SEGUNDA EDIÇÃO DE 06-12-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Tudo Resolvido
Pelos próprios números dessas pesquisas eleitorais, mais de 70% dos eleitores não querem votar nem em Lula nem em Bolsonaro 

Por J.R. Guzzo:
Quarta-feira, 6 dez 2017, 07h10
Publicado no Blog Fatos
É provável que não exista no Brasil de hoje, para quem está interessado em acompanhar a nossa comédia política de cada dia, nenhuma maneira mais garantida de perder tempo do que ler pesquisas eleitorais – e, sobretudo, ficar pensando depois no que pode significar aquele angu de números, porcentagens e tabelas que nos jogam em cima. As pesquisas exibidas ao público asseguram que os dois candidatos com mais chances de chegarem à Presidência da República nas eleições de 2018 são o ex-presidente Lula, em primeiro lugar, e o deputado Jair Bolsonaro, em segundo. É isso, a cada vez que alguma dessas pesquisas é divulgada, o que exclamam as manchetes da imprensa. Apresenta-se a sondagem, automaticamente, como a principal notícia do dia. Os “cientistas políticos” nos ensinam o que devemos pensar a respeito. Os partidos falam. Os editoriais se preocupam. O resultado é que os institutos de pesquisa e a mídia em geral acabaram construindo em suas telas de computador, ao longo das últimas semanas e meses, uma realidade própria para a situação eleitoral. Independentemente do que sejam ou não sejam os fatos, ficou estabelecido que a eleição do ano que vem será disputada entre Lula e Bolsonaro. Os pesquisadores e editores dirão que não é bem isso o que estão fazendo. Mas é.
Eis aí uma modalidade educada de “fake news” — essa maré sempre montante de notícias falsas que tanto prospera nas “redes sociais” hoje em dia. As “pesquisas de intenção de voto”, como consta em seu nome e sobrenome, não são inventadas em cima de uma mesa, sem que se pergunte nada a ninguém – tanto quanto nos informam, há realmente entrevistadores e entrevistados, um número “X” de entrevistas, que são feitas em “X” lugares do Brasil e incluem “X” tipos diferentes de eleitores. Tudo bem – só que as pesquisas estão pesquisando o nada. Elas são “fake” porque revelam para o público uma realidade que não existe. E não existe porque não se sabe ainda quem serão os candidatos verdadeiros à presidência – aqueles nos quais o eleitor concretamente poderá votar no dia da eleição. Para que serve uma notícia sobre algo que pode, ou não, acontecer no futuro? É curioso: as duas figuras que segundo a imprensa aparecem “consolidadas” nas duas primeiras posições podem nem ser candidatos de verdade na eleição de verdade. Mais curioso ainda: pelos próprios números dessas pesquisas que “consolidam” Lula e Bolsonaro como os dois nomes que vão disputar o segundo turno em outubro de 2018, mais de 70% dos eleitores não querem votar nem em um e nem no outro. Quando as entrevistas são feitas de forma espontânea, ou não estimulada pelos questionários, os dois somam 28%.
Na verdade, as pesquisas colocam como líderes da corrida eleitoral justamente os dois candidatos mais detestados pelos eleitores – são os que têm os “índices de rejeição” mais altos, ou seja, aqueles em quem o cidadão diz que não vai votar “de jeito nenhum”. Há também as “margens de erro”, essa santa padroeira dos pesquisadores de votos, que pode ser de três pontos “para cima” ou “para baixo”. Ou seja, a pesquisa pode errar por seis pontos ao todo, o que frequentemente muda tudo para um candidato — e estar certíssima do ponto de vista técnico. Quem diz seis pode dizer oito, e de oito a dez é um pulo. Em resumo: se a pesquisa diz que fulano vai ter 30% dos votos e ele acaba com 40% na vida real, nenhum instituto acha que errou. De mais a mais, em 48 horas ninguém se lembra de mais nada do que foi previsto, e acaba ficando tudo por isso mesmo.
Qual o sentido de divulgar e fazer tanto barulho com algo tão parecido com fumaça? Nenhum – mas também não é intenção de ninguém fazer sentido nesse negócio. Ou, ao contrário, é justamente a intenção de muita gente criar uma situação artificial que atenda aos seus interesses políticos. Do jeito que ficou nas pesquisas, a eleição presidencial do Brasil em 2018, que ainda tem quase um ano para acontecer, já está praticamente resolvida: ou é Lula ou é Bolsonaro. Acredite, pois é “o que dizem as pesquisas” — ou então não atrapalhe a conversa.

