse colaborar com a Lava Jato.
Por isso mesmo, a manobra desesperada de Lula (codinome Amigo) de anular as provas contra ele, acusando a empreiteira de ter fraudado o Drousys e o MyWebDay, vai fracassar.
O relatório da PF que rastreia o pagamento de propinas para o condenado não se baseou nos documentos fornecidos pelos delatores, e sim no material recolhido pelos investigadores.

17 mortos na Flórida
Mundo 15.02.18 06:43
O autor do massacre na escola da Flórida, Nikolas Cruz, assassinou 17 pessoas.
Mas há também dezenas de feridos.

PGR também nega reclamação de Lula contra Moro
Brasil Quarta-feira,14.02.18 20:36
Raquel Dodge também se manifestou contra recurso da defesa de Lula que insistia em acusar Sérgio Moro de usurpação de competência do Supremo, no episódio da interceptação da conversa do ex-presidente com a então presidente Dilma Rousseff.
A reclamação foi rejeitada pelo ministro Edson Fachin, mas a defesa apresentou um agravo regimental.
Diz a PGR: “Após declaração de invalidade da prova pelo STF, as informações constantes do diálogo mencionado na reclamação, bem como as obtidas após o fim do prazo da ordem judicial que permitiu as escutas, foram desconsideradas pelo juiz.”

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