NO BLOG DO NOBLAT
A. Gutierrez repassou R$ 7,7 milhões a empresas ligadas a ex-prefeito de Belém, diz Forte do Castelo

Quarta-feira, 06/12/2017 - 08h51
Por Julia Affonso, no Estadão
O Ministério Público Federal no Pará aponta que a empreiteira Andrade Gutierrez repassou R$ 7.727.972,07 a empresas ligadas ao ex-prefeito de Belém, Duciomar Costa (PTB), o ‘Dudu’. O ex-chefe do Executivo da capital paraense é o alvo maior da Operação Forte do Castelo.
‘Dudu’ e sua mulher, Elaine Baia Pereira foram presos pela Polícia Federal na sexta-feira passada, 1º. A Justiça colocou o casal em regime domiciliar.
“Todos os repasses das empresas Andrade Gutierrez Engenharia e Construtora Andrade Gutierrez ocorreram no período de 18 de setembro de 2006 a 2 de fevereiro de 2012 ou seja, no período em que Duciomar Gomes da Costa foi prefeito de Belém (2005-2012). Não obstante a quebra de sigilo bancário ter sido realizada até 26 de setembro de 2016, todos os repasses ocorreram dentro dos mandatos de prefeito do investigado Duciomar, o que indica que há uma relação direta da função pública de Duciomar com os repasses para as empresas”, afirma a Procuradoria da República.
Saiba mais:
A. Gutierrez repassou R$ 7,7 mi a empresas ligadas a ex-prefeito de Belém, diz Forte do Castelo

Não é campanha. É uma miragem!
Quarta-feira, 06/12/2017 - 08h03
Por Ricardo Noblat
Você já leu ou ouviu que Lula viaja pelo País a promover comícios, a dizer que será candidato a presidente da República no próximo ano e a lembrar do que fez enquanto governou o País durante oito anos?
Pois saiba que ele não está em campanha eleitoral antecipada. Por 4 votos contra 3, o Tribunal Superior Eleitoral decidiu, ontem, que ele não está, não senhor. E que por isso não deve ser punido.
Isso é só um aperitivo do que poderá acontecer se a segunda instância da Justiça confirmar a sentença do juiz Sérgio Moro que condenou Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Lula ainda dispõe de fortes aliados nos tribunais superiores. Eles saberão livrá-lo de apertos.

NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Rosa Weber é Lula e demonstra no voto
Da Redação
Terça-feira, 05/12/2017 às 22:04
Rosa Weber é uma gaúcha de 69 anos de idade. Entrou na magistratura como juíza do Trabalho. Foi desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região e presidente da Corte no período de 2001 até 2003.
Em 2005 foi indicada pelo presidente Lula para ocupar a vaga de ministra do Tribunal Superior do Trabalho. Em 2011, demonstrando o seu forte prestígio nas hostes petistas, foi escolhida pela presidente Dilma Rousseff para o cargo de ministra do Supremo Tribunal Federal (STF).
Certa feita, uma conversa numa ligação grampeada entre Lula e Jaques Wagner, captou a seguinte frase do ex-presidente se referindo a ministra:
‘Se homem não tem saco, quem sabe uma mulher corajosa pode fazer o que os homens não fizeram’.Ouça o áudio:
E nesta terça-feira (5), a ministra nomeada pelo PT duas vezes para cortes superiores, votou firme com Lula.
As questões em julgamento referiam-se a acusações de campanha antecipada contra Lula e Bolsonaro.
Lula fez campanha antecipada explicitamente. Teve caravana, comício, festas e declarações contundentes e eleitoreiras.
Bolsonaro também fez, mas de maneira mais comedida, sem tanto estardalhaço.
Todavia, no caso de Lula, Rosa Weber votou contra o acolhimento da ação.
Com relação a Bolsonaro, votou a favor.
Marcou efetivamente a sua posição.
Ao final, ambos os casos foram rejeitados pelo TSE, o tribunal presidido por Gilmar Mendes, que tem diuturnamente envergonhado o País.

